Com foco na promoção da saúde e no enfrentamento à doença de Chagas, a tecnologia social ‘Expresso Chagas 21’ chegou aos municÃpios de Limoeiro do Norte, Quixeré e Tabuleiro do Norte, no interior do Ceará, entre 28 de novembro e 1º de dezembro.
Promovido pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o ‘Expresso Chagas 21’ é uma expedição itinerante, organizada em vagões imaginários, que reúnem atividades de ciência e arte para conscientização sobre a doença de Chagas, diálogo com associações de pessoas afetadas pelo agravo e oferta de diagnóstico, entre outras ações.
Nas três cidades, quase 1,2 mil pessoas participaram das atividades e 670 testes rápidos para a doença foram realizados, com 51 resultados positivos, indicando uma taxa de infecção de mais de 7%.
Seguindo o protocolo de diagnóstico do agravo, foram coletadas amostras de sangue para confirmação do diagnóstico por exame de sorologia. Os pacientes foram encaminhados para acompanhamento e tratamento adequados.
Limoeiro do Norte recebeu o projeto nos dias 28 e 29 de novembro. Fotos: AcervoToda ação foi realizada em parceria com equipes locais de saúde, educação, cultura e assistência social, que participaram de oficinas promovidos pelo IOC, em maio, além de cursos de capacitação online.
A partir dos conhecimentos adquiridos, os profissionais formados desenvolveram ações para integrar o ‘Expresso Chagas 21’, atuando em todos os vagões que compõem a expedição, desde a sistematização da estação, elaboração de materiais gráficos, cenografia e sinalização, até o pré-agendamento de testes e oferta de atividades culturais e de assistência à saúde.
Como legado da iniciativa, uma nova edição do ‘Expresso Chagas 21’ será realizada em Limoeiro do Norte, com liderança da equipe local, no dia 19 de dezembro.
Iniciativa chegou a Quixeré no dia 30 de novembro. Fotos: AcervoA escolha dos municÃpios para a implementação da tecnologia social se deu por fazerem parte de uma região com alta prevalência de casos crônicos de Chagas e que apresenta dificuldade no seu controle, de acordo com a Secretaria estadual de Saúde.
Ainda segundo a pasta, a doença de Chagas é a terceira principal causa de problemas no coração com indicação de transplante no Hospital do Coração Messejana, referência local, representando 20% dos procedimentos.
A edição do ‘Expresso Chagas 21’ no Ceará teve coordenação geral da diretora do IOC, Tania Araujo-Jorge; da vice-diretora de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Luciana Garzoni; e dos pós-doutorandos do IOC, Roberto Ferreira e Rita Machado.
A iniciativa foi promovida pelo IOC, em parceria com a Fiocruz Ceará, Secretaria da Saúde do Ceará, por meio do Grupo Técnico em Doença de Chagas e da Superintendência Regional do Litoral Leste/Jaguaribe, além da Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins Rodrigues.
A ação contou com financiamento por emenda parlamentar do deputado André Figueiredo (PDT/CE) concedida ao IOC para ações de educação em saúde para enfrentamento de doenças negligenciadas.
A implementação da iniciativa teve apoio das prefeituras de Limoeiro do Norte, Quixeré e Tabuleiro do Norte, assim como das Secretarias de Saúde dos municÃpios.
No dia 1º de dezembro, foi a vez de Tabuleiro do Norte sediar atividades. Fotos: AcervoO ‘Expresso Chagas 21’ possui formato cenográfico de trem em alusão ao local de trabalho, entre 1907 e 1909, de Carlos Chagas – cientista do IOC que descobriu o parasita que provoca a infecção que leva seu sobrenome.
A iniciativa possui caráter de tecnologia social, que são técnicas e processos adaptáveis criados com o propósito de solucionar algum tipo de problema social, levando em consideração fatores como simplicidade, baixo custo, fácil aplicabilidade e impacto social.
As atividades oferecidas são apresentadas em seis vagões:
:: Associações - onde os visitantes têm contato com associações de portadores e pessoas afetadas pela doença de Chagas
:: Laboratório - com microscópios e lupas, o público conhece o parasita causador da doença e os barbeiros (vetor) e recebe oferta de testes para detecção da doença
:: Brincar e descobrir - com expressões artÃsticas sobre temáticas ligadas ao agravo
:: Casa e saúde única - aborda a relação entre ser humano, animais e ambiente e os cenários de risco que podem facilitar a transmissão da doença de Chagas
:: Bem-estar - oferta de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS)
:: Sua voz - espaço para as percepções dos participantes sobre a experiência
Integrantes da coordenação do projeto, Roberto Ferreira e Rita Machado acompanharam atividades no Ceará. Foto: AcervoConstruÃda por pesquisadores e estudantes do IOC, a conceituação do ‘Expresso Chagas 21’ contou com a participação de pessoas afetadas pela doença de Chagas vinculadas à Associação Rio Chagas.
O projeto conta com parceria da Federação Internacional de Associações de Pessoas Afetadas pela doença de Chagas (FINDECHAGAS), Médicos Sem Fronteiras, Coalición Chagas e Iniciativa em drogas para doenças negligenciadas (DNDi).
Apoiam a iniciativa o projeto selênio e seus financiadores, o Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e Tecnológico (CNPq), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de NÃvel Superior (CAPES), a Catalent, a rede hispano-latino-americana NHEPACHA e a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ESNP/Fiocruz).
A doença de Chagas é causada pelo parasito Trypanosoma cruzi. As formas mais comuns de transmissão são pelos insetos triatomÃneos (conhecidos popularmente como barbeiros), alimentos contaminados e transfusão de sangue. A infecção é quase 100% curável se detectada e tratada precocemente.
A fase aguda tem duração de cerca de oito semanas, com edema no lugar onde o barbeiro picou. Já a forma crônica pode demorar até 30 anos para se manifestar. Por isso, muitos pacientes só sabem da doença quando começam a apresentar complicações cardÃacas e/ou digestivas.
Atualmente, a doença de Chagas afeta mais de 6 milhões de pessoas em todo o mundo, a maioria delas na América Latina, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS).
Com foco na promoção da saúde e no enfrentamento à doença de Chagas, a tecnologia social ‘Expresso Chagas 21’ chegou aos municÃpios de Limoeiro do Norte, Quixeré e Tabuleiro do Norte, no interior do Ceará, entre 28 de novembro e 1º de dezembro.Â
Promovido pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o ‘Expresso Chagas 21’ é uma expedição itinerante, organizada em vagões imaginários, que reúnem atividades de ciência e arte para conscientização sobre a doença de Chagas, diálogo com associações de pessoas afetadas pelo agravo e oferta de diagnóstico, entre outras ações. Â
Nas três cidades, quase 1,2 mil pessoas participaram das atividades e 670 testes rápidos para a doença foram realizados, com 51 resultados positivos, indicando uma taxa de infecção de mais de 7%. Â
Seguindo o protocolo de diagnóstico do agravo, foram coletadas amostras de sangue para confirmação do diagnóstico por exame de sorologia. Os pacientes foram encaminhados para acompanhamento e tratamento adequados.Â
Limoeiro do Norte recebeu o projeto nos dias 28 e 29 de novembro. Fotos: AcervoToda ação foi realizada em parceria com equipes locais de saúde, educação, cultura e assistência social, que participaram de oficinas promovidos pelo IOC, em maio, além de cursos de capacitação online.Â
A partir dos conhecimentos adquiridos, os profissionais formados desenvolveram ações para integrar o ‘Expresso Chagas 21’, atuando em todos os vagões que compõem a expedição, desde a sistematização da estação, elaboração de materiais gráficos, cenografia e sinalização, até o pré-agendamento de testes e oferta de atividades culturais e de assistência à saúde.Â
Como legado da iniciativa, uma nova edição do ‘Expresso Chagas 21’ será realizada em Limoeiro do Norte, com liderança da equipe local, no dia 19 de dezembro.Â
Iniciativa chegou a Quixeré no dia 30 de novembro. Fotos: AcervoA escolha dos municÃpios para a implementação da tecnologia social se deu por fazerem parte de uma região com alta prevalência de casos crônicos de Chagas e que apresenta dificuldade no seu controle, de acordo com a Secretaria estadual de Saúde.Â
Ainda segundo a pasta, a doença de Chagas é a terceira principal causa de problemas no coração com indicação de transplante no Hospital do Coração Messejana, referência local, representando 20% dos procedimentos.Â
A edição do ‘Expresso Chagas 21’ no Ceará teve coordenação geral da diretora do IOC, Tania Araujo-Jorge; da vice-diretora de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Luciana Garzoni; e dos pós-doutorandos do IOC, Roberto Ferreira e Rita Machado.Â
A iniciativa foi promovida pelo IOC, em parceria com a Fiocruz Ceará, Secretaria da Saúde do Ceará, por meio do Grupo Técnico em Doença de Chagas e da Superintendência Regional do Litoral Leste/Jaguaribe, além da Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins Rodrigues.
A ação contou com financiamento por emenda parlamentar do deputado André Figueiredo (PDT/CE) concedida ao IOC para ações de educação em saúde para enfrentamento de doenças negligenciadas.
A implementação da iniciativa teve apoio das prefeituras de Limoeiro do Norte, Quixeré e Tabuleiro do Norte, assim como das Secretarias de Saúde dos municÃpios.
No dia 1º de dezembro, foi a vez de Tabuleiro do Norte sediar atividades. Fotos: Acervo ÂO ‘Expresso Chagas 21’ possui formato cenográfico de trem em alusão ao local de trabalho, entre 1907 e 1909, de Carlos Chagas – cientista do IOC que descobriu o parasita que provoca a infecção que leva seu sobrenome.Â
A iniciativa possui caráter de tecnologia social, que são técnicas e processos adaptáveis criados com o propósito de solucionar algum tipo de problema social, levando em consideração fatores como simplicidade, baixo custo, fácil aplicabilidade e impacto social.Â
As atividades oferecidas são apresentadas em seis vagões: Â
:: Associações - onde os visitantes têm contato com associações de portadores e pessoas afetadas pela doença de ChagasÂ
:: Laboratório - com microscópios e lupas, o público conhece o parasita causador da doença e os barbeiros (vetor) e recebe oferta de testes para detecção da doençaÂ
:: Brincar e descobrir - com expressões artÃsticas sobre temáticas ligadas ao agravoÂ
:: Casa e saúde única - aborda a relação entre ser humano, animais e ambiente e os cenários de risco que podem facilitar a transmissão da doença de ChagasÂ
:: Bem-estar - oferta de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS)Â
:: Sua voz - espaço para as percepções dos participantes sobre a experiênciaÂ
Integrantes da coordenação do projeto, Roberto Ferreira e Rita Machado acompanharam atividades no Ceará. Foto: AcervoConstruÃda por pesquisadores e estudantes do IOC, a conceituação do ‘Expresso Chagas 21’ contou com a participação de pessoas afetadas pela doença de Chagas vinculadas à Associação Rio Chagas.Â
O projeto conta com parceria da Federação Internacional de Associações de Pessoas Afetadas pela doença de Chagas (FINDECHAGAS), Médicos Sem Fronteiras, Coalición Chagas e Iniciativa em drogas para doenças negligenciadas (DNDi).Â
Apoiam a iniciativa o projeto selênio e seus financiadores, o Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e Tecnológico (CNPq), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de NÃvel Superior (CAPES), a Catalent, a rede hispano-latino-americana NHEPACHA e a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ESNP/Fiocruz).Â
A doença de Chagas é causada pelo parasito Trypanosoma cruzi. As formas mais comuns de transmissão são pelos insetos triatomÃneos (conhecidos popularmente como barbeiros), alimentos contaminados e transfusão de sangue. A infecção é quase 100% curável se detectada e tratada precocemente.Â
A fase aguda tem duração de cerca de oito semanas, com edema no lugar onde o barbeiro picou. Já a forma crônica pode demorar até 30 anos para se manifestar. Por isso, muitos pacientes só sabem da doença quando começam a apresentar complicações cardÃacas e/ou digestivas.Â
Atualmente, a doença de Chagas afeta mais de 6 milhões de pessoas em todo o mundo, a maioria delas na América Latina, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS).
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)