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Esquistossomose é tema de edição especial da revista Memórias do IOC

Edição traz 16 trabalhos acadêmicos de pesquisadores brasileiros e de outros sete países, incluindo Egito, Equador e Tailândia, focados na doença causada pelo parasita Schistosoma<BR>
Por Jornalismo IOC19/12/2011 - Atualizado em 16/12/2024

 

:: Homenagem ao pesquisador Henrique Lenzi encerra a edição 2011 do Centro de Estudos

:: Perfil proteômico de parasitas adultos de Angiostrongylus costaricensis é caracterizado. Artigo é assinado por Henrique Lenzi

 

A revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz publica uma edição especial este mês dedicada à memória do pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz, Henrique Leonel Lenzi, que contribuiu em sua carreira com diversas pesquisas científicas sobre os diferentes aspectos desta helmintíase, desde a biologia do S. mansoni à patologia da infecção experimental. A edição é inteiramente dedicada à esquistossomose, doença considerada negligenciada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), prevalente em áreas tropicais e sub-tropicais. A doença é especialmente importante em contextos com precariedade de saneamento básico, o que afeta pelo menos 240 milhões de pessoas em todo o mundo. Para acessar a edição completa clique aqui.

A maioria dos trabalhos publicados na revista científica foi apresentada no 12º Simpósio Internacional sobre Esquistossomose, realizado em outubro de 2010, no Rio de Janeiro, e organizado pelo Programa Integrado de Esquistossomose da Fundação Oswaldo Cruz (PIDE/Fiocruz). São 16 artigos escritos por 87 cientistas de 28 instituições nacionais e internacionais.

Artigos da Tailândia, Estados Unidos, França, Egito, Equador, Grã-Bretanha, Espanha e de instituições brasileiras, como a Fiocruz e universidades federais das regiões Nordeste e Sudeste, abrangem novos avanços científicos na imunopatologia, bioquímica, biologia molecular, diagnóstico, tratamento, epidemiologia, malacologia e controle do parasita transmissor da doença.

Destaques

Um dos destaques da edição é o estudo do Instituto Pasteur e da Universidade de Lille, da França, que relata a iniciativa de desenvolvimento de inibidores específicos de enzimas do Schistosoma com foco no desenvolvimento de novas drogas. Atualmente, existe apenas um medicamento disponível para o tratamento e controle da doença, o Praziquantel. O artigo afirma que o desenvolvimento de novas drogas é urgente, já que vem aumentando a resistência de cepas do parasita da esquistossomose ao medicamento existente.

Já o estudo sobre identificação de antígenos candidatos para diagnóstico da infecção, assinado pela Fiocruz-Minas, destaca que é necessário o desenvolvimento de um teste mais sensível para a detecção da esquistossomose, buscando superar as limitações colocadas pela adoção do uso de exame de fezes em área de baixa endemicidade. No artigo, é descrita a análise in silico do genoma do S. mansoni, utilizando-se ferramentas de bioinformática para a triagem de antígenos imunogênicos.

Desenvolvido pela Fiocruz-Minas em parceria com a Universidade de Ohio, dos Estados Unidos, e a Universidade Católica do Equador, o artigo &lsquo;Hybridism between Biomphalaria cousini and Biomphalaria amazonica and its susceptibility to Schistosoma mansoni&rsquo; foca a questão de novas técnicas moleculares que possam auxiliar na classificação de espécies de Biomphalaria, um dos moluscos vetores do Schistosoma. A tentativa é criar alternativas para a diferenciação morfológica entre as espécies. O objetivo deste trabalho foi investigar o hibridismo entre o B. amazonica e B. cousini, verificando se o resultado do cruzamento entre estas espécies são suscetíveis ao S. mansoni. A pesquisa comprovou que os híbridos podem ser considerados potenciais hospedeiros do S. mansoni, resultados que indicam o risco de introdução da esquistossomose mansônica para novas áreas.

Também vale conferir o artigo &lsquo;New tools for epidemiology: a space odyssey&rsquo;, do pesquisador sueco Robert Bergquist, que discute as capacidades atuais da coleta de dados epidemiológicos sobre a esquistossomose. Robert apresenta o Sistema de Informação Geográfica (GIS, na sigla em inglês), que permite a análise da distribuição da doença com base em características ambientais [cobertura e uso da terra, topografia, temperaturas de superfície do solo], facilitando o acesso aos dados.

João Paulo Soldati

19/12/2011

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Edição traz 16 trabalhos acadêmicos de pesquisadores brasileiros e de outros sete países, incluindo Egito, Equador e Tailândia, focados na doença causada pelo parasita Schistosoma&lt;BR&gt;
Por: 
jornalismo

 

:: Homenagem ao pesquisador Henrique Lenzi encerra a edição 2011 do Centro de Estudos

:: Perfil proteômico de parasitas adultos de Angiostrongylus costaricensis é caracterizado. Artigo é assinado por Henrique Lenzi

 

A revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz publica uma edição especial este mês dedicada à memória do pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz, Henrique Leonel Lenzi, que contribuiu em sua carreira com diversas pesquisas científicas sobre os diferentes aspectos desta helmintíase, desde a biologia do S. mansoni à patologia da infecção experimental. A edição é inteiramente dedicada à esquistossomose, doença considerada negligenciada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), prevalente em áreas tropicais e sub-tropicais. A doença é especialmente importante em contextos com precariedade de saneamento básico, o que afeta pelo menos 240 milhões de pessoas em todo o mundo. Para acessar a edição completa clique aqui.

A maioria dos trabalhos publicados na revista científica foi apresentada no 12º Simpósio Internacional sobre Esquistossomose, realizado em outubro de 2010, no Rio de Janeiro, e organizado pelo Programa Integrado de Esquistossomose da Fundação Oswaldo Cruz (PIDE/Fiocruz). São 16 artigos escritos por 87 cientistas de 28 instituições nacionais e internacionais.

Artigos da Tailândia, Estados Unidos, França, Egito, Equador, Grã-Bretanha, Espanha e de instituições brasileiras, como a Fiocruz e universidades federais das regiões Nordeste e Sudeste, abrangem novos avanços científicos na imunopatologia, bioquímica, biologia molecular, diagnóstico, tratamento, epidemiologia, malacologia e controle do parasita transmissor da doença.

Destaques

Um dos destaques da edição é o estudo do Instituto Pasteur e da Universidade de Lille, da França, que relata a iniciativa de desenvolvimento de inibidores específicos de enzimas do Schistosoma com foco no desenvolvimento de novas drogas. Atualmente, existe apenas um medicamento disponível para o tratamento e controle da doença, o Praziquantel. O artigo afirma que o desenvolvimento de novas drogas é urgente, já que vem aumentando a resistência de cepas do parasita da esquistossomose ao medicamento existente.

Já o estudo sobre identificação de antígenos candidatos para diagnóstico da infecção, assinado pela Fiocruz-Minas, destaca que é necessário o desenvolvimento de um teste mais sensível para a detecção da esquistossomose, buscando superar as limitações colocadas pela adoção do uso de exame de fezes em área de baixa endemicidade. No artigo, é descrita a análise in silico do genoma do S. mansoni, utilizando-se ferramentas de bioinformática para a triagem de antígenos imunogênicos.

Desenvolvido pela Fiocruz-Minas em parceria com a Universidade de Ohio, dos Estados Unidos, e a Universidade Católica do Equador, o artigo &lsquo;Hybridism between Biomphalaria cousini and Biomphalaria amazonica and its susceptibility to Schistosoma mansoni&rsquo; foca a questão de novas técnicas moleculares que possam auxiliar na classificação de espécies de Biomphalaria, um dos moluscos vetores do Schistosoma. A tentativa é criar alternativas para a diferenciação morfológica entre as espécies. O objetivo deste trabalho foi investigar o hibridismo entre o B. amazonica e B. cousini, verificando se o resultado do cruzamento entre estas espécies são suscetíveis ao S. mansoni. A pesquisa comprovou que os híbridos podem ser considerados potenciais hospedeiros do S. mansoni, resultados que indicam o risco de introdução da esquistossomose mansônica para novas áreas.

Também vale conferir o artigo &lsquo;New tools for epidemiology: a space odyssey&rsquo;, do pesquisador sueco Robert Bergquist, que discute as capacidades atuais da coleta de dados epidemiológicos sobre a esquistossomose. Robert apresenta o Sistema de Informação Geográfica (GIS, na sigla em inglês), que permite a análise da distribuição da doença com base em características ambientais [cobertura e uso da terra, topografia, temperaturas de superfície do solo], facilitando o acesso aos dados.

João Paulo Soldati

19/12/2011

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Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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