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Fiocruz promove workshop internacional sobre floresta, clima e saúde com pesquisadores da Universidade de Oxford

IOC integrou encontro que discutiu abordagens em prol da saúde única
Por Laura Cordeiro18/12/2025 - Atualizado em 18/12/2025
Pesquisadores na Fiocruz, durante o primeiro dia do workshop. Foto: Rudson Amorim

A integração de projetos e saberes foi o cerne do workshop internacional ‘Floresta, Clima e Saúde’, promovido pela Fiocruz nos dias 11 e 12 de dezembro.

O encontro reuniu pesquisadores do Brasil e do exterior para debater abordagens que articulam mudanças climáticas, biodiversidade, ecologia e saúde pública.

O evento contou com a participação da equipe do projeto “IA, Sensoriamento Remoto e Resiliência Florestal ao Clima: Insights para a Saúde Pública”, coordenado pelo professor Jesús Aguirre-Gutiérrez, da Universidade de Oxford, além de pesquisadores da Fiocruz, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e de instituições parceiras.

Realizado em formato híbrido, o workshop teve como objetivo fortalecer o diálogo científico interdisciplinar e ampliar oportunidades de cooperação entre diferentes áreas do conhecimento.

Na abertura, a pesquisadora Claudia Codeço, do Programa de Computação Científica da Fiocruz (PROCC), destacou o caráter estratégico do encontro como espaço de aproximação entre equipes e de construção de parcerias futuras.

Bióloga com atuação em epidemiologia de doenças transmissíveis, vigilância em saúde e na interface entre saúde e ambiente, ela ressaltou que a proposta esteve voltada ao planejamento de colaborações de médio e longo prazos.

“Estamos terminando um ano extremamente intenso, e a proposta aqui é pensar para frente, trocar ideias e construir caminhos juntos”, afirmou Claudia.

Claudia Codeço, pesquisadora da Fiocruz, mediando as apresentações. Foto: Rudson Amorim

Jesús Aguirre-Gutiérrez e sua equipe contextualizaram o projeto desenvolvido na Universidade de Oxford, apresentando suas expectativas e destacando possibilidades de cooperação científica para os próximos anos.

O projeto tem como foco a aplicação de Inteligência Artificial e Sensoriamento Remoto para enfrentar desafios globais relacionados às mudanças climáticas e à perda de biodiversidade, com impactos diretos sobre a saúde pública.

“O que fazemos no laboratório dialoga com dois grandes desafios que enfrentamos como sociedade: deter as mudanças climáticas e frear a perda de biodiversidade, e ambos são igualmente importantes”, ressaltou Jesús.

Parte da equipe do projeto “IA, Sensoriamento Remoto e Resiliência Florestal ao Clima: Insights para a Saúde Pública”, de Oxford. Foto: Rudson Amorim

Ao longo da manhã, foram apresentados projetos em desenvolvimento na Amazônia, evidenciando a diversidade de abordagens metodológicas adotadas pelos grupos de pesquisa.

Dentre eles, o projeto internacional Mosaic, sigla em inglês que se refere ao título ‘Aplicação multilocal da ciência aberta na criação de ambientes saudáveis envolvendo comunidades locais’, foi abordado pelo pesquisador Paulo Peiter, do Laboratório de Doenças Parasitárias do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

A iniciativa, que reúne cientistas da América do Sul, África e Europa, busca integrar o conhecimento científico aos saberes e práticas das comunidades locais, fortalecendo a translação do conhecimento como estratégia para ações em saúde e ambiente em diferentes contextos territoriais.

Já o projeto Harmonize, foi apresentado por Ana Rorato, do Observatório de Clima e Saúde (Fiocruz/RJ), e por Izabel Reis, pesquisadora da Fiocruz, tem como objetivo reunir e organizar dados climáticos, ambientais, socioeconômicos e de saúde provenientes de diferentes fontes, além de coletar novos dados longitudinais em campo por meio do uso de drones e sensores climáticos de baixo custo.

Pesquisadores compartilharam experiências e discutiram suas linhas de pesquisa durante o encontro. Foto: Rudson Amorim

Também integrou a programação o Projeto UrSA, da FGV-Amazônia, apresentado por Anielli Souza, voltado ao inventário de dados e à classificação de risco de leishmaniose no município de Oiapoque.

No período da tarde, a programação foi em torno de iniciativas em fase inicial ou de planejamento, alinhados às perspectivas de cooperação futura e às diretrizes do financiamento internacional.

Uma dos destaques foi  o Projeto SESAM – Uma Só Saúde na Amazônia: integração socioecológica para políticas de sociobiodiversidade, serviços ecossistêmicos e prevenção de zoonoses”,  apresentado por Gisele Winck, do do Laboratório de Biologia e Parasitologia de Mamíferos Silvestres Reservatórios do IOC.

A proposta parte de uma abordagem socioecológica para apoiar políticas públicas relacionadas à sociobiodiversidade, aos serviços ecossistêmicos e à prevenção de zoonoses, reconhecendo a complexidade dos sistemas amazônicos e a necessidade de estratégias interdisciplinares e territorializadas.

O encontro contou com a participação de pesquisadores em formato on-line. Foto: Rudson Amorim

Camila de Moura, da Universidade Federal do Pará (UFPA), discutiu a iniciativa Indicadores Multidimensionais de Pobreza na Amazônia, que aborda os desafios de mensurar pobreza e bem-estar a partir de abordagens que vão além da renda, utilizando referências da ONU e dados do Censo para captar as especificidades da região amazônica.

Já o projeto “Síntese de conhecimento para fortalecimento da resiliência socioambiental na Amazônia: novas perspectivas em saúde e economia”, coordenado por Claudia Codeço, busca integrar dados de saúde, ambiente e aspectos socioeconômicos por meio da atualização da base Trajetórias e da padronização de metodologias para estimar indicadores de saúde e resiliência socioambiental, com aplicação em territórios como o Baixo Tocantins e o Oiapoque, subsidiando a formulação de políticas públicas voltadas ao fortalecimento da capacidade adaptativa das comunidades.

No encerramento, houve discussão coletiva sobre as sinergias entre os projetos, reforçando o caráter complementar das iniciativas na construção de indicadores integrados sobre clima, ambiente e saúde na Amazônia.

A expectativa é de que o encontro fortaleça o diálogo contínuo entre os grupos e impulsione novas articulações e colaborações científicas entre a Fiocruz, a Universidade de Oxford e demais instituições parceiras.

IOC integrou encontro que discutiu abordagens em prol da saúde única
Por: 
laura.cordeiro
Pesquisadores na Fiocruz, durante o primeiro dia do workshop. Foto: Rudson Amorim

A integração de projetos e saberes foi o cerne do workshop internacional ‘Floresta, Clima e Saúde’, promovido pela Fiocruz nos dias 11 e 12 de dezembro.

O encontro reuniu pesquisadores do Brasil e do exterior para debater abordagens que articulam mudanças climáticas, biodiversidade, ecologia e saúde pública.

O evento contou com a participação da equipe do projeto “IA, Sensoriamento Remoto e Resiliência Florestal ao Clima: Insights para a Saúde Pública”, coordenado pelo professor Jesús Aguirre-Gutiérrez, da Universidade de Oxford, além de pesquisadores da Fiocruz, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e de instituições parceiras.

Realizado em formato híbrido, o workshop teve como objetivo fortalecer o diálogo científico interdisciplinar e ampliar oportunidades de cooperação entre diferentes áreas do conhecimento.

Na abertura, a pesquisadora Claudia Codeço, do Programa de Computação Científica da Fiocruz (PROCC), destacou o caráter estratégico do encontro como espaço de aproximação entre equipes e de construção de parcerias futuras.

Bióloga com atuação em epidemiologia de doenças transmissíveis, vigilância em saúde e na interface entre saúde e ambiente, ela ressaltou que a proposta esteve voltada ao planejamento de colaborações de médio e longo prazos.

“Estamos terminando um ano extremamente intenso, e a proposta aqui é pensar para frente, trocar ideias e construir caminhos juntos”, afirmou Claudia.

Claudia Codeço, pesquisadora da Fiocruz, mediando as apresentações. Foto: Rudson Amorim

Jesús Aguirre-Gutiérrez e sua equipe contextualizaram o projeto desenvolvido na Universidade de Oxford, apresentando suas expectativas e destacando possibilidades de cooperação científica para os próximos anos.

O projeto tem como foco a aplicação de Inteligência Artificial e Sensoriamento Remoto para enfrentar desafios globais relacionados às mudanças climáticas e à perda de biodiversidade, com impactos diretos sobre a saúde pública.

“O que fazemos no laboratório dialoga com dois grandes desafios que enfrentamos como sociedade: deter as mudanças climáticas e frear a perda de biodiversidade, e ambos são igualmente importantes”, ressaltou Jesús.

Parte da equipe do projeto “IA, Sensoriamento Remoto e Resiliência Florestal ao Clima: Insights para a Saúde Pública”, de Oxford. Foto: Rudson Amorim

Ao longo da manhã, foram apresentados projetos em desenvolvimento na Amazônia, evidenciando a diversidade de abordagens metodológicas adotadas pelos grupos de pesquisa.

Dentre eles, o projeto internacional Mosaic, sigla em inglês que se refere ao título ‘Aplicação multilocal da ciência aberta na criação de ambientes saudáveis envolvendo comunidades locais’, foi abordado pelo pesquisador Paulo Peiter, do Laboratório de Doenças Parasitárias do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

A iniciativa, que reúne cientistas da América do Sul, África e Europa, busca integrar o conhecimento científico aos saberes e práticas das comunidades locais, fortalecendo a translação do conhecimento como estratégia para ações em saúde e ambiente em diferentes contextos territoriais.

Já o projeto Harmonize, foi apresentado por Ana Rorato, do Observatório de Clima e Saúde (Fiocruz/RJ), e por Izabel Reis, pesquisadora da Fiocruz, tem como objetivo reunir e organizar dados climáticos, ambientais, socioeconômicos e de saúde provenientes de diferentes fontes, além de coletar novos dados longitudinais em campo por meio do uso de drones e sensores climáticos de baixo custo.

Pesquisadores compartilharam experiências e discutiram suas linhas de pesquisa durante o encontro. Foto: Rudson Amorim

Também integrou a programação o Projeto UrSA, da FGV-Amazônia, apresentado por Anielli Souza, voltado ao inventário de dados e à classificação de risco de leishmaniose no município de Oiapoque.

No período da tarde, a programação foi em torno de iniciativas em fase inicial ou de planejamento, alinhados às perspectivas de cooperação futura e às diretrizes do financiamento internacional.

Uma dos destaques foi  o Projeto SESAM – Uma Só Saúde na Amazônia: integração socioecológica para políticas de sociobiodiversidade, serviços ecossistêmicos e prevenção de zoonoses”,  apresentado por Gisele Winck, do do Laboratório de Biologia e Parasitologia de Mamíferos Silvestres Reservatórios do IOC.

A proposta parte de uma abordagem socioecológica para apoiar políticas públicas relacionadas à sociobiodiversidade, aos serviços ecossistêmicos e à prevenção de zoonoses, reconhecendo a complexidade dos sistemas amazônicos e a necessidade de estratégias interdisciplinares e territorializadas.

O encontro contou com a participação de pesquisadores em formato on-line. Foto: Rudson Amorim

Camila de Moura, da Universidade Federal do Pará (UFPA), discutiu a iniciativa Indicadores Multidimensionais de Pobreza na Amazônia, que aborda os desafios de mensurar pobreza e bem-estar a partir de abordagens que vão além da renda, utilizando referências da ONU e dados do Censo para captar as especificidades da região amazônica.

Já o projeto “Síntese de conhecimento para fortalecimento da resiliência socioambiental na Amazônia: novas perspectivas em saúde e economia”, coordenado por Claudia Codeço, busca integrar dados de saúde, ambiente e aspectos socioeconômicos por meio da atualização da base Trajetórias e da padronização de metodologias para estimar indicadores de saúde e resiliência socioambiental, com aplicação em territórios como o Baixo Tocantins e o Oiapoque, subsidiando a formulação de políticas públicas voltadas ao fortalecimento da capacidade adaptativa das comunidades.

No encerramento, houve discussão coletiva sobre as sinergias entre os projetos, reforçando o caráter complementar das iniciativas na construção de indicadores integrados sobre clima, ambiente e saúde na Amazônia.

A expectativa é de que o encontro fortaleça o diálogo contínuo entre os grupos e impulsione novas articulações e colaborações científicas entre a Fiocruz, a Universidade de Oxford e demais instituições parceiras.

Edição: 
Vinicius Ferreira

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)