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Adeus a Nicolau Serra-Freire

Especialista em ácaros e carrapatos transmissores de doenças, o pesquisador teve atuação de destaque na formação de estudantes
Por Jornalismo IOC25/06/2015 - Atualizado em 10/12/2019
Especialista em ácaros e carrapatos transmissores de doenças, o pesquisador teve atuação de destaque na formação de estudantes

Responsável por recuperar a Coleção de Artrópodes Vetores Ápteros de Importância em Saúde das Comunidades do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o pesquisador Nicolau Maués Serra-Freire, faleceu na noite de quarta-feira (24/06), aos 67 anos. O especialista, que atuava no Serviço de Referência para Carrapatos de Interesse Médico e Veterinário, no Laboratório Nacional e Internacional de Referência em Taxonomia de Triatomíneos do IOC, dedicou sua carreira à medicina veterinária, com foco em Parasitologia, Acarologia e Epizootiologia. Nos últimos anos, destinou sua atenção à investigação de doenças que têm carrapatos como vetores. Com forte atuação em ensino, orientou mais de cem mestres e doutores em sua carreira.

Casado com a também pesquisadora Delir Corrêa Gomes Maués Serra-Freire, chefe do Laboratório de Helmintos Parasitos de Vertebrados do IOC, Nicolau chegou ao Instituto em 1992 após convite de seu amigo e futuro companheiro de trabalho José Jurberg, chefe do Laboratório Nacional e Internacional de Referência em Taxonomia de Triatomíneos.

Gutemberg Brito

Nicolau Maués Serra-Freire em entrevista no ano de 2009

Por meio do convênio de cooperação técnica e científica entre a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e o IOC, Nicolau veio ao Instituto com a função de reiniciar os estudos com carrapatos, tarefa que cumpriu com maestria. “O IOC, desde a sua fundação, tinha um laboratório para o estudo de carrapatos, mas quando o pesquisador Henrique Aragão, responsável pelo setor, faleceu, em 1956, o laboratório ficou inativo. Havia uma coleção entomológica imensa. Entrei em contato com o Nicolau e o convidei para reativar o laboratório”, lembrou Jurberg, lamentando a perda precoce do colega.

Carreira

Grande parte da carreira científica de Serra-Freire foi realizada na UFRRJ. Na instituição, o pesquisador se formou em medicina veterinária em 1970, concluindo seu mestrado seis anos mais tarde. O doutoramento seria obtido em 1979. Em seu pós-doutorado, Nicolau optou por respirar novos ares e foi estudar na Universidade de Edimburgo, uma das instituições de ensino de maior prestígio da Escócia, onde finalizou suas pesquisas em 1982.

De volta ao Brasil, Serra-Freire continuou a atuar na UFRRJ como professor, trabalhando ainda em outras universidades. Em 1992, chegou ao IOC, onde trabalhou até o seu falecimento, contribuindo para pesquisas na área de parasitologia e formando quase uma centena de mestres e doutores. “A colaboração dele para a ciência foi, além de seus estudos, a formação de centenas de indivíduos”, ressaltou Jurberg.

Nicolau deixa esposa, 3 filhos e 6 netos.

Fernanda Turino 25/06/2015 .

Especialista em ácaros e carrapatos transmissores de doenças, o pesquisador teve atuação de destaque na formação de estudantes
Por: 
jornalismo

Especialista em ácaros e carrapatos transmissores de doenças, o pesquisador teve atuação de destaque na formação de estudantes

Responsável por recuperar a Coleção de Artrópodes Vetores Ápteros de Importância em Saúde das Comunidades do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o pesquisador Nicolau Maués Serra-Freire, faleceu na noite de quarta-feira (24/06), aos 67 anos. O especialista, que atuava no Serviço de Referência para Carrapatos de Interesse Médico e Veterinário, no Laboratório Nacional e Internacional de Referência em Taxonomia de Triatomíneos do IOC, dedicou sua carreira à medicina veterinária, com foco em Parasitologia, Acarologia e Epizootiologia. Nos últimos anos, destinou sua atenção à investigação de doenças que têm carrapatos como vetores. Com forte atuação em ensino, orientou mais de cem mestres e doutores em sua carreira.

Casado com a também pesquisadora Delir Corrêa Gomes Maués Serra-Freire, chefe do Laboratório de Helmintos Parasitos de Vertebrados do IOC, Nicolau chegou ao Instituto em 1992 após convite de seu amigo e futuro companheiro de trabalho José Jurberg, chefe do Laboratório Nacional e Internacional de Referência em Taxonomia de Triatomíneos.

Gutemberg Brito

Nicolau Maués Serra-Freire em entrevista no ano de 2009

Por meio do convênio de cooperação técnica e científica entre a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e o IOC, Nicolau veio ao Instituto com a função de reiniciar os estudos com carrapatos, tarefa que cumpriu com maestria. “O IOC, desde a sua fundação, tinha um laboratório para o estudo de carrapatos, mas quando o pesquisador Henrique Aragão, responsável pelo setor, faleceu, em 1956, o laboratório ficou inativo. Havia uma coleção entomológica imensa. Entrei em contato com o Nicolau e o convidei para reativar o laboratório”, lembrou Jurberg, lamentando a perda precoce do colega.

Carreira

Grande parte da carreira científica de Serra-Freire foi realizada na UFRRJ. Na instituição, o pesquisador se formou em medicina veterinária em 1970, concluindo seu mestrado seis anos mais tarde. O doutoramento seria obtido em 1979. Em seu pós-doutorado, Nicolau optou por respirar novos ares e foi estudar na Universidade de Edimburgo, uma das instituições de ensino de maior prestígio da Escócia, onde finalizou suas pesquisas em 1982.

De volta ao Brasil, Serra-Freire continuou a atuar na UFRRJ como professor, trabalhando ainda em outras universidades. Em 1992, chegou ao IOC, onde trabalhou até o seu falecimento, contribuindo para pesquisas na área de parasitologia e formando quase uma centena de mestres e doutores. “A colaboração dele para a ciência foi, além de seus estudos, a formação de centenas de indivíduos”, ressaltou Jurberg.

Nicolau deixa esposa, 3 filhos e 6 netos.

Fernanda Turino
25/06/2015
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Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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