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Instituto atua no esclarecimento de caso de infecção por influenza variante de origem suína

O paciente, um homem de 49 anos da cidade de Toledo, no Paraná, não teve complicações de saúde
Por Jornalismo IOC02/02/2024 - Atualizado em 15/02/2024

O Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) atuou no esclarecimento de caso de infecção causado pelo vírus influenza A(H1N1)v de origem suína, na cidade de Toledo, no Paraná.

O paciente, um homem de 49 anos, procurou atendimento médico em dezembro de 2023 com mal-estar, foi hospitalizado e recebeu alta alguns dias depois. O paciente relatou ter sido vacinado contra influenza na última campanha de imunização.

Durante a internação, foram coletadas amostras para testes de influenza e SARS-CoV-2, como parte das atividades regulares de vigilância de vírus respiratórios. O exame, realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) do Paraná, detectou que se tratava de um vírus influenza. 

Seguindo o fluxo da rede de vigilância, a amostra foi encaminhada para o Laboratório do Instituto, referência nacional no tema, para a realização de análises complementares e sequenciamento genômico. 

Foi confirmado, então, que se tratava de um vírus influenza A(H1N1)v com alta taxa de similaridade com vírus coletados de suínos no Brasil em 2015.

O caso foi imediatamente notificado ao Ministério da Saúde (MS). 

Diante do desfecho positivo do caso, a chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do IOC, Marilda Siqueira, reforça a importância da vacinação.

"De acordo com a OMS, a vacina contra a gripe sazonal, administrada anualmente, é capaz de reduzir o adoecimento a partir de infecções pelos vírus da gripe humana e variantes. Temos o maior sistema público de saúde do mundo e o país fornece imunização de forma gratuita. É dever de todos nós estarmos com a caderneta de vacinação em dia", frisou.

"Temos estabelecido no Brasil um robusto sistema de vigilância virológica, apto a detectar de forma rápida variantes de vírus de origem animal capazes de infectar humanos. Essa rede contribui para identificar e frear a possível propagação desse tipo de patógeno", completou a especialista.

O paciente relatou que não teve contato direto com porcos ou pessoas sintomáticas. Segundo Nota Técnica emitida pelo Ministério, concluiu-se que a infecção pelo vírus influenza variante foi pontual e isolada.

Até o momento, infecções humanas esporádicas causadas pelos vírus influenza A(H1N1)v, A(H1N2)v e A(H3N2)v foram relatadas no Brasil e não há evidências de transmissão sustentada de pessoa para pessoa.

Ao todo, desde 2015, apenas nove casos foram identificados no estado do Paraná, com somente um óbito de paciente com diagnóstico prévio de câncer.

Saiba mais ...

Quando seres humanos estão infectados com vírus influenza que normalmente circula entre porcos, esse vírus é chamado de "vírus variante" e é designado pela letra "v". No caso em questão, influenza A(H1N1)v.

Os vírus H1N1, H1N2 e H3N2 de origem suína ocasionalmente infectam humanos, geralmente após exposição direta ou indireta a suínos ou ambientes contaminados.

Infecções humanas com vírus variantes tendem a resultar em doença clínica leve. 

Não há vacina para infecção por Influenza A(H1N1)v.

Laboratório de Referência

Há mais de 60 anos, o Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do IOC desempenha papel estratégico de vigilância em influenza junto à OMS. 

Realiza vigilância epidemiológica e laboratorial de influenza, atuando no desenvolvimento, aplicação e realização de exames de referência laboratorial do vírus e subsidiando atividades voltadas à pesquisa, prevenção e tratamento desta infecção. Em 2009, esteve na linha de frente no diagnóstico laboratorial durante a pandemia de influenza A (H1N1). 

O Laboratório apoia, ainda, ações nacionais e internacionais ao combate do vírus e tem participado de iniciativas de prevenção de possíveis pandemias.

O paciente, um homem de 49 anos da cidade de Toledo, no Paraná, não teve complicações de saúde
Por: 
jornalismo

O Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) atuou no esclarecimento de caso de infecção causado pelo vírus influenza A(H1N1)v de origem suína, na cidade de Toledo, no Paraná.

O paciente, um homem de 49 anos, procurou atendimento médico em dezembro de 2023 com mal-estar, foi hospitalizado e recebeu alta alguns dias depois. O paciente relatou ter sido vacinado contra influenza na última campanha de imunização.

Durante a internação, foram coletadas amostras para testes de influenza e SARS-CoV-2, como parte das atividades regulares de vigilância de vírus respiratórios. O exame, realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) do Paraná, detectou que se tratava de um vírus influenza. 

Seguindo o fluxo da rede de vigilância, a amostra foi encaminhada para o Laboratório do Instituto, referência nacional no tema, para a realização de análises complementares e sequenciamento genômico. 

Foi confirmado, então, que se tratava de um vírus influenza A(H1N1)v com alta taxa de similaridade com vírus coletados de suínos no Brasil em 2015.

O caso foi imediatamente notificado ao Ministério da Saúde (MS). 

Diante do desfecho positivo do caso, a chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do IOC, Marilda Siqueira, reforça a importância da vacinação.

"De acordo com a OMS, a vacina contra a gripe sazonal, administrada anualmente, é capaz de reduzir o adoecimento a partir de infecções pelos vírus da gripe humana e variantes. Temos o maior sistema público de saúde do mundo e o país fornece imunização de forma gratuita. É dever de todos nós estarmos com a caderneta de vacinação em dia", frisou.

"Temos estabelecido no Brasil um robusto sistema de vigilância virológica, apto a detectar de forma rápida variantes de vírus de origem animal capazes de infectar humanos. Essa rede contribui para identificar e frear a possível propagação desse tipo de patógeno", completou a especialista.

O paciente relatou que não teve contato direto com porcos ou pessoas sintomáticas. Segundo Nota Técnica emitida pelo Ministério, concluiu-se que a infecção pelo vírus influenza variante foi pontual e isolada.

Até o momento, infecções humanas esporádicas causadas pelos vírus influenza A(H1N1)v, A(H1N2)v e A(H3N2)v foram relatadas no Brasil e não há evidências de transmissão sustentada de pessoa para pessoa.

Ao todo, desde 2015, apenas nove casos foram identificados no estado do Paraná, com somente um óbito de paciente com diagnóstico prévio de câncer.

Saiba mais ...

Quando seres humanos estão infectados com vírus influenza que normalmente circula entre porcos, esse vírus é chamado de "vírus variante" e é designado pela letra "v". No caso em questão, influenza A(H1N1)v.

Os vírus H1N1, H1N2 e H3N2 de origem suína ocasionalmente infectam humanos, geralmente após exposição direta ou indireta a suínos ou ambientes contaminados.

Infecções humanas com vírus variantes tendem a resultar em doença clínica leve. 

Não há vacina para infecção por Influenza A(H1N1)v.

Laboratório de Referência

Há mais de 60 anos, o Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do IOC desempenha papel estratégico de vigilância em influenza junto à OMS. 

Realiza vigilância epidemiológica e laboratorial de influenza, atuando no desenvolvimento, aplicação e realização de exames de referência laboratorial do vírus e subsidiando atividades voltadas à pesquisa, prevenção e tratamento desta infecção. Em 2009, esteve na linha de frente no diagnóstico laboratorial durante a pandemia de influenza A (H1N1). 

O Laboratório apoia, ainda, ações nacionais e internacionais ao combate do vírus e tem participado de iniciativas de prevenção de possíveis pandemias.

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)