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Estudo aponta que a transmissão do Covid-19 pode ter iniciado em novembro de 2019

Pesquisadores reconstruíram a trajetória do novo coronavírus e estimaram a possível origem do surto
Por Lucas Rocha20/02/2020 - Atualizado em 23/03/2021

Diante da emergência de agentes com capacidade para provocar doenças em humanos, como o novo coronavírus – Covid-19, cientistas de todo o mundo passam a atuar intensamente na busca por respostas sobre o comportamento do patógeno. Funciona como um grande quebra-cabeças: a cada nova pesquisa, um conjunto de dados cada vez mais robusto se forma, de modo a contribuir para elucidar características importantes para a resposta à emergência. Dentre elas, questões fundamentais como o tempo de incubação de um vírus, as formas de transmissão e a taxa de mortalidade, por exemplo.

Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) participaram de um estudo que teve como objetivo esclarecer as dinâmicas de transmissão do novo coronavírus e os vestígios do início e dispersão do surto.

Os pesquisadores Marta Giovanetti e Luiz Alcantara do Laboratório de Flavivírus do IOC participaram do estudo que reconstruiu a trajetória do novo coronavírus. Foto: Lucas Rocha/IOC/Fiocruz

A pesquisa, publicada no periódico científico ‘Pathogens and Global Health’, foi conduzida por um grupo de trabalho que reúne especialistas do Laboratório de Flavivírus do IOC, da Universidade Campus Biomédico de Roma e da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos.

Os pesquisadores analisaram 29 sequências genéticas completas do Covid-19 e duas sequências altamente semelhantes de coronavírus do tipo SARS originadas em morcegos disponíveis nos bancos de dados internacionais GISAID (Global Initiative on Sharing All Influenza Data) e NCBI (National Center for Biotechnology Information).

“Identificar as características genéticas do novo coronavírus é parte fundamental para uma resposta em tempo real a respeito da dispersão do vírus, especialmente com base nos genomas que estão sendo publicados”, ressaltou o pesquisador Luiz Carlos Júnior Alcantara, do Laboratório de Flavivírus do IOC.

Com o uso de ferramentas de bioinformática, os especialistas construíram análises filogeográficas, que estimam a possível trajetória do microrganismo, e filogenéticas – uma espécie de árvore genealógica, só que do vírus.

“Os dados encontrados corroboraram o atual cenário epidemiológico, indicando a cidade de Wuhan, na China, como a mais provável origem geográfica do surto”, explica Marta Giovanetti, pesquisadora visitante do Laboratório de Flavivírus do IOC. Os pesquisadores estimam que a emergência do surto teve início no final de novembro de 2019. Os resultados reforçam, ainda, a hipótese de que o Covid-19 tenha se originado de morcegos, possivelmente do gênero Rhinolophus.

O estudo ressalta, ainda, a importância do rastreamento da emergência de novas rotas ou padrões de transmissão devido à rápida taxa de evolução e dinâmica populacional do vírus.

Pesquisadores reconstruíram a trajetória do novo coronavírus e estimaram a possível origem do surto
Por: 
lucas

Diante da emergência de agentes com capacidade para provocar doenças em humanos, como o novo coronavírus – Covid-19, cientistas de todo o mundo passam a atuar intensamente na busca por respostas sobre o comportamento do patógeno. Funciona como um grande quebra-cabeças: a cada nova pesquisa, um conjunto de dados cada vez mais robusto se forma, de modo a contribuir para elucidar características importantes para a resposta à emergência. Dentre elas, questões fundamentais como o tempo de incubação de um vírus, as formas de transmissão e a taxa de mortalidade, por exemplo.

Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) participaram de um estudo que teve como objetivo esclarecer as dinâmicas de transmissão do novo coronavírus e os vestígios do início e dispersão do surto.

Os pesquisadores Marta Giovanetti e Luiz Alcantara do Laboratório de Flavivírus do IOC participaram do estudo que reconstruiu a trajetória do novo coronavírus. Foto: Lucas Rocha/IOC/Fiocruz

A pesquisa, publicada no periódico científico ‘Pathogens and Global Health’, foi conduzida por um grupo de trabalho que reúne especialistas do Laboratório de Flavivírus do IOC, da Universidade Campus Biomédico de Roma e da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos.

Os pesquisadores analisaram 29 sequências genéticas completas do Covid-19 e duas sequências altamente semelhantes de coronavírus do tipo SARS originadas em morcegos disponíveis nos bancos de dados internacionais GISAID (Global Initiative on Sharing All Influenza Data) e NCBI (National Center for Biotechnology Information).

“Identificar as características genéticas do novo coronavírus é parte fundamental para uma resposta em tempo real a respeito da dispersão do vírus, especialmente com base nos genomas que estão sendo publicados”, ressaltou o pesquisador Luiz Carlos Júnior Alcantara, do Laboratório de Flavivírus do IOC.

Com o uso de ferramentas de bioinformática, os especialistas construíram análises filogeográficas, que estimam a possível trajetória do microrganismo, e filogenéticas – uma espécie de árvore genealógica, só que do vírus.

“Os dados encontrados corroboraram o atual cenário epidemiológico, indicando a cidade de Wuhan, na China, como a mais provável origem geográfica do surto”, explica Marta Giovanetti, pesquisadora visitante do Laboratório de Flavivírus do IOC. Os pesquisadores estimam que a emergência do surto teve início no final de novembro de 2019. Os resultados reforçam, ainda, a hipótese de que o Covid-19 tenha se originado de morcegos, possivelmente do gênero Rhinolophus.

O estudo ressalta, ainda, a importância do rastreamento da emergência de novas rotas ou padrões de transmissão devido à rápida taxa de evolução e dinâmica populacional do vírus.

Edição: 
Vinicius Ferreira

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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