Tradicional atividade de debate científico do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o Centro de Estudos do IOC permitiu, ao longo de 2013, um aprofundado intercâmbio de conhecimento entre os estudantes de Pós-graduação do Instituto e pesquisadores de diversas instituições de pesquisa e ensino do Brasil e do mundo.
A grande variedade de temas debatidos, como o desenvolvimento de novas drogas e vacinas, doença de Chagas, leishmanioses, câncer e espectrometria de massas, contribuiu para o fortalecimento da iniciativa, que contou com 43 edições esse ano.
De acordo com a pesquisadora Claudia Masini d'Ávila Levy, pesquisadora do Laboratório de Biologia Molecular e Doenças Endêmicas e responsável, juntamente com Clarissa Menezes Maya Monteiro, do Laboratório de Imunofarmacologia, por coordenar as atividades, os temas do CE surgem da efervescência intelectual dos cerca de 400 pesquisadores da Casa.
Devido à grande demanda, muitas vezes é preciso remanejar palestras de especialistas convidados para outros dias da semana, uma vez que a sexta-feira, dia em que acontece a iniciativa, é insuficiente, explica.
Desta forma, o CE conta, frequentemente, com sessões extraordinárias.
Fotos: Gutemberg BritoCientistas de 10 países participaram das edições de 2013: Alemanha, Brasil, Cuba, Estados Unidos, França, Holanda, Hungria, Inglaterra, Peru, Suíça.
Dentre os destaques, estão os renomados pesquisadores James McKerrow, da University of California, em São Francisco (EUA); Gabriel Padrón, do Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia de Cuba, e João Carlos Pinto Dias, do Centro de Pesquisas René Rachou (Fiocruz/Minas).
Em tempos onde a informação está ao alcance de um clique, o CE proporciona a alunos e pesquisadores um encontro presencial, onde a comunicação de dados e achados é apenas o pontapé inicial para discussões aprofundadas e troca de vivências.
"O aprendizado está, também, em poder ouvir a bagagem e a experiência de cada um - do palestrante à pessoa que formula perguntas da plateia. E entender, a partir dos mais experientes, como questionar uma apresentação", opina Clarissa Monteiro.
Palco para eventos, inovações e temas polêmicos
O Centro de Estudos também integrou o lançamento de importantes iniciativas institucionais, bem como a divulgação de resultados de estudos de alta relevância.
Como exemplos, podem ser citados o I Simpósio Jovens Cientistas do IOC, onde pesquisadores que ingressaram no Instituto a partir de 2010 tiveram a oportunidade de mostrar seus trabalhos; o Prêmio Anual IOC de Teses Alexandre Peixoto, iniciativa lançada em memória ao legado do pesquisador e que contempla, anualmente, as melhores teses desenvolvidas por doutorandos dos Programas de Pós-graduação Stricto sensu do IOC; e o Mapa de Vulnerabilidade da População dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro frente às Mudanças Climáticas, lançado pra debater os possíveis cenários nos próximos 30 anos.
Fotos: Gutemberg BritoOs prós e contras da utilização de um fator de impacto como ferramenta de avaliação da produção científica e de cientistas - questão polêmica dentro da comunidade - foram tema de calorosa sessão, em outubro.
Estiveram presentes o diretor do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Wilson Savino; o editor da Revista Memórias, Ricardo Lourenço; a vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, Nísia Trindade Lima; o vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Rodrigo Stabeli e outros pesquisadores do IOC.
O impacto de uma pesquisa pode ocorrer também por meio de ações que levem ao desenvolvimento de políticas públicas e à formação de recursos humanos, que somente poderão ser aferidos através de avaliações de média e longa duração", destacou Nísia, na ocasião.
Conduzida pelo especialista em saúde pública Luís Caetano Antunes, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), a sessão Bioprospecção de microbiomas por novas drogas anti-infecciosas trouxe os últimos achados sobre biologia de bacteroides e microbiota anaeróbia com potencial para serem aplicados na identificação de novos alvos terapêuticos.
Antunes, que integra os grupos de pesquisa Inovação em doenças negligenciadas, da Fiocruz, e Bacteriologia de Anaeróbios, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), também debateu a importância de se estabelecer parcerias e redes de inovação em saúde.
Edições integradas
Seguindo a política de integração entre as unidades da Fiocruz, o Centro de Estudos realizou edições em parceria com a Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) e o Centro de Desenvolvimento Tecnológico da Fundação Oswaldo Cruz (CDTS/Fiocruz).
De acordo com Clarissa, 2014 aguarda mais iniciativas do gênero. "Pretendemos reforçar a interação com o Centro de Estudos do CDTS, com o qual temos compartilhados palestras de altíssimo nível a partir da colaboração do diretor, Carlos Morel, e Márcio Rodrigues, coordenador da iniciativa", assinala Clarissa.
A parceria foi inaugurada em julho: a convite do CDTS por meio do programa Ciência Sem Fronteiras, o pesquisador brasileiro radicado nos Estados Unidos, Igor Correia de Almeida, apresentou, no CE, seu projeto de desenvolvimento de uma vacina contra a doença de Chagas, em andamento no Border Biomedical Research Center da Universidade do Texas em El Paso (UTEP). Mais de 100 assistiram à palestra. Já em dezembro, a pesquisadora Beate Kunst, do Museu de História da Medicina de Berlin, participou de uma sessão extraordinária coordenada em parceria com a COC.
A atividade foi incluída nas comemorações do Ano Alemanha+Brasil 2013-2014', e falou sobre restos humanos em exposições e a história da medicina no Charité.
"Isto contribui com o crescimento da qualidade da pesquisa e das colaborações dentro e fora do IOC", diz Clarissa.
Tradicional atividade de debate científico do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o Centro de Estudos do IOC permitiu, ao longo de 2013, um aprofundado intercâmbio de conhecimento entre os estudantes de Pós-graduação do Instituto e pesquisadores de diversas instituições de pesquisa e ensino do Brasil e do mundo.
A grande variedade de temas debatidos, como o desenvolvimento de novas drogas e vacinas, doença de Chagas, leishmanioses, câncer e espectrometria de massas, contribuiu para o fortalecimento da iniciativa, que contou com 43 edições esse ano.
De acordo com a pesquisadora Claudia Masini d'Ávila Levy, pesquisadora do Laboratório de Biologia Molecular e Doenças Endêmicas e responsável, juntamente com Clarissa Menezes Maya Monteiro, do Laboratório de Imunofarmacologia, por coordenar as atividades, os temas do CE surgem da efervescência intelectual dos cerca de 400 pesquisadores da Casa.
Devido à grande demanda, muitas vezes é preciso remanejar palestras de especialistas convidados para outros dias da semana, uma vez que a sexta-feira, dia em que acontece a iniciativa, é insuficiente, explica.
Desta forma, o CE conta, frequentemente, com sessões extraordinárias.
Fotos: Gutemberg BritoCientistas de 10 países participaram das edições de 2013: Alemanha, Brasil, Cuba, Estados Unidos, França, Holanda, Hungria, Inglaterra, Peru, Suíça.
Dentre os destaques, estão os renomados pesquisadores James McKerrow, da University of California, em São Francisco (EUA); Gabriel Padrón, do Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia de Cuba, e João Carlos Pinto Dias, do Centro de Pesquisas René Rachou (Fiocruz/Minas).
Em tempos onde a informação está ao alcance de um clique, o CE proporciona a alunos e pesquisadores um encontro presencial, onde a comunicação de dados e achados é apenas o pontapé inicial para discussões aprofundadas e troca de vivências.
"O aprendizado está, também, em poder ouvir a bagagem e a experiência de cada um - do palestrante à pessoa que formula perguntas da plateia. E entender, a partir dos mais experientes, como questionar uma apresentação", opina Clarissa Monteiro.
Palco para eventos, inovações e temas polêmicos
O Centro de Estudos também integrou o lançamento de importantes iniciativas institucionais, bem como a divulgação de resultados de estudos de alta relevância.
Como exemplos, podem ser citados o I Simpósio Jovens Cientistas do IOC, onde pesquisadores que ingressaram no Instituto a partir de 2010 tiveram a oportunidade de mostrar seus trabalhos; o Prêmio Anual IOC de Teses Alexandre Peixoto, iniciativa lançada em memória ao legado do pesquisador e que contempla, anualmente, as melhores teses desenvolvidas por doutorandos dos Programas de Pós-graduação Stricto sensu do IOC; e o Mapa de Vulnerabilidade da População dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro frente às Mudanças Climáticas, lançado pra debater os possíveis cenários nos próximos 30 anos.
Fotos: Gutemberg BritoOs prós e contras da utilização de um fator de impacto como ferramenta de avaliação da produção científica e de cientistas - questão polêmica dentro da comunidade - foram tema de calorosa sessão, em outubro.
Estiveram presentes o diretor do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Wilson Savino; o editor da Revista Memórias, Ricardo Lourenço; a vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, Nísia Trindade Lima; o vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Rodrigo Stabeli e outros pesquisadores do IOC.
O impacto de uma pesquisa pode ocorrer também por meio de ações que levem ao desenvolvimento de políticas públicas e à formação de recursos humanos, que somente poderão ser aferidos através de avaliações de média e longa duração", destacou Nísia, na ocasião.
Conduzida pelo especialista em saúde pública Luís Caetano Antunes, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), a sessão Bioprospecção de microbiomas por novas drogas anti-infecciosas trouxe os últimos achados sobre biologia de bacteroides e microbiota anaeróbia com potencial para serem aplicados na identificação de novos alvos terapêuticos.
Antunes, que integra os grupos de pesquisa Inovação em doenças negligenciadas, da Fiocruz, e Bacteriologia de Anaeróbios, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), também debateu a importância de se estabelecer parcerias e redes de inovação em saúde.
Edições integradas
Seguindo a política de integração entre as unidades da Fiocruz, o Centro de Estudos realizou edições em parceria com a Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) e o Centro de Desenvolvimento Tecnológico da Fundação Oswaldo Cruz (CDTS/Fiocruz).
De acordo com Clarissa, 2014 aguarda mais iniciativas do gênero. "Pretendemos reforçar a interação com o Centro de Estudos do CDTS, com o qual temos compartilhados palestras de altíssimo nível a partir da colaboração do diretor, Carlos Morel, e Márcio Rodrigues, coordenador da iniciativa", assinala Clarissa.
A parceria foi inaugurada em julho: a convite do CDTS por meio do programa Ciência Sem Fronteiras, o pesquisador brasileiro radicado nos Estados Unidos, Igor Correia de Almeida, apresentou, no CE, seu projeto de desenvolvimento de uma vacina contra a doença de Chagas, em andamento no Border Biomedical Research Center da Universidade do Texas em El Paso (UTEP). Mais de 100 assistiram à palestra. Já em dezembro, a pesquisadora Beate Kunst, do Museu de História da Medicina de Berlin, participou de uma sessão extraordinária coordenada em parceria com a COC.
A atividade foi incluída nas comemorações do Ano Alemanha+Brasil 2013-2014', e falou sobre restos humanos em exposições e a história da medicina no Charité.
"Isto contribui com o crescimento da qualidade da pesquisa e das colaborações dentro e fora do IOC", diz Clarissa.
Com colaboração de Isadora Marinho
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)