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Entre aranhas, cobras e escorpiões

Prevenção de picadas, medidas de primeiros socorros e pesquisas científicas foram assunto do ‘I Workshop sobre Acidentes com Animais Peçonhentos de Interesse Médico’
Por Raquel Aguiar10/08/2018 - Atualizado em 10/12/2019
Prevenção de picadas, medidas de primeiros socorros e pesquisas científicas foram assunto do ‘I Workshop sobre Acidentes com Animais Peçonhentos de Interesse Médico’

Promovido pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em parceria com o Instituto Vital Brazil, no dia 07/08, o ‘I Workshop sobre Acidentes com Animais Peçonhentos de Interesse Médico’ contou com mais de 80 participantes, entre pesquisadores, estudantes, profissionais das áreas de saúde e ensino, além de profissionais com risco ocupacional ligado ao tema. A atividade, realizada no campus da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, foi coordenada pelo Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses e teve apoio do Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Medicina Tropical do IOC. O workshop falou sobre a importância da pesquisa voltada para a capacitação de profissionais da área, de forma que o atendimento emergencial de pessoas feridas por animais peçonhentos, como serpentes, escorpiões e aranhas, seja mais eficiente e preciso. Um dos destaques ficou por conta do soro antiapílico desenvolvido pelo Instituto Vital Brazil: o produto alcançou resultados positivos em acidentes graves envolvendo picadas por grande quantidade de abelhas. “Casos críticos de indivíduos que vinham a óbito após serem picados por um enxame de abelhas poderão ser evitados com o uso do soro, produzido com o próprio veneno da abelha”, frisou a pesquisadora Elba Lemos, chefe do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses do IOC e coordenadora do workshop junto a Luís Eduardo Cunha, diretor industrial do Instituto Vital Brazil.

Gutemberg Brito/IOC/Fiocruz

Público variado acompanha palestra do diretor industrial do Instituto Vital Brazil, Luís Eduardo Cunha


O aumento do número de acidentes envolvendo escorpiões e aranhas e a conduta a ser adotada nos polos de atendimento para que intoxicações por veneno sejam tratadas de modo rápido e eficiente foram assunto para o pesquisador Claudio Souza, do Instituto Vital Brazil. O especialista salientou que a capacitação dos profissionais de saúde influencia na prevenção e na redução do número de acidentes, por meio da orientação correta à população e do desenvolvimento de pesquisas. A importância do trabalho conjunto entre pesquisadores, indústria e autoridades de saúde para a redução dos impactos causados por artrópodes peçonhentos também foi um ponto de destaque do workshop – vale lembrar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) acrescentou recentemente o envenenamento por picada de cobra à lista das doenças tropicais negligenciadas. O biólogo Breno Hamdan comentou sobre a relação entre o aumento de acidentes graves ligados a jararacas com a lacuna de capacitação dos profissionais que atendem casos emergenciais. Hamdan afirmou que, quando a picada de uma jararaca é tratada de forma equivocada como se fosse de uma cascavel, as consequências podem ser gravíssimas . A limpeza do ferimento com água e sabão foi indicada como medida de primeiros socorros, a ser realizada até seis horas após a picada, e o uso do torniquete foi totalmente contraindicado pelo biólogo. O workshop capacitou profissionais e estudantes dos municípios do Rio de Janeiro, Paraty e Petrópolis (RJ), além do Espírito Santo. Participaram profissionais de outras unidades da Fiocruz – como o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/ Fiocruz) e o Instituto de Tecnologia em Fármacos (FarManguinhos) – e de instituições como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Faculdade de Ciências e Educação do Espírito Santo (UNIVES) e secretarias de saúde . Reportagem: Agatha Ariel Edição: Raquel Aguiar 10/08/2018
Prevenção de picadas, medidas de primeiros socorros e pesquisas científicas foram assunto do ‘I Workshop sobre Acidentes com Animais Peçonhentos de Interesse Médico’
Por: 
raquel

Prevenção de picadas, medidas de primeiros socorros e pesquisas científicas foram assunto do ‘I Workshop sobre Acidentes com Animais Peçonhentos de Interesse Médico’

Promovido pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em parceria com o Instituto Vital Brazil, no dia 07/08, o ‘I Workshop sobre Acidentes com Animais Peçonhentos de Interesse Médico’ contou com mais de 80 participantes, entre pesquisadores, estudantes, profissionais das áreas de saúde e ensino, além de profissionais com risco ocupacional ligado ao tema. A atividade, realizada no campus da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, foi coordenada pelo Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses e teve apoio do Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Medicina Tropical do IOC.

O workshop falou sobre a importância da pesquisa voltada para a capacitação de profissionais da área, de forma que o atendimento emergencial de pessoas feridas por animais peçonhentos, como serpentes, escorpiões e aranhas, seja mais eficiente e preciso. Um dos destaques ficou por conta do soro antiapílico desenvolvido pelo Instituto Vital Brazil: o produto alcançou resultados positivos em acidentes graves envolvendo picadas por grande quantidade de abelhas. “Casos críticos de indivíduos que vinham a óbito após serem picados por um enxame de abelhas poderão ser evitados com o uso do soro, produzido com o próprio veneno da abelha”, frisou a pesquisadora Elba Lemos, chefe do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses do IOC e coordenadora do workshop junto a Luís Eduardo Cunha, diretor industrial do Instituto Vital Brazil.

Gutemberg Brito/IOC/Fiocruz

Público variado acompanha palestra do diretor industrial do Instituto Vital Brazil, Luís Eduardo Cunha



O aumento do número de acidentes envolvendo escorpiões e aranhas e a conduta a ser adotada nos polos de atendimento para que intoxicações por veneno sejam tratadas de modo rápido e eficiente foram assunto para o pesquisador Claudio Souza, do Instituto Vital Brazil. O especialista salientou que a capacitação dos profissionais de saúde influencia na prevenção e na redução do número de acidentes, por meio da orientação correta à população e do desenvolvimento de pesquisas. A importância do trabalho conjunto entre pesquisadores, indústria e autoridades de saúde para a redução dos impactos causados por artrópodes peçonhentos também foi um ponto de destaque do workshop – vale lembrar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) acrescentou recentemente o envenenamento por picada de cobra à lista das doenças tropicais negligenciadas.

O biólogo Breno Hamdan comentou sobre a relação entre o aumento de acidentes graves ligados a jararacas com a lacuna de capacitação dos profissionais que atendem casos emergenciais. Hamdan afirmou que, quando a picada de uma jararaca é tratada de forma equivocada como se fosse de uma cascavel, as consequências podem ser gravíssimas . A limpeza do ferimento com água e sabão foi indicada como medida de primeiros socorros, a ser realizada até seis horas após a picada, e o uso do torniquete foi totalmente contraindicado pelo biólogo.

O workshop capacitou profissionais e estudantes dos municípios do Rio de Janeiro, Paraty e Petrópolis (RJ), além do Espírito Santo. Participaram profissionais de outras unidades da Fiocruz – como o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/ Fiocruz) e o Instituto de Tecnologia em Fármacos (FarManguinhos) – e de instituições como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Faculdade de Ciências e Educação do Espírito Santo (UNIVES) e secretarias de saúde .

Reportagem: Agatha Ariel
Edição: Raquel Aguiar
10/08/2018

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)