Na última sexta-feira, 9 de julho, data em que é celebrado o nascimento de Carlos Chagas, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) concluiu a nona edição do Ciclo Carlos Chagas de Palestras (CCCP). Durante dois dias consecutivos, a tradicional iniciativa ampliou o debate sobre o agravo causado pelo parasito Trypanosoma cruzi, indo além dos recentes achados neurológicos e histopatológicos, abordando também questões comportamentais e de saúde mental que afetam frequentemente os portadores da doença. Neste ano, o evento contou com a participação da Associação RioChagas na organização.
Devido à emergência sanitária provocada pela Covid-19, o encontro, que se destaca pelas suas ações presenciais, foi novamente realizado de forma on-line, com transmissão ao vivo pelo Canal do IOC no YouTube.
Dando início às atividades, na manhã da última quinta-feira (08), a mesa de abertura reuniu a diretora do IOC, Tania Cremonini de Araujo-Jorge; a chefe do Laboratório de Biologia das Interações do IOC e coordenadora do CCCP, Joseli Lannes; o vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz, Rodrigo Correa; e a presidente da Associação RioChagas, Josefa de Oliveira.
Na ocasião, a diretora do IOC, que tem como foco da sua carreira científica os estudos da doença de Chagas, apontou a importância do CCCP em aproximar as mais distintas pontas desse agravo. “O Ciclo Carlos Chagas de Palestras é muito importante por reunir os temas principais [de pesquisa], os portadores [da doença de Chagas], as organizações não governamentais e as universidades, que nos trouxeram até aqui”, ressaltou.
O evento prestou uma homenagem ao pesquisador do IOC José Rodrigues Coura, que faleceu em abril deste ano, aos 93 anos. Um dos cientistas mais influentes do planeta, segundo levantamentos realizados pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e pela Agência de Gestão da Informação Acadêmica da Universidade de São Paulo (Aguia/USP), Coura fez importantes contribuições no estudo da doença de Chagas. Saiba mais sobre sua trajetória.
O primeiro dia teve como ponto central questões sistêmicas e psicológicas da doença de Chagas. Com palestra sobre a influência do agravo no sistema nervoso central, o pesquisador José Pittella, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), levantou debate sobre a existência da forma nervosa do agravo e a interferência do parasito em conexões neuronais. Contribuindo na discussão, estava Andrea Alice da Silva, doutora em Biologia Celular e Molecular pelo Programa de Pós-graduação do IOC e professora associada do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF).
A segunda mesa científica do dia teve como ponto principal a saúde mental dos portadores da doença de Chagas. Especialistas em psicologia pontuaram os desafios encontrados por pacientes e psicólogos ao longo da atual pandemia da Covid-19.
Durante as palestras, foram citados os trabalhos de escuta terapêutica e da Oficina Gestos, ambos realizados na Associação RioChagas. Participaram do debate Danielle Grynszpan, chefe substituta do Laboratório de Biologia das Interações; Rosane de Assis Barbosa, professora em psicologia, educação e antropologia das danças brasileiras na Faculdade Angel Vianna; e Cristiane Moreia, pós-graduanda em Ciência, Arte e Cultura na Saúde no IOC.
Assista ao primeiro dia do 9ºCCCP:
O último dia da 9º edição do CCCP foi integrado às atividades do Centro de Estudos do IOC, tradicional atividade acadêmica do Instituto. Com o objetivo de expandir interações e cooperações na áreas, o evento destinou um espaço para apresentação oral de trabalhos de quatro jovens cientistas.
Confira as quatro pesquisas selecionadas entre os resumos enviados previamente:
:: “Desenvolvimento de metodologias moleculares para a detecção e quantificação de formas viáveis de Trypanosoma cruzi em amostras de açaí de áreas com risco de transmissão oral da doença de Chagas” de Amanda Faier Pereira, aluna da Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular do IOC;
:: “Terapia combinada de benznidazol e amiodarona na cardiopatia chagásica experimental em modelo murino”, de Juliana Magalhães Chaves Barbosa, aluna da Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular do IOC;
:: “Brincando com Portinari e Saúde: Oficina dialógica de CienciArte para promover saúde com alegria” de Erik Jonilton Costa, aluno da Pós-graduação em Ensino em Biociências e Saúde do IOC;
:: “Tratamento com doses subótimas de benznidazol e pentoxifilina que regulam perfil transcriptômico de microRNA no modelo murino de cardiomiopatia chagásica crônica” de Priscila Silva Grijó Farani, aluna da pós-graduação em Biologia Celular e Molecular do IOC.
Na sequência, foi realizada mesa-redonda com foco nas alterações comportamentais e qualidade de vida dos portadores do agravo. Tópicos como a depressão em pacientes cardiopatas foram amplamente discutidos pelos especialistas. Integraram o debate Wilson Oliveira Jr, coordenador do Pronto-Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco (PROCAPE/UPE); Glaucia Vilar Pereira, doutora pelo Programa de Pós-graduação em Biologia Parasitária do IOC e docente da Faculdade Souza Marques (FTESM); e Luciana Garzoni, pesquisadora do Laboratório de Inovação em Terapias, Ensino e Bioprodutos e vice-diretora de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do IOC.
Assista ao segundo dia do 9ºCCCP:
Na última sexta-feira, 9 de julho, data em que é celebrado o nascimento de Carlos Chagas, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) concluiu a nona edição do Ciclo Carlos Chagas de Palestras (CCCP). Durante dois dias consecutivos, a tradicional iniciativa ampliou o debate sobre o agravo causado pelo parasito Trypanosoma cruzi, indo além dos recentes achados neurológicos e histopatológicos, abordando também questões comportamentais e de saúde mental que afetam frequentemente os portadores da doença. Neste ano, o evento contou com a participação da Associação RioChagas na organização.
Devido à emergência sanitária provocada pela Covid-19, o encontro, que se destaca pelas suas ações presenciais, foi novamente realizado de forma on-line, com transmissão ao vivo pelo Canal do IOC no YouTube.
Dando início às atividades, na manhã da última quinta-feira (08), a mesa de abertura reuniu a diretora do IOC, Tania Cremonini de Araujo-Jorge; a chefe do Laboratório de Biologia das Interações do IOC e coordenadora do CCCP, Joseli Lannes; o vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz, Rodrigo Correa; e a presidente da Associação RioChagas, Josefa de Oliveira.
Na ocasião, a diretora do IOC, que tem como foco da sua carreira científica os estudos da doença de Chagas, apontou a importância do CCCP em aproximar as mais distintas pontas desse agravo. “O Ciclo Carlos Chagas de Palestras é muito importante por reunir os temas principais [de pesquisa], os portadores [da doença de Chagas], as organizações não governamentais e as universidades, que nos trouxeram até aqui”, ressaltou.
O evento prestou uma homenagem ao pesquisador do IOC José Rodrigues Coura, que faleceu em abril deste ano, aos 93 anos. Um dos cientistas mais influentes do planeta, segundo levantamentos realizados pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e pela Agência de Gestão da Informação Acadêmica da Universidade de São Paulo (Aguia/USP), Coura fez importantes contribuições no estudo da doença de Chagas. Saiba mais sobre sua trajetória.
O primeiro dia teve como ponto central questões sistêmicas e psicológicas da doença de Chagas. Com palestra sobre a influência do agravo no sistema nervoso central, o pesquisador José Pittella, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), levantou debate sobre a existência da forma nervosa do agravo e a interferência do parasito em conexões neuronais. Contribuindo na discussão, estava Andrea Alice da Silva, doutora em Biologia Celular e Molecular pelo Programa de Pós-graduação do IOC e professora associada do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF).
A segunda mesa científica do dia teve como ponto principal a saúde mental dos portadores da doença de Chagas. Especialistas em psicologia pontuaram os desafios encontrados por pacientes e psicólogos ao longo da atual pandemia da Covid-19.
Durante as palestras, foram citados os trabalhos de escuta terapêutica e da Oficina Gestos, ambos realizados na Associação RioChagas. Participaram do debate Danielle Grynszpan, chefe substituta do Laboratório de Biologia das Interações; Rosane de Assis Barbosa, professora em psicologia, educação e antropologia das danças brasileiras na Faculdade Angel Vianna; e Cristiane Moreia, pós-graduanda em Ciência, Arte e Cultura na Saúde no IOC.
Assista ao primeiro dia do 9ºCCCP:
O último dia da 9º edição do CCCP foi integrado às atividades do Centro de Estudos do IOC, tradicional atividade acadêmica do Instituto. Com o objetivo de expandir interações e cooperações na áreas, o evento destinou um espaço para apresentação oral de trabalhos de quatro jovens cientistas.
Confira as quatro pesquisas selecionadas entre os resumos enviados previamente:
:: “Desenvolvimento de metodologias moleculares para a detecção e quantificação de formas viáveis de Trypanosoma cruzi em amostras de açaí de áreas com risco de transmissão oral da doença de Chagas” de Amanda Faier Pereira, aluna da Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular do IOC;
:: “Terapia combinada de benznidazol e amiodarona na cardiopatia chagásica experimental em modelo murino”, de Juliana Magalhães Chaves Barbosa, aluna da Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular do IOC;
:: “Brincando com Portinari e Saúde: Oficina dialógica de CienciArte para promover saúde com alegria” de Erik Jonilton Costa, aluno da Pós-graduação em Ensino em Biociências e Saúde do IOC;
:: “Tratamento com doses subótimas de benznidazol e pentoxifilina que regulam perfil transcriptômico de microRNA no modelo murino de cardiomiopatia chagásica crônica” de Priscila Silva Grijó Farani, aluna da pós-graduação em Biologia Celular e Molecular do IOC.
Na sequência, foi realizada mesa-redonda com foco nas alterações comportamentais e qualidade de vida dos portadores do agravo. Tópicos como a depressão em pacientes cardiopatas foram amplamente discutidos pelos especialistas. Integraram o debate Wilson Oliveira Jr, coordenador do Pronto-Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco (PROCAPE/UPE); Glaucia Vilar Pereira, doutora pelo Programa de Pós-graduação em Biologia Parasitária do IOC e docente da Faculdade Souza Marques (FTESM); e Luciana Garzoni, pesquisadora do Laboratório de Inovação em Terapias, Ensino e Bioprodutos e vice-diretora de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do IOC.
Assista ao segundo dia do 9ºCCCP:
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)