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Fiocruz promove capacitação em protocolo de sequenciamento do coronavírus

Serão treinados profissionais de todos os Laboratórios Centrais de Saúde Pública do país
Por Max Gomes20/12/2022 - Atualizado em 11/01/2023

O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), em parceria com a Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública (CGLAB/SVS-MS), está capacitando profissionais de institutos de saúde e de todos os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACENs) do país para aplicação de protocolo padrão de sequenciamento genômico para o vírus SARS-CoV-2.

O treinamento é realizado no campus Manguinhos-Maré da Fiocruz, no Rio de Janeiro, e ministrado pelo Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo, que atua como referência nacional em Covid-19 para o Ministério da Saúde e referência na região das Américas para a Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Uma das nossas missões como Laboratório de Referência é estabelecer protocolos, junto à CGLAB, para que toda a Rede Nacional de Sequenciamento Genético do Ministério Saúde produza genomas com qualidade e de forma homogênea e criteriosa. A utilização de um protocolo padrão em todos os laboratórios facilita a troca de informações, rastreabilidade e possíveis correções dos dados”, ressaltou Paola Resende, pesquisadora do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo e coordenadora do treinamento.


Integrantes dos LACENs de Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte participaram da terceira semana do treinamento. Foto: Gutemberg Brito 

Concluída na última sexta-feira (16), a primeira etapa da especialização teve início no dia 28 de novembro e capacitou profissionais de 13 estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Os participantes são provenientes da unidade da Fiocruz no Mato Grosso do Sul, Instituto Evandro Chagas, e LACENs do Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Sergipe.

A segunda etapa está prevista para acontecer entre final de janeiro e meados de fevereiro de 2023, com a participação de membros dos demais LACENs do país. 

“Como toda a Rede Nacional hoje possui o equipamento para sequenciamento genômico, na parte teórica, focamos na funcionalidade do maquinário, bem como em técnicas de coleta, manipulação e processamento de amostras, tendo em vista a aplicação das boas práticas laboratoriais essenciais para a qualidade dos genomas produzidos”, contou Paola.

A aplicação dos conceitos na prática se deu a partir da imersão dos técnicos em atividades de bancada no Laboratório. Entre elas, a amplificação do genoma, construção de biblioteca de sequenciamento e leitura e análise dos dados produzidos. 

“A partir dessa capacitação, eles acompanharam a rotina de sequenciamento realizada por um Laboratório de Referência. Eles foram supervisionados individualmente durante todo o processo pela nossa equipe”, disse a pesquisadora.

Ao mesmo tempo em que recebem treinamento, os profissionais contribuem para o entendimento da pandemia da Covid-19 no Brasil: amostras positivas de SARS-CoV-2 utilizadas na capacitação para sequenciamento genético são oriundas dos estados dos participantes, encaminhadas previamente por meio da CGLAB.

“Ao passo em que treinam o protocolo, eles produzem dados para a vigilância genômica nacional. Ao final do curso teremos um grande número de genomas recentes sequenciados de todo o país”, afirmou Paola.

Para Andreza Pâmela Vasconcelos, do LACEN de Pernambuco, a padronização de técnicas tem sido um dos grandes destaques do treinamento.

“Chegamos com diferentes experiências em sequenciamento e estamos saindo alinhados para atuar dentro do mesmo fluxo. Além do novo protocolo agregar atualizações que o deixa mais otimizado, é importante que tenhamos o mesmo fluxo dentro dessa grande Rede, fazendo com que a informação seja propagada de forma mais rápida e adequada”, pontuou.

O intercâmbio de informações entre profissionais dos LACENs com o Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do IOC foi realçado por Luisa Tajuja Rocha, do LACEN de Roraima.

“Está sendo uma ótima oportunidade de atualização de conhecimentos. Estou ansiosa para poder aplicar essas técnicas no meu estado”, declarou. 

Atualmente, a Rede Nacional de Sequenciamento Genético do Ministério da Saúde é composta pela Rede Genômica Fiocruz (da qual o IOC faz parte), LACENs de todos os estados brasileiros, os Institutos Adolpho Lutz e Evandro Chagas, além de outras instituições e centros de saúde e pesquisa do país.

Serão treinados profissionais de todos os Laboratórios Centrais de Saúde Pública do país
Por: 
max.gomes

O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), em parceria com a Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública (CGLAB/SVS-MS), está capacitando profissionais de institutos de saúde e de todos os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACENs) do país para aplicação de protocolo padrão de sequenciamento genômico para o vírus SARS-CoV-2.

O treinamento é realizado no campus Manguinhos-Maré da Fiocruz, no Rio de Janeiro, e ministrado pelo Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo, que atua como referência nacional em Covid-19 para o Ministério da Saúde e referência na região das Américas para a Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Uma das nossas missões como Laboratório de Referência é estabelecer protocolos, junto à CGLAB, para que toda a Rede Nacional de Sequenciamento Genético do Ministério Saúde produza genomas com qualidade e de forma homogênea e criteriosa. A utilização de um protocolo padrão em todos os laboratórios facilita a troca de informações, rastreabilidade e possíveis correções dos dados”, ressaltou Paola Resende, pesquisadora do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo e coordenadora do treinamento.


Integrantes dos LACENs de Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte participaram da terceira semana do treinamento. Foto: Gutemberg Brito 

Concluída na última sexta-feira (16), a primeira etapa da especialização teve início no dia 28 de novembro e capacitou profissionais de 13 estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Os participantes são provenientes da unidade da Fiocruz no Mato Grosso do Sul, Instituto Evandro Chagas, e LACENs do Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Sergipe.

A segunda etapa está prevista para acontecer entre final de janeiro e meados de fevereiro de 2023, com a participação de membros dos demais LACENs do país. 

“Como toda a Rede Nacional hoje possui o equipamento para sequenciamento genômico, na parte teórica, focamos na funcionalidade do maquinário, bem como em técnicas de coleta, manipulação e processamento de amostras, tendo em vista a aplicação das boas práticas laboratoriais essenciais para a qualidade dos genomas produzidos”, contou Paola.

A aplicação dos conceitos na prática se deu a partir da imersão dos técnicos em atividades de bancada no Laboratório. Entre elas, a amplificação do genoma, construção de biblioteca de sequenciamento e leitura e análise dos dados produzidos. 

“A partir dessa capacitação, eles acompanharam a rotina de sequenciamento realizada por um Laboratório de Referência. Eles foram supervisionados individualmente durante todo o processo pela nossa equipe”, disse a pesquisadora.

Ao mesmo tempo em que recebem treinamento, os profissionais contribuem para o entendimento da pandemia da Covid-19 no Brasil: amostras positivas de SARS-CoV-2 utilizadas na capacitação para sequenciamento genético são oriundas dos estados dos participantes, encaminhadas previamente por meio da CGLAB.

“Ao passo em que treinam o protocolo, eles produzem dados para a vigilância genômica nacional. Ao final do curso teremos um grande número de genomas recentes sequenciados de todo o país”, afirmou Paola.

Para Andreza Pâmela Vasconcelos, do LACEN de Pernambuco, a padronização de técnicas tem sido um dos grandes destaques do treinamento.

“Chegamos com diferentes experiências em sequenciamento e estamos saindo alinhados para atuar dentro do mesmo fluxo. Além do novo protocolo agregar atualizações que o deixa mais otimizado, é importante que tenhamos o mesmo fluxo dentro dessa grande Rede, fazendo com que a informação seja propagada de forma mais rápida e adequada”, pontuou.

O intercâmbio de informações entre profissionais dos LACENs com o Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do IOC foi realçado por Luisa Tajuja Rocha, do LACEN de Roraima.

“Está sendo uma ótima oportunidade de atualização de conhecimentos. Estou ansiosa para poder aplicar essas técnicas no meu estado”, declarou. 

Atualmente, a Rede Nacional de Sequenciamento Genético do Ministério da Saúde é composta pela Rede Genômica Fiocruz (da qual o IOC faz parte), LACENs de todos os estados brasileiros, os Institutos Adolpho Lutz e Evandro Chagas, além de outras instituições e centros de saúde e pesquisa do país.

Edição: 
Vinicius Ferreira

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)