Qual será o futuro da colaboração em saúde numa era “pós-saúde global”? Essa pergunta provocativa foi o ponto de partida do encontro de alto nível realizado em Genebra, na Suíça, nesta segunda-feira, 19 de maio, que contou com a participação da diretora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Tania Cremonini de Araujo-Jorge.
O evento foi promovido pelo Centro de Saúde Global do Instituto de Pós-Graduação de Genebra, como atividade paralela da Assembleia Mundial da Saúde, que reúne os Estados-membros da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A discussão teve como princípio a análise do cenário geopolítico, da saúde global e da diplomacia. Entre outros pontos, foi observado que a pandemia de Covid-19 mostrou os limites da solidariedade entre os países do Norte e do Sul e corroeu a confiança no sistema global de saúde. A saída dos Estados Unidos da OMS e a retirada de financiamento do país para diversas organizações da área, durante o governo Donald Trump, conturbaram ainda mais um ecossistema que já estava desequilibrado.
Neste contexto, foram colocadas diversas questões: e se a era da saúde global, enquanto sistema funcional composto por compromissos, normas, tratados e organizações internacionais multilaterais, estiver terminada? Que novo ecossistema poderá emergir? Quais podem ser as novas linhas de convergência internacional?
“Retorno ao Brasil rapidamente, para atuar diretamente no Simpósio IOC Jubileu 125 anos, com a consciência de que temos que ampliar nossos debates locais. Falei lá: acho que não é mais apenas pensar global e agir local. É pensar local e agir local e global, com novas alianças e parcerias, tendo cooperação e compromisso social como pilares”, afirmou Tania após o evento.
Com cerca de 30 participantes convidados, o encontro reuniu atores do campo da saúde e especialistas de países como Canadá, Chile, Alemanha, Indonésia, Quênia, Noruega, Polônia e Singapura, assim como representantes de empresas e organizações não governamentais, tais como Google, Associação Internacional de Institutos Nacionais de Saúde Pública (IANPHI), fundações Find e Wellcome Trust, entre outras.
A mediação do debate foi realizada pela professora Ilona Kickbusch, cofundadora do Centro de Saúde Global do Instituto de Pós-Graduação de Genebra, com larga atuação na área, incluindo postos na OMS e em diversas comissões e conselhos internacionais, além da atividade acadêmica. O evento foi financiado pelo Instituto de Filantropia (IoP), sediado em Hong Kong.
Realizada de 19 a 27 de maio, a Assembleia Mundial da Saúde tem a função de determinar as políticas da OMS. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) integra a comitiva do governo brasileiro no evento, que vai discutir temas como emergências sanitárias, financiamento e preparação para pandemias. Paralelamente ao evento, diversas reuniões são realizadas em Genebra contribuindo para ampliar os debates sobre a cooperação internacional em saúde.
Qual será o futuro da colaboração em saúde numa era “pós-saúde global”? Essa pergunta provocativa foi o ponto de partida do encontro de alto nível realizado em Genebra, na Suíça, nesta segunda-feira, 19 de maio, que contou com a participação da diretora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Tania Cremonini de Araujo-Jorge.
O evento foi promovido pelo Centro de Saúde Global do Instituto de Pós-Graduação de Genebra, como atividade paralela da Assembleia Mundial da Saúde, que reúne os Estados-membros da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A discussão teve como princípio a análise do cenário geopolítico, da saúde global e da diplomacia. Entre outros pontos, foi observado que a pandemia de Covid-19 mostrou os limites da solidariedade entre os países do Norte e do Sul e corroeu a confiança no sistema global de saúde. A saída dos Estados Unidos da OMS e a retirada de financiamento do país para diversas organizações da área, durante o governo Donald Trump, conturbaram ainda mais um ecossistema que já estava desequilibrado.
Neste contexto, foram colocadas diversas questões: e se a era da saúde global, enquanto sistema funcional composto por compromissos, normas, tratados e organizações internacionais multilaterais, estiver terminada? Que novo ecossistema poderá emergir? Quais podem ser as novas linhas de convergência internacional?
“Retorno ao Brasil rapidamente, para atuar diretamente no Simpósio IOC Jubileu 125 anos, com a consciência de que temos que ampliar nossos debates locais. Falei lá: acho que não é mais apenas pensar global e agir local. É pensar local e agir local e global, com novas alianças e parcerias, tendo cooperação e compromisso social como pilares”, afirmou Tania após o evento.
Com cerca de 30 participantes convidados, o encontro reuniu atores do campo da saúde e especialistas de países como Canadá, Chile, Alemanha, Indonésia, Quênia, Noruega, Polônia e Singapura, assim como representantes de empresas e organizações não governamentais, tais como Google, Associação Internacional de Institutos Nacionais de Saúde Pública (IANPHI), fundações Find e Wellcome Trust, entre outras.
A mediação do debate foi realizada pela professora Ilona Kickbusch, cofundadora do Centro de Saúde Global do Instituto de Pós-Graduação de Genebra, com larga atuação na área, incluindo postos na OMS e em diversas comissões e conselhos internacionais, além da atividade acadêmica. O evento foi financiado pelo Instituto de Filantropia (IoP), sediado em Hong Kong.
Realizada de 19 a 27 de maio, a Assembleia Mundial da Saúde tem a função de determinar as políticas da OMS. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) integra a comitiva do governo brasileiro no evento, que vai discutir temas como emergências sanitárias, financiamento e preparação para pandemias. Paralelamente ao evento, diversas reuniões são realizadas em Genebra contribuindo para ampliar os debates sobre a cooperação internacional em saúde.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)