Portuguese English Spanish
Interface
Adjust the interface to make it easier to use for different conditions.
This renders the document in high contrast mode.
This renders the document as white on black
This can help those with trouble processing rapid screen movements.
This loads a font easier to read for people with dyslexia.

vw_cabecalho_novo

Busca Avançada
Você está aqui: Notícias » Núcleo de Estudos discute papel das universidades

Núcleo de Estudos discute papel das universidades

Sessão reuniu reitores de instituições federais de ensino superior de quatro regiões do país. Relevância das universidades para o desenvolvimento do Brasil foi destacada
Por Maíra Menezes02/12/2022 - Atualizado em 02/12/2022

A história das universidades no Brasil e sua relevância para o desenvolvimento e a soberania do país foram temas discutidos no Núcleo de Estudos Avançados do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) nesta quarta-feira, 23/06. Com o título ‘Universidade, a célula mater da inteligência e futuro da nação', a sessão debateu ainda os desafios atuais das instituições de ensino superior brasileiras, em um cenário marcado por cortes de orçamento e pela pandemia de Covid-19.

A atividade contou com a participação dos reitores Denise Pires de Carvalho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Emmanuel Tourinho, da Universidade Federal do Pará (UFPA); João Carlos Salles, da Universidade Federal da Bahia (UFBA); e Ricardo Fonseca, da Universidade Federal do Paraná (UFPR); e da vice-reitora Raiane Patricia Severino Assumpção, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Devido ao distanciamento social recomendado pelas autoridades de saúde, o evento foi transmitido exclusivamente pelo Canal IOC no YouTube. Confira a íntegra da sessão:


Na abertura da atividade, a diretora do IOC, Tania Cremonini de Araújo-Jorge, ressaltou a relevância do debate sobre as universidades no Brasil, especialmente no contexto da pandemia de Covid-19. “Estou muito feliz que todos tenham aceitado o desafio de pensar qual o papel da universidade na construção da inteligência e da criatividade nacional para um momento tão difícil como estamos passando. O que nos reserva o futuro? Qual é o nosso papel? Essas perguntas são centrais”, enfatizou Tania.

O coordenador do Núcleo, Renato Cordeiro, lembrou as mais de 500 mil vidas perdidas para a Covid-19 no Brasil e salientou a relevância das universidades em defesa da vida. O pesquisador citou os sucessivos cortes de orçamento sofridos pelas instituições federais de ensino superior nos últimos anos e o contingenciamento de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) pelo governo federal, lembrando que as medidas vêm dificultando o pagamento de despesas de custeio e o fomento a pesquisas.

“Estão nos negando o futuro e carimbando a dependência tecnológica. Enquanto isso, a revista Nature nos informa que o Senado americano aprovou recentemente projetos de investimento na Fundação Nacional de Saúde dos Estados Unidos, no montante de US$ 81 bilhões para os próximos cinco anos, o que corresponde a cerca de R$ 400 bilhões. A meta é competir com a China e, nesse processo, vão drenar os melhores cérebros do Brasil. Corremos o enorme risco de uma diáspora científica, que já começou”, declarou Renato.

A sessão foi coordenada por Renato em parceria com a vice-diretora de Laboratórios de Referência, Ambulatórios e Coleções Biológicas do IOC e também coordenadora do Núcleo de Estudos, Maria de Lourdes Oliveira, e o pesquisador do IOC, Luís Cláudio Muniz Pereira. O debate realizado após a palestra teve a participação virtual de pesquisadores de diversas instituições científicas do país.

Homenagem
Falecido no dia 31 de maio, aos 93 anos, o físico Sérgio Mascarenhas foi homenageado na sessão com a exibição de vídeos enviados pelo presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu de Castro Moreira, e da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Luiz Davidovich. Presidente de honra da SBPC e membro da ABC, o pesquisador foi um dos fundadores do Instituto de Física e Química da Universidade de São Paulo (IFSC/USP), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Embrapa Instrumentação.

Sessão reuniu reitores de instituições federais de ensino superior de quatro regiões do país. Relevância das universidades para o desenvolvimento do Brasil foi destacada
Por: 
maira

A história das universidades no Brasil e sua relevância para o desenvolvimento e a soberania do país foram temas discutidos no Núcleo de Estudos Avançados do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) nesta quarta-feira, 23/06. Com o título ‘Universidade, a célula mater da inteligência e futuro da nação', a sessão debateu ainda os desafios atuais das instituições de ensino superior brasileiras, em um cenário marcado por cortes de orçamento e pela pandemia de Covid-19.

A atividade contou com a participação dos reitores Denise Pires de Carvalho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Emmanuel Tourinho, da Universidade Federal do Pará (UFPA); João Carlos Salles, da Universidade Federal da Bahia (UFBA); e Ricardo Fonseca, da Universidade Federal do Paraná (UFPR); e da vice-reitora Raiane Patricia Severino Assumpção, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Devido ao distanciamento social recomendado pelas autoridades de saúde, o evento foi transmitido exclusivamente pelo Canal IOC no YouTube. Confira a íntegra da sessão:

Na abertura da atividade, a diretora do IOC, Tania Cremonini de Araújo-Jorge, ressaltou a relevância do debate sobre as universidades no Brasil, especialmente no contexto da pandemia de Covid-19. “Estou muito feliz que todos tenham aceitado o desafio de pensar qual o papel da universidade na construção da inteligência e da criatividade nacional para um momento tão difícil como estamos passando. O que nos reserva o futuro? Qual é o nosso papel? Essas perguntas são centrais”, enfatizou Tania.

O coordenador do Núcleo, Renato Cordeiro, lembrou as mais de 500 mil vidas perdidas para a Covid-19 no Brasil e salientou a relevância das universidades em defesa da vida. O pesquisador citou os sucessivos cortes de orçamento sofridos pelas instituições federais de ensino superior nos últimos anos e o contingenciamento de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) pelo governo federal, lembrando que as medidas vêm dificultando o pagamento de despesas de custeio e o fomento a pesquisas.

“Estão nos negando o futuro e carimbando a dependência tecnológica. Enquanto isso, a revista Nature nos informa que o Senado americano aprovou recentemente projetos de investimento na Fundação Nacional de Saúde dos Estados Unidos, no montante de US$ 81 bilhões para os próximos cinco anos, o que corresponde a cerca de R$ 400 bilhões. A meta é competir com a China e, nesse processo, vão drenar os melhores cérebros do Brasil. Corremos o enorme risco de uma diáspora científica, que já começou”, declarou Renato.

A sessão foi coordenada por Renato em parceria com a vice-diretora de Laboratórios de Referência, Ambulatórios e Coleções Biológicas do IOC e também coordenadora do Núcleo de Estudos, Maria de Lourdes Oliveira, e o pesquisador do IOC, Luís Cláudio Muniz Pereira. O debate realizado após a palestra teve a participação virtual de pesquisadores de diversas instituições científicas do país.

Homenagem
Falecido no dia 31 de maio, aos 93 anos, o físico Sérgio Mascarenhas foi homenageado na sessão com a exibição de vídeos enviados pelo presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu de Castro Moreira, e da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Luiz Davidovich. Presidente de honra da SBPC e membro da ABC, o pesquisador foi um dos fundadores do Instituto de Física e Química da Universidade de São Paulo (IFSC/USP), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Embrapa Instrumentação.

Edição: 
Vinicius Ferreira

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)