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Identificado origem das linhagens do dengue 1 que circulam no RJ

Resultados de estudo científico apontam que os vírus dengue sorotipo 1 que circulam desde 2009 no Estado têm origens latino-americana e asiática e não são da mesma linhagem que causou a epidemia em 1986
Por Jornalismo IOC01/10/2011 - Atualizado em 10/12/2019

Resultados de um estudo desenvolvido pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) indicam a co-circulação de duas novas linhagens do vírus dengue tipo 1 no Rio de Janeiro. A pesquisa foi realizada com base na análise e comparação do genoma dos vírus presentes em amostras da epidemia de 1986 e de casos mais recentes, ocorridos nos entre os anos de 2009 e 2011. Referência Regional para o Ministério da Saúde, o Laboratório de Flavivírus do IOC já realizou investigações similares com outros sorotipos, como o vírus dengue tipo 2, contribuindo para o aprofundamento das pesquisas relacionadas à sua circulação em nível mundial, já que os resultados foram depositados em bancos de dados internacionais. O estudo investe na abordagem de análises filogenéticas para a vigilância e epidemiologia molecular da doença. 

“Realizamos o sequenciamento parcial dos vírus e na comparação entre as amostras observamos que, apesar de se tratar do mesmo sorotipo, o sorotipo 1, os vírus isolados recentemente pertencem a linhagens diferentes dos vírus responsáveis pela epidemia em 1986. Portanto, não se trata daquele vírus de 1986 que teria ficado adormecido que reemergiu, mas sim da introdução de duas novas linhagens, uma de origem asiática e outra latino americana, próximas aos vírus que circulam nestas localidades”, explica Flávia Barreto, pesquisadora do Laboratório de Flavivírus do IOC. “A introdução das novas linhagens é reforçada pelo fato de que não houve tempo suficiente para que o vírus que circulou em 1986 mutasse a esse ponto”, avalia a especialista.

 Foto: Gutemberg Brito

 

 Testes realizados em laboratório identificaram origem das linhagens do dengue 1 que circulam no Rio

Previamente, o grupo demonstrou a introdução de uma nova linhagem de dengue tipo 2 que causou a epidemia de 2008. Nos estudos anteriores, realizados com vírus do tipo 2, o sequenciamento completo do genoma forneceu informações adicionais sobre o sorotipo que causou a grande epidemia de 2008. As amostras analisadas incluíram casos de dengue clássico, dengue hemorrágico e casos fatais. “Apesar de uma nova linhagem, concluímos que o vírus do tipo 2 que circulou na epidemia de 2008 e ainda circula no Brasil é o mesmo que circula no Sudeste Asiático e nas Américas nos últimos 20 anos. Quanto mais regiões do genoma  e mais cepas virais são sequenciadas, mais informações estarão disponíveis”, destaca Flávia. “No caso do dengue 1, o estudo ainda está em andamento, por isso, não temos informações relacionadas a aspectos como virulência e replicação do vírus nas células humanas, por exemplo. Mas a investigação continua e o objetivo é realizar o sequenciamento completo”, esclarece.

Os resultados são depositados em um banco de genes internacional, disponível para consulta de pesquisadores do mundo todo, agrupando os diferentes tipos genéticos ou genótipos por similaridade. “A comparação com os sequenciamentos genéticos realizados por grupos de pesquisadores de outros países aumenta as possibilidades de pesquisa e, consequentemente, contribui para um maior entendimento do impacto de certos tipos virais ou genótipos em uma população”, ressalta Flávia.

Com o registro recente de casos da doença pelo tipo 4 do vírus em vários estados do país, inclusive no  Rio de Janeiro, todos os sorotipos (dengue 1, 2, 3 e 4) circulam no Brasil. “Embora os genótipos, ou grupos genéticos, dos vírus sejam distintos, o paciente que já foi infectado por um dos sorotipos, continuará imune a ele”, conclui a pesquisadora.

Renata Fontoura

04/10/2011

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Resultados de estudo científico apontam que os vírus dengue sorotipo 1 que circulam desde 2009 no Estado têm origens latino-americana e asiática e não são da mesma linhagem que causou a epidemia em 1986
Por: 
jornalismo

Resultados de um estudo desenvolvido pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) indicam a co-circulação de duas novas linhagens do vírus dengue tipo 1 no Rio de Janeiro. A pesquisa foi realizada com base na análise e comparação do genoma dos vírus presentes em amostras da epidemia de 1986 e de casos mais recentes, ocorridos nos entre os anos de 2009 e 2011. Referência Regional para o Ministério da Saúde, o Laboratório de Flavivírus do IOC já realizou investigações similares com outros sorotipos, como o vírus dengue tipo 2, contribuindo para o aprofundamento das pesquisas relacionadas à sua circulação em nível mundial, já que os resultados foram depositados em bancos de dados internacionais. O estudo investe na abordagem de análises filogenéticas para a vigilância e epidemiologia molecular da doença. 

“Realizamos o sequenciamento parcial dos vírus e na comparação entre as amostras observamos que, apesar de se tratar do mesmo sorotipo, o sorotipo 1, os vírus isolados recentemente pertencem a linhagens diferentes dos vírus responsáveis pela epidemia em 1986. Portanto, não se trata daquele vírus de 1986 que teria ficado adormecido que reemergiu, mas sim da introdução de duas novas linhagens, uma de origem asiática e outra latino americana, próximas aos vírus que circulam nestas localidades”, explica Flávia Barreto, pesquisadora do Laboratório de Flavivírus do IOC. “A introdução das novas linhagens é reforçada pelo fato de que não houve tempo suficiente para que o vírus que circulou em 1986 mutasse a esse ponto”, avalia a especialista.

 Foto: Gutemberg Brito

 

 Testes realizados em laboratório identificaram origem das linhagens do dengue 1 que circulam no Rio

Previamente, o grupo demonstrou a introdução de uma nova linhagem de dengue tipo 2 que causou a epidemia de 2008. Nos estudos anteriores, realizados com vírus do tipo 2, o sequenciamento completo do genoma forneceu informações adicionais sobre o sorotipo que causou a grande epidemia de 2008. As amostras analisadas incluíram casos de dengue clássico, dengue hemorrágico e casos fatais. “Apesar de uma nova linhagem, concluímos que o vírus do tipo 2 que circulou na epidemia de 2008 e ainda circula no Brasil é o mesmo que circula no Sudeste Asiático e nas Américas nos últimos 20 anos. Quanto mais regiões do genoma  e mais cepas virais são sequenciadas, mais informações estarão disponíveis”, destaca Flávia. “No caso do dengue 1, o estudo ainda está em andamento, por isso, não temos informações relacionadas a aspectos como virulência e replicação do vírus nas células humanas, por exemplo. Mas a investigação continua e o objetivo é realizar o sequenciamento completo”, esclarece.

Os resultados são depositados em um banco de genes internacional, disponível para consulta de pesquisadores do mundo todo, agrupando os diferentes tipos genéticos ou genótipos por similaridade. “A comparação com os sequenciamentos genéticos realizados por grupos de pesquisadores de outros países aumenta as possibilidades de pesquisa e, consequentemente, contribui para um maior entendimento do impacto de certos tipos virais ou genótipos em uma população”, ressalta Flávia.

Com o registro recente de casos da doença pelo tipo 4 do vírus em vários estados do país, inclusive no  Rio de Janeiro, todos os sorotipos (dengue 1, 2, 3 e 4) circulam no Brasil. “Embora os genótipos, ou grupos genéticos, dos vírus sejam distintos, o paciente que já foi infectado por um dos sorotipos, continuará imune a ele”, conclui a pesquisadora.

Renata Fontoura

04/10/2011

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Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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