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De mamíferos a protozoários: IOC descreveu cerca de 260 novas espécies nos últimos 10 anos

Descobertas reforçam papel do Instituto no avanço da ciência e na preservação da biodiversidade
Por Yuri Neri02/07/2025 - Atualizado em 15/07/2025

Mais de um século após o primeiro artigo de Oswaldo Cruz, que descreveu o mosquito Anopheles lutzii em 1901, o Instituto que leva seu nome mantém vivo o compromisso de contribuir com o conhecimento da biodiversidade do planeta.   

Entre 2015 e 2024, pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) participaram da descrição de cerca de 260 espécies, oriundas de todas as regiões do Brasil e de países como Argentina, México, Venezuela, Bolívia e Rússia.  

Insetos da ordem Hemíptera (que inclui percevejos, cigarras e barbeiros) lideram com 107 descrições. Já a ordem Díptera (grupo de insetos caracterizados pela presença de um par de asas, como mosquitos e moscas) aparece com 30 descrições.  

Organismos invisíveis a olho nu, como bactérias e protozoários, também constam na listagem.  


 Especialistas analisam peixe parasitado por helmintos. Foto: Acervo pessoal

O mapeamento desses seres não apenas amplia o conhecimento científico, mas também apoia a formulação de estratégias de vigilância e controle de doenças.  

“No contexto ecológico atual, marcado por intensas mudanças climáticas e transformações nos ecossistemas, entender quais organismos ocorrem em determinada paisagem e como eles se relacionam com o ambiente é fundamental para antecipar e reduzir riscos à saúde pública”, explica a diretora de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Luciana Garzoni. 

Entre os destaques mais recentes, está a identificação de sete novas espécies de parasitos de peixes, em 2024, como resultado de pesquisa conduzida pelo IOC e pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). Os vermes foram encontrados em pescados coletados no Acre, no Maranhão e em Minas Gerais e não representam risco à saúde humana. 

Entretanto, como infestações por esses parasitos podem causar perdas econômicas significativas em comunidades pesqueiras, os exemplares foram incorporados à Coleção Helmintológica do Instituto, o que garante que fiquem disponíveis para futuras pesquisas.  


Visão lateral do Oligoryzomys gri. Foto: Marcelo Weksler

Também em 2024, foi realizada a identificação de nova espécie de mosquito-pólvora, o Culicoides andradinensis, coletado no interior de São Paulo. O trabalho foi realizado em colaboração com o Instituto Biológico (IB-Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, como parte de estudo para mapear os vetores do vírus da língua azul.  

Essa doença viral afeta ruminantes domésticos e selvagens e tem grande impacto econômico, com notificação obrigatória segundo a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).  

Ainda no ano passado, o Instituto também contribuiu com a descoberta de quatro novas espécies de micobactérias do complexo Mycobacterium terrae a partir de amostras de esgoto coletadas no Zoológico de São Paulo.  

Embora essas bactérias registradas não estejam diretamente associadas a infecções humanas, algumas micobactérias do mesmo complexo já foram identificadas como agentes oportunistas — ou seja, microrganismos que normalmente não causam doenças em pessoas saudáveis, mas podem provocar infecções quando o sistema imunológico está enfraquecido.  

Houve também descobertas importantes entre os mamíferos. Pesquisadores identificaram uma nova espécie de rato-silvestre no estado de Rondônia, chamada Oligoryzomys gri. Esse pequeno animal foi reconhecido como o principal hospedeiro da variante ‘Rio Mamoré’ do hantavírus — um vírus transmitido por roedores, capaz de causar doenças graves em humanos, as hantaviroses, que provocam febre alta, dores no corpo e, em casos mais graves, problemas nos pulmões ou nos rins. 


Visão dorsal do espécime macho de Panstrongylus noireaui. Foto: Acervo

Além disso, recentemente, os cientistas confirmaram que outras espécies de ratos-silvestres estão ligadas a diferentes variantes do hantavírus. O Oligoryzomys utiaritensis foi identificado como responsável por abrigar a variante ‘Castelo dos Sonhos’; já o Oligoryzomys mattogrossae, que antes era confundido com outra espécie pela comunidade científica, foi reconhecido como o verdadeiro portador da variante ‘Anajatuba’. Essas descobertas são essenciais para entender com mais clareza como os hantavírus se espalham e para planejar ações de prevenção e vigilância mais eficientes. 

Em 2022, foi identificado um novo triatomíneo. Batizada de Panstrongylus noireaui, a espécie foi coletada em La Paz, na Bolívia, e pode ser vetor do protozoário Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas. A descoberta ampliou o conhecimento sobre os possíveis transmissores do agravo, contribuindo para a vigilância e o controle de áreas de risco. 

Já em 2017, o Instituto descreveu um novo protozoário, denominado Trypanosoma janseni, identificado em um gambá da Mata Atlântica, no Rio de Janeiro. O achado ocorreu a partir de estudo no âmbito da Pós-graduação Stricto sensu em Biologia Parasitária do IOC e abriu caminho para investigações sobre o papel da nova espécie nas interações entre animais silvestres, vetores e parasitos na região. 


Imagem do parasito Trypanosoma janseni obtida por microscopia eletrônica de varredura colorida artificialmente. Foto: Rubem Menna-Barreto

 A ciência responsável por classificar e descrever organismos é a taxonomia. Nos últimos anos, a área passou a incorporar diferentes formas de investigação para entender não só as características físicas das espécies, mas também o papel de cada uma delas nos ecossistemas.  

Conhecida como ‘taxonomia integrativa’, a nova abordagem combina análise genética, microscopia avançada, ecologia e biologia molecular, como explica o pesquisador do Laboratório de Biologia, Controle e Vigilância de Insetos Vetores, Ademir Martins. 

“Precisamos conhecer quais são os seres que habitam cada ecossistema e como eles se relacionam nas cadeias de transmissão de patógenos, tanto entre os animais quanto entre os animais e os seres humanos”, pontua Ademir, que atuou como vice-diretor de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Instituto no período em que o levantamento foi realizado. 

Segundo o cientista, qualquer desequilíbrio ambiental pode gerar consequências para a saúde. Com isso, o conhecimento sobre as espécies que compõem um ecossistema é o primeiro passo para a proteção e o manejo adequado dos organismos que vivem ali. 

“A descrição de espécies ajuda a entender os papéis de cada organismo nos ecossistemas. Não há como preservar o que não se conhece”, reforça. 

Ademir também destaca que a missão de desvendar a complexidade dos ciclos de transmissão de doenças faz parte da história centenária do IOC. 

“A tradição do Instituto sempre foi entender os ciclos de transmissão de doenças. Desde Carlos Chagas, que não só descreveu novas espécies, mas também elucidou o elo entre parasita, vetor e hospedeiro, essa é uma missão do IOC”, complementa. 

Os bastidores da descoberta 

O trabalho de identificação de espécies não é simples. Durante o período em que esteve à frente da Vice-diretoria de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Instituto, Ademir acompanhou de perto as iniciativas relacionadas à taxonomia e às descobertas científicas do IOC. 

Embora não atue diretamente na descrição formal de novos organismos, o pesquisador apresentou alguns dos obstáculos enfrentados por colegas da taxonomia de artrópodes. Entre os mais comuns, está a dificuldade de encontrar exemplares de ambos os sexos, prática fundamental em espécies com dimorfismo sexual, ou seja, quando machos e fêmeas apresentam diferenças visíveis em aspectos como tamanho, forma ou cor.  


Coleções do IOC abrigam amostras históricas e mantém exemplares centenários conservados em sua técnica original. Foto: Gutemberg Brito

Outro desafio é diferenciar o que são variações dentro da mesma espécie — o que, na taxonomia, é um fenômeno conhecido como polimorfismo — e o que representa, de fato, uma nova espécie. 

“Muitas vezes, o que parece ser duas espécies diferentes, na verdade, são apenas fases distintas de vida ou variações dentro de uma mesma população”, detalha. 

O coordenador das Coleções Biológicas do IOC, Paulo Sérgio D'Andrea, pontua que as coleções biológicas mantidas pelo Instituto são um elemento central tanto no processo de descoberta de novos organismos quanto na conservação de espécimes que representam, em certas ocasiões, espécies já extintas na natureza.  

“Antes de confirmar uma nova descrição, os cientistas precisam comparar o material com os exemplares já existentes nas coleções, que funcionam como bibliotecas da biodiversidade”, completa. 


Visão frontal do Rhagovelia brunae, um dos insetos descritos nos últimos 10 anos pelo IOC. Foto: Oséias Martins Magalhães

Além disso, D'Andrea ressalta que o trabalho de descrição de organismos hoje é cada vez mais colaborativo.  

“Se, no passado, um único pesquisador era responsável por todas as etapas — da coleta em campo até a publicação científica —, atualmente as descobertas são conjuntas. Temos equipes com diferentes especialistas envolvidos nas descrições de espécies”, friza. 

“Esses dados podem auxiliar significativamente na tomada de decisões em relação à dispersão de doenças”, finaliza Garzoni. 

Descobertas reforçam papel do Instituto no avanço da ciência e na preservação da biodiversidade
Por: 
yuri.neri

Mais de um século após o primeiro artigo de Oswaldo Cruz, que descreveu o mosquito Anopheles lutzii em 1901, o Instituto que leva seu nome mantém vivo o compromisso de contribuir com o conhecimento da biodiversidade do planeta.   

Entre 2015 e 2024, pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) participaram da descrição de cerca de 260 espécies, oriundas de todas as regiões do Brasil e de países como Argentina, México, Venezuela, Bolívia e Rússia.  

Insetos da ordem Hemíptera (que inclui percevejos, cigarras e barbeiros) lideram com 107 descrições. Já a ordem Díptera (grupo de insetos caracterizados pela presença de um par de asas, como mosquitos e moscas) aparece com 30 descrições.  

Organismos invisíveis a olho nu, como bactérias e protozoários, também constam na listagem.  


 Especialistas analisam peixe parasitado por helmintos. Foto: Acervo pessoal

O mapeamento desses seres não apenas amplia o conhecimento científico, mas também apoia a formulação de estratégias de vigilância e controle de doenças.  

“No contexto ecológico atual, marcado por intensas mudanças climáticas e transformações nos ecossistemas, entender quais organismos ocorrem em determinada paisagem e como eles se relacionam com o ambiente é fundamental para antecipar e reduzir riscos à saúde pública”, explica a diretora de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Luciana Garzoni. 

Entre os destaques mais recentes, está a identificação de sete novas espécies de parasitos de peixes, em 2024, como resultado de pesquisa conduzida pelo IOC e pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). Os vermes foram encontrados em pescados coletados no Acre, no Maranhão e em Minas Gerais e não representam risco à saúde humana. 

Entretanto, como infestações por esses parasitos podem causar perdas econômicas significativas em comunidades pesqueiras, os exemplares foram incorporados à Coleção Helmintológica do Instituto, o que garante que fiquem disponíveis para futuras pesquisas.  


Visão lateral do Oligoryzomys gri. Foto: Marcelo Weksler

Também em 2024, foi realizada a identificação de nova espécie de mosquito-pólvora, o Culicoides andradinensis, coletado no interior de São Paulo. O trabalho foi realizado em colaboração com o Instituto Biológico (IB-Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, como parte de estudo para mapear os vetores do vírus da língua azul.  

Essa doença viral afeta ruminantes domésticos e selvagens e tem grande impacto econômico, com notificação obrigatória segundo a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).  

Ainda no ano passado, o Instituto também contribuiu com a descoberta de quatro novas espécies de micobactérias do complexo Mycobacterium terrae a partir de amostras de esgoto coletadas no Zoológico de São Paulo.  

Embora essas bactérias registradas não estejam diretamente associadas a infecções humanas, algumas micobactérias do mesmo complexo já foram identificadas como agentes oportunistas — ou seja, microrganismos que normalmente não causam doenças em pessoas saudáveis, mas podem provocar infecções quando o sistema imunológico está enfraquecido.  

Houve também descobertas importantes entre os mamíferos. Pesquisadores identificaram uma nova espécie de rato-silvestre no estado de Rondônia, chamada Oligoryzomys gri. Esse pequeno animal foi reconhecido como o principal hospedeiro da variante ‘Rio Mamoré’ do hantavírus — um vírus transmitido por roedores, capaz de causar doenças graves em humanos, as hantaviroses, que provocam febre alta, dores no corpo e, em casos mais graves, problemas nos pulmões ou nos rins. 


Visão dorsal do espécime macho de Panstrongylus noireaui. Foto: Acervo

Além disso, recentemente, os cientistas confirmaram que outras espécies de ratos-silvestres estão ligadas a diferentes variantes do hantavírus. O Oligoryzomys utiaritensis foi identificado como responsável por abrigar a variante ‘Castelo dos Sonhos’; já o Oligoryzomys mattogrossae, que antes era confundido com outra espécie pela comunidade científica, foi reconhecido como o verdadeiro portador da variante ‘Anajatuba’. Essas descobertas são essenciais para entender com mais clareza como os hantavírus se espalham e para planejar ações de prevenção e vigilância mais eficientes. 

Em 2022, foi identificado um novo triatomíneo. Batizada de Panstrongylus noireaui, a espécie foi coletada em La Paz, na Bolívia, e pode ser vetor do protozoário Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas. A descoberta ampliou o conhecimento sobre os possíveis transmissores do agravo, contribuindo para a vigilância e o controle de áreas de risco. 

Já em 2017, o Instituto descreveu um novo protozoário, denominado Trypanosoma janseni, identificado em um gambá da Mata Atlântica, no Rio de Janeiro. O achado ocorreu a partir de estudo no âmbito da Pós-graduação Stricto sensu em Biologia Parasitária do IOC e abriu caminho para investigações sobre o papel da nova espécie nas interações entre animais silvestres, vetores e parasitos na região. 


Imagem do parasito Trypanosoma janseni obtida por microscopia eletrônica de varredura colorida artificialmente. Foto: Rubem Menna-Barreto

 A ciência responsável por classificar e descrever organismos é a taxonomia. Nos últimos anos, a área passou a incorporar diferentes formas de investigação para entender não só as características físicas das espécies, mas também o papel de cada uma delas nos ecossistemas.  

Conhecida como ‘taxonomia integrativa’, a nova abordagem combina análise genética, microscopia avançada, ecologia e biologia molecular, como explica o pesquisador do Laboratório de Biologia, Controle e Vigilância de Insetos Vetores, Ademir Martins. 

“Precisamos conhecer quais são os seres que habitam cada ecossistema e como eles se relacionam nas cadeias de transmissão de patógenos, tanto entre os animais quanto entre os animais e os seres humanos”, pontua Ademir, que atuou como vice-diretor de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Instituto no período em que o levantamento foi realizado. 

Segundo o cientista, qualquer desequilíbrio ambiental pode gerar consequências para a saúde. Com isso, o conhecimento sobre as espécies que compõem um ecossistema é o primeiro passo para a proteção e o manejo adequado dos organismos que vivem ali. 

“A descrição de espécies ajuda a entender os papéis de cada organismo nos ecossistemas. Não há como preservar o que não se conhece”, reforça. 

Ademir também destaca que a missão de desvendar a complexidade dos ciclos de transmissão de doenças faz parte da história centenária do IOC. 

“A tradição do Instituto sempre foi entender os ciclos de transmissão de doenças. Desde Carlos Chagas, que não só descreveu novas espécies, mas também elucidou o elo entre parasita, vetor e hospedeiro, essa é uma missão do IOC”, complementa. 

Os bastidores da descoberta 

O trabalho de identificação de espécies não é simples. Durante o período em que esteve à frente da Vice-diretoria de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Instituto, Ademir acompanhou de perto as iniciativas relacionadas à taxonomia e às descobertas científicas do IOC. 

Embora não atue diretamente na descrição formal de novos organismos, o pesquisador apresentou alguns dos obstáculos enfrentados por colegas da taxonomia de artrópodes. Entre os mais comuns, está a dificuldade de encontrar exemplares de ambos os sexos, prática fundamental em espécies com dimorfismo sexual, ou seja, quando machos e fêmeas apresentam diferenças visíveis em aspectos como tamanho, forma ou cor.  


Coleções do IOC abrigam amostras históricas e mantém exemplares centenários conservados em sua técnica original. Foto: Gutemberg Brito

Outro desafio é diferenciar o que são variações dentro da mesma espécie — o que, na taxonomia, é um fenômeno conhecido como polimorfismo — e o que representa, de fato, uma nova espécie. 

“Muitas vezes, o que parece ser duas espécies diferentes, na verdade, são apenas fases distintas de vida ou variações dentro de uma mesma população”, detalha. 

O coordenador das Coleções Biológicas do IOC, Paulo Sérgio D'Andrea, pontua que as coleções biológicas mantidas pelo Instituto são um elemento central tanto no processo de descoberta de novos organismos quanto na conservação de espécimes que representam, em certas ocasiões, espécies já extintas na natureza.  

“Antes de confirmar uma nova descrição, os cientistas precisam comparar o material com os exemplares já existentes nas coleções, que funcionam como bibliotecas da biodiversidade”, completa. 


Visão frontal do Rhagovelia brunae, um dos insetos descritos nos últimos 10 anos pelo IOC. Foto: Oséias Martins Magalhães

Além disso, D'Andrea ressalta que o trabalho de descrição de organismos hoje é cada vez mais colaborativo.  

“Se, no passado, um único pesquisador era responsável por todas as etapas — da coleta em campo até a publicação científica —, atualmente as descobertas são conjuntas. Temos equipes com diferentes especialistas envolvidos nas descrições de espécies”, friza. 

“Esses dados podem auxiliar significativamente na tomada de decisões em relação à dispersão de doenças”, finaliza Garzoni. 

Edição: 
Vinicius Ferreira

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)