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Abertura do ano acadêmico do IOC destaca papel da ciência e dos cientistas na pandemia

Ex-coordenador do Comitê Científico de Combate ao Coronavírus do Consórcio Nordeste, o professor da Universidade de Duke, Miguel Nicolelis, ministrou a aula inaugural de 2021
Por Maíra Menezes12/03/2021 - Atualizado em 17/03/2021

No dia em que a declaração da pandemia de Covid-19 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) completou um ano, a Abertura do Ano Acadêmico do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) destacou o papel da ciência e dos cientistas no enfrentamento da emergência de saúde pública.

Realizado em sessão especial do Centro de Estudos, com transmissão através do canal do IOC no Youtube, em 11 de março, o evento homenageou as vítimas da doença e o trabalho incansável dos profissionais envolvidos na resposta à crise sanitária com a exibição do vídeo ‘Memorial: 1 ano da pandemia de Covid-19’ , produzido pelo Serviço de Jornalismo e Comunicação do IOC.

Assista à íntegra do evento.

Conquistas e desafios

Professor da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, e líder de iniciativas para promoção da ciência no Rio Grande do Norte, o neurobiologista Miguel Nicolelis apresentou a palestra ‘Fazendo ciência em tempos de sindemia’. O pesquisador relatou sua experiência como coordenador do Comitê Científico de Combate ao Coronavírus do Consórcio Nordeste, entre março de 2020 e fevereiro de 2021.

“Evidentemente, nem tudo que recomendamos foi aceito. Mas nos primeiros doze meses da pandemia, o Nordeste, segundo alguns indicadores epidemiológicos, foi a melhor região do Brasil, com menor número de mortes por cem mil habitantes, mesmo tendo número de médicos e recursos menores do que outras regiões”, destacou Nicolelis, que defendeu a necessidade de criação de comitês científicos permanentes para atuação junto aos governantes no Brasil. “Não é só nessa hora de crise sanitária que a ciência tem que contribuir para a nação”, declarou.

Além da aula inaugural, a atividade contou com falas do representante discente do Programas de Pós-graduação Stricto sensu do IOC, Samuel Horita; do diretor do Instituo, José Paulo Gagliardi Leite; da vice-diretora de Desenvolvimento Institucional e Gestão, Wania Santiago; do vice-diretor de Ensino, Informação e Comunicação, Marcelo Alves Pinto; e da vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fundação Oswaldo Cruz (VPEIC/Fiocruz), Cristiani Vieira Machado.

Samuel Horita ressaltou a relevância da representação discente no Instituto e abordou desafios e conquistas do ensino durante um ano de pandemia.

“No solo árido da pandemia, foram brotando pequenas esperanças, defesas remotas, centro de estudos remotos. O ensino remoto emergencial se alastrou pelo Instituto. Não houve barreira entre alunos e professores, todos aprendemos juntos, e começamos a colher frutos, prezando pelo ensino de qualidade”, disse o representante.

Sessão especial do Centro de Estudos ocorreu de forma virtual considerando as orientações de distanciamento social para conter a disseminação do SARS-CoV-2. Foto: Reprodução

O trabalho da Comissão Interna de Valorização das Relações Interpessoais e Prevenção ao Assédio do IOC foi apresentado por Wania Santiago, que destacou o canal aberto para comunicação com os estudantes através do email valorizacaodasrelacoes@ioc.fiocruz.br.

“A proposta é que esse canal estreite essa relação e ofereça oportunidade para que os alunos sejam acolhidos e possamos trabalhar em contato e proximidade”, enfatizou a vice-diretora e integrante da Comissão.

Dando boas-vindas aos estudantes para o novo ano letivo, Marcelo Alvez Pinto fez um balanço das ações relacionadas ao Ensino no Instituto durante a pandemia. O vice-diretor lembrou o esforço para manter cursos com elevado padrão de qualidade no período, por meio das atividades remotas e do retorno cuidadoso dos discentes aos laboratórios, seguindo as normas do Plano de Contingência do IOC.

Citou ainda diversas obras realizadas no Pavilhão Leônidas Deane e nos módulos de ensino no período de suspensão das atividades presenciais e a criação do ‘Projeto Horizontes’, de promoção do empreendedorismo.

“Formamos recursos humanos com alto nível de qualidade, muitos especializados em áreas de imediata atuação em saúde pública. Gostaríamos muito que esses profissionais fossem amplamente absorvidos e valorizados para contribuir contra a crise sanitária atual”, ressaltou.

Destacando a grande dimensão da tragédia humanitária causada pela Covid-19 no Brasil, o diretor do IOC também enfatizou a relevância da formação de jovens cientistas. José Paulo Gagliardi Leite lembrou que o número de mortos pela doença no Brasil se aproxima de 300 mil, valor superior aos de habitantes de Nova Friburgo e Teresópolis e quase o total da cidade de Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro.

“A ciência tem respondido de forma ímpar e a sociedade reconhece esse papel. Em um ano, aprendemos muito, mais ainda há muitas perguntas sem resposta e desafios enormes. Sem os jovens, não temos futuro. São eles que vão estar na linha de frente amanhã”, afirmou.

Cristiani Vieira Machado destacou a forte atuação da Fiocruz no enfrentamento da pandemia, na pesquisa, educação, assistência, controle de qualidade, produção e comunicação.

“Aos estudantes que chegam agora, no olho do furacão, é claro que esse é um cenário desafiador. Mas como cientistas, professores, servidores públicos e cidadãos, temos um compromisso muito grande de dedicação integral, de ter esperanças e busca construir soluções. Temos uma responsabilidade coletiva de atuar nessa situação e queremos fazer isso junto com vocês”, disse a vice-presidente.

Ex-coordenador do Comitê Científico de Combate ao Coronavírus do Consórcio Nordeste, o professor da Universidade de Duke, Miguel Nicolelis, ministrou a aula inaugural de 2021
Por: 
maira

No dia em que a declaração da pandemia de Covid-19 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) completou um ano, a Abertura do Ano Acadêmico do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) destacou o papel da ciência e dos cientistas no enfrentamento da emergência de saúde pública.

Realizado em sessão especial do Centro de Estudos, com transmissão através do canal do IOC no Youtube, em 11 de março, o evento homenageou as vítimas da doença e o trabalho incansável dos profissionais envolvidos na resposta à crise sanitária com a exibição do vídeo ‘Memorial: 1 ano da pandemia de Covid-19’ , produzido pelo Serviço de Jornalismo e Comunicação do IOC.

Assista à íntegra do evento.

Conquistas e desafios

Professor da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, e líder de iniciativas para promoção da ciência no Rio Grande do Norte, o neurobiologista Miguel Nicolelis apresentou a palestra ‘Fazendo ciência em tempos de sindemia’. O pesquisador relatou sua experiência como coordenador do Comitê Científico de Combate ao Coronavírus do Consórcio Nordeste, entre março de 2020 e fevereiro de 2021.

“Evidentemente, nem tudo que recomendamos foi aceito. Mas nos primeiros doze meses da pandemia, o Nordeste, segundo alguns indicadores epidemiológicos, foi a melhor região do Brasil, com menor número de mortes por cem mil habitantes, mesmo tendo número de médicos e recursos menores do que outras regiões”, destacou Nicolelis, que defendeu a necessidade de criação de comitês científicos permanentes para atuação junto aos governantes no Brasil. “Não é só nessa hora de crise sanitária que a ciência tem que contribuir para a nação”, declarou.

Além da aula inaugural, a atividade contou com falas do representante discente do Programas de Pós-graduação Stricto sensu do IOC, Samuel Horita; do diretor do Instituo, José Paulo Gagliardi Leite; da vice-diretora de Desenvolvimento Institucional e Gestão, Wania Santiago; do vice-diretor de Ensino, Informação e Comunicação, Marcelo Alves Pinto; e da vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fundação Oswaldo Cruz (VPEIC/Fiocruz), Cristiani Vieira Machado.

Samuel Horita ressaltou a relevância da representação discente no Instituto e abordou desafios e conquistas do ensino durante um ano de pandemia.

“No solo árido da pandemia, foram brotando pequenas esperanças, defesas remotas, centro de estudos remotos. O ensino remoto emergencial se alastrou pelo Instituto. Não houve barreira entre alunos e professores, todos aprendemos juntos, e começamos a colher frutos, prezando pelo ensino de qualidade”, disse o representante.

Sessão especial do Centro de Estudos ocorreu de forma virtual considerando as orientações de distanciamento social para conter a disseminação do SARS-CoV-2. Foto: Reprodução

O trabalho da Comissão Interna de Valorização das Relações Interpessoais e Prevenção ao Assédio do IOC foi apresentado por Wania Santiago, que destacou o canal aberto para comunicação com os estudantes através do email valorizacaodasrelacoes@ioc.fiocruz.br.

“A proposta é que esse canal estreite essa relação e ofereça oportunidade para que os alunos sejam acolhidos e possamos trabalhar em contato e proximidade”, enfatizou a vice-diretora e integrante da Comissão.

Dando boas-vindas aos estudantes para o novo ano letivo, Marcelo Alvez Pinto fez um balanço das ações relacionadas ao Ensino no Instituto durante a pandemia. O vice-diretor lembrou o esforço para manter cursos com elevado padrão de qualidade no período, por meio das atividades remotas e do retorno cuidadoso dos discentes aos laboratórios, seguindo as normas do Plano de Contingência do IOC.

Citou ainda diversas obras realizadas no Pavilhão Leônidas Deane e nos módulos de ensino no período de suspensão das atividades presenciais e a criação do ‘Projeto Horizontes’, de promoção do empreendedorismo.

“Formamos recursos humanos com alto nível de qualidade, muitos especializados em áreas de imediata atuação em saúde pública. Gostaríamos muito que esses profissionais fossem amplamente absorvidos e valorizados para contribuir contra a crise sanitária atual”, ressaltou.

Destacando a grande dimensão da tragédia humanitária causada pela Covid-19 no Brasil, o diretor do IOC também enfatizou a relevância da formação de jovens cientistas. José Paulo Gagliardi Leite lembrou que o número de mortos pela doença no Brasil se aproxima de 300 mil, valor superior aos de habitantes de Nova Friburgo e Teresópolis e quase o total da cidade de Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro.

“A ciência tem respondido de forma ímpar e a sociedade reconhece esse papel. Em um ano, aprendemos muito, mais ainda há muitas perguntas sem resposta e desafios enormes. Sem os jovens, não temos futuro. São eles que vão estar na linha de frente amanhã”, afirmou.

Cristiani Vieira Machado destacou a forte atuação da Fiocruz no enfrentamento da pandemia, na pesquisa, educação, assistência, controle de qualidade, produção e comunicação.

“Aos estudantes que chegam agora, no olho do furacão, é claro que esse é um cenário desafiador. Mas como cientistas, professores, servidores públicos e cidadãos, temos um compromisso muito grande de dedicação integral, de ter esperanças e busca construir soluções. Temos uma responsabilidade coletiva de atuar nessa situação e queremos fazer isso junto com vocês”, disse a vice-presidente.

Edição: 
Raquel Aguiar

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)