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Chegada do dengue tipo 4 no RJ é tema de editorial

Assinado por virologista do IOC na edição de maio da revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, texto apresenta os avanços e desafios impostos à vigilância epidemiológica com a ocorrência do sorotipo no Estado
Por Jornalismo IOC31/05/2011 - Atualizado em 10/12/2019

Os desafios impostos à vigilância epidemiológica com a chegada do vírus dengue tipo 4 no Estado do Rio de Janeiro são tema do editorial da edição de maio da revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz. Assinado pela chefe do Laboartório de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Rita Nogueira e pela coordenadora de vigilância em saúde da Fundação Municipal de Saúde de Niterói, Ana Eppinghaus. O texto apresenta um panorama da dispersão do vírus no país e reforça a importância da detecção precoce dos primeiros casos de dengue tipo 4 na região Sudeste.

O vírus dengue tipo 4 re-emergiu no Estado de Roraima em julho de 2010. Antes disso, o sorotipo havia sido detecado há cerca de 30 anos, quando causou um surto restrito à Boa Vista, capital de Roraima, entre os anos de 1981 e 1982, com 11 mil casos notificados. O editorial destaca que a chegada deste sorotipo no Rio de Janeiro, oito meses após o seu ressurgimento, em Roraima, a quase 5 mil quilômetros de distância, tem particular importância e significado epidemiológico.

Os primeiros casos de dengue 4 na região Sudeste foram detectados em Niterói, mais especificamente na região oceânica do município. Até o final do mês de abril, já haviam sido registrados sete casos deste sorotipo no muncípio. Os dados preliminares do sequenciamento parcial mostraram que o dengue 4 encontrado em Niterói corresponde ao mesmo genótipo do vírus que circula em outros países da América do Sul. Desde a década de 1990, a região oceânica de Niterói vem passando por um intenso processo de crescimento da população e um aumento da construção civil. Esta região tem relatado um número significativo de casos de dengue nos últimos dez anos e sempre contribui para a investigação da circulação viral das amostras. Portanto, embora o número de casos de dengue tipo 1 tenha aumentado no primeiro semestre de 2011 nesta região e no município de Niterói, um sistema de vigilância epidemiológica eficiente permitiu a detecção precoce dos primeiros casos de dengue 4, apontam as especialistas.

Para encerrar, o texto aborda questões históricas relacionadas à chegada de um novo sorotipo da dengue no Rio de Janeiro, com base na investigação realizada durante 25 anos sob a coordenação de Hermann Schatzmayr, virologista do IOC morto em 21 de junho de 2010. A chegada do dengue tipo 4 no Rio de Janeiro representa, mais uma vez, outro grande desafio para a vigilância epidemiológica, controle e saúde no Brasil, finalizam as pesquisadoras.

As Memórias do Instituto Oswaldo Cruz publicou também, em 1986, a descoberta dos primeiros casos relacionados ao vírus dengue tipo 1 no estado do Rio de Janeiro em artigo assinado pelos pesquisadores do IOC Hermann Schatzmayr, Rita Nogueira e pela pesquisadora do Instituto Evandro Chagas (PA), Amélia Travassos da Rosa.

Assinado por virologista do IOC na edição de maio da revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, texto apresenta os avanços e desafios impostos à vigilância epidemiológica com a ocorrência do sorotipo no Estado
Por: 
jornalismo

Os desafios impostos à vigilância epidemiológica com a chegada do vírus dengue tipo 4 no Estado do Rio de Janeiro são tema do editorial da edição de maio da revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz. Assinado pela chefe do Laboartório de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Rita Nogueira e pela coordenadora de vigilância em saúde da Fundação Municipal de Saúde de Niterói, Ana Eppinghaus. O texto apresenta um panorama da dispersão do vírus no país e reforça a importância da detecção precoce dos primeiros casos de dengue tipo 4 na região Sudeste.

O vírus dengue tipo 4 re-emergiu no Estado de Roraima em julho de 2010. Antes disso, o sorotipo havia sido detecado há cerca de 30 anos, quando causou um surto restrito à Boa Vista, capital de Roraima, entre os anos de 1981 e 1982, com 11 mil casos notificados. O editorial destaca que a chegada deste sorotipo no Rio de Janeiro, oito meses após o seu ressurgimento, em Roraima, a quase 5 mil quilômetros de distância, tem particular importância e significado epidemiológico.

Os primeiros casos de dengue 4 na região Sudeste foram detectados em Niterói, mais especificamente na região oceânica do município. Até o final do mês de abril, já haviam sido registrados sete casos deste sorotipo no muncípio. Os dados preliminares do sequenciamento parcial mostraram que o dengue 4 encontrado em Niterói corresponde ao mesmo genótipo do vírus que circula em outros países da América do Sul. Desde a década de 1990, a região oceânica de Niterói vem passando por um intenso processo de crescimento da população e um aumento da construção civil. Esta região tem relatado um número significativo de casos de dengue nos últimos dez anos e sempre contribui para a investigação da circulação viral das amostras. Portanto, embora o número de casos de dengue tipo 1 tenha aumentado no primeiro semestre de 2011 nesta região e no município de Niterói, um sistema de vigilância epidemiológica eficiente permitiu a detecção precoce dos primeiros casos de dengue 4, apontam as especialistas.

Para encerrar, o texto aborda questões históricas relacionadas à chegada de um novo sorotipo da dengue no Rio de Janeiro, com base na investigação realizada durante 25 anos sob a coordenação de Hermann Schatzmayr, virologista do IOC morto em 21 de junho de 2010. A chegada do dengue tipo 4 no Rio de Janeiro representa, mais uma vez, outro grande desafio para a vigilância epidemiológica, controle e saúde no Brasil, finalizam as pesquisadoras.

As Memórias do Instituto Oswaldo Cruz publicou também, em 1986, a descoberta dos primeiros casos relacionados ao vírus dengue tipo 1 no estado do Rio de Janeiro em artigo assinado pelos pesquisadores do IOC Hermann Schatzmayr, Rita Nogueira e pela pesquisadora do Instituto Evandro Chagas (PA), Amélia Travassos da Rosa.

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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