Promover a dignidade menstrual e quebrar tabus sobre a menstruação foram os principais objetivos que inspiraram pesquisadoras do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) a criar o ‘Ciclo do Poder’, um jogo de tabuleiro que estimula o aprendizado sobre o tema de forma lúdica e acessível.
Idealizado em parceria com a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) e a Universidade Federal Fluminense (UFF), o game foi lançado oficialmente na última sexta-feira (27/06), em evento realizado no auditório da EPSJV, no campus da Fiocruz, em Manguinhos (RJ).
A cerimônia de lançamento foi prestigiada pela diretora do IOC, Tania Araujo-Jorge; pela diretora da EPSJV, Anamaria Corbo; pela representante do Programa Fiocruz Mulheres e Meninas na Ciência, Cristina Araripe; pelo diretor do Instituto de Biologia da UFF, Marcelo Gonzalez; e pelo deputado federal Chico Alencar (PSOL/RJ), que, recentemente, destinou verba de emenda parlamentar para impressão de exemplares do jogo.
Confira o evento completo na íntegra:
A origem do tabuleiro está relacionada ao conceito de dignidade menstrual, que significa garantir que todas as pessoas que menstruam tenham acesso a produtos menstruais adequados, condições mínimas de higiene e informações sobre o tema.
Inspiradas por essa proposta, as pesquisadoras buscaram criar um material colaborativo e capaz de responder ao máximo de dúvidas possíveis sobre a menstruação, desde implicações sociais e culturais até questões envolvendo a saúde e o bem-estar mental.
“Pessoas que têm útero menstruam. Ponto. Como nós podemos falar sobre isso sem que seja um grande tabu?”, reflete a pesquisadora do Laboratório de Biologia Molecular de Insetos do IOC, Rafaela Bruno, ao relembrar a pergunta que motivou o início do projeto.
Em ‘Ciclo do Poder’, os participantes são convidados a ajudar uma pessoa que menstrua, chamada Cris, a passar pelo seu primeiro ciclo menstrual. Para essa missão, é preciso lidar com questões importantes, como o acesso a produtos de higiene e as relações sociais que afetam a forma como a menstruação é vista na sociedade.
Cada carta do jogo apresenta desafios que pessoas que menstruam podem enfrentar. Com isso, os jogadores devem debater para decidir, em conjunto, a melhor maneira de lidar com cada situação-problema.
As criadoras explicam que não há respostas certas ou erradas: o grande triunfo do game é justamente incentivar o diálogo com educadores e familiares e promover a troca de experiências e informações.
“Não queríamos um jogo competitivo. O espírito que desejamos transmitir com o tabuleiro é o da colaboração e do diálogo”, destaca a idealizadora e pesquisadora do Laboratório de Protozoologia do Instituto, Tania Zaverucha.
Rafaela conta que as filhas das idealizadoras do ‘Ciclo’ também tiveram um papel importante no desenvolvimento do game, trazendo percepções e perguntas de quem vive a sua primeira menstruação.
“Nós tivemos, dentro de nossas casas, as nossas pequenas inspirações. Na época em que começamos a conversar sobre o jogo, nossas filhas estavam próximas de sua primeira menstruação. Por eu ser bióloga, sempre conversei bastante com minha filha sobre o assunto, mas ela vinha me contar que muitas das amigas da escola sabiam quase nada sobre o assunto”, relembra a pesquisadora.
Antes mesmo do lançamento oficial, o ‘Ciclo do Poder’ já vinha sendo apresentado em diferentes espaços. Em 2024, o jogo foi premiado durante o 23º Simpósio Brasileiro de Jogos e Entretenimento Digital (SBGames) nas categorias de ‘melhor boardgame’ e ‘melhor visual de boardgame’.
Em janeiro de 2025 foi eleito o jogo independente brasileiro de 2024, segundo pesquisa do site especializado Drops de Jogos/Geração Gamer. O tabuleiro também foi tema de edição do Centro de Estudos do IOC em março.
A pesquisadora do Laboratório de Biologia Molecular de Insetos do Instituto, Renata Maia, reflete que a maior conquista do ‘Ciclo do Poder’ vai além das premiações: está na capacidade de criar espaços seguros para conversas que, muitas vezes, são evitadas por vergonha ou desinformação.
“Eu atribuo o grande sucesso do jogo à facilidade de abertura do diálogo sobre um tema tão sensível. O Ciclo do Poder favorece um sistema empático. Nós nos emocionamos de diferentes formas, ouvindo relatos que nos impactam profundamente e reforçam a importância desse material”, conclui.
Ao fim da programação, o público presente foi convidado a jogar o Ciclo do Poder.
Promover a dignidade menstrual e quebrar tabus sobre a menstruação foram os principais objetivos que inspiraram pesquisadoras do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) a criar o ‘Ciclo do Poder’, um jogo de tabuleiro que estimula o aprendizado sobre o tema de forma lúdica e acessível.
Idealizado em parceria com a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) e a Universidade Federal Fluminense (UFF), o game foi lançado oficialmente na última sexta-feira (27/06), em evento realizado no auditório da EPSJV, no campus da Fiocruz, em Manguinhos (RJ).
A cerimônia de lançamento foi prestigiada pela diretora do IOC, Tania Araujo-Jorge; pela diretora da EPSJV, Anamaria Corbo; pela representante do Programa Fiocruz Mulheres e Meninas na Ciência, Cristina Araripe; pelo diretor do Instituto de Biologia da UFF, Marcelo Gonzalez; e pelo deputado federal Chico Alencar (PSOL/RJ), que, recentemente, destinou verba de emenda parlamentar para impressão de exemplares do jogo.
Confira o evento completo na íntegra:
A origem do tabuleiro está relacionada ao conceito de dignidade menstrual, que significa garantir que todas as pessoas que menstruam tenham acesso a produtos menstruais adequados, condições mínimas de higiene e informações sobre o tema.
Inspiradas por essa proposta, as pesquisadoras buscaram criar um material colaborativo e capaz de responder ao máximo de dúvidas possíveis sobre a menstruação, desde implicações sociais e culturais até questões envolvendo a saúde e o bem-estar mental.
“Pessoas que têm útero menstruam. Ponto. Como nós podemos falar sobre isso sem que seja um grande tabu?”, reflete a pesquisadora do Laboratório de Biologia Molecular de Insetos do IOC, Rafaela Bruno, ao relembrar a pergunta que motivou o início do projeto.
Em ‘Ciclo do Poder’, os participantes são convidados a ajudar uma pessoa que menstrua, chamada Cris, a passar pelo seu primeiro ciclo menstrual. Para essa missão, é preciso lidar com questões importantes, como o acesso a produtos de higiene e as relações sociais que afetam a forma como a menstruação é vista na sociedade.
Cada carta do jogo apresenta desafios que pessoas que menstruam podem enfrentar. Com isso, os jogadores devem debater para decidir, em conjunto, a melhor maneira de lidar com cada situação-problema.
As criadoras explicam que não há respostas certas ou erradas: o grande triunfo do game é justamente incentivar o diálogo com educadores e familiares e promover a troca de experiências e informações.
“Não queríamos um jogo competitivo. O espírito que desejamos transmitir com o tabuleiro é o da colaboração e do diálogo”, destaca a idealizadora e pesquisadora do Laboratório de Protozoologia do Instituto, Tania Zaverucha.
Rafaela conta que as filhas das idealizadoras do ‘Ciclo’ também tiveram um papel importante no desenvolvimento do game, trazendo percepções e perguntas de quem vive a sua primeira menstruação.
“Nós tivemos, dentro de nossas casas, as nossas pequenas inspirações. Na época em que começamos a conversar sobre o jogo, nossas filhas estavam próximas de sua primeira menstruação. Por eu ser bióloga, sempre conversei bastante com minha filha sobre o assunto, mas ela vinha me contar que muitas das amigas da escola sabiam quase nada sobre o assunto”, relembra a pesquisadora.
Antes mesmo do lançamento oficial, o ‘Ciclo do Poder’ já vinha sendo apresentado em diferentes espaços. Em 2024, o jogo foi premiado durante o 23º Simpósio Brasileiro de Jogos e Entretenimento Digital (SBGames) nas categorias de ‘melhor boardgame’ e ‘melhor visual de boardgame’.
Em janeiro de 2025 foi eleito o jogo independente brasileiro de 2024, segundo pesquisa do site especializado Drops de Jogos/Geração Gamer. O tabuleiro também foi tema de edição do Centro de Estudos do IOC em março.
A pesquisadora do Laboratório de Biologia Molecular de Insetos do Instituto, Renata Maia, reflete que a maior conquista do ‘Ciclo do Poder’ vai além das premiações: está na capacidade de criar espaços seguros para conversas que, muitas vezes, são evitadas por vergonha ou desinformação.
“Eu atribuo o grande sucesso do jogo à facilidade de abertura do diálogo sobre um tema tão sensível. O Ciclo do Poder favorece um sistema empático. Nós nos emocionamos de diferentes formas, ouvindo relatos que nos impactam profundamente e reforçam a importância desse material”, conclui.
Ao fim da programação, o público presente foi convidado a jogar o Ciclo do Poder.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)