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Em missão internacional, pesquisadores realizam mapeamento de vetores em Angola

Especialistas do Instituto contribuem com projeto do Ministério da Saúde local em parceria com o Banco Mundial
Por Yuri Neri13/05/2025 - Atualizado em 19/05/2025

Entre 14 de abril e 2 de maio, pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) estiveram em Angola para colaborar na atualização do mapa entomológico local.  

A ação integra a quarta fase do Projeto de Aprimoramento dos Sistemas Regionais de Vigilância de Doenças (REDISSE), uma iniciativa do Banco Mundial com o Ministério da Saúde de Angola para ampliar a capacidade de resposta a surtos de doenças e ameaças à saúde pública. 


Pesquisadores da Fiocruz e profissionais da vigilância angolana durante atividade prática de campo no projeto de atualização do Mapa Entomológico de Angola. Imagem: Bruno Santos

Atualmente, o país é responsável por 3,4% dos casos globais de malária, segundo dados do Severe Malaria Observatory. Também têm sido registrados aumentos nos casos de arboviroses como dengue, Zika e chikungunya. 

Para entender a distribuição de vetores no território, o Ministério da Saúde angolano e o REDISSE propuseram um edital para atualizar o Mapa Entomológico de Angola, elaborado em 2012. Dentre outras agências internacionais, a Fiocruz foi selecionada para executar o projeto, sob a coordenação do Centro de Relações Internacionais em Saúde (CRIS/Fiocruz) e da Fundação de Apoio à Fiocruz (Fiotec). A coordenação técnica do projeto no Brasil é da pesquisadora da Fiocruz Rondônia, Genimar Rebouças Julião.

“Embora a chamada fosse referente ao serviço de mapeamento — de fazer as coletas e dizer quais vetores estão em quais áreas —, a Fiocruz também propôs a realização de uma capacitação para profissionais locais, o que a fez se destacar entre as demais propostas”, explicou o vice-diretor de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Ademir de Jesus Martins Júnior. 


Comitiva do Ministério da Saúde de Angola visitou o campus da Fiocruz, em Manguinhos (RJ), para definir os últimos detalhes da viagem. Imagem: Pedro Linger

Em março, uma comitiva angolana esteve no Rio de Janeiro para discutir a ação. Na ocasião, foram acertados os detalhes da ida de 18 pesquisadores da Fiocruz ao país africano para as fases de capacitação e coleta, dois quais nove eram do IOC. Foram eles: 

  • Ademir Martins, do Laboratório de Biologia, Controle e Vigilância de Insetos Vetores; 

  • Antônio Ferreira de Santana e Catarina Macedo, do Laboratório de Vigilância Entomológica em Diptera e Hemiptera; 

  • Cleber Ferreira Galvão e Carlos Eduardo Almeida, do Laboratório Nacional e Internacional de Referência em Taxonomia de Triatomíneos; 

  • Dinair Couto Lima e Maycon Neves, do Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários; 

  • Margareth Queiroz e Lucas Cortinhas, do Laboratório Integrado: Simulídeos e Oncocercose & Entomologia Médica e Forense.

Também participaram da missão Caiett Genial e Bruno Cesar dos Santos, da Fiocruz Petrópolis; André Aguirre e Gabriel Valença, além de Genimar Julião, da Fiocruz Rondônia; e Erica Kastrup e Claudia Turco, do CRIS.

A capacitação foi realizada entre 15 e 17 de abril. Cerca de 95 profissionais da Vigilância Epidemiológica de Angola participaram do Curso de Entomologia Médica Básica, realizado em formato híbrido no Instituto Pediátrico Hematológico Dra. Victória do Espírito Santo, em Luanda.  

A pesquisadora Dinair Couto Lima destacou o entusiasmo dos participantes: 

“A recepção dos alunos foi especial. Nós víamos que eles estavam orgulhosos pela capacitação e pela troca de conhecimentos entre os países”, comentou. 


Profissionais angolanos e pesquisadores da Fiocruz realizam atividade de campo em região rural de Angola para coleta de vetores de importância médica. Imagem: André Aguirre

Dentre os temas abordados, foram debatidos o ciclo de vida de mosquitos vetores, fundamentos de vigilância entomológica, biossegurança e técnicas de captura. 

A formação teve como objetivo preparar os profissionais angolanos para as coletas de campo, realizadas em quatro regiões do país: Luanda, Huambo, Lubango e Saurimo. 

Especialistas do Instituto contribuem com projeto do Ministério da Saúde local em parceria com o Banco Mundial
Por: 
yuri.neri

Entre 14 de abril e 2 de maio, pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) estiveram em Angola para colaborar na atualização do mapa entomológico local.  

A ação integra a quarta fase do Projeto de Aprimoramento dos Sistemas Regionais de Vigilância de Doenças (REDISSE), uma iniciativa do Banco Mundial com o Ministério da Saúde de Angola para ampliar a capacidade de resposta a surtos de doenças e ameaças à saúde pública. 


Pesquisadores da Fiocruz e profissionais da vigilância angolana durante atividade prática de campo no projeto de atualização do Mapa Entomológico de Angola. Imagem: Bruno Santos

Atualmente, o país é responsável por 3,4% dos casos globais de malária, segundo dados do Severe Malaria Observatory. Também têm sido registrados aumentos nos casos de arboviroses como dengue, Zika e chikungunya. 

Para entender a distribuição de vetores no território, o Ministério da Saúde angolano e o REDISSE propuseram um edital para atualizar o Mapa Entomológico de Angola, elaborado em 2012. Dentre outras agências internacionais, a Fiocruz foi selecionada para executar o projeto, sob a coordenação do Centro de Relações Internacionais em Saúde (CRIS/Fiocruz) e da Fundação de Apoio à Fiocruz (Fiotec). A coordenação técnica do projeto no Brasil é da pesquisadora da Fiocruz Rondônia, Genimar Rebouças Julião.

“Embora a chamada fosse referente ao serviço de mapeamento — de fazer as coletas e dizer quais vetores estão em quais áreas —, a Fiocruz também propôs a realização de uma capacitação para profissionais locais, o que a fez se destacar entre as demais propostas”, explicou o vice-diretor de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Ademir de Jesus Martins Júnior. 


Comitiva do Ministério da Saúde de Angola visitou o campus da Fiocruz, em Manguinhos (RJ), para definir os últimos detalhes da viagem. Imagem: Pedro Linger

Em março, uma comitiva angolana esteve no Rio de Janeiro para discutir a ação. Na ocasião, foram acertados os detalhes da ida de 18 pesquisadores da Fiocruz ao país africano para as fases de capacitação e coleta, dois quais nove eram do IOC. Foram eles: 

  • Ademir Martins, do Laboratório de Biologia, Controle e Vigilância de Insetos Vetores; 

  • Antônio Ferreira de Santana e Catarina Macedo, do Laboratório de Vigilância Entomológica em Diptera e Hemiptera; 

  • Cleber Ferreira Galvão e Carlos Eduardo Almeida, do Laboratório Nacional e Internacional de Referência em Taxonomia de Triatomíneos; 

  • Dinair Couto Lima e Maycon Neves, do Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários; 

  • Margareth Queiroz e Lucas Cortinhas, do Laboratório Integrado: Simulídeos e Oncocercose & Entomologia Médica e Forense.

Também participaram da missão Caiett Genial e Bruno Cesar dos Santos, da Fiocruz Petrópolis; André Aguirre e Gabriel Valença, além de Genimar Julião, da Fiocruz Rondônia; e Erica Kastrup e Claudia Turco, do CRIS.

A capacitação foi realizada entre 15 e 17 de abril. Cerca de 95 profissionais da Vigilância Epidemiológica de Angola participaram do Curso de Entomologia Médica Básica, realizado em formato híbrido no Instituto Pediátrico Hematológico Dra. Victória do Espírito Santo, em Luanda.  

A pesquisadora Dinair Couto Lima destacou o entusiasmo dos participantes: 

“A recepção dos alunos foi especial. Nós víamos que eles estavam orgulhosos pela capacitação e pela troca de conhecimentos entre os países”, comentou. 


Profissionais angolanos e pesquisadores da Fiocruz realizam atividade de campo em região rural de Angola para coleta de vetores de importância médica. Imagem: André Aguirre

Dentre os temas abordados, foram debatidos o ciclo de vida de mosquitos vetores, fundamentos de vigilância entomológica, biossegurança e técnicas de captura. 

A formação teve como objetivo preparar os profissionais angolanos para as coletas de campo, realizadas em quatro regiões do país: Luanda, Huambo, Lubango e Saurimo. 

Edição: 
Vinicius Ferreira

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)