Lideranças femininas no evento "A COP das Mulheres: Justiça Climática com Protagonismo Feminino"
A diretora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Tania Araujo-Jorge, participou do painel “Mulheres, Clima e Saúde Pública: da Evidência à Decisão”, promovido na última sexta-feira (14/11) durante o evento “A COP das Mulheres: Justiça Climática com Protagonismo Feminino”. A programação, organizada pelo Grupo Mulheres do Brasil, ocorreu no Teatro Margarida Schivasappa, em Belém (PA).
Reunindo lideranças femininas, instituições públicas, movimentos sociais, redes e especialistas comprometidas com a justiça climática, a iniciativa buscou ampliar o diálogo e fortalecer a participação das mulheres nos espaços de decisão. Com mais de 700 inscrições, o encontro foi considerado um dos maiores eventos satélites da COP30.
Em sua fala, Tania destacou a necessidade de aproximar saúde e equidade com ações estruturantes e de ampliar a representatividade de grupos historicamente sub-representados. “Precisamos, cada vez mais, aproximar os temas de saúde dos temas de equidade. No IOC, somos três mil pessoas, sendo 60% mulheres. No entanto, a representatividade de pessoas negras ainda não chega a 30%. É um processo, e um instituto de 125 anos também precisa se reencontrar com a sociedade”, afirmou.
O painel reuniu mulheres de trajetórias inspiradoras, atuantes em diferentes frentes para transformar realidades e fortalecer o protagonismo feminino. A mediação foi conduzida por Andreia Souto-Marchand, ex-aluna do IOC, cuja trajetória acadêmica começou em um estágio no Museu da Vida, quando ainda vivia na comunidade da Maré. Incentivada por Tania, ingressou no Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, onde concluiu o doutorado. Atualmente, é a primeira brasileira eleita para o conselho da American Public Health Association e atua na COP30 como embaixadora do Grupo Mulheres do Brasil na Blue Zone.

Andreia Souto-Marchand, ex-aluna do IOC e mediadora do debate e Tania Araujo-Jorge, diretora do IOC
Ao comentar a trajetória da ex-orientanda, Tania ressaltou o papel estruturante da educação. “Andreia tem uma história de vida e de superação extraordinária. Ela chegou à Fiocruz em busca daquilo que ancora os sonhos: a educação. Nossa instituição se estrutura na relação entre pesquisa e ensino — pesquisamos para ensinar, como dizia Carlos Chagas Filho”, destacou.
A programação da COP das Mulheres incluiu mesas temáticas, rodas de conversa e apresentações culturais, abordando temas centrais para uma transição justa e sustentável. Entre os assuntos debatidos estiveram: Educação para Resiliência Climática; Comunicação; Cultura e Clima; Políticas para as Mulheres; Estratégias de Enfrentamento à Violência contra Mulheres e Meninas; Agenda Mulheres, Paz e Segurança; Economia Verde e Inovação; e Financiamento Climático com Perspectiva de Gênero.
Ao refletir sobre a presença feminina em cargos de liderança na ciência e na saúde pública, Tania ressaltou avanços recentes, mas reforçou os desafios ainda existentes. “Fui a primeira diretora mulher do IOC, um instituto centenário. É inadmissível que nenhuma outra tenha vindo antes de mim. Também tivemos a primeira mulher presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, que depois se tornou a primeira ministra da Saúde. É a ousadia das mulheres, abrindo caminhos”, afirmou.
O evento evidenciou a importância da participação ativa das mulheres no enfrentamento da crise climática e na formulação de políticas públicas que considerem os impactos desiguais das mudanças ambientais sobre meninas e mulheres em todo o mundo.
Lideranças femininas no evento "A COP das Mulheres: Justiça Climática com Protagonismo Feminino"
A diretora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Tania Araujo-Jorge, participou do painel “Mulheres, Clima e Saúde Pública: da Evidência à Decisão”, promovido na última sexta-feira (14/11) durante o evento “A COP das Mulheres: Justiça Climática com Protagonismo Feminino”. A programação, organizada pelo Grupo Mulheres do Brasil, ocorreu no Teatro Margarida Schivasappa, em Belém (PA).
Reunindo lideranças femininas, instituições públicas, movimentos sociais, redes e especialistas comprometidas com a justiça climática, a iniciativa buscou ampliar o diálogo e fortalecer a participação das mulheres nos espaços de decisão. Com mais de 700 inscrições, o encontro foi considerado um dos maiores eventos satélites da COP30.
Em sua fala, Tania destacou a necessidade de aproximar saúde e equidade com ações estruturantes e de ampliar a representatividade de grupos historicamente sub-representados. “Precisamos, cada vez mais, aproximar os temas de saúde dos temas de equidade. No IOC, somos três mil pessoas, sendo 60% mulheres. No entanto, a representatividade de pessoas negras ainda não chega a 30%. É um processo, e um instituto de 125 anos também precisa se reencontrar com a sociedade”, afirmou.
O painel reuniu mulheres de trajetórias inspiradoras, atuantes em diferentes frentes para transformar realidades e fortalecer o protagonismo feminino. A mediação foi conduzida por Andreia Souto-Marchand, ex-aluna do IOC, cuja trajetória acadêmica começou em um estágio no Museu da Vida, quando ainda vivia na comunidade da Maré. Incentivada por Tania, ingressou no Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, onde concluiu o doutorado. Atualmente, é a primeira brasileira eleita para o conselho da American Public Health Association e atua na COP30 como embaixadora do Grupo Mulheres do Brasil na Blue Zone.

Andreia Souto-Marchand, ex-aluna do IOC e mediadora do debate e Tania Araujo-Jorge, diretora do IOC
Ao comentar a trajetória da ex-orientanda, Tania ressaltou o papel estruturante da educação. “Andreia tem uma história de vida e de superação extraordinária. Ela chegou à Fiocruz em busca daquilo que ancora os sonhos: a educação. Nossa instituição se estrutura na relação entre pesquisa e ensino — pesquisamos para ensinar, como dizia Carlos Chagas Filho”, destacou.
A programação da COP das Mulheres incluiu mesas temáticas, rodas de conversa e apresentações culturais, abordando temas centrais para uma transição justa e sustentável. Entre os assuntos debatidos estiveram: Educação para Resiliência Climática; Comunicação; Cultura e Clima; Políticas para as Mulheres; Estratégias de Enfrentamento à Violência contra Mulheres e Meninas; Agenda Mulheres, Paz e Segurança; Economia Verde e Inovação; e Financiamento Climático com Perspectiva de Gênero.
Ao refletir sobre a presença feminina em cargos de liderança na ciência e na saúde pública, Tania ressaltou avanços recentes, mas reforçou os desafios ainda existentes. “Fui a primeira diretora mulher do IOC, um instituto centenário. É inadmissível que nenhuma outra tenha vindo antes de mim. Também tivemos a primeira mulher presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, que depois se tornou a primeira ministra da Saúde. É a ousadia das mulheres, abrindo caminhos”, afirmou.
O evento evidenciou a importância da participação ativa das mulheres no enfrentamento da crise climática e na formulação de políticas públicas que considerem os impactos desiguais das mudanças ambientais sobre meninas e mulheres em todo o mundo.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)