Ao longo de mais de 20 anos, o Instituto contribuiu para que o Brasil conseguisse receber o certificado de eliminação da doença. O trabalho de vigilância continua
A rubéola e a sÃndrome da rubéola congênita estão oficialmente eliminadas no Brasil e nos demais paÃses das Américas. Nesta quarta-feira, 02/12, o Ministério da Saúde (MS) brasileiro recebeu o Certificado de Eliminação da doença da Organização Mundial da Saúde (OMS) em uma cerimônia realizada em BrasÃlia. Os últimos casos de transmissão da rubéola e da sÃndrome da rubéola congênita no paÃs ocorreram em 2008 e 2009, respectivamente. “A eliminação dessas doenças nos deixa muito felizes. A rubéola costuma ser uma infecção branda, mas, quando acomete grávidas, os bebês podem desenvolver a sÃndrome da rubéola congênita, que pode causar malformações cardÃacas e catarata”, afirmou a virologista Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de VÃrus Respiratório e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Ela é membro do Comitê Internacional de Especialistas para Eliminação do Sarampo e Rubéola nas Américas.

Ao lado de integrantes do Comitê de Especialistas, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, recebeu o Certificado de Eliminação da Rubéola
Resultado de um esforço iniciado há 20 anos, a eliminação da rubéola foi conquistada a partir de três ações estratégicas: a vacinação, a vigilância epidemiológica e a vigilância laboratorial. Principal arma para impedir a disseminação da doença, a vacina contra a rubéola foi progressivamente ampliada no Brasil, alcançando, por exemplo, 98% das mulheres e homens adultos jovens na campanha de imunização de 2008. Ao mesmo tempo, as ações de vigilância foram intensificadas, permitindo o diagnóstico precoce dos casos com confirmação laboratorial e ações rápidas para conter o espalhamento do vÃrus. “Depois da erradicação da varÃola, em 1973, e da poliomielite, em 1994, no Brasil, agora, conquistamos também a eliminação da rubéola”, comemorou Marilda.
Referência nacional para o Ministério da Saúde e regional para a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) em rubéola e sarampo, o Laboratório de VÃrus Respiratório e Sarampo do IOC teve um papel importante na conquista da eliminação. A unidade participou, desde o inÃcio, da elaboração dos planos para o controle da doença e atuou no treinamento de equipes de laboratórios brasileiros e de outros paÃses das Américas. Além disso, os profissionais do laboratório foram responsáveis por realizar a caracterização genética dos vÃrus da rubéola identificados em pacientes no Brasil. Essa análise permitiu confirmar que, há mais de cinco anos, todos os casos de rubéola registrados no paÃs ocorreram em pessoas que contraÃram a infecção no exterior – o que, juntamente com outros critérios, garantiu o certificado de eliminação.
Uma boa notÃcia para a população e especialmente para as gestantes, a confirmação da eliminação da rubéola não significa o fim dos esforços contra a doença. De acordo com Marilda, uma vez que a rubéola ainda ocorre em muitas partes do mundo, será preciso manter as ações para que o agravo não volte à s Américas. “O vÃrus da rubéola tem transmissão respiratória e rápida. Turistas e brasileiros não vacinados que viajam para o exterior podem trazer a doença de volta para o paÃs. Para garantir que essa infecção não volte a se propagar no Brasil, precisamos manter a cobertura de vacinação e as ações de vigilância. Esse é o nosso maior desafio agora”, declarou a virologista.
Reportagem: MaÃra Menezes 03/12/2015
Ao longo de mais de 20 anos, o Instituto contribuiu para que o Brasil conseguisse receber o certificado de eliminação da doença. O trabalho de vigilância continua
A rubéola e a sÃndrome da rubéola congênita estão oficialmente eliminadas no Brasil e nos demais paÃses das Américas. Nesta quarta-feira, 02/12, o Ministério da Saúde (MS) brasileiro recebeu o Certificado de Eliminação da doença da Organização Mundial da Saúde (OMS) em uma cerimônia realizada em BrasÃlia. Os últimos casos de transmissão da rubéola e da sÃndrome da rubéola congênita no paÃs ocorreram em 2008 e 2009, respectivamente. “A eliminação dessas doenças nos deixa muito felizes. A rubéola costuma ser uma infecção branda, mas, quando acomete grávidas, os bebês podem desenvolver a sÃndrome da rubéola congênita, que pode causar malformações cardÃacas e catarata”, afirmou a virologista Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de VÃrus Respiratório e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Ela é membro do Comitê Internacional de Especialistas para Eliminação do Sarampo e Rubéola nas Américas.

Ao lado de integrantes do Comitê de Especialistas, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, recebeu o Certificado de Eliminação da Rubéola
Resultado de um esforço iniciado há 20 anos, a eliminação da rubéola foi conquistada a partir de três ações estratégicas: a vacinação, a vigilância epidemiológica e a vigilância laboratorial. Principal arma para impedir a disseminação da doença, a vacina contra a rubéola foi progressivamente ampliada no Brasil, alcançando, por exemplo, 98% das mulheres e homens adultos jovens na campanha de imunização de 2008. Ao mesmo tempo, as ações de vigilância foram intensificadas, permitindo o diagnóstico precoce dos casos com confirmação laboratorial e ações rápidas para conter o espalhamento do vÃrus. “Depois da erradicação da varÃola, em 1973, e da poliomielite, em 1994, no Brasil, agora, conquistamos também a eliminação da rubéola”, comemorou Marilda.
Referência nacional para o Ministério da Saúde e regional para a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) em rubéola e sarampo, o Laboratório de VÃrus Respiratório e Sarampo do IOC teve um papel importante na conquista da eliminação. A unidade participou, desde o inÃcio, da elaboração dos planos para o controle da doença e atuou no treinamento de equipes de laboratórios brasileiros e de outros paÃses das Américas. Além disso, os profissionais do laboratório foram responsáveis por realizar a caracterização genética dos vÃrus da rubéola identificados em pacientes no Brasil. Essa análise permitiu confirmar que, há mais de cinco anos, todos os casos de rubéola registrados no paÃs ocorreram em pessoas que contraÃram a infecção no exterior – o que, juntamente com outros critérios, garantiu o certificado de eliminação.
Uma boa notÃcia para a população e especialmente para as gestantes, a confirmação da eliminação da rubéola não significa o fim dos esforços contra a doença. De acordo com Marilda, uma vez que a rubéola ainda ocorre em muitas partes do mundo, será preciso manter as ações para que o agravo não volte à s Américas. “O vÃrus da rubéola tem transmissão respiratória e rápida. Turistas e brasileiros não vacinados que viajam para o exterior podem trazer a doença de volta para o paÃs. Para garantir que essa infecção não volte a se propagar no Brasil, precisamos manter a cobertura de vacinação e as ações de vigilância. Esse é o nosso maior desafio agora”, declarou a virologista.
Reportagem: MaÃra Menezes
03/12/2015
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)