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Ação de vigilância da Equinococose Neotropical é realizada em territórios indígenas de Rondônia

Trabalhos foram conduzidos pelo Laboratório de Referência Nacional em Hidatidose, em colaboração com a Fiocruz Rondônia e profissionais da atenção à saúde indígena local
Por José Gadelha (Fiocruz Rondônia)23/06/2025 - Atualizado em 01/07/2025

Pesquisadores do Laboratório de Referência Nacional em Hidatidose do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), vinculado ao Laboratório de Parasitologia Integrativa e Paleoparasitologia, realizaram uma ação de vigilância da Equinococose Neotropical em comunidades indígenas nos municípios de Vilhena e Chupinguaia, em Rondônia.

A ação, em colaboração com a Fiocruz Rondônia, Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) e Casa de Apoio à Saúde Indígena (CASAI/Vilhena), se deu em resposta a uma demanda apresentada pela comunidade indígena no município de Chupinguaia, a partir da ocorrência de casos confirmados e suspeitos da Equinococose Neotropical entre os indígenas.

O trabalho, autorizado pela Funai, também resultou na capacitação de profissionais de saúde nos municípios de Vilhena e Chupinguaia.

Trabalhos de orientação e conscientização foram realizados com a população indígena

A iniciativa foi expandida para outras comunidades indígenas nas proximidades que apresentavam comportamento favorável para um cenário propício à ocorrência da Equinococose Neotropical, a exemplo da atividade da caça de paca para o consumo humano.

Foram realizadas coletas de amostras de sangue da população indígena e de cães; fezes de cães também foram coletadas nos peridomicílios das aldeias. Como uma ação adicional, foi realizada a coleta de carrapatos de cães, para o estudo e vigilância de vetores das riquetsioses pelo Laboratório de Entomologia da Fiocruz Rondônia, em Porto Velho. Ações educativas foram realizadas com a população indígena, bem como a conscientização sobre o correto manejo ou descarte das vísceras de animais oriundos da caça.

A coordenadora do Laboratório de Referência Nacional em Hidatidose, Rosângela Rodrigues e Silva, que esteve à frente das atividades em Rondônia enfatizou que o trabalho de vigilância é importante para a descoberta de evidências sorológicas em pessoas no início da contaminação, antes mesmo de os sinais clínicos surgirem, o que permite o diagnóstico precoce e o tratamento médico adequado.

O compartilhamento de conhecimentos científicos sobre a doença entre a população indígena e os profissionais de saúde locais fortalece as políticas de vigilância e de conscientização no território.

Equinococose Neotropical

A Equinococose Neotropical é uma doença causada pelo verme Echinococcus vogeli, que quando em sua forma larval, parasita o ser humano, principalmente no fígado.

A transmissão da doença em humanos acontece geralmente em circunstâncias de consumo da carne de paca e quando suas vísceras são fornecidas cruas a cães domésticos, que eliminam as formas infectantes (ovos e larvas) no ambiente doméstico, por meio das fezes.

A evolução do parasita no fígado humano geralmente ocorre de forma lenta e os primeiros sintomas costumam surgir em alguns anos e até décadas depois da infecção.

Os principais sinais clínicos da doença são associados à doença hepática, como distensão abdominal, dor e insuficiência hepática. Frequentemente, o agravo é confundido com câncer hepático.

Trabalhos foram conduzidos pelo Laboratório de Referência Nacional em Hidatidose, em colaboração com a Fiocruz Rondônia e profissionais da atenção à saúde indígena local
por (outros): 
José Gadelha (Fiocruz Rondônia)

Pesquisadores do Laboratório de Referência Nacional em Hidatidose do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), vinculado ao Laboratório de Parasitologia Integrativa e Paleoparasitologia, realizaram uma ação de vigilância da Equinococose Neotropical em comunidades indígenas nos municípios de Vilhena e Chupinguaia, em Rondônia.

A ação, em colaboração com a Fiocruz Rondônia, Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) e Casa de Apoio à Saúde Indígena (CASAI/Vilhena), se deu em resposta a uma demanda apresentada pela comunidade indígena no município de Chupinguaia, a partir da ocorrência de casos confirmados e suspeitos da Equinococose Neotropical entre os indígenas.

O trabalho, autorizado pela Funai, também resultou na capacitação de profissionais de saúde nos municípios de Vilhena e Chupinguaia.

Trabalhos de orientação e conscientização foram realizados com a população indígena

A iniciativa foi expandida para outras comunidades indígenas nas proximidades que apresentavam comportamento favorável para um cenário propício à ocorrência da Equinococose Neotropical, a exemplo da atividade da caça de paca para o consumo humano.

Foram realizadas coletas de amostras de sangue da população indígena e de cães; fezes de cães também foram coletadas nos peridomicílios das aldeias. Como uma ação adicional, foi realizada a coleta de carrapatos de cães, para o estudo e vigilância de vetores das riquetsioses pelo Laboratório de Entomologia da Fiocruz Rondônia, em Porto Velho. Ações educativas foram realizadas com a população indígena, bem como a conscientização sobre o correto manejo ou descarte das vísceras de animais oriundos da caça.

A coordenadora do Laboratório de Referência Nacional em Hidatidose, Rosângela Rodrigues e Silva, que esteve à frente das atividades em Rondônia enfatizou que o trabalho de vigilância é importante para a descoberta de evidências sorológicas em pessoas no início da contaminação, antes mesmo de os sinais clínicos surgirem, o que permite o diagnóstico precoce e o tratamento médico adequado.

O compartilhamento de conhecimentos científicos sobre a doença entre a população indígena e os profissionais de saúde locais fortalece as políticas de vigilância e de conscientização no território.

Equinococose Neotropical

A Equinococose Neotropical é uma doença causada pelo verme Echinococcus vogeli, que quando em sua forma larval, parasita o ser humano, principalmente no fígado.

A transmissão da doença em humanos acontece geralmente em circunstâncias de consumo da carne de paca e quando suas vísceras são fornecidas cruas a cães domésticos, que eliminam as formas infectantes (ovos e larvas) no ambiente doméstico, por meio das fezes.

A evolução do parasita no fígado humano geralmente ocorre de forma lenta e os primeiros sintomas costumam surgir em alguns anos e até décadas depois da infecção.

Os principais sinais clínicos da doença são associados à doença hepática, como distensão abdominal, dor e insuficiência hepática. Frequentemente, o agravo é confundido com câncer hepático.

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)