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Cursos de Férias recebem estudantes de todo o país

Mais de 80 alunos de graduação, de diversos estados, participaram das atividades realizadas entre os dias 16 e 25 de julho, na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro
Por Lucas Rocha30/07/2018 - Atualizado em 18/02/2022

Nestas férias de julho, os Laboratórios do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), no Rio de Janeiro, foram o ponto de encontro de estudantes de graduação de todas as regiões do Brasil. A 21ª edição dos Cursos de Férias do IOC, realizada entre os dias 16 e 25 de julho, na sede da Fiocruz, reuniu 85 participantes, incluindo jovens do Distrito Federal e de estados como Paraíba, Amazonas, Rio Grande do Sul e São Paulo. “Os Cursos de Férias oferecem uma grande oportunidade para que alunos de graduação conheçam o Instituto e nossas linhas de pesquisa. Um dos nossos diferenciais é termos cursos com temas mais aplicados e relevantes para a área de pesquisa em saúde no Brasil. O envolvimento dos pesquisadores, tecnologistas e alunos de pós-graduação na elaboração e execução dos cursos é muito importante, pois gera cursos de nível elevado em diversas áreas”, destacou a coordenadora da iniciativa Tatiana Maron-Gutierrez, pesquisadora do Laboratório de Imunofarmacologia do IOC. Na temporada Inverno 2018, os cursos destacaram metodologias utilizadas na pesquisa básica, conceitos e contextos relativos a diferentes assuntos de importância para a saúde pública. O diagnóstico molecular de doenças genéticas, a imunidade inata e processos inflamatórios e bactérias envolvidas em infecções hospitalares foram alguns dos temas abordados. Também foram destaques conceitos importantes utilizados em bioinformática e biologia de sistemas e metodologias aplicadas ao estudo de infecções virais. Os cursos contaram, ainda, com atividades voltadas para avançadas tecnologias aplicadas no desenvolvimento científico. Entre elas, a citometria de fluxo, que permite medir e analisar separadamente as propriedades morfológicas e funcionais de um grande número de células e partículas.

Iniciativa apresenta metodologias utilizadas na pesquisa básica, conceitos e contextos relativos a diferentes assuntos de importância para a saúde pública. Foto: Gutemberg Brito/IOC/Fiocruz

Por dentro dos cursos

A resistência bacteriana aos antibióticos, uma das maiores ameaças à saúde global, foi tema de uma das atividades. O surgimento de microrganismos resistentes à maioria dos fármacos disponíveis para tratamento é um fenômeno associado a múltiplos fatores, incluindo o uso indiscriminado de medicamentos e modificações na estrutura de bactérias que podem ocorrer de forma aleatória ou pela aquisição de material genético de vírus, outras bactérias e do ambiente. Pela primeira vez no Rio de Janeiro, a estudante de medicina Ticiane Costa Farias, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), na Paraíba, participou do curso sobre bacteriologia. “A minha faculdade fica no interior da Paraíba, uma região carente de recursos. A própria criação da graduação teve como objetivo estimular a interiorização da medicina. Durante o curso na Fiocruz, tive a oportunidade de ampliar conhecimentos, trocar experiências com pesquisadores, além de aprender novas técnicas na área”, destacou Ticiane, que pretende seguir carreira acadêmica na área de infectologia. As discussões sobre o assunto também chamaram a atenção da aluna de enfermagem Brígida Rodrigues de Souza, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “Para desempenhar o manejo clínico de pacientes da forma mais eficiente e segura possível é importante conhecer a microbiologia e a fisiologia das bactérias, e aspectos como a multirresistência e a terapêutica, que foram apresentados nas atividades”, ressaltou. O diagnóstico molecular é uma estratégia fundamental para vigilância da circulação de vírus, como o sarampo, influenza e da febre amarela. Além de contribuir para a rotina de monitoramento, a confirmação laboratorial dos casos orienta o tratamento de doenças e contribui para a adoção de medidas de controle, como a vacinação, por exemplo. Em busca de aprimoramento, o estudante de Ciências Biológicas da UFRJ, Gustavo da Silva Loureiro, participou do curso voltado para o diagnóstico molecular de doenças, que abordou métodos como PCR e PCR em tempo real, sequenciamento de Sanger e de nova geração. “Pretendo atuar na área de genética e biologia molecular, com foco no reparo de DNA e na análise de doenças como o câncer. O conhecimento das técnicas de diagnóstico molecular é cada vez mais exigido no mercado de trabalho”, pontuou.

 

Em Laboratório, as atividades práticas complementam o conteúdo teórico ensinado em sala de aula. Foto: Gutemberg Brito/IOC/Fiocruz

As atividades, que unem teoria e prática, são elaboradas e ministradas por estudantes dos cursos de Pós-graduação Stricto sensu do IOC, sob a coordenação de pesquisadores do Instituto. Para o aluno de mestrado Thyago Leal, da Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular do IOC, a iniciativa representa um estímulo fundamental à atividade de docência. “Nesta iniciativa temos a oportunidade tanto de disseminar o conhecimento aprendido, que é aplicado constantemente na rotina da pesquisa científica, como também de treinar nossa habilidade como professores. É uma experiência primordial e nos prepara para futuras oportunidades”, ressaltou. Nesta edição, os Cursos de Férias receberam mais de 600 inscrições. “Mais uma vez, tivemos uma procura altíssima pelos cursos oferecidos. Foi um desafio organizar, mas tivemos um resultado muito positivo”, pontuou Tatiana, que ressaltou o apoio da Comissão Organizadora, da Secretaria Acadêmica e da Vice-Diretoria de Ensino, Informação e Comunicação do IOC.

Mais de 80 alunos de graduação, de diversos estados, participaram das atividades realizadas entre os dias 16 e 25 de julho, na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro
Por: 
lucas

Nestas férias de julho, os Laboratórios do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), no Rio de Janeiro, foram o ponto de encontro de estudantes de graduação de todas as regiões do Brasil. A 21ª edição dos Cursos de Férias do IOC, realizada entre os dias 16 e 25 de julho, na sede da Fiocruz, reuniu 85 participantes, incluindo jovens do Distrito Federal e de estados como Paraíba, Amazonas, Rio Grande do Sul e São Paulo. “Os Cursos de Férias oferecem uma grande oportunidade para que alunos de graduação conheçam o Instituto e nossas linhas de pesquisa. Um dos nossos diferenciais é termos cursos com temas mais aplicados e relevantes para a área de pesquisa em saúde no Brasil. O envolvimento dos pesquisadores, tecnologistas e alunos de pós-graduação na elaboração e execução dos cursos é muito importante, pois gera cursos de nível elevado em diversas áreas”, destacou a coordenadora da iniciativa Tatiana Maron-Gutierrez, pesquisadora do Laboratório de Imunofarmacologia do IOC. Na temporada Inverno 2018, os cursos destacaram metodologias utilizadas na pesquisa básica, conceitos e contextos relativos a diferentes assuntos de importância para a saúde pública. O diagnóstico molecular de doenças genéticas, a imunidade inata e processos inflamatórios e bactérias envolvidas em infecções hospitalares foram alguns dos temas abordados. Também foram destaques conceitos importantes utilizados em bioinformática e biologia de sistemas e metodologias aplicadas ao estudo de infecções virais. Os cursos contaram, ainda, com atividades voltadas para avançadas tecnologias aplicadas no desenvolvimento científico. Entre elas, a citometria de fluxo, que permite medir e analisar separadamente as propriedades morfológicas e funcionais de um grande número de células e partículas.

Iniciativa apresenta metodologias utilizadas na pesquisa básica, conceitos e contextos relativos a diferentes assuntos de importância para a saúde pública. Foto: Gutemberg Brito/IOC/Fiocruz

Por dentro dos cursos

A resistência bacteriana aos antibióticos, uma das maiores ameaças à saúde global, foi tema de uma das atividades. O surgimento de microrganismos resistentes à maioria dos fármacos disponíveis para tratamento é um fenômeno associado a múltiplos fatores, incluindo o uso indiscriminado de medicamentos e modificações na estrutura de bactérias que podem ocorrer de forma aleatória ou pela aquisição de material genético de vírus, outras bactérias e do ambiente. Pela primeira vez no Rio de Janeiro, a estudante de medicina Ticiane Costa Farias, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), na Paraíba, participou do curso sobre bacteriologia. “A minha faculdade fica no interior da Paraíba, uma região carente de recursos. A própria criação da graduação teve como objetivo estimular a interiorização da medicina. Durante o curso na Fiocruz, tive a oportunidade de ampliar conhecimentos, trocar experiências com pesquisadores, além de aprender novas técnicas na área”, destacou Ticiane, que pretende seguir carreira acadêmica na área de infectologia. As discussões sobre o assunto também chamaram a atenção da aluna de enfermagem Brígida Rodrigues de Souza, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “Para desempenhar o manejo clínico de pacientes da forma mais eficiente e segura possível é importante conhecer a microbiologia e a fisiologia das bactérias, e aspectos como a multirresistência e a terapêutica, que foram apresentados nas atividades”, ressaltou. O diagnóstico molecular é uma estratégia fundamental para vigilância da circulação de vírus, como o sarampo, influenza e da febre amarela. Além de contribuir para a rotina de monitoramento, a confirmação laboratorial dos casos orienta o tratamento de doenças e contribui para a adoção de medidas de controle, como a vacinação, por exemplo. Em busca de aprimoramento, o estudante de Ciências Biológicas da UFRJ, Gustavo da Silva Loureiro, participou do curso voltado para o diagnóstico molecular de doenças, que abordou métodos como PCR e PCR em tempo real, sequenciamento de Sanger e de nova geração. “Pretendo atuar na área de genética e biologia molecular, com foco no reparo de DNA e na análise de doenças como o câncer. O conhecimento das técnicas de diagnóstico molecular é cada vez mais exigido no mercado de trabalho”, pontuou.

 

Em Laboratório, as atividades práticas complementam o conteúdo teórico ensinado em sala de aula. Foto: Gutemberg Brito/IOC/Fiocruz

As atividades, que unem teoria e prática, são elaboradas e ministradas por estudantes dos cursos de Pós-graduação Stricto sensu do IOC, sob a coordenação de pesquisadores do Instituto. Para o aluno de mestrado Thyago Leal, da Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular do IOC, a iniciativa representa um estímulo fundamental à atividade de docência. “Nesta iniciativa temos a oportunidade tanto de disseminar o conhecimento aprendido, que é aplicado constantemente na rotina da pesquisa científica, como também de treinar nossa habilidade como professores. É uma experiência primordial e nos prepara para futuras oportunidades”, ressaltou. Nesta edição, os Cursos de Férias receberam mais de 600 inscrições. “Mais uma vez, tivemos uma procura altíssima pelos cursos oferecidos. Foi um desafio organizar, mas tivemos um resultado muito positivo”, pontuou Tatiana, que ressaltou o apoio da Comissão Organizadora, da Secretaria Acadêmica e da Vice-Diretoria de Ensino, Informação e Comunicação do IOC.

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)