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Chikungunya: risco de vírus chegar ao Brasil é alto

Estudo coordenado pelo IOC revela que mosquitos de dez países das Américas são altamente capazes de transmitir a febre do chikungunya, semelhante à dengue
Por Maíra Menezes08/04/2014 - Atualizado em 10/12/2019

Estudo coordenado pelo Instituto Oswaldo Cruz revela que mosquitos de dez países das Américas são altamente capazes de transmitir a febre chikungunya, que provoca doença semelhante à dengue e é transmitida pelo mesmo vetor

Após causar epidemias na Ásia, África, Europa e Caribe, o vírus chikungunya tem grande possibilidade de se espalhar pelo Brasil e por outros países das Américas, segundo um estudo desenvolvido pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em parceria com o Instituto Pasteur. A pesquisa, publicada no Journal of Virology, revela que em cidades populosas como o Rio de Janeiro, onde há grande infestação de mosquitos Aedes aegypti, um dos vetores da doença, o risco de disseminação é muito alto.

De acordo com o pesquisador do Laboratório de Hematozoários do IOC e coordenador do estudo, Ricardo Lourenço, a preocupação no continente americano cresceu depois que casos suspeitos da febre chikungunya foram identificados na ilha de Saint Martin, no Caribe, em dezembro de 2013. Desde 2004, o vírus vem se alastrando pelo mundo e já houve registro de casos importados no Brasil, envolvendo pessoas que viajaram para outros países. A transmissão da doença em solo brasileiro ainda não ocorreu, mas a pesquisa recém concluída revela que há um risco real e é preciso agir para evitar uma epidemia grave, uma vez que os mosquitos transmissores são os mesmos da dengue, afirmou.

O estudo comprova, pela primeira vez, que mosquitos Aedes aegypit e Aedes albopictus de dez países do continente americano são altamente capazes de transmitir chikungunya. A maior eficiência para disseminar a doença foi encontrada nos vetores da América Latina, com destaque para o Rio de Janeiro. Em uma das populações de Aedes albopictus da cidade, foi identificado que 96,7% dos insetos passaram a transmitir o vírus uma semana após ter ingerido sangue contaminado. Além disso, o vírus passou a ser transmitido pela picada de alguns mosquitos do Rio de Janeiro apenas dois dias depois de eles terem sido infectados.

Não existe vacina, nem remédio específico contra o chikungunya. O tratamento da doença consiste em hidratação e uso de medicamentos para aliviar os sintomas semelhantes aos da dengue, incluindo, ainda, fortes dores nas articulações que podem perdurar por vários dias. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), complicações graves são raras, mas em pessoas idosas, a infecção pode contribuir para a morte.

Para Ricardo, o controle da doença depende do combate aos mosquitos. Além da dengue, que é um risco constante no Brasil, há agora um novo motivo para as autoridades e a população reforçarem as ações contra os mosquitos vetores, que são os mesmos, ressalta.


Maíra Menezes
08/04/2014
Autorizada a reprodução sem fins lucrativos desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz).

Estudo coordenado pelo IOC revela que mosquitos de dez países das Américas são altamente capazes de transmitir a febre do chikungunya, semelhante à dengue
Por: 
maira

Estudo coordenado pelo Instituto Oswaldo Cruz revela que mosquitos de dez países das Américas são altamente capazes de transmitir a febre chikungunya, que provoca doença semelhante à dengue e é transmitida pelo mesmo vetor

Após causar epidemias na Ásia, África, Europa e Caribe, o vírus chikungunya tem grande possibilidade de se espalhar pelo Brasil e por outros países das Américas, segundo um estudo desenvolvido pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em parceria com o Instituto Pasteur. A pesquisa, publicada no Journal of Virology, revela que em cidades populosas como o Rio de Janeiro, onde há grande infestação de mosquitos Aedes aegypti, um dos vetores da doença, o risco de disseminação é muito alto.

De acordo com o pesquisador do Laboratório de Hematozoários do IOC e coordenador do estudo, Ricardo Lourenço, a preocupação no continente americano cresceu depois que casos suspeitos da febre chikungunya foram identificados na ilha de Saint Martin, no Caribe, em dezembro de 2013. Desde 2004, o vírus vem se alastrando pelo mundo e já houve registro de casos importados no Brasil, envolvendo pessoas que viajaram para outros países. A transmissão da doença em solo brasileiro ainda não ocorreu, mas a pesquisa recém concluída revela que há um risco real e é preciso agir para evitar uma epidemia grave, uma vez que os mosquitos transmissores são os mesmos da dengue, afirmou.

O estudo comprova, pela primeira vez, que mosquitos Aedes aegypit e Aedes albopictus de dez países do continente americano são altamente capazes de transmitir chikungunya. A maior eficiência para disseminar a doença foi encontrada nos vetores da América Latina, com destaque para o Rio de Janeiro. Em uma das populações de Aedes albopictus da cidade, foi identificado que 96,7% dos insetos passaram a transmitir o vírus uma semana após ter ingerido sangue contaminado. Além disso, o vírus passou a ser transmitido pela picada de alguns mosquitos do Rio de Janeiro apenas dois dias depois de eles terem sido infectados.

Não existe vacina, nem remédio específico contra o chikungunya. O tratamento da doença consiste em hidratação e uso de medicamentos para aliviar os sintomas semelhantes aos da dengue, incluindo, ainda, fortes dores nas articulações que podem perdurar por vários dias. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), complicações graves são raras, mas em pessoas idosas, a infecção pode contribuir para a morte.

Para Ricardo, o controle da doença depende do combate aos mosquitos. Além da dengue, que é um risco constante no Brasil, há agora um novo motivo para as autoridades e a população reforçarem as ações contra os mosquitos vetores, que são os mesmos, ressalta.



Maíra Menezes

08/04/2014

Autorizada a reprodução sem fins lucrativos desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz).

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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