Leptospirose, HIV, saúde e sociedade: estes foram os primeiros temas discutidos pelo Centro de Estudos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), há 18 anos, quando a iniciativa semanal ganhou regularidade, tornou-se disciplina obrigatória dos programas de pós-graduação IOC e passou a contar com registro dos encontros.
Tradicional atividade acadêmica do IOC, o Centro de Estudos discute temas de importância para a saúde, tanto ao resgatar contextos históricos, como ao lançar o olhar para o futuro da tecnologia, com a missão de cativar a atenção de estudantes de pós-graduação e pesquisadores para a troca de experiências e o debate cientifico.
As sessões recebem como convidados pesquisadores, especialistas e profissionais, entre brasileiros e estrangeiros, de distintas áreas do conhecimento das mais diversas instituições de pesquisa e ensino.
Para comemorar esses 18 anos, foi realizada uma edição especial do encontro na última sexta-feira, 03 de julho.
O evento contou com a presença do Presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Paulo Gadelha; do diretor do IOC, Wilson Savino; e dos atuais coordenadores da iniciativa, Alda Maria da Cruz e Caio Torres dos Santos.
Na ocasião, Gadelha destacou as contribuições do Centro de Estudos.
"Esta atividade pode ser entendida, em amplitude, como um centro de convivência. Além do ganho em conhecimento, há troca de emoções e impressões que vão muito além do aspecto formal do tema trabalhado. Este é um momento de comemorar o passado, mas também de projetar futuros", afirmou o presidente da Fundação.
Já Wilson Savino ressaltou a qualidade e a regularidade como segredos para o sucesso dos encontros.
"Temos aqui um conjunto de pessoas de diversas gerações com um objetivo comum que é contribuir para a promoção da saúde através da geração de conhecimento cientÃfico. A efervescência das discussões é uma caracterÃstica inerente deste encontro semanal que passou a fazer parte da agenda cientÃfica do Instituto", afirmou Savino.
Homenageado por suas contribuições para o Centro de Estudos, José Rodrigues Coura destacou a sua importância ao inspirar jovens cientistas. Foto: Gutemberg BritoUm dos idealizadores da iniciativa, criada em 1980, o chefe do Laboratório de Doenças Parasitárias do IOC, José Rodrigues Coura ministrou a palestra 'A criação do Centro de Estudos do IOC e sua evolução'.
Coura destacou o empenho das primeiras edições que passaram a identificar palestrantes e lista de presentes em livros de registro a partir de 1997.
"Ao longo da minha carreira, conheci grandes pesquisadores que me inspiraram a ser professor, por isso o Centro de Estudos é tão importante. Hoje, vejo no amadurecimento dos alunos de pós-graduação o estÃmulo para que essa atividade continue por muito tempo", disse.
Em seguida, Paulo Gadelha reeditou a palestra 'Ciência, saúde e sociedade: a contribuição para o espaço Museu da Vida', ministrada em 1997, quando atuava como diretor da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz).
Gadelha apresentou ainda um panorama da evolução acadêmica, que valoriza e entende como fundamental a divulgação cientÃfica.
"Nós fazemos ciência direcionada para a melhoria da qualidade de vida da população. Como um processo social, a ciência não pode ser enclausurada, mas deve ser passada adiante para as novas gerações", enfatizou.
Como parte da celebração, foram homenageados com placas comemorativas os pesquisadores que se dedicaram à coordenação do Centro de Estudos nos últimos anos:
:: Silvio Celso (pesquisador aposentado do IOC)
:: Leila de Mendonça Lima (Laboratório de Genômica Funcional e Bioinformática)
:: Marli Maria Lima (Laboratório de Ecoepidemiologia da Doença de Chagas)
:: PatrÃcia Bozza (Laboratório de Imunofarmacologia)
:: Claire Fernandes Kubelka (Laboratório de Imunologia Viral)
:: Simone Monteiro (Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde)
:: Yara Maria Traub (Laboratório de Biologia Molecular de Parasitos e Vetores)
:: Pedro Hernan Cabello (Laboratório de Genética Humana)
:: Cláudia Levy (Laboratório de Biologia Molecular e Doenças Endêmicas)
:: Clarissa Maya (Laboratório de Imunofarmacologia)
:: José Rodrigues Coura (Laboratório de Doenças Parasitárias)
"Temos que celebrar a data e valorizar esta atividade acadêmica, que também é cientÃfica e de encontro de estudantes, pesquisadores e toda a comunidade do IOC, juntamente com as outras unidades que participam do evento", salientou PatrÃcia Bozza, coordenadora da iniciativa entre os anos de 2004 e 2006.
Coordenadora entre 2004 e 2006, PatrÃcia Bozza lembrou que o encontro reúne toda a comunidade do IOC. Foto: Gutemberg BritoPrestes a completarem um ano à frente da coordenação da atividade, Alda Maria da Cruz e Eduardo Caio Torres dos Santos avaliam a experiência.
"Temos o desafio de oferecer encontros de qualidade para a Academia, com temas importantes que complementem os estudos desenvolvidos no IOC. Além da presença maciça dos estudantes, também queremos atrair a atenção de pesquisadores, pois essa experiência tende a contribuir para um debate mais rico", afirmou a Alda.
"A oralidade está presente na cultura acadêmica há um longo tempo e esta é a prática do CE: abrir espaço para discutir os bastidores da pesquisa cientÃfica - de resultados ainda não divulgados à s perspectivas de encaminhamento dos estudos", complementou Eduardo.
O presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, e o diretor do IOC, Wilson Savino, saúdam os atuais coordenadores Alda Maria da Cruz e Eduardo Caio Torres dos SantosO Centro de Estudos também permite o aprendizado de novas metodologias e o intercâmbio entre estudantes de áreas diferentes do conhecimento.
"Considero uma oportunidade Ãmpar para conhecer o trabalho dos colegas. Na nossa função, tão importante quanto produzir os dados, é torná-los públicos e acessÃveis", ressaltou Julianna Siciliano de Araújo, aluna de mestrado do Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Biologia Celular e Molecular do IOC.
"Nossa Instituição tem um caráter multidisciplinar que valoriza o conhecimento de áreas distintas. Temos que nos formar pesquisadores com visões amplas e entender além daquilo que faz parte da nossa área e o Centro de Estudos contribui para isso", destacou Marianne Rocha Simões Silva, estudante de doutorado do mesmo Programa.
Leptospirose, HIV, saúde e sociedade: estes foram os primeiros temas discutidos pelo Centro de Estudos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), há 18 anos, quando a iniciativa semanal ganhou regularidade, tornou-se disciplina obrigatória dos programas de pós-graduação IOC e passou a contar com registro dos encontros.
Tradicional atividade acadêmica do IOC, o Centro de Estudos discute temas de importância para a saúde, tanto ao resgatar contextos históricos, como ao lançar o olhar para o futuro da tecnologia, com a missão de cativar a atenção de estudantes de pós-graduação e pesquisadores para a troca de experiências e o debate cientifico.
As sessões recebem como convidados pesquisadores, especialistas e profissionais, entre brasileiros e estrangeiros, de distintas áreas do conhecimento das mais diversas instituições de pesquisa e ensino.
Para comemorar esses 18 anos, foi realizada uma edição especial do encontro na última sexta-feira, 03 de julho.
O evento contou com a presença do Presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Paulo Gadelha; do diretor do IOC, Wilson Savino; e dos atuais coordenadores da iniciativa, Alda Maria da Cruz e Caio Torres dos Santos.
Na ocasião, Gadelha destacou as contribuições do Centro de Estudos.
"Esta atividade pode ser entendida, em amplitude, como um centro de convivência. Além do ganho em conhecimento, há troca de emoções e impressões que vão muito além do aspecto formal do tema trabalhado. Este é um momento de comemorar o passado, mas também de projetar futuros", afirmou o presidente da Fundação.
Já Wilson Savino ressaltou a qualidade e a regularidade como segredos para o sucesso dos encontros.
"Temos aqui um conjunto de pessoas de diversas gerações com um objetivo comum que é contribuir para a promoção da saúde através da geração de conhecimento cientÃfico. A efervescência das discussões é uma caracterÃstica inerente deste encontro semanal que passou a fazer parte da agenda cientÃfica do Instituto", afirmou Savino.
Homenageado por suas contribuições para o Centro de Estudos, José Rodrigues Coura destacou a sua importância ao inspirar jovens cientistas. Foto: Gutemberg BritoUm dos idealizadores da iniciativa, criada em 1980, o chefe do Laboratório de Doenças Parasitárias do IOC, José Rodrigues Coura ministrou a palestra 'A criação do Centro de Estudos do IOC e sua evolução'.
Coura destacou o empenho das primeiras edições que passaram a identificar palestrantes e lista de presentes em livros de registro a partir de 1997.
"Ao longo da minha carreira, conheci grandes pesquisadores que me inspiraram a ser professor, por isso o Centro de Estudos é tão importante. Hoje, vejo no amadurecimento dos alunos de pós-graduação o estÃmulo para que essa atividade continue por muito tempo", disse.
Em seguida, Paulo Gadelha reeditou a palestra 'Ciência, saúde e sociedade: a contribuição para o espaço Museu da Vida', ministrada em 1997, quando atuava como diretor da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz).
Gadelha apresentou ainda um panorama da evolução acadêmica, que valoriza e entende como fundamental a divulgação cientÃfica.
"Nós fazemos ciência direcionada para a melhoria da qualidade de vida da população. Como um processo social, a ciência não pode ser enclausurada, mas deve ser passada adiante para as novas gerações", enfatizou.
Como parte da celebração, foram homenageados com placas comemorativas os pesquisadores que se dedicaram à coordenação do Centro de Estudos nos últimos anos:
:: Silvio Celso (pesquisador aposentado do IOC)
:: Leila de Mendonça Lima (Laboratório de Genômica Funcional e Bioinformática)
:: Marli Maria Lima (Laboratório de Ecoepidemiologia da Doença de Chagas)
:: PatrÃcia Bozza (Laboratório de Imunofarmacologia)
:: Claire Fernandes Kubelka (Laboratório de Imunologia Viral)
:: Simone Monteiro (Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde)
:: Yara Maria Traub (Laboratório de Biologia Molecular de Parasitos e Vetores)
:: Pedro Hernan Cabello (Laboratório de Genética Humana)
:: Cláudia Levy (Laboratório de Biologia Molecular e Doenças Endêmicas)
:: Clarissa Maya (Laboratório de Imunofarmacologia)
:: José Rodrigues Coura (Laboratório de Doenças Parasitárias)
"Temos que celebrar a data e valorizar esta atividade acadêmica, que também é cientÃfica e de encontro de estudantes, pesquisadores e toda a comunidade do IOC, juntamente com as outras unidades que participam do evento", salientou PatrÃcia Bozza, coordenadora da iniciativa entre os anos de 2004 e 2006.
Coordenadora entre 2004 e 2006, PatrÃcia Bozza lembrou que o encontro reúne toda a comunidade do IOC. Foto: Gutemberg BritoPrestes a completarem um ano à frente da coordenação da atividade, Alda Maria da Cruz e Eduardo Caio Torres dos Santos avaliam a experiência.
"Temos o desafio de oferecer encontros de qualidade para a Academia, com temas importantes que complementem os estudos desenvolvidos no IOC. Além da presença maciça dos estudantes, também queremos atrair a atenção de pesquisadores, pois essa experiência tende a contribuir para um debate mais rico", afirmou a Alda.
"A oralidade está presente na cultura acadêmica há um longo tempo e esta é a prática do CE: abrir espaço para discutir os bastidores da pesquisa cientÃfica - de resultados ainda não divulgados à s perspectivas de encaminhamento dos estudos", complementou Eduardo.
O presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, e o diretor do IOC, Wilson Savino, saúdam os atuais coordenadores Alda Maria da Cruz e Eduardo Caio Torres dos SantosO Centro de Estudos também permite o aprendizado de novas metodologias e o intercâmbio entre estudantes de áreas diferentes do conhecimento.
"Considero uma oportunidade Ãmpar para conhecer o trabalho dos colegas. Na nossa função, tão importante quanto produzir os dados, é torná-los públicos e acessÃveis", ressaltou Julianna Siciliano de Araújo, aluna de mestrado do Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Biologia Celular e Molecular do IOC.
"Nossa Instituição tem um caráter multidisciplinar que valoriza o conhecimento de áreas distintas. Temos que nos formar pesquisadores com visões amplas e entender além daquilo que faz parte da nossa área e o Centro de Estudos contribui para isso", destacou Marianne Rocha Simões Silva, estudante de doutorado do mesmo Programa.
Com informações de Fernanda Turino
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)