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Centenário da descoberta do T. gondii é tema das Memórias do IOC

Número temático reúne pesquisadores do Brasil, América do Norte, América do Sul, Europa e Austrália para debater avanços nas pesquisas sobre o parasito e a toxoplasmose
Por Jornalismo IOC04/05/2009 - Atualizado em 10/12/2019

Em comemoração ao centenário da descoberta do parasito Toxoplasma gondii pesquisadores de dezesseis países contribuíram para edição de março das Memórias do Instituto Oswaldo Cruz sobre a toxoplasmose. O número compila o debate ocorrido entre as quatro gerações de estudiosos no Toxoplasma Centennial Congress from Discovery to Public Health Management, realizado em Búzios (Rio de Janeiro), em setembro de 2008, com apoio do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). A amplitude de foco dos artigos varia desde uma perspectiva histórica, com homenagens aos pioneiros Alfonso Splendore, Charles Nicolle e Luis Manceaux, e suas contribuições para o progresso na pesquisa da parasitologia, da clínica, do diagnóstico e da biologia molecular do T. gondii até trabalhos sobre gestão da saúde pública, por meio de diagnósticos e controle ambiental da infecção.

As investigações sobre a variabilidade genética do T. gondii foram debatidas por Dubey e Su, que compararam cepas de taxoplasma oriundas dos Estados Unidos e do Brasil e concluíram que as estruturas populacionais diferentes do parasito entre estes países podem ser moldadas pelas rotas transmissão. A equipe australiana de Backwell analisou a variabilidade genética humana como ferramenta para a compreensão de fatores de risco para a doença, e que bebês infectados através das mães no começo da gravidez correm mais riscos, por terem o sistema imunológico mais sensível. O pesquisador Erick Vaz Guimarães, do Laboratório de Biologia Estrutural do IOC, investigou a relação parasito hospedeiro por meio da biologia molecular, fornecendo novos dados sobre o potencial da utilização de culturas de células primárias do músculo esquelético como um modelo in vitro da diferenciação da cepa RH do parasito.

A resposta imune ao T. gondii foi investigada em nove artigos, que ressaltam os avanços alcançados nos últimos 15 anos sobre o tema. Os americanos Hunter e Tait exploram o desenvolvimento de um modelo para estudar imunidade ao T. gondii no artigo; Garweg e Candolf discutiram o conhecimento atual e as possíveis pistas de como se da a imunopatologia da toxoplasmose ocular. A equipe brasileira coordenada por Bahia-Oliveira descreveu o papel da imonomodulação cruzada para T. gondii e Ascaris lumbricoides na toxoplasmose ocular em áreas endêmicas.

A vacinologia foi abordada nos trabalhos de Innes e seus colaboradores, que discutiram desafios e progressos da saúde pública por meio da história do desenvolvimento de vacinas veterinárias contra T. gondii como forma de controlar a infecção. A hipótese é evitar a toxoplasmose congênita e reduzir cistos teciduais em animais produtores de carne e para evitar a contaminação dos gatos. A pesquisa de Jongert sinaliza para prioridade na busca de vacinas contra a infecção pelo T.gondii em humanos, para a importância da transmissão materno-fetal e a prevenção da doença ocular.

O desenvolvimento de tecnologias moleculares tem colaborado para maior precisão no diagnóstico, como demonstra a pesquisa de Bessières, que discute o diagnóstico pré-natal e neonatal em pacientes com toxoplasmose congênita na França. O tema também foi desenvolvido por Neves, que investigou o diagnóstico em pacientes com toxoplasmose aguda adquirida (TAA), com intuito de criar um protocolo a ser utilizado no tratamento da doença.

O controle da toxoplasmose tornou-se um esforço multidisciplinar e um desafio para gestores da saúde pública em todo mundo, como mostra a investigação ambiental em toxoplasmose pontuada por Villena em um trabalho sobre os métodos para a detecção do parasito T. gondii na água e sua aplicação na região de Champagne-Ardenne, França; a pesquisa desenvolvida por Forman descreveu a prevalência de T. gondii em mamíferos marinhos britânicos.

A inclusão da toxoplasmose na pauta de debates internacionais responde a necessidade de inserir afecções como a toxoplasmose congênita na lista de doenças negligenciadas, uma estratégia eficiente para chamar atenção de autoridades da saúde pública em todo o mundo para questão. A presente edição das Memórias do IOC contribui com a compreensão da biologia do parasito T. gondii por meio de revisões críticas de literatura e artigos inovadores desenvolvidos por pesquisadores de dezesseis países. Os artigos são consensuais quanto aos avanços a serem conquistados nesta área de pesquisa nos próximos anos.

Leia a íntegra da nova edição das Memórias do Instituto Oswaldo Cruz. O acesso é gratuito.

Pâmela Pinto

04/05/2009

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Número temático reúne pesquisadores do Brasil, América do Norte, América do Sul, Europa e Austrália para debater avanços nas pesquisas sobre o parasito e a toxoplasmose
Por: 
jornalismo

Em comemoração ao centenário da descoberta do parasito Toxoplasma gondii pesquisadores de dezesseis países contribuíram para edição de março das Memórias do Instituto Oswaldo Cruz sobre a toxoplasmose. O número compila o debate ocorrido entre as quatro gerações de estudiosos no Toxoplasma Centennial Congress from Discovery to Public Health Management, realizado em Búzios (Rio de Janeiro), em setembro de 2008, com apoio do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). A amplitude de foco dos artigos varia desde uma perspectiva histórica, com homenagens aos pioneiros Alfonso Splendore, Charles Nicolle e Luis Manceaux, e suas contribuições para o progresso na pesquisa da parasitologia, da clínica, do diagnóstico e da biologia molecular do T. gondii até trabalhos sobre gestão da saúde pública, por meio de diagnósticos e controle ambiental da infecção.

As investigações sobre a variabilidade genética do T. gondii foram debatidas por Dubey e Su, que compararam cepas de taxoplasma oriundas dos Estados Unidos e do Brasil e concluíram que as estruturas populacionais diferentes do parasito entre estes países podem ser moldadas pelas rotas transmissão. A equipe australiana de Backwell analisou a variabilidade genética humana como ferramenta para a compreensão de fatores de risco para a doença, e que bebês infectados através das mães no começo da gravidez correm mais riscos, por terem o sistema imunológico mais sensível. O pesquisador Erick Vaz Guimarães, do Laboratório de Biologia Estrutural do IOC, investigou a relação parasito hospedeiro por meio da biologia molecular, fornecendo novos dados sobre o potencial da utilização de culturas de células primárias do músculo esquelético como um modelo in vitro da diferenciação da cepa RH do parasito.

A resposta imune ao T. gondii foi investigada em nove artigos, que ressaltam os avanços alcançados nos últimos 15 anos sobre o tema. Os americanos Hunter e Tait exploram o desenvolvimento de um modelo para estudar imunidade ao T. gondii no artigo; Garweg e Candolf discutiram o conhecimento atual e as possíveis pistas de como se da a imunopatologia da toxoplasmose ocular. A equipe brasileira coordenada por Bahia-Oliveira descreveu o papel da imonomodulação cruzada para T. gondii e Ascaris lumbricoides na toxoplasmose ocular em áreas endêmicas.

A vacinologia foi abordada nos trabalhos de Innes e seus colaboradores, que discutiram desafios e progressos da saúde pública por meio da história do desenvolvimento de vacinas veterinárias contra T. gondii como forma de controlar a infecção. A hipótese é evitar a toxoplasmose congênita e reduzir cistos teciduais em animais produtores de carne e para evitar a contaminação dos gatos. A pesquisa de Jongert sinaliza para prioridade na busca de vacinas contra a infecção pelo T.gondii em humanos, para a importância da transmissão materno-fetal e a prevenção da doença ocular.

O desenvolvimento de tecnologias moleculares tem colaborado para maior precisão no diagnóstico, como demonstra a pesquisa de Bessières, que discute o diagnóstico pré-natal e neonatal em pacientes com toxoplasmose congênita na França. O tema também foi desenvolvido por Neves, que investigou o diagnóstico em pacientes com toxoplasmose aguda adquirida (TAA), com intuito de criar um protocolo a ser utilizado no tratamento da doença.

O controle da toxoplasmose tornou-se um esforço multidisciplinar e um desafio para gestores da saúde pública em todo mundo, como mostra a investigação ambiental em toxoplasmose pontuada por Villena em um trabalho sobre os métodos para a detecção do parasito T. gondii na água e sua aplicação na região de Champagne-Ardenne, França; a pesquisa desenvolvida por Forman descreveu a prevalência de T. gondii em mamíferos marinhos britânicos.

A inclusão da toxoplasmose na pauta de debates internacionais responde a necessidade de inserir afecções como a toxoplasmose congênita na lista de doenças negligenciadas, uma estratégia eficiente para chamar atenção de autoridades da saúde pública em todo o mundo para questão. A presente edição das Memórias do IOC contribui com a compreensão da biologia do parasito T. gondii por meio de revisões críticas de literatura e artigos inovadores desenvolvidos por pesquisadores de dezesseis países. Os artigos são consensuais quanto aos avanços a serem conquistados nesta área de pesquisa nos próximos anos.

Leia a íntegra da nova edição das Memórias do Instituto Oswaldo Cruz. O acesso é gratuito.



Pâmela Pinto



04/05/2009



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Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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