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E a ciência floresceu nos jardins imperiais

Centenas de visitantes foram impactados pelas atividades de divulgação científica promovidas pelo Instituto na Quinta da Boa Vista, tradicional parque carioca
Por Max Gomes18/07/2023 - Atualizado em 10/10/2023
 
 
Crianças ficaram deslumbradas com as imagens ampliadas nos microscópios. Foto: Gutemberg Brito

Os jardins da Quinta da Boa Vista, tradicional área de lazer da cidade do Rio de Janeiro e que já foi residência de Dom Pedro II, foram transformados em uma grande feira de ciências no último domingo, 16 de julho. Após três anos cancelado devido à pandemia de Covid-19, o evento “Domingo com Ciência na Quinta” retornou e centenas de pessoas que passeavam pelo parque tiveram a oportunidade de interagir com atividades sobre os mais variados temas. 

Sempre atuantes na popularização da ciência, pesquisadores e estudantes do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) promoveram uma série de experiências imersivas e interativas. Jogos, experimentos, oficinas e exposições proporcionaram um ambiente estimulante para que os visitantes explorassem de forma lúdica os assuntos trabalhados no dia a dia nas bancadas dos laboratórios do Instituto. 

Diretora do IOC prestigia atividades do 'Domingo com Ciência na Quinta'. Foto: Gutemberg Brito

Promovida pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), pela Rede de Popularização da Ciência e da Tecnologia na América Latina e no Caribe (RedPOP) e pela Fiocruz, a iniciativa marcou o Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador (celebrado em 8 de julho), bem como o aniversário de 75 anos da SBPC e os 205 anos do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O evento teve apoio da Secretaria de Ciência e Tecnologia da Prefeitura do Rio de Janeiro e mais 26 instituições científicas estaduais e nacionais. 

“É extremamente importante ultrapassar as fronteiras do campus da Fiocruz e ir ao encontro da população nos espaços que ela ocupa. Esse também é um papel do cientista”, afirmou a diretora do IOC, Tania Araujo Jorge, que prestigiou as atividades. 

“A Quinta da Boa Vista, além de toda sua exuberância natural, é um espaço popular, histórico e, também, de muita ciência. Ela abriga o Museu Nacional, que, atualmente, passa por um momento de reconstrução e recuperação, assim como a ciência brasileira”, completou. 

Ao centro, a vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz, Maria de Lourdes Aguiar Oliveira, ao lado dos vice-diretores do Instituto Ademir Martins (à esq.), Elmo Amaral e Elizabeth Rangel. Foto: Gutemberg Brito 

O expressivo engajamento dos cerca de 200 pesquisadores e estudantes do IOC na iniciativa foi destacado pelo vice-diretor de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Elmo Amaral. 

“Esse evento é uma verdadeira celebração do conhecimento. É inspirador ver nossa comunidade institucional abrir mão do tradicional descanso de domingo para estar aqui e proporcionar diversão e aprendizado únicos para que famílias se encantem pela ciência e, quem sabe, inspirar futuras e futuros cientistas”, comemorou. 

“Os grandes eventos de divulgação científica estão retornando após a pandemia de Covid-19 e o IOC, se possível, estará presente em todos para mostrar à sociedade as descobertas e avanços científicos”, completou o vice-diretor de Ensino, Informação e Comunicação, Ademir Martins. 

Parte do grupo de pesquisadores e estudantes do IOC reunido no campus da Fiocruz. Foto: Reprodução

Em uma atmosfera descontraída e repleta de entusiasmo, quem passava pelos estandes pôde conhecer mais sobre o universo dos microrganismos, a diversidade de vermes e insetos, além de aprender sobre doenças que são um desafio para a saúde pública brasileira, como dengue, Aids, hanseníase, doença de Chagas e leishmaniose [saiba mais abaixo]. Muitas atividades podem ser reproduzidas em escolas. Clique aqui e confira.

“Vários itens que despertaram a curiosidade dos visitantes fazem parte das nossas coleções biológicas, ou são frutos dos trabalhos realizados nos ambulatórios e laboratórios de referência do Instituto, que prestam um grande serviço para a população. Foi uma oportunidade de relembrar a sociedade que fazemos pesquisa, mas também estamos aqui para atendê-la”, pontuou Elizabeth Rangel, vice-diretora de Laboratórios de Referência, Ambulatórios e Coleções Biológicas do IOC. 

Saiba mais sobre as atividades do IOC:

Mosquitos e moscas foram temas de atividades que buscaram esclarecer mitos e verdades sobre esses insetos. O público pôde conhecer as diferenças entre o pernilongo e o Aedes aegypti, vetor de dengue, Zika e Chikungunya, e saber mais sobre o ciclo de vida, hábitos e formas de prevenção de doenças. 

Também foi abordado o uso indiscriminado de inseticidas, destacando que essa prática pode contribuir para o surgimento de mosquitos resistentes ao controle químico.  

O ciclo de vida das moscas prendeu a atenção do público, especialmente ao revelar o processo de infestação das larvas na pele, causando uma doença chamada de miíase. 

Atividades atraíram públicos de todas as idades. Foto: Gutemberg Brito

Os conceitos da nanotecnologia também foram trabalhados de forma bastante didática e interativa. O público pôde perceber como a ciência em escala nanométrica dá vida a diferentes produtos utilizados no dia a dia, como cosméticos, roupas, vacinas, medicamentos e muito mais. 

Com uma maquete do sistema respiratório, foi abordado ainda o tratamento de doenças pulmonares crônicas por meio da nanotecnologia. Também foi possível observar tecidos pulmonares pelas lentes dos microscópios e participar de um quiz.  

Criatividade foi marca registrada da participação do IOC. Foto: Gutemberg Brito

Em uma experiência sobre lavagem das mãos, foi possível aprender a forma correta de higienização e comparar a quantidade de bactérias presentes em mãos sujas e limpas, evidenciando o papel fundamental da higiene na prevenção de infecções. 

O uso de antibióticos foi o mote de outra ação. Uma abordagem interativa proporcionava uma melhor compreensão do papel dos microrganismos e a necessidade do consciente desse tipo de medicamento. 

A diversidade das dinâmicas deixaram os temas científicos ainda mais divertidos. Fotos: Gutemberg Brito

 


Espaço para enfrentar estigmas 

Além de avanços científicos e brincadeiras sobre os processos desenvolvidos em laboratórios, o evento contou com espaço para troca de ideias e combate a preconceitos.

Uma atividade sobre o vírus HIV atraiu adolescentes e adultos interessados em esclarecer dúvidas e atualizar suas percepções acerca desse patógeno ainda cercado de estigmas. Uma dinâmica interativa com cards testava o conhecimento sobre as formas de transmissão do vírus, abrindo espaço para diálogos sobre a AIDS e auxiliando o público a compreender a doença e como se prevenir. 

Jogo com cards abriu portas para o debate sobre a transmissão do HIV. Foto: Gutemberg Brito

A hanseníase também foi debatida. Apesar de ser um dos agravos mais antigos da humanidade, ainda carrega muitos estereótipos. Informações sobre tratamento e prevenção foram abordados. 

Combatendo a disseminação de notícias falsas sobre vacinas, um jogo de tabuleiro desafiava o público a identificar a veracidade de informações.  

Conhecimentos sobre anatomia foram testados em um jogo de tabuleiro e um jogo da memória. 

Pesquisadores por um dia 

A sensação de ser pesquisador por um dia foi explorada em atividades que levaram aos jardins da Quinta da Boa Vista alguns experimentos realizados em laboratórios, trabalhos de campo e desenvolvimento de inovação. 

Os participantes exploraram o campo da biologia molecular extraindo o DNA de morangos usando apenas materiais comuns encontrados em casa. 

Participantes descobriram que é possível fazer ciência em casa. Foto: Gutemberg Brito

O público também pôde realizar uma experiência que detecta a presença de proteínas nos alimentos. A atividade mostrou a importância de uma dieta proteica para a imunidade. 

Outra dinâmica envolveu uma caixa de areia com fósseis artificiais enterrados para que o público conhecesse mais sobre a paleoparasitologia — área que pesquisa a evolução de doenças e parasitas ao longo da história evolutiva do hospedeiro humano.  

Um jogo de computador despertava o espírito inventor humano enquanto mostrava ser possível desenvolver inovações de maneira fácil e acessível. 

Em outra atividade foi possível explorar a reação do cérebro a estímulos sensoriais, além do estímulo à memória. 

Momento de escavação foi um dos preferidos da criançada. Foto: Lorrayne Brito (LPIP/IOC)


Doenças negligenciadas 

Doenças que recebem pouco investimento das indústrias farmacêuticas principalmente por atingirem populações de baixa renda foram o tema de várias exposições. 

Flebotomíneos, vetores da leishmaniose, triatomíneos, popularmente chamados de ‘barbeiros’ e vetores da doença de Chagas, e caramujos, que transmitem a esquistossomose, podiam ser visualizados de perto pelo público, que também recebia explicações sobre os ciclos de transmissão das doenças. Também foram apresentados moluscos, conhecidos como caramujos africanos, transmissores de meningite eosinofílica. 

Outra atração que chamou atenção foi um sistema automatizado e robotizado que capturava imagens de caramujos, base de um projeto de descoberta de fármacos para esquistossomose.   

À esquerda, o caracol foi a sensação entre as crianças. À direita, equipamento feito com pequenas peças de plástico impressionava o público. Fotos: Gutemberg Brito

A exposição itinerante de CienciArte “Expresso Chagas 21” marcou presença no evento. A iniciativa abordou diversos aspectos relacionados à doença de Chagas, desde associações locais de apoio aos portadores até descobertas científicas realizadas em laboratórios e a importância das práticas integrativas complementares em saúde, como a arte, música e aromaterapia.  

Maquetes abordavam espécies de percevejos conhecidos como "percevejos de cama", responsáveis por causar alergias. A exposição reforçou a importância de estar atento a possíveis infestações desses insetos em sofás e camas. 

Outra atividade expositiva mostrou vermes de importância para a saúde pública e pequenos mamíferos que são parasitados por esses seres. 

Centenas de visitantes foram impactados pelas atividades de divulgação científica promovidas pelo Instituto na Quinta da Boa Vista, tradicional parque carioca
Por: 
max.gomes
 
 
Crianças ficaram deslumbradas com as imagens ampliadas nos microscópios. Foto: Gutemberg Brito

Os jardins da Quinta da Boa Vista, tradicional área de lazer da cidade do Rio de Janeiro e que já foi residência de Dom Pedro II, foram transformados em uma grande feira de ciências no último domingo, 16 de julho. Após três anos cancelado devido à pandemia de Covid-19, o evento “Domingo com Ciência na Quinta” retornou e centenas de pessoas que passeavam pelo parque tiveram a oportunidade de interagir com atividades sobre os mais variados temas. 

Sempre atuantes na popularização da ciência, pesquisadores e estudantes do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) promoveram uma série de experiências imersivas e interativas. Jogos, experimentos, oficinas e exposições proporcionaram um ambiente estimulante para que os visitantes explorassem de forma lúdica os assuntos trabalhados no dia a dia nas bancadas dos laboratórios do Instituto. 

Diretora do IOC prestigia atividades do 'Domingo com Ciência na Quinta'. Foto: Gutemberg Brito

Promovida pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), pela Rede de Popularização da Ciência e da Tecnologia na América Latina e no Caribe (RedPOP) e pela Fiocruz, a iniciativa marcou o Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador (celebrado em 8 de julho), bem como o aniversário de 75 anos da SBPC e os 205 anos do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O evento teve apoio da Secretaria de Ciência e Tecnologia da Prefeitura do Rio de Janeiro e mais 26 instituições científicas estaduais e nacionais. 

“É extremamente importante ultrapassar as fronteiras do campus da Fiocruz e ir ao encontro da população nos espaços que ela ocupa. Esse também é um papel do cientista”, afirmou a diretora do IOC, Tania Araujo Jorge, que prestigiou as atividades. 

“A Quinta da Boa Vista, além de toda sua exuberância natural, é um espaço popular, histórico e, também, de muita ciência. Ela abriga o Museu Nacional, que, atualmente, passa por um momento de reconstrução e recuperação, assim como a ciência brasileira”, completou. 

Ao centro, a vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz, Maria de Lourdes Aguiar Oliveira, ao lado dos vice-diretores do Instituto Ademir Martins (à esq.), Elmo Amaral e Elizabeth Rangel. Foto: Gutemberg Brito 

O expressivo engajamento dos cerca de 200 pesquisadores e estudantes do IOC na iniciativa foi destacado pelo vice-diretor de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Elmo Amaral. 

“Esse evento é uma verdadeira celebração do conhecimento. É inspirador ver nossa comunidade institucional abrir mão do tradicional descanso de domingo para estar aqui e proporcionar diversão e aprendizado únicos para que famílias se encantem pela ciência e, quem sabe, inspirar futuras e futuros cientistas”, comemorou. 

“Os grandes eventos de divulgação científica estão retornando após a pandemia de Covid-19 e o IOC, se possível, estará presente em todos para mostrar à sociedade as descobertas e avanços científicos”, completou o vice-diretor de Ensino, Informação e Comunicação, Ademir Martins. 

Parte do grupo de pesquisadores e estudantes do IOC reunido no campus da Fiocruz. Foto: Reprodução

Em uma atmosfera descontraída e repleta de entusiasmo, quem passava pelos estandes pôde conhecer mais sobre o universo dos microrganismos, a diversidade de vermes e insetos, além de aprender sobre doenças que são um desafio para a saúde pública brasileira, como dengue, Aids, hanseníase, doença de Chagas e leishmaniose [saiba mais abaixo]. Muitas atividades podem ser reproduzidas em escolas. Clique aqui e confira.

“Vários itens que despertaram a curiosidade dos visitantes fazem parte das nossas coleções biológicas, ou são frutos dos trabalhos realizados nos ambulatórios e laboratórios de referência do Instituto, que prestam um grande serviço para a população. Foi uma oportunidade de relembrar a sociedade que fazemos pesquisa, mas também estamos aqui para atendê-la”, pontuou Elizabeth Rangel, vice-diretora de Laboratórios de Referência, Ambulatórios e Coleções Biológicas do IOC. 

Saiba mais sobre as atividades do IOC:

Mosquitos e moscas foram temas de atividades que buscaram esclarecer mitos e verdades sobre esses insetos. O público pôde conhecer as diferenças entre o pernilongo e o Aedes aegypti, vetor de dengue, Zika e Chikungunya, e saber mais sobre o ciclo de vida, hábitos e formas de prevenção de doenças. 

Também foi abordado o uso indiscriminado de inseticidas, destacando que essa prática pode contribuir para o surgimento de mosquitos resistentes ao controle químico.  

O ciclo de vida das moscas prendeu a atenção do público, especialmente ao revelar o processo de infestação das larvas na pele, causando uma doença chamada de miíase. 

Atividades atraíram públicos de todas as idades. Foto: Gutemberg Brito

Os conceitos da nanotecnologia também foram trabalhados de forma bastante didática e interativa. O público pôde perceber como a ciência em escala nanométrica dá vida a diferentes produtos utilizados no dia a dia, como cosméticos, roupas, vacinas, medicamentos e muito mais. 

Com uma maquete do sistema respiratório, foi abordado ainda o tratamento de doenças pulmonares crônicas por meio da nanotecnologia. Também foi possível observar tecidos pulmonares pelas lentes dos microscópios e participar de um quiz.  

Criatividade foi marca registrada da participação do IOC. Foto: Gutemberg Brito

Em uma experiência sobre lavagem das mãos, foi possível aprender a forma correta de higienização e comparar a quantidade de bactérias presentes em mãos sujas e limpas, evidenciando o papel fundamental da higiene na prevenção de infecções. 

O uso de antibióticos foi o mote de outra ação. Uma abordagem interativa proporcionava uma melhor compreensão do papel dos microrganismos e a necessidade do consciente desse tipo de medicamento. 

A diversidade das dinâmicas deixaram os temas científicos ainda mais divertidos. Fotos: Gutemberg Brito

 

Espaço para enfrentar estigmas 

Além de avanços científicos e brincadeiras sobre os processos desenvolvidos em laboratórios, o evento contou com espaço para troca de ideias e combate a preconceitos.

Uma atividade sobre o vírus HIV atraiu adolescentes e adultos interessados em esclarecer dúvidas e atualizar suas percepções acerca desse patógeno ainda cercado de estigmas. Uma dinâmica interativa com cards testava o conhecimento sobre as formas de transmissão do vírus, abrindo espaço para diálogos sobre a AIDS e auxiliando o público a compreender a doença e como se prevenir. 

Jogo com cards abriu portas para o debate sobre a transmissão do HIV. Foto: Gutemberg Brito

A hanseníase também foi debatida. Apesar de ser um dos agravos mais antigos da humanidade, ainda carrega muitos estereótipos. Informações sobre tratamento e prevenção foram abordados. 

Combatendo a disseminação de notícias falsas sobre vacinas, um jogo de tabuleiro desafiava o público a identificar a veracidade de informações.  

Conhecimentos sobre anatomia foram testados em um jogo de tabuleiro e um jogo da memória. 

Pesquisadores por um dia 

A sensação de ser pesquisador por um dia foi explorada em atividades que levaram aos jardins da Quinta da Boa Vista alguns experimentos realizados em laboratórios, trabalhos de campo e desenvolvimento de inovação. 

Os participantes exploraram o campo da biologia molecular extraindo o DNA de morangos usando apenas materiais comuns encontrados em casa. 

Participantes descobriram que é possível fazer ciência em casa. Foto: Gutemberg Brito

O público também pôde realizar uma experiência que detecta a presença de proteínas nos alimentos. A atividade mostrou a importância de uma dieta proteica para a imunidade. 

Outra dinâmica envolveu uma caixa de areia com fósseis artificiais enterrados para que o público conhecesse mais sobre a paleoparasitologia — área que pesquisa a evolução de doenças e parasitas ao longo da história evolutiva do hospedeiro humano.  

Um jogo de computador despertava o espírito inventor humano enquanto mostrava ser possível desenvolver inovações de maneira fácil e acessível. 

Em outra atividade foi possível explorar a reação do cérebro a estímulos sensoriais, além do estímulo à memória. 

Momento de escavação foi um dos preferidos da criançada. Foto: Lorrayne Brito (LPIP/IOC)

Doenças negligenciadas 

Doenças que recebem pouco investimento das indústrias farmacêuticas principalmente por atingirem populações de baixa renda foram o tema de várias exposições. 

Flebotomíneos, vetores da leishmaniose, triatomíneos, popularmente chamados de ‘barbeiros’ e vetores da doença de Chagas, e caramujos, que transmitem a esquistossomose, podiam ser visualizados de perto pelo público, que também recebia explicações sobre os ciclos de transmissão das doenças. Também foram apresentados moluscos, conhecidos como caramujos africanos, transmissores de meningite eosinofílica. 

Outra atração que chamou atenção foi um sistema automatizado e robotizado que capturava imagens de caramujos, base de um projeto de descoberta de fármacos para esquistossomose.   

À esquerda, o caracol foi a sensação entre as crianças. À direita, equipamento feito com pequenas peças de plástico impressionava o público. Fotos: Gutemberg Brito

A exposição itinerante de CienciArte “Expresso Chagas 21” marcou presença no evento. A iniciativa abordou diversos aspectos relacionados à doença de Chagas, desde associações locais de apoio aos portadores até descobertas científicas realizadas em laboratórios e a importância das práticas integrativas complementares em saúde, como a arte, música e aromaterapia.  

Maquetes abordavam espécies de percevejos conhecidos como "percevejos de cama", responsáveis por causar alergias. A exposição reforçou a importância de estar atento a possíveis infestações desses insetos em sofás e camas. 

Outra atividade expositiva mostrou vermes de importância para a saúde pública e pequenos mamíferos que são parasitados por esses seres. 

Edição: 
Vinicius Ferreira

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)