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Estudo registra efeitos de medicamentos anti-hipertensivos sobre microcirculação

Sistema circulatório de vasos capilares, responsável pela irrigação de órgãos vitais, está relacionado a complicações da doença
Por Jornalismo IOC17/02/2009 - Atualizado em 05/12/2024

Estudo desenvolvido no Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) avaliou o efeito de diferentes classes farmacológicas utilizadas no tratamento da hipertensão arterial sobre a microcirculação sanguínea – sistema fisiológico responsável pela irrigação de órgãos como cérebro, coração e rins e pela distribuição de oxigênio pelo corpo, que apresenta distúrbios em decorrência da doença. Os resultados, apresentados no 25° Congresso da Sociedade Européia de Microcirculação, na Hungria, e no 16º Congresso Brasileiro de Hipertensão, têm implicação terapêutica e podem contribuir para a prescrição de tratamentos mais eficazes.

 

Laboratório de Investigação Cardiovascular/IOC

Por microscopia intravitral é possível observar como a microcirculação sanguínea de ratos geneticamente hipertensos que não receberam medicamento (esq.) é mais rarefeita que a dos animais tratados com enalapril (dir.)

 

Realizada no Laboratório de Investigação Cardiovascular do IOC, a pesquisa avaliou em ratos geneticamente hipertensos o efeito de quatro classes farmacológicas utilizadas no tratamento da doença: losartan, enalapril, nifedipina e atenolol. Primeiro, a análise estrutural de tecidos, como a pele, e de músculos, como o coração, permitiu a identificação das características morfológicas da microcirculação dos animais. Através de microscopia intravitral de fluorescência, a observação in vivo do funcionamento de capilares e arteríolas permitiu a análise funcional do sistema durante a administração dos tratamentos.

A pesquisa indica o melhor desempenho sobre a microcirculação sanguínea de compostos pertencentes às classes de antagonistas de receptores da angiotensina II (losartan) e inibidores da enzima conversora da angiotensina II (enalapril) – a angiotensina II é um hormônio vasoconstritor que colabora para reabsorção de sódio pelos rins e provoca o aumento do volume sanguíneo.

"Durante os experimentos, as duas classes farmacológicas normalizaram a densidade capilar em músculos esqueléticos e a rarefação estrutural cardíaca. Além disso, a primeira reverteu completamente a rarefação funcional de capilares em músculos e em tecidos cutâneos e a segunda aumentou significativamente a densidade funcional de capilares na pele”, descreve o farmacologista Eduardo Tibiriçá, chefe Laboratório de Investigação Cardiovascular do IOC e coordenador do estudo.

A classe que integra bloqueadores de canais de cálcio (nifedipina) também reverteu a rarefação funcional de capilares em músculos e em tecidos cutâneos e normalizou a densidade capilar em músculos esqueléticos. O atenolol, pertencente à classe dos betabloqueadores, não induziu alterações na densidade funcional ou estrutural de capilares nos ratos hipertensos.

 

Gutemberg Brito

O farmacologista Eduardo Tibiriçá, chefe do Laboratório de Investigação Cardiovascular do IOC, coordenou o estudo que avalia o efeito drogas anti-hipertensivas sobre a microcirculação sanguínea

 

A hipertensão arterial é caracterizada pela rarefação da microcirculação sanguínea, isto é, pela perda de capilares, que leva ao aumento da pressão arterial. Sabemos que os medicamentos melhoram a condição do paciente, mas para aprimorar o tratamento é preciso entender de que maneira isso ocorre – tarefa para qual o estudo da microcirculação é imprescindível”, Tibiriçá justifica.

A pesquisa dá continuidade a estudo realizado em 2006 pelo Laboratório de Investigação Cardiovascular do IOC, em parceria com o Instituto Nacional da Saúde e da Pesquisa Médica da França (INSERM, na sigla em francês). Nesta etapa preliminar, os pesquisadores brasileiros e franceses avaliaram o efeito dos medicamentos sobre a microcirculação cutânea de três grupos de pessoas – indivíduos com pressão arterial normal, hipertensos que nunca passaram por tratamento e pacientes em situação controlada, medicados há pelo menos doze meses – e constataram pela primeira vez os efeitos benéficos da terapia anti-hipertensiva sobre a microcirculação.

“A pele funciona como um espelho dos outros órgãos. Neste sentido, os primeiros testes nos permitiram observar o efeito de drogas anti-hipertensivas sobre a microcirculação cutânea dos pacientes e inferir, a partir disso, seu impacto sobre outros órgãos. Para confirmar nossas hipóteses e investigar o efeito dos medicamentos atualmente utilizados sobre o sistema nervoso central, coração e músculos esqueléticos, voltamos ao laboratório para realizar em ratos – que apresentam quadro de hipertensão semelhante ao desenvolvido por humanos – experimentos que não podem ser realizados em pacientes”, Tibiriçá conclui.

Bel Levy

17/02/09

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Sistema circulatório de vasos capilares, responsável pela irrigação de órgãos vitais, está relacionado a complicações da doença
Por: 
jornalismo

Estudo desenvolvido no Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) avaliou o efeito de diferentes classes farmacológicas utilizadas no tratamento da hipertensão arterial sobre a microcirculação sanguínea – sistema fisiológico responsável pela irrigação de órgãos como cérebro, coração e rins e pela distribuição de oxigênio pelo corpo, que apresenta distúrbios em decorrência da doença. Os resultados, apresentados no 25° Congresso da Sociedade Européia de Microcirculação, na Hungria, e no 16º Congresso Brasileiro de Hipertensão, têm implicação terapêutica e podem contribuir para a prescrição de tratamentos mais eficazes.

 

Laboratório de Investigação Cardiovascular/IOC

Por microscopia intravitral é possível observar como a microcirculação sanguínea de ratos geneticamente hipertensos que não receberam medicamento (esq.) é mais rarefeita que a dos animais tratados com enalapril (dir.)

 

Realizada no Laboratório de Investigação Cardiovascular do IOC, a pesquisa avaliou em ratos geneticamente hipertensos o efeito de quatro classes farmacológicas utilizadas no tratamento da doença: losartan, enalapril, nifedipina e atenolol. Primeiro, a análise estrutural de tecidos, como a pele, e de músculos, como o coração, permitiu a identificação das características morfológicas da microcirculação dos animais. Através de microscopia intravitral de fluorescência, a observação in vivo do funcionamento de capilares e arteríolas permitiu a análise funcional do sistema durante a administração dos tratamentos.

A pesquisa indica o melhor desempenho sobre a microcirculação sanguínea de compostos pertencentes às classes de antagonistas de receptores da angiotensina II (losartan) e inibidores da enzima conversora da angiotensina II (enalapril) – a angiotensina II é um hormônio vasoconstritor que colabora para reabsorção de sódio pelos rins e provoca o aumento do volume sanguíneo.

"Durante os experimentos, as duas classes farmacológicas normalizaram a densidade capilar em músculos esqueléticos e a rarefação estrutural cardíaca. Além disso, a primeira reverteu completamente a rarefação funcional de capilares em músculos e em tecidos cutâneos e a segunda aumentou significativamente a densidade funcional de capilares na pele”, descreve o farmacologista Eduardo Tibiriçá, chefe Laboratório de Investigação Cardiovascular do IOC e coordenador do estudo.

A classe que integra bloqueadores de canais de cálcio (nifedipina) também reverteu a rarefação funcional de capilares em músculos e em tecidos cutâneos e normalizou a densidade capilar em músculos esqueléticos. O atenolol, pertencente à classe dos betabloqueadores, não induziu alterações na densidade funcional ou estrutural de capilares nos ratos hipertensos.

 

Gutemberg Brito

O farmacologista Eduardo Tibiriçá, chefe do Laboratório de Investigação Cardiovascular do IOC, coordenou o estudo que avalia o efeito drogas anti-hipertensivas sobre a microcirculação sanguínea

 

A hipertensão arterial é caracterizada pela rarefação da microcirculação sanguínea, isto é, pela perda de capilares, que leva ao aumento da pressão arterial. Sabemos que os medicamentos melhoram a condição do paciente, mas para aprimorar o tratamento é preciso entender de que maneira isso ocorre – tarefa para qual o estudo da microcirculação é imprescindível”, Tibiriçá justifica.

A pesquisa dá continuidade a estudo realizado em 2006 pelo Laboratório de Investigação Cardiovascular do IOC, em parceria com o Instituto Nacional da Saúde e da Pesquisa Médica da França (INSERM, na sigla em francês). Nesta etapa preliminar, os pesquisadores brasileiros e franceses avaliaram o efeito dos medicamentos sobre a microcirculação cutânea de três grupos de pessoas – indivíduos com pressão arterial normal, hipertensos que nunca passaram por tratamento e pacientes em situação controlada, medicados há pelo menos doze meses – e constataram pela primeira vez os efeitos benéficos da terapia anti-hipertensiva sobre a microcirculação.

“A pele funciona como um espelho dos outros órgãos. Neste sentido, os primeiros testes nos permitiram observar o efeito de drogas anti-hipertensivas sobre a microcirculação cutânea dos pacientes e inferir, a partir disso, seu impacto sobre outros órgãos. Para confirmar nossas hipóteses e investigar o efeito dos medicamentos atualmente utilizados sobre o sistema nervoso central, coração e músculos esqueléticos, voltamos ao laboratório para realizar em ratos – que apresentam quadro de hipertensão semelhante ao desenvolvido por humanos – experimentos que não podem ser realizados em pacientes”, Tibiriçá conclui.

Bel Levy

17/02/09

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Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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