Uma perita criminal e uma especialista em qualidade de laboratórios. Os contrastes entre atividades tão distintas foi o mote para a mesa-redonda ‘Diversos rumos da trajetória profissional na área da saúde’ realizada, no dia 03/09, durante o Fórum de Integração dos Alunos de Pós-graduação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Integrado à Semana da Pós-graduação Stricto sensu do IOC, o evento foi parte do calendário de mobilização da greve da Fiocruz.

A importância da biologia na investigação criminal, sobretudo no que diz respeito à identificação de DNA, foi o fio condutor da palestra da perita criminal Selma Sallenave Sales, do Instituto de Pesquisa e Perícia em Genética Forense (IPPGF) da Polícia Civil. “As amostras colhidas no local de um crime podem conter o DNA de uma pessoa que esteve no lugar. Isso, além de permitir solucionar questões ligadas a suspeitos e vítimas, ajuda a elucidar muita coisa para os investigadores”, esclareceu. Selma ressaltou o cuidado necessário com as amostras durante a rotina de trabalho. “Elas são de extrema importância nas investigações criminais. Uma vez perdidas, extingui-se a possibilidade de obtenção de respostas por aquele meio”, disse.

Após a apresentação da perita, foi a vez de Renata Almeida, analista executiva em Metrologia e Qualidade do CDTS/Fiocruz. A palestrante expôs a importância da Gestão da Qualidade em ambientes de pesquisa e desenvolvimento tecnológico em saúde. “A rastreabilidade e a confiabilidade dos resultados obtidos e, consequentemente, a otimização no tempo e nos investimentos relacionados à execução dos procedimentos são as principais contribuições dos Sistemas de Gestão da Qualidade”, destacou. Ela acrescentou que, quanto maior o investimento em Qualidade, maior a facilidade de aceitação de um determinado produto no mercado.