No ano em que o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) celebra 125 anos de criação, um conjunto de atividades, que vão de eventos, seminários e inaugurações a ações culturais e sessões do Centro de Estudos, tem relembrado marcos históricos e conquistas e debatido desafios atuais e perspectivas de futuro.
O vagão de trem ‘Expresso Chagas XXI’ e a exposição ‘115 anos da Revista Memórias do IOC’ estão entre as iniciativas culturais da programação. O Expresso consiste em uma tecnologia social que visa ampliar a conscientização acerca da doença de Chagas por meio de vagões temáticos que remetem ao local de trabalho do cientista Carlos Chagas durante a descoberta da infecção que leva o seu nome.
Com passagem pelas regiões norte, centro-oeste e sudeste, o projeto utiliza materiais informativos com segmento de arte e ludicidade para abordar os determinantes sociais e biológicos da doença de Chagas.
“Além dos tradicionais vagões temáticos, as ações paralelas também integraram a iniciativa. O modelo cenográfico ‘Por dentro do sangue’ e o jogo ‘Escape Room: o Enigma de Lassance’ são algumas dessas atividades. Segundo os participantes, ambas são educativas e impactantes”, declara a diretora do IOC e coordenadora do projeto, Tania Araujo-Jorge.
Já a exposição ‘115 anos da Revista Memórias do IOC’, disponível para visitação na sala 201 do Castelo Mourisco, local que abrigou o periódico desde a sua criação, reúne imagens e informações da publicação fundada por Oswaldo Cruz e que até hoje se mantém entre as mais relevantes revistas científicas sobre doenças infecciosas, especialmente nos campos da medicina tropical e parasitologia.
“‘Memórias’ está entre as poucas publicações científicas centenárias do Brasil. Então, esse é um momento para ser celebrado. A história das revistas científicas no país demonstra que são poucas as que permaneceram em atividade por tanto tempo. Ao todo, mais de 7 mil artigos foram publicados em 115 anos de existência”, afirma o editor-chefe do periódico, Adeilton Brandão.
Outras iniciativas também contemplam o hall de atividades culturas ligadas ao Jubileu. O projeto ‘Biodiversidade nas escolas’, 'I ExpoBio Petrópolis' e a ‘Visita guiada ao Castelo Mourisco’ são, por exemplo, algumas delas.
Integrado ao Programa IOC + Escolas, o ‘Biodiversidade nas Escolas’ promove o diálogo entre ciência, educação e meio ambiente para estudantes de escolas públicas e privadas.
Entre os dias 22 e 23 de maio, ele marcou presença na cidade de Petrópolis. Organizado pelo IOC em parceria com o Colégio de Aplicação da Universidade Católica de Petrópolis (UCP), foi realizado nas dependências da própria escola e contou com exposição de insetos da Coleção Entomológica.
Dentre os destaques do projeto, estavam apresentações sobre interações ecológicas da doença de Chagas, atividades com insetos vivos e quadros artísticos inspirados na estética dos insetos. A iniciativa foi organizada pela pesquisadora Jane Costa, do Laboratório Nacional e Internacional de Referência em Taxonomia de Triatomíneos do IOC.
Já nos dias 6 e 7 de junho, na semana em que se comemorou o Dia Mundial do Meio Ambiente (5/06), a especialista realizou a 'I ExpoBio Petrópolis'. O evento, que ocorreu no Parque Crémerie, atraiu mais de 2500 pessoas.
A Secretaria de Meio Ambiente de Petrópolis foi parceira da iniciativa, que buscou enfatizar o compromisso de diferentes esferas da administração pública com a saúde, o meio ambiente e com a sustentabilidade para preservação da biodiversidade, aproximando a educação ambiental e científica da população.
As visitas guiadas ao Castelo Mourisco, iniciadas em fevereiro deste ano, reuniram – até o momento – mais de 70 profissionais e estudantes do Instituto interessados(as) em conhecer in loco um pouco da história do símbolo icônico da Fiocruz.
“Cada visita conta com até 20 pessoas e tem, em média, três horas de duração. Elas começam pelo primeiro andar do Castelo e terminam na sala 201, onde os visitantes participam de uma breve oficina de Ciência e Arte, na qual registram suas impressões sobre o passeio”, explica a museóloga Anunciata Sawada, que atua no Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos do IOC e é a responsável por guiar a visitação.
A museóloga ressalta que o agendamento de visitas para o segundo semestre permanece aberto para a comunidade institucional.
“Para as próximas visitas, estamos abrindo espaço para interessados(as) não pertencentes à comunidade IOC. Quem se enquadrar nesta situação, precisa enviar e-mail para visita.mourisco@ioc.fiocruz.br”, adianta a guia, acrescentando que, durante o tour, os visitantes podem satisfazer um pouco da curiosidade sobre o Castelo e ter a real dimensão, histórica e científica, do local onde trabalham.
Anunciata também é uma das responsáveis pelas exposições itinerantes ‘Arte e Botânica, entre páginas e pinceladas’ e ‘Paleoparasitologia da doença de Chagas’.
A primeira faz parte do programa de extensão ‘Curto-circuito: Arte, Ciência e Inovação’, coordenado pela Escola de Belas Artes (EBA/UFRJ) em parceria com o IOC.
“As obras expostas fazem parte da atividade ‘Ilustração Botânica’, na qual os(as) estudantes extensionistas da EBA produzem peças no Horto Fiocruz. Elas [obras] darão origem aos ‘Cadernos Botânicos’, que serão produzidos pela Escola de Belas Artes e o IOC”, explica a cientista.
De 2024 para cá, a exposição já esteve na Galeria Vórtice da EBA, localizada na Cidade Universitária da UFRJ (Rio de Janeiro/RJ), e nas dependências do Pavilhão Arthur Neiva e na Seção de Obras Raras da Biblioteca de Manguinhos, ambas no campus da Fiocruz, em Manguinhos – Rio de Janeiro/RJ.
Com passagem por Portugal, Espanha, Bolívia e vários estados brasileiros, a exposição ‘Paleoparasitologia da doença de Chagas’ compartilha com os(as) visitantes conhecimentos gerais sobre a evolução da tripanossomíase americana, conhecida como Doença de Chagas.
“Esta amostra foi, originalmente, montada pela equipe da Universidade Mayor de San Simon, na Bolívia, para atender à divulgação científica na área da doença de Chagas. Em cada local de passagem, o que inclui o IOC, ela oferece visitas orientadas e atividades educacionais sobre o tema”, comenta Anunciata.
As ações comemorativas do Jubileu Secular de Prata do IOC terminam no final do ano. Até lá, essas e outras iniciativas culturais serão oferecidas à comunidade do Instituto e à sociedade.
No ano em que o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) celebra 125 anos de criação, um conjunto de atividades, que vão de eventos, seminários e inaugurações a ações culturais e sessões do Centro de Estudos, tem relembrado marcos históricos e conquistas e debatido desafios atuais e perspectivas de futuro.
O vagão de trem ‘Expresso Chagas XXI’ e a exposição ‘115 anos da Revista Memórias do IOC’ estão entre as iniciativas culturais da programação. O Expresso consiste em uma tecnologia social que visa ampliar a conscientização acerca da doença de Chagas por meio de vagões temáticos que remetem ao local de trabalho do cientista Carlos Chagas durante a descoberta da infecção que leva o seu nome.
Com passagem pelas regiões norte, centro-oeste e sudeste, o projeto utiliza materiais informativos com segmento de arte e ludicidade para abordar os determinantes sociais e biológicos da doença de Chagas.
“Além dos tradicionais vagões temáticos, as ações paralelas também integraram a iniciativa. O modelo cenográfico ‘Por dentro do sangue’ e o jogo ‘Escape Room: o Enigma de Lassance’ são algumas dessas atividades. Segundo os participantes, ambas são educativas e impactantes”, declara a diretora do IOC e coordenadora do projeto, Tania Araujo-Jorge.
Já a exposição ‘115 anos da Revista Memórias do IOC’, disponível para visitação na sala 201 do Castelo Mourisco, local que abrigou o periódico desde a sua criação, reúne imagens e informações da publicação fundada por Oswaldo Cruz e que até hoje se mantém entre as mais relevantes revistas científicas sobre doenças infecciosas, especialmente nos campos da medicina tropical e parasitologia.
“‘Memórias’ está entre as poucas publicações científicas centenárias do Brasil. Então, esse é um momento para ser celebrado. A história das revistas científicas no país demonstra que são poucas as que permaneceram em atividade por tanto tempo. Ao todo, mais de 7 mil artigos foram publicados em 115 anos de existência”, afirma o editor-chefe do periódico, Adeilton Brandão.
Outras iniciativas também contemplam o hall de atividades culturas ligadas ao Jubileu. O projeto ‘Biodiversidade nas escolas’, 'I ExpoBio Petrópolis' e a ‘Visita guiada ao Castelo Mourisco’ são, por exemplo, algumas delas.
Integrado ao Programa IOC + Escolas, o ‘Biodiversidade nas Escolas’ promove o diálogo entre ciência, educação e meio ambiente para estudantes de escolas públicas e privadas.
Entre os dias 22 e 23 de maio, ele marcou presença na cidade de Petrópolis. Organizado pelo IOC em parceria com o Colégio de Aplicação da Universidade Católica de Petrópolis (UCP), foi realizado nas dependências da própria escola e contou com exposição de insetos da Coleção Entomológica.
Dentre os destaques do projeto, estavam apresentações sobre interações ecológicas da doença de Chagas, atividades com insetos vivos e quadros artísticos inspirados na estética dos insetos. A iniciativa foi organizada pela pesquisadora Jane Costa, do Laboratório Nacional e Internacional de Referência em Taxonomia de Triatomíneos do IOC.
Já nos dias 6 e 7 de junho, na semana em que se comemorou o Dia Mundial do Meio Ambiente (5/06), a especialista realizou a 'I ExpoBio Petrópolis'. O evento, que ocorreu no Parque Crémerie, atraiu mais de 2500 pessoas.
A Secretaria de Meio Ambiente de Petrópolis foi parceira da iniciativa, que buscou enfatizar o compromisso de diferentes esferas da administração pública com a saúde, o meio ambiente e com a sustentabilidade para preservação da biodiversidade, aproximando a educação ambiental e científica da população.
As visitas guiadas ao Castelo Mourisco, iniciadas em fevereiro deste ano, reuniram – até o momento – mais de 70 profissionais e estudantes do Instituto interessados(as) em conhecer in loco um pouco da história do símbolo icônico da Fiocruz.
“Cada visita conta com até 20 pessoas e tem, em média, três horas de duração. Elas começam pelo primeiro andar do Castelo e terminam na sala 201, onde os visitantes participam de uma breve oficina de Ciência e Arte, na qual registram suas impressões sobre o passeio”, explica a museóloga Anunciata Sawada, que atua no Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos do IOC e é a responsável por guiar a visitação.
A museóloga ressalta que o agendamento de visitas para o segundo semestre permanece aberto para a comunidade institucional.
“Para as próximas visitas, estamos abrindo espaço para interessados(as) não pertencentes à comunidade IOC. Quem se enquadrar nesta situação, precisa enviar e-mail para visita.mourisco@ioc.fiocruz.br”, adianta a guia, acrescentando que, durante o tour, os visitantes podem satisfazer um pouco da curiosidade sobre o Castelo e ter a real dimensão, histórica e científica, do local onde trabalham.
Anunciata também é uma das responsáveis pelas exposições itinerantes ‘Arte e Botânica, entre páginas e pinceladas’ e ‘Paleoparasitologia da doença de Chagas’.
A primeira faz parte do programa de extensão ‘Curto-circuito: Arte, Ciência e Inovação’, coordenado pela Escola de Belas Artes (EBA/UFRJ) em parceria com o IOC.
“As obras expostas fazem parte da atividade ‘Ilustração Botânica’, na qual os(as) estudantes extensionistas da EBA produzem peças no Horto Fiocruz. Elas [obras] darão origem aos ‘Cadernos Botânicos’, que serão produzidos pela Escola de Belas Artes e o IOC”, explica a cientista.
De 2024 para cá, a exposição já esteve na Galeria Vórtice da EBA, localizada na Cidade Universitária da UFRJ (Rio de Janeiro/RJ), e nas dependências do Pavilhão Arthur Neiva e na Seção de Obras Raras da Biblioteca de Manguinhos, ambas no campus da Fiocruz, em Manguinhos – Rio de Janeiro/RJ.
Com passagem por Portugal, Espanha, Bolívia e vários estados brasileiros, a exposição ‘Paleoparasitologia da doença de Chagas’ compartilha com os(as) visitantes conhecimentos gerais sobre a evolução da tripanossomíase americana, conhecida como Doença de Chagas.
“Esta amostra foi, originalmente, montada pela equipe da Universidade Mayor de San Simon, na Bolívia, para atender à divulgação científica na área da doença de Chagas. Em cada local de passagem, o que inclui o IOC, ela oferece visitas orientadas e atividades educacionais sobre o tema”, comenta Anunciata.
As ações comemorativas do Jubileu Secular de Prata do IOC terminam no final do ano. Até lá, essas e outras iniciativas culturais serão oferecidas à comunidade do Instituto e à sociedade.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)