Portuguese English Spanish
Interface
Adjust the interface to make it easier to use for different conditions.
This renders the document in high contrast mode.
This renders the document as white on black
This can help those with trouble processing rapid screen movements.
This loads a font easier to read for people with dyslexia.
Busca Avançada
Você está aqui: Notícias » Especial Ciência e Criança: Experiências positivas na divulgação da ciência para crianças

Especial Ciência e Criança: Experiências positivas na divulgação da ciência para crianças

Interesse do público infanto-juvenil é tema principal de palestras
Por Jornalismo IOC27/09/2007 - Atualizado em 29/09/2022

O que o público infanto-juvenil quer saber sobre ciência? A busca da resposta para esta questão foi o ponto de partida para a palestra e a mesa-redonda que aconteceram na tarde do dia 25 durante o seminário "Ciência & Criança: A divulgação científica para o público infanto-juvenil". A apresentação de experiências positivas na área e pesquisas relacionadas ao despertar do interesse pela ciência marcaram as atividades.

O australiano Simon Torok apontou a astronomia e as experiências que podem ser realizadas em casa como temas que lideram a preferência dos pequenos leitores. Foto: Gutemberg Brito

O primeiro convidado a falar foi o australiano Simon Torok, da Communication and Marketing Manager, CSIRO Marine and Atmospheric Research. Em sua exposição, o palestrante apresentou dados com base em sua experiência como escritor e como editor da revista Double Helix, voltada para o público infanto-juvenil.

“De acordo com os leitores da revista, temas como astronomia e espaço lideram as preferências. Em seguida, aparecem as experiências que podem ser feitas em casa. Além disso, muitos perguntam: Como posso me tornar um inventor?”, Torok sintetizou.

Segundo ele, as publicações científicas precisam ser divertidas.

“Não acho que este tipo de publicação tenha que ser didática. O objetivo é divertir e o aprendizado é um bônus”, avaliou. 

Com destacada experiência em divulgação cientifica na área de mudanças climáticas, Simon Torok afirmou que houve um aumento no espaço destinado ao assunto nos meios de comunicação da Austrália. Criticou, no entanto, a forma como a divulgação é feita.

“Esta cobertura maior por parte de jornais e meios de comunicação em geral, tem um efeito negativo, porque passa uma imagem pessimista, catastrófica. Uma pesquisa feita por meu grupo na Austrália mostrou que 4% dos jovens acham que o mundo pode acabar antes de sua morte. O problema toma uma proporção tão grandiosa na páginas dos jornais que dá a idéia de que um ser humano não pode fazer nada a respeito”, concluiu.

Em seguida, uma mesa-redonda contou com apresentação da física argentina Carla Baredes, da Editora Iamiqué, especializada em livros de divulgação científica para crianças.

“Inicialmente, nosso desafio maior foi produzir um livro de ciência divertido e que pudesse ser facilmente entendido. O que percebemos foi a ausência de um autor apaixonado por contar algo.  Ele era a peça-chave neste processo e fomos buscar isso”, Carla explicou.

O segundo convidado foi o ilustrador Roger Mello, que ressaltou a importância da ilustração nos livros de ciência dedicados ao público infanto-juvenil.

“É mais fácil instigar o senso crítico do que as certezas. É mais interessante buscar o questionamento poético do que passar certeza de forma repetida”, avaliou. 

 

Experiências de sucesso na área como a da revista Ciência Hoje para Crianças - que completa 21 anos em dezembro - foram apresentadas na mesa-redonda que encerrou as atividades da terça-feira, dia 25. Foto: Gutemberg Brito

Para fechar a mesa, a editora-executiva da revista Ciência Hoje das Crianças, Bianca da Encarnação, falou sobre o sucesso da publicação, que completou duas décadas de existência no ano passado e é distribuída a 180 mil escolas em todo o país.

“A ciência está no cotidiano das pessoas, mas não somos estimulados a perceber isso. Assim que a revista foi criada, notamos que havia uma grande demanda”, relata a jornalista.

Segundo ela, a Ciência Hoje das Crianças nasceu da necessidade de falar sobre ciência de forma simples, mas com a seriedade que o tema merece.

“Nosso maior desafio é cumprir a pretensão de despertar o interesse da criança pela ciência”, concluiu.

 

Reportagem: Renata Fontoura

Interesse do público infanto-juvenil é tema principal de palestras
Por: 
jornalismo

O que o público infanto-juvenil quer saber sobre ciência? A busca da resposta para esta questão foi o ponto de partida para a palestra e a mesa-redonda que aconteceram na tarde do dia 25 durante o seminário "Ciência & Criança: A divulgação científica para o público infanto-juvenil". A apresentação de experiências positivas na área e pesquisas relacionadas ao despertar do interesse pela ciência marcaram as atividades.

O australiano Simon Torok apontou a astronomia e as experiências que podem ser realizadas em casa como temas que lideram a preferência dos pequenos leitores. Foto: Gutemberg Brito

O primeiro convidado a falar foi o australiano Simon Torok, da Communication and Marketing Manager, CSIRO Marine and Atmospheric Research. Em sua exposição, o palestrante apresentou dados com base em sua experiência como escritor e como editor da revista Double Helix, voltada para o público infanto-juvenil.

“De acordo com os leitores da revista, temas como astronomia e espaço lideram as preferências. Em seguida, aparecem as experiências que podem ser feitas em casa. Além disso, muitos perguntam: Como posso me tornar um inventor?”, Torok sintetizou.

Segundo ele, as publicações científicas precisam ser divertidas.

“Não acho que este tipo de publicação tenha que ser didática. O objetivo é divertir e o aprendizado é um bônus”, avaliou. 

Com destacada experiência em divulgação cientifica na área de mudanças climáticas, Simon Torok afirmou que houve um aumento no espaço destinado ao assunto nos meios de comunicação da Austrália. Criticou, no entanto, a forma como a divulgação é feita.

“Esta cobertura maior por parte de jornais e meios de comunicação em geral, tem um efeito negativo, porque passa uma imagem pessimista, catastrófica. Uma pesquisa feita por meu grupo na Austrália mostrou que 4% dos jovens acham que o mundo pode acabar antes de sua morte. O problema toma uma proporção tão grandiosa na páginas dos jornais que dá a idéia de que um ser humano não pode fazer nada a respeito”, concluiu.

Em seguida, uma mesa-redonda contou com apresentação da física argentina Carla Baredes, da Editora Iamiqué, especializada em livros de divulgação científica para crianças.

“Inicialmente, nosso desafio maior foi produzir um livro de ciência divertido e que pudesse ser facilmente entendido. O que percebemos foi a ausência de um autor apaixonado por contar algo.  Ele era a peça-chave neste processo e fomos buscar isso”, Carla explicou.

O segundo convidado foi o ilustrador Roger Mello, que ressaltou a importância da ilustração nos livros de ciência dedicados ao público infanto-juvenil.

“É mais fácil instigar o senso crítico do que as certezas. É mais interessante buscar o questionamento poético do que passar certeza de forma repetida”, avaliou. 

 

Experiências de sucesso na área como a da revista Ciência Hoje para Crianças - que completa 21 anos em dezembro - foram apresentadas na mesa-redonda que encerrou as atividades da terça-feira, dia 25. Foto: Gutemberg Brito

Para fechar a mesa, a editora-executiva da revista Ciência Hoje das Crianças, Bianca da Encarnação, falou sobre o sucesso da publicação, que completou duas décadas de existência no ano passado e é distribuída a 180 mil escolas em todo o país.

“A ciência está no cotidiano das pessoas, mas não somos estimulados a perceber isso. Assim que a revista foi criada, notamos que havia uma grande demanda”, relata a jornalista.

Segundo ela, a Ciência Hoje das Crianças nasceu da necessidade de falar sobre ciência de forma simples, mas com a seriedade que o tema merece.

“Nosso maior desafio é cumprir a pretensão de despertar o interesse da criança pela ciência”, concluiu.

 

Reportagem: Renata Fontoura

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)