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Artigo: O uso de animais e a ética na Ciência

Confira o artigo assinado por Wilson Savino, diretor do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), e Hugo Caire de Castro Faria Neto, vice-diretor de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do IOC
Por Jornalismo IOC11/12/2013 - Atualizado em 10/12/2019

Um mundo em que o uso de animais para a experimentação científica não seja necessário. Quem não gostaria de viver em um mundo assim? Apesar de grandes expectativas neste sentido, infelizmente não é esta a situação da ciência na atualidade. Desde que pautada na ética, no bem-estar e no rígido controle sobre sua utilização, a experimentação animal no campo da saúde permanece imprescindível para a descoberta de novos medicamentos, vacinas e tratamentos para doenças.

O aumento na expectativa e a melhoria na qualidade de vida que vemos hoje na população se devem, em muito, a inovações médicas que, no passado, dependeram do uso de animais. Isso inclui as vacinas atualmente disponíveis nos postos de saúde e os medicamentos que se pode comprar na farmácia.

A ciência tem investido no desenvolvimento de métodos alternativos ao uso de animais entre eles, estão o cultivo de células e tecidos, e os modelos virtuais que recorrem à bioinformática para prever as reações dos organismos. A busca por métodos alternativos, porém, ainda esbarra em limitações: são aplicáveis em determinadas etapas da pesquisa e em situações específicas. Ainda estamos longe de uma solução que reproduza de forma precisa as complexas interações do organismo.

As estratégias da ciência para o uso responsável e ético de animais têm sido pautadas na tríade: substituição, redução e refinamento. Assim, o uso só é permitido quando não há alternativa conhecida, autorizando-se o menor número de animais necessário para resultados válidos e buscando-se, sempre que possível, o refinamento de técnicas e procedimentos para resultados mais precisos.

Além do imperativo ético, o uso responsável e o foco no bem-estar dos animais é uma exigência legal. A ciência está submetida a diversas instâncias de regulamentação e a rigoroso controle das atividades de pesquisa. A redução do sofrimento por meio do uso de anestésicos e analgésicos, a escolha de técnicas adequadas e a necessidade de acompanhamento por veterinários são protocolos obrigatórios.

Hoje, o impedimento da experimentação animal em pesquisas significaria uma perda para a saúde da população e um retrocesso para a ciência. Cabe aos pesquisadores e às instituições manterem seu compromisso de responsabilidade e ética com os animais, firmes no propósito de beneficiar a sociedade.

*Artigo assinado por Wilson Savino, diretor do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), e Hugo Caire de Castro Faria Neto, vice-diretor de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz)

11/12/2013
Autorizada a reprodução sem fins lucrativos desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

Confira o artigo assinado por Wilson Savino, diretor do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), e Hugo Caire de Castro Faria Neto, vice-diretor de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do IOC
Por: 
jornalismo

Um mundo em que o uso de animais para a experimentação científica não seja necessário. Quem não gostaria de viver em um mundo assim? Apesar de grandes expectativas neste sentido, infelizmente não é esta a situação da ciência na atualidade. Desde que pautada na ética, no bem-estar e no rígido controle sobre sua utilização, a experimentação animal no campo da saúde permanece imprescindível para a descoberta de novos medicamentos, vacinas e tratamentos para doenças.

O aumento na expectativa e a melhoria na qualidade de vida que vemos hoje na população se devem, em muito, a inovações médicas que, no passado, dependeram do uso de animais. Isso inclui as vacinas atualmente disponíveis nos postos de saúde e os medicamentos que se pode comprar na farmácia.

A ciência tem investido no desenvolvimento de métodos alternativos ao uso de animais entre eles, estão o cultivo de células e tecidos, e os modelos virtuais que recorrem à bioinformática para prever as reações dos organismos. A busca por métodos alternativos, porém, ainda esbarra em limitações: são aplicáveis em determinadas etapas da pesquisa e em situações específicas. Ainda estamos longe de uma solução que reproduza de forma precisa as complexas interações do organismo.

As estratégias da ciência para o uso responsável e ético de animais têm sido pautadas na tríade: substituição, redução e refinamento. Assim, o uso só é permitido quando não há alternativa conhecida, autorizando-se o menor número de animais necessário para resultados válidos e buscando-se, sempre que possível, o refinamento de técnicas e procedimentos para resultados mais precisos.

Além do imperativo ético, o uso responsável e o foco no bem-estar dos animais é uma exigência legal. A ciência está submetida a diversas instâncias de regulamentação e a rigoroso controle das atividades de pesquisa. A redução do sofrimento por meio do uso de anestésicos e analgésicos, a escolha de técnicas adequadas e a necessidade de acompanhamento por veterinários são protocolos obrigatórios.

Hoje, o impedimento da experimentação animal em pesquisas significaria uma perda para a saúde da população e um retrocesso para a ciência. Cabe aos pesquisadores e às instituições manterem seu compromisso de responsabilidade e ética com os animais, firmes no propósito de beneficiar a sociedade.

*Artigo assinado por Wilson Savino, diretor do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), e Hugo Caire de Castro Faria Neto, vice-diretor de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz)

11/12/2013

Autorizada a reprodução sem fins lucrativos desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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