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Atentos à avaliação da Capes

Mesa-redonda com coordenadores de Pós do Instituto debateu aspectos em torno da formação do discente durante a Semana da Pós-graduação
Por Kadu Cayres17/09/2019 - Atualizado em 15/10/2019

A mesa-redonda com os coordenadores dos Programas de Pós do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) foi um dos destaques da Semana da Pós-graduação Stricto sensu do IOC, realizada entre os dias 9 e 13 de setembro. O tema central das discussões girou em torno do Seminário de Meio-Termo da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), espécie de avaliação intermediária que fornece um diagnóstico da qualidade de cada área e discute perspectivas para os próximos anos.

Estudantes e docentes conduziram o debate. Participaram os coordenadores dos sete Programas Stricto sensu do IOC: Martha Mutis (Medicina Tropical), Cléber Galvão (Biodiversidade e Saúde), Ernesto Caffarena, coordenador adjunto, representando a coordenadora Ana Carolina Ramos Guimarães (Biologia Computacional e Sistemas), Leila Mendonça (Biologia Celular e Molecular), Tania Araújo-Jorge (Ensino em Biociências e Saúde), André Roque, coordenador adjunto, representando o coordenador Rafael Freitas (Biologia Parasitária) e Fernando Genta (Vigilância e Controle de Vetores).

A mesa-redonda com os coordenadores dos Programas de Pós do Instituto foi um dos destaques da Semana da Pós-graduação do IOC (Foto: Gutemberg Brito)

De olho da formação

Foco mais no discente do que no docente. Esta colocação foi unanime entre os coordenadores de pós-graduação sobre a próxima Avaliação Quadrienal da Capes, a ser realizada daqui a dois anos. De acordo com a coordenadora Martha Mutis (Medicina Tropical), a partir de 2021, cada programa de pós-graduação será avaliado em três quesitos: programa, formação e impacto na sociedade. “A nova proposta da Capes foca na formação do discente. Não apenas volta o olhar para aqueles que estão em curso, mas também para os egressos”, comentou.

Para Cleber Galvão, coordenador da pós em Biodiversidade e Saúde, a avaliação será mais positiva do que a anterior. “Tudo que envolve o programa, como o corpo docente, produção de conhecimento, planejamento e autoavaliação, passa a ser considerado no processo de avaliação, que conta com uma ficha técnica menos extensa e com mais ênfase na avaliação qualitativa e na autoavaliação”, disse, pontuando que a avaliação multidimensional levará em conta cinco aspectos: ensino e aprendizagem, internacionalização, produção científica, inovação e transferência de conhecimento, e impacto e relevância econômica e social. “Esse novo modelo reduz a subjetividade de algumas classificações, permitindo a realização de comparações”, acrescentou.

Sobre a questão da multidimensionalidade, o coordenador adjunto da Pós em Biologia Parasitária, André Roque, sinalizou: “Um dos aspectos deste modelo de avaliação é a inserção social da produção acadêmica dos nossos programas. Um exercício que teremos que fazer é valorizar mais isso. Existe muita inserção social entre os nossos discentes que a gente não consegue mensurar porque não dispõe de mecanismos para coletar tais informações”, salientou.

E por falar em mecanismos de mensuração, importante para o cumprimento do quesito ‘Impacto na sociedade’, a coordenadora da Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular, Leila de Mendonça, ressaltou a necessidade de ferramentas para acompanhar a atuação dos egressos. “Nosso programa conta com 1.222 egressos: 717 mestres e 505 doutores. No balanço realizado com os doutores, verificamos que quase 80% mantém o currículo Lattes atualizado, fator que indica a continuidade da atuação na área da pesquisa científica. No entanto, precisamos de ferramentas para além das plataformas Sucupira e Lattes para esse acompanhamento”, reforçou.

Foco mais no discente do que no docente. Esta colocação foi unanime entre os coordenadores de pós-graduação sobre a próxima Avaliação Quadrienal da Capes, a ser realizada daqui a dois anos. (Foto: Gutemberg Brito)

Para a coordenadora do programa em Ensino em Biociências e Saúde, Tania Araújo-Jorge, a alteração no processo reduziu o número de quesitos e itens da ficha de avaliação, destacando aqueles que ressaltam a qualidade dos programas. Além disso, o aumento do número de estratos Qualis deixou a classificação mais equilibrada. “Antes eram 7 estratos, e agora são 8. Essa nova classificação busca critérios mais objetivos que permitam uma comparação mais equilibrada entre áreas de avaliação, atentando-se também para a internacionalização”, declarou.

Quanto aos três quesitos da nova avaliação, Fernando Genta, coordenador do Mestrado Profissional em Vigilância e Controle de Vetores, adiantou que um grupo de trabalho foi criado, entre os docentes, para discutir, exclusivamente, a questão da autoavaliação. “Em relação ao impacto do programa para a sociedade – quesito que vai verificar o caráter inovador da produção intelectual, os efeitos econômicos e sociais do curso – estamos bem, pois dois alunos egressos atuam em programas de controle de algumas prefeituras”, completou.

O Seminário de Meio-Termo será realizado até o final de outubro. Sendo assim, nem todos os programas de pós-graduação ligados às 49 áreas da Capes já participaram – como o caso da pós-graduação em Biologia Computacional e Sistemas do Instituto. “Ainda não participamos, mas estou certo de que, ao final, teremos uma ficha de avaliação mais simplificada e clara para a academia como um todo”, comentou Ernesto Caffarena, coordenador adjunto do Programa.

Disciplinas em pauta

No mesmo dia do Seminário, que aconteceu no dia 12, também foi realizada a apresentação das perspectivas e ações do Grupo de Trabalho sobre Disciplinas da Pós-graduação do IOC, coordenado por Vanessa Salete de Paula, chefe do Laboratório de Virologia Molecular do IOC. “Em um ano de atividade, realizamos o mapeamento das aulas oferecidas, instituímos o formulário online e o regulamento para cadastro de novas disciplinas, e reformulamos o sistema de avaliação”, apresentou a coordenadora, destacando que, após a reformulação, mais de 150 avaliações foram realizadas pelos alunos e 82% das delas classificaram as disciplinas com nota acima de 8.

Em relação às perspectivas, Vanessa apontou o cadastrado online de todas as disciplinas até janeiro de 2020, a realização de um novo mapeamento após o cadastramento virtual, o envio de um relatório sobre a avaliação às coordenações de pós-graduação do IOC e a elaboração de um fluxograma das disciplinas oferecidas anualmente. “Está também no nosso horizonte o debate sobre o que fazer com as disciplinas que foram avaliadas com notas inferiores a 7”, completou.

A programação do dia contou, ainda, com mesas de discussão dos projetos discentes, espaço reservado aos futuros mestres e doutores para a discussão científica em torno de suas dissertações e teses.

Mesa-redonda com coordenadores de Pós do Instituto debateu aspectos em torno da formação do discente durante a Semana da Pós-graduação
Por: 
kadu

A mesa-redonda com os coordenadores dos Programas de Pós do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) foi um dos destaques da Semana da Pós-graduação Stricto sensu do IOC, realizada entre os dias 9 e 13 de setembro. O tema central das discussões girou em torno do Seminário de Meio-Termo da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), espécie de avaliação intermediária que fornece um diagnóstico da qualidade de cada área e discute perspectivas para os próximos anos.

Estudantes e docentes conduziram o debate. Participaram os coordenadores dos sete Programas Stricto sensu do IOC: Martha Mutis (Medicina Tropical), Cléber Galvão (Biodiversidade e Saúde), Ernesto Caffarena, coordenador adjunto, representando a coordenadora Ana Carolina Ramos Guimarães (Biologia Computacional e Sistemas), Leila Mendonça (Biologia Celular e Molecular), Tania Araújo-Jorge (Ensino em Biociências e Saúde), André Roque, coordenador adjunto, representando o coordenador Rafael Freitas (Biologia Parasitária) e Fernando Genta (Vigilância e Controle de Vetores).

A mesa-redonda com os coordenadores dos Programas de Pós do Instituto foi um dos destaques da Semana da Pós-graduação do IOC (Foto: Gutemberg Brito)

De olho da formação

Foco mais no discente do que no docente. Esta colocação foi unanime entre os coordenadores de pós-graduação sobre a próxima Avaliação Quadrienal da Capes, a ser realizada daqui a dois anos. De acordo com a coordenadora Martha Mutis (Medicina Tropical), a partir de 2021, cada programa de pós-graduação será avaliado em três quesitos: programa, formação e impacto na sociedade. “A nova proposta da Capes foca na formação do discente. Não apenas volta o olhar para aqueles que estão em curso, mas também para os egressos”, comentou.

Para Cleber Galvão, coordenador da pós em Biodiversidade e Saúde, a avaliação será mais positiva do que a anterior. “Tudo que envolve o programa, como o corpo docente, produção de conhecimento, planejamento e autoavaliação, passa a ser considerado no processo de avaliação, que conta com uma ficha técnica menos extensa e com mais ênfase na avaliação qualitativa e na autoavaliação”, disse, pontuando que a avaliação multidimensional levará em conta cinco aspectos: ensino e aprendizagem, internacionalização, produção científica, inovação e transferência de conhecimento, e impacto e relevância econômica e social. “Esse novo modelo reduz a subjetividade de algumas classificações, permitindo a realização de comparações”, acrescentou.

Sobre a questão da multidimensionalidade, o coordenador adjunto da Pós em Biologia Parasitária, André Roque, sinalizou: “Um dos aspectos deste modelo de avaliação é a inserção social da produção acadêmica dos nossos programas. Um exercício que teremos que fazer é valorizar mais isso. Existe muita inserção social entre os nossos discentes que a gente não consegue mensurar porque não dispõe de mecanismos para coletar tais informações”, salientou.

E por falar em mecanismos de mensuração, importante para o cumprimento do quesito ‘Impacto na sociedade’, a coordenadora da Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular, Leila de Mendonça, ressaltou a necessidade de ferramentas para acompanhar a atuação dos egressos. “Nosso programa conta com 1.222 egressos: 717 mestres e 505 doutores. No balanço realizado com os doutores, verificamos que quase 80% mantém o currículo Lattes atualizado, fator que indica a continuidade da atuação na área da pesquisa científica. No entanto, precisamos de ferramentas para além das plataformas Sucupira e Lattes para esse acompanhamento”, reforçou.

Foco mais no discente do que no docente. Esta colocação foi unanime entre os coordenadores de pós-graduação sobre a próxima Avaliação Quadrienal da Capes, a ser realizada daqui a dois anos. (Foto: Gutemberg Brito)

Para a coordenadora do programa em Ensino em Biociências e Saúde, Tania Araújo-Jorge, a alteração no processo reduziu o número de quesitos e itens da ficha de avaliação, destacando aqueles que ressaltam a qualidade dos programas. Além disso, o aumento do número de estratos Qualis deixou a classificação mais equilibrada. “Antes eram 7 estratos, e agora são 8. Essa nova classificação busca critérios mais objetivos que permitam uma comparação mais equilibrada entre áreas de avaliação, atentando-se também para a internacionalização”, declarou.

Quanto aos três quesitos da nova avaliação, Fernando Genta, coordenador do Mestrado Profissional em Vigilância e Controle de Vetores, adiantou que um grupo de trabalho foi criado, entre os docentes, para discutir, exclusivamente, a questão da autoavaliação. “Em relação ao impacto do programa para a sociedade – quesito que vai verificar o caráter inovador da produção intelectual, os efeitos econômicos e sociais do curso – estamos bem, pois dois alunos egressos atuam em programas de controle de algumas prefeituras”, completou.

O Seminário de Meio-Termo será realizado até o final de outubro. Sendo assim, nem todos os programas de pós-graduação ligados às 49 áreas da Capes já participaram – como o caso da pós-graduação em Biologia Computacional e Sistemas do Instituto. “Ainda não participamos, mas estou certo de que, ao final, teremos uma ficha de avaliação mais simplificada e clara para a academia como um todo”, comentou Ernesto Caffarena, coordenador adjunto do Programa.

Disciplinas em pauta

No mesmo dia do Seminário, que aconteceu no dia 12, também foi realizada a apresentação das perspectivas e ações do Grupo de Trabalho sobre Disciplinas da Pós-graduação do IOC, coordenado por Vanessa Salete de Paula, chefe do Laboratório de Virologia Molecular do IOC. “Em um ano de atividade, realizamos o mapeamento das aulas oferecidas, instituímos o formulário online e o regulamento para cadastro de novas disciplinas, e reformulamos o sistema de avaliação”, apresentou a coordenadora, destacando que, após a reformulação, mais de 150 avaliações foram realizadas pelos alunos e 82% das delas classificaram as disciplinas com nota acima de 8.

Em relação às perspectivas, Vanessa apontou o cadastrado online de todas as disciplinas até janeiro de 2020, a realização de um novo mapeamento após o cadastramento virtual, o envio de um relatório sobre a avaliação às coordenações de pós-graduação do IOC e a elaboração de um fluxograma das disciplinas oferecidas anualmente. “Está também no nosso horizonte o debate sobre o que fazer com as disciplinas que foram avaliadas com notas inferiores a 7”, completou.

A programação do dia contou, ainda, com mesas de discussão dos projetos discentes, espaço reservado aos futuros mestres e doutores para a discussão científica em torno de suas dissertações e teses.

Edição: 
Vinicius Ferreira

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)