O ano de 2030 foi estabelecido como meta pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para eliminação da doença de Chagas como problema de saúde pública na lista das doenças tropicais negligenciadas. O mesmo objetivo é apontado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) na Iniciativa para Eliminação de Doenças Infecciosas Negligenciadas.
Atualmente, estima-se que o agravo atinge de 6 a 7 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, estudos apontam que há entre 1,9 e 4,6 milhões de infectados.
Para alcançar o objetivo proposto, cientistas, gestores, especialistas e pessoas afetadas pela doença de Chagas, que integram a Plataforma de Investigação ClÃnica para a Doença de Chagas e a Coalizão Global de Chagas, elaboraram o ‘Manifesto de Bogotá’.
O documento aponta prioridades e pede que governos, organizações, doadores e outros envolvidos na luta contra a doença de Chagas intensifiquem seus esforços. O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que atua na vanguarda do conhecimento relativo ao agravo, integra o ‘roll’ de instituições que apoiam a iniciativa e reforça e importância da mesma para eliminação da doença como problema de saúde pública.
Considerando os avanços dos últimos cinco anos e os desafios que permanecem para o controle da doença de Chagas, o manifesto propõe seis compromissos. São eles:
1. Melhorar o acesso ao diagnóstico, tratamento e atenção integral para as pessoas afetadas pela doença de Chagas em todas suas dimensões, o que inclui oferecer atendimento em unidades básicas de saúde, perto das casas dos pacientes, e realizar a testagem sistemática de mulheres em idade reprodutiva, grávidas e bebês, para controlar a transmissão de mãe para filho e avançar na detecção de casos em famÃlias e comunidades afetadas;
2. Fomentar o investimento em pesquisa e desenvolvimento para obter novas ferramentas de diagnóstico e terapias mais simples e seguras, incluindo a identificação de biomarcadores que permitam identificar as pessoas que terão progressão da doença e que demonstrar a resposta ao tratamento em pacientes crônicos;
3. Melhorar a vigilância e controle da doença, ampliando os sistemas de notificação obrigatória dos casos da doença de Chagas e de suas complicações;
4. Fortalecer e facilitar o acesso dos profissionais de saúde e das pessoas afetadas pelo agravo a ferramentas de formação e consulta que permitam oferecer um cuidado atualizado e de maior qualidade;
5. Estimular a articulação entre todos os atores envolvidos e garantir a participação das pessoas afetadas e suas associações nas estratégias para controle da doença de Chagas, que devem ser adaptadas aos contextos epidemiológicos e socioculturais das comunidades.
6. Apoiar as ações para a visibilidade do Dia Mundial de Chagas, como uma oportunidade para mostrar os esforços globais para reduzir o impacto do agravo e incentivar ações de ampliação do acesso ao cuidado integral.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é parceria da Plataforma de Investigação ClÃnica para a Doença de Chagas, que reúne mais de 500 membros, de 150 instituições em 24 paÃses, para apoiar a avaliação e o desenvolvimento de novas terapias para o agravo.
Representada pela diretora do IOC, Tania Cremonini de Araujo-Jorge, a Fundação também colabora com a Coalizão Chagas, aliança entre organizações privadas e entidades públicas, que tem como objetivo impulsionar o acesso ao diagnóstico e tratamento da infecção.
Mantendo o compromisso com o enfrentamento da doença de Chagas e de outras infecções negligenciadas, o IOC participou da mobilização pelo Dia Mundial das Doenças Tropicais Negligenciadas, na segunda-feira, 30 de janeiro. Para ampliar o conhecimento sobre os agravos, a exposição itinerante ‘Expresso Chagas 21’ e o projeto ‘Ciência na Estrada’ foram levados à Cinelândia, no Centro do Rio de Janeiro.
Vinte infecções são classificadas pela OMS como doenças tropicais negligenciadas. Estes agravos atingem principalmente populações pobres, que têm dificuldade de acesso à saúde. Com baixo investimento em pesquisa e desenvolvimento de diagnósticos e terapias, assim como na promoção de polÃticas públicas de saúde, doenças como Chagas, hansenÃase, leishmaniose e verminoses permanecem como importante problema de saúde pública, causando aproximadamente 200 mil mortes por ano, reduzindo a qualidade de vida e agravando ainda mais a situação de pobreza das populações, por prejudicar o desempenho na educação e no trabalho.
O ano de 2030 foi estabelecido como meta pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para eliminação da doença de Chagas como problema de saúde pública na lista das doenças tropicais negligenciadas. O mesmo objetivo é apontado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) na Iniciativa para Eliminação de Doenças Infecciosas Negligenciadas.
Atualmente, estima-se que o agravo atinge de 6 a 7 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, estudos apontam que há entre 1,9 e 4,6 milhões de infectados.Â
Para alcançar o objetivo proposto, cientistas, gestores, especialistas e pessoas afetadas pela doença de Chagas, que integram a Plataforma de Investigação ClÃnica para a Doença de Chagas e a Coalizão Global de Chagas, elaboraram o ‘Manifesto de Bogotá’.
O documento aponta prioridades e pede que governos, organizações, doadores e outros envolvidos na luta contra a doença de Chagas intensifiquem seus esforços. O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que atua na vanguarda do conhecimento relativo ao agravo, integra o ‘roll’ de instituições que apoiam a iniciativa e reforça e importância da mesma para eliminação da doença como problema de saúde pública.
Considerando os avanços dos últimos cinco anos e os desafios que permanecem para o controle da doença de Chagas, o manifesto propõe seis compromissos. São eles:
1.   Melhorar o acesso ao diagnóstico, tratamento e atenção integral para as pessoas afetadas pela doença de Chagas em todas suas dimensões, o que inclui oferecer atendimento em unidades básicas de saúde, perto das casas dos pacientes, e realizar a testagem sistemática de mulheres em idade reprodutiva, grávidas e bebês, para controlar a transmissão de mãe para filho e avançar na detecção de casos em famÃlias e comunidades afetadas;
2.   Fomentar o investimento em pesquisa e desenvolvimento para obter novas ferramentas de diagnóstico e terapias mais simples e seguras, incluindo a identificação de biomarcadores que permitam identificar as pessoas que terão progressão da doença e que demonstrar a resposta ao tratamento em pacientes crônicos;
3.   Melhorar a vigilância e controle da doença, ampliando os sistemas de notificação obrigatória dos casos da doença de Chagas e de suas complicações;
4.   Fortalecer e facilitar o acesso dos profissionais de saúde e das pessoas afetadas pelo agravo a ferramentas de formação e consulta que permitam oferecer um cuidado atualizado e de maior qualidade;
5.   Estimular a articulação entre todos os atores envolvidos e garantir a participação das pessoas afetadas e suas associações nas estratégias para controle da doença de Chagas, que devem ser adaptadas aos contextos epidemiológicos e socioculturais das comunidades.
6.   Apoiar as ações para a visibilidade do Dia Mundial de Chagas, como uma oportunidade para mostrar os esforços globais para reduzir o impacto do agravo e incentivar ações de ampliação do acesso ao cuidado integral.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é parceria da Plataforma de Investigação ClÃnica para a Doença de Chagas, que reúne mais de 500 membros, de 150 instituições em 24 paÃses, para apoiar a avaliação e o desenvolvimento de novas terapias para o agravo.Â
Representada pela diretora do IOC, Tania Cremonini de Araujo-Jorge, a Fundação também colabora com a Coalizão Chagas, aliança entre organizações privadas e entidades públicas, que tem como objetivo impulsionar o acesso ao diagnóstico e tratamento da infecção.
Mantendo o compromisso com o enfrentamento da doença de Chagas e de outras infecções negligenciadas, o IOC participou da mobilização pelo Dia Mundial das Doenças Tropicais Negligenciadas, na segunda-feira, 30 de janeiro. Para ampliar o conhecimento sobre os agravos, a exposição itinerante ‘Expresso Chagas 21’ e o projeto ‘Ciência na Estrada’ foram levados à Cinelândia, no Centro do Rio de Janeiro.Â
Vinte infecções são classificadas pela OMS como doenças tropicais negligenciadas. Estes agravos atingem principalmente populações pobres, que têm dificuldade de acesso à saúde. Com baixo investimento em pesquisa e desenvolvimento de diagnósticos e terapias, assim como na promoção de polÃticas públicas de saúde, doenças como Chagas, hansenÃase, leishmaniose e verminoses permanecem como importante problema de saúde pública, causando aproximadamente 200 mil mortes por ano, reduzindo a qualidade de vida e agravando ainda mais a situação de pobreza das populações, por prejudicar o desempenho na educação e no trabalho.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)