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Ciência e entretenimento

Pesquisadores e estudantes discutem o uso da ficção científica como técnica de ensino e aprendizagem
Por Lucas Rocha17/11/2015 - Atualizado em 13/12/2024

Pesquisadores e estudantes discutem o uso da ficção científica como técnica de ensino e aprendizagem

 

Livros, filmes e revistas em quadrinhos: são inúmeras as oportunidades para mergulhar no mundo da ficção científica. Para discutir o tema que também pode ser utilizado como técnica de ensino e aprendizagem, o Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) realizou, no dia 19 de novembro, o I Encontro de Ficção Científica e Ensino de Ciências, organizado pela pesquisadora Lucia de La Rocque Rodriguez e pela tecnologista do Laboratório Anunciata Sawada. A atividade contou com a presença do escritor especializado em ficção científica, Gerson Lodi-Ribeiro, e da coordenadora do grupo de pesquisa ‘Imaginário Tecnológico’ da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ), Ieda Tucherman.

Gutemberg Brito

Com narrativas que ampliam a visão da realidade, a ficção científica pode ser utilizada como técnica de divulgação da ciência, por meio de filmes, livros e artigos acadêmicos, por exemplo


Quando se fala em ficção científica, ‘De Volta Para o Futuro’, ‘O Parque dos Dinossauros’ e ‘2001: Uma Odisseia no Espaço’ são alguns dos títulos que vem à memória. Das telas do cinema às páginas de livros, de revistas em quadrinhos a ensaios e artigos acadêmicos – são diversos os exemplos que mostram como a ficção científica pode ser uma ferramenta útil para o ensino e a aprendizagem com base em recursos midiáticos. “A ficção científica é um gênero que se propõe a entreter, mas que, por ser científico, também possui um enorme potencial de informar, educar e até mesmo de instruir, embora este não seja seu objetivo principal”, explicou Gerson. “Precisamos considerar que a imaginação faz parte da ciência e que, a partir disso, o uso da ficção científica pode atrair a atenção de crianças e jovens. Costumo brincar que este gênero é como o personagem Grilo Falante da história do Pinóquio, trazendo ideias e modelos que vão além dos discursos científicos conhecidos”, complementou Ieda. Autor de dezenas de livros, dentre eles ‘O Vampiro de Nova Holanda’ e ‘Outros Brasis’, Gerson apresentou um resgate histórico da ficção científica, ressaltando as primeiras publicações que impulsionaram o gênero. De acordo com o escritor, grandes expoentes da literatura deram força para este desenvolvimento, como Jules Verne, autor dos livros ‘Viagem ao Centro da Terra’ e ‘A Volta ao Mundo em 80 Dias’; H. G. Wells, que assina ‘O Homem Invisível’ e ‘A Guerra dos Mundos’; e Mary Shelley, criadora da obra ‘Frankenstein’. “A ficção científica é algo que transita entre a fantasia e a realidade com base em uma narrativa que extrapola o real”, explicou Gerson. Já Ieda Tucherman, que atua na área de teorias da cultura, ressaltou a importância da imaginação para a construção da ciência. “Existe um mito de que a ciência é pura racionalidade, mas o trabalho de experimentação do cientista considera a elaboração de hipóteses que, a princípio, são imaginárias. Portanto, fazer ciência também é apostar no imaginário que tem uma construção lógica diferente”, destacou. Divulgação científica

A ficção científica será tema de mais um fascículo da série ‘ComCiência e Arte na Escola’, a ser lançado em breve pelo Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos do IOC. Voltado para professores dos ensinos Fundamental e Médio, o material faz parte do projeto de divulgação científica ‘ComCiência na Escola’ que oferece sugestões de atividades nas áreas de biociências e saúde. Microscopia, dengue e oficinas dialógicas de música são alguns dos temas abordados pela iniciativa. Para conferir os exemplares disponíveis, clique aqui. Lucas Rocha 23/11/2015 .

Pesquisadores e estudantes discutem o uso da ficção científica como técnica de ensino e aprendizagem
Por: 
lucas

Pesquisadores e estudantes discutem o uso da ficção científica como técnica de ensino e aprendizagem

 

Livros, filmes e revistas em quadrinhos: são inúmeras as oportunidades para mergulhar no mundo da ficção científica. Para discutir o tema que também pode ser utilizado como técnica de ensino e aprendizagem, o Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) realizou, no dia 19 de novembro, o I Encontro de Ficção Científica e Ensino de Ciências, organizado pela pesquisadora Lucia de La Rocque Rodriguez e pela tecnologista do Laboratório Anunciata Sawada. A atividade contou com a presença do escritor especializado em ficção científica, Gerson Lodi-Ribeiro, e da coordenadora do grupo de pesquisa ‘Imaginário Tecnológico’ da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ), Ieda Tucherman.

Gutemberg Brito

Com narrativas que ampliam a visão da realidade, a ficção científica pode ser utilizada como técnica de divulgação da ciência, por meio de filmes, livros e artigos acadêmicos, por exemplo

Quando se fala em ficção científica, ‘De Volta Para o Futuro’, ‘O Parque dos Dinossauros’ e ‘2001: Uma Odisseia no Espaço’ são alguns dos títulos que vem à memória. Das telas do cinema às páginas de livros, de revistas em quadrinhos a ensaios e artigos acadêmicos – são diversos os exemplos que mostram como a ficção científica pode ser uma ferramenta útil para o ensino e a aprendizagem com base em recursos midiáticos. “A ficção científica é um gênero que se propõe a entreter, mas que, por ser científico, também possui um enorme potencial de informar, educar e até mesmo de instruir, embora este não seja seu objetivo principal”, explicou Gerson. “Precisamos considerar que a imaginação faz parte da ciência e que, a partir disso, o uso da ficção científica pode atrair a atenção de crianças e jovens. Costumo brincar que este gênero é como o personagem Grilo Falante da história do Pinóquio, trazendo ideias e modelos que vão além dos discursos científicos conhecidos”, complementou Ieda. Autor de dezenas de livros, dentre eles ‘O Vampiro de Nova Holanda’ e ‘Outros Brasis’, Gerson apresentou um resgate histórico da ficção científica, ressaltando as primeiras publicações que impulsionaram o gênero. De acordo com o escritor, grandes expoentes da literatura deram força para este desenvolvimento, como Jules Verne, autor dos livros ‘Viagem ao Centro da Terra’ e ‘A Volta ao Mundo em 80 Dias’; H. G. Wells, que assina ‘O Homem Invisível’ e ‘A Guerra dos Mundos’; e Mary Shelley, criadora da obra ‘Frankenstein’. “A ficção científica é algo que transita entre a fantasia e a realidade com base em uma narrativa que extrapola o real”, explicou Gerson. Já Ieda Tucherman, que atua na área de teorias da cultura, ressaltou a importância da imaginação para a construção da ciência. “Existe um mito de que a ciência é pura racionalidade, mas o trabalho de experimentação do cientista considera a elaboração de hipóteses que, a princípio, são imaginárias. Portanto, fazer ciência também é apostar no imaginário que tem uma construção lógica diferente”, destacou. Divulgação científica

A ficção científica será tema de mais um fascículo da série ‘ComCiência e Arte na Escola’, a ser lançado em breve pelo Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos do IOC. Voltado para professores dos ensinos Fundamental e Médio, o material faz parte do projeto de divulgação científica ‘ComCiência na Escola’ que oferece sugestões de atividades nas áreas de biociências e saúde. Microscopia, dengue e oficinas dialógicas de música são alguns dos temas abordados pela iniciativa. Para conferir os exemplares disponíveis, clique aqui. Lucas Rocha 23/11/2015 .

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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