O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) confirmou o diagnóstico de febre Oropouche em um paciente do Rio de Janeiro com histórico de viagem para Manaus. É o primeiro caso da doença diagnosticado no estado.
A confirmação laboratorial foi realizada pelo Laboratório de Arbovírus e Vírus Hemorrágicos do IOC, que atua como Laboratório de Referência Regional para Arbovírus junto ao Ministério da Saúde.
O achado foi informado às autoridades de Saúde, de acordo com os trâmites oficiais.
Com sintomas semelhantes a um caso de dengue, o paciente foi atendido pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), que enviou amostras de soro para análise pelo Laboratório de Referência.
Uma vez que os testes para dengue, chikungunya e Zika tiveram resultado negativo, foram realizadas análises para febre Oropouche, seguindo o protocolo implantado no Laboratório.
O diagnóstico foi confirmado pelo exame sorológico, que identifica anticorpos para a doença.
De acordo com a virologista Ana Maria Bispo de Filippis, chefe substituta do Laboratório de Arbovírus e Vírus Hemorrágicos do IOC, dois tipos de testes podem identificar a infecção.
Durante a fase aguda da doença, que dura de dois a sete dias após o começo dos sintomas, é possível detectar o material genético do vírus Oropouche em amostras de soro dos pacientes por meio da técnica de RT-PCR.
A partir do quinto dia após o início dos sintomas, os pacientes começam a apresentar anticorpos contra o vírus Oropouche no sangue, que podem ser identificados por testes sorológicos.
“Neste caso, a amostra já não era de fase aguda, por isso o genoma do vírus não foi detectado pelo teste de PCR. Porém, a sorologia confirmou a infecção recente pelo vírus Oropouche”, afirmou Ana Bispo.
O paciente do Rio de Janeiro diagnosticado com febre Oropouche tinha histórico de viagem para Manaus. O estado do Amazonas vive alta nos casos da doença, com alerta epidemiológico emitido recentemente pela Fundação de Vigilância em Saúde estadual.
Considerando o cenário da febre Oropouche no país, o Laboratório de Referência Regional para Arbovírus implantou um protocolo de investigação para a doença.
Todas as amostras recebidas referentes a casos suspeitos de arboviroses são inicialmente testadas para dengue, chikungunya e Zika.
Nos casos com resultado negativo para as três arboviroses mais frequentes, as amostras são testadas para febre Oropouche.
“Estabelecemos este protocolo há cerca de três meses, em decorrência do que vem ocorrendo na Região Norte. Todas as amostras recebidas pelo Laboratório como casos suspeitos de dengue ou com indicação de síndrome ‘dengue-like’ [ou seja, com sinais e sintomas típicos da dengue] e que têm resultado negativo nos testes para dengue, chikungunya e Zika, são submetidas a testes adicionais para detectar outros vírus em circulação”, detalha Ana Bispo.
Como Laboratório de Referência Regional para o Ministério da Saúde, o Laboratório de Arbovírus e Vírus Hemorrágicos do IOC recebe amostras de seis estados: Bahia, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte.
Além de dengue, chikungunya, Zika e febre Oropouche, o serviço de referência contempla diversas arboviroses de importância clínico-epidemiológica, tais como febre amarela, Mayaro, febre do Nilo Ocidental e encefalite Saint Louis, entre outras.
O laboratório do IOC integra a Rede de Laboratórios de Arbovírus da Região das Américas (Relda) da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e a Rede Global de Laboratórios de Febre Amarela da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A febre Oropouche é causada pelo Orthobunyavirus oropoucheense (OROV). O vírus foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960. Desde então, é detectado principalmente nos estados da região amazônica.
O vírus é transmitido por mosquitos e pode circular em ambientes silvestres e urbanos.
No ciclo silvestre, animais como bichos-preguiça e macacos são infectados. Já no ciclo urbano, os seres humanos são os mais infectados.
O mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é apontado como principal transmissor da febre Oropouche tanto nas áreas silvestres como nas áreas urbanas.
Nas áreas urbanas, o mosquito Culex quinquefasciatus, popularmente chamado de pernilongo ou muriçoca, também pode transmitir o vírus ocasionalmente.
O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) confirmou o diagnóstico de febre Oropouche em um paciente do Rio de Janeiro com histórico de viagem para Manaus. É o primeiro caso da doença diagnosticado no estado.
A confirmação laboratorial foi realizada pelo Laboratório de Arbovírus e Vírus Hemorrágicos do IOC, que atua como Laboratório de Referência Regional para Arbovírus junto ao Ministério da Saúde.
O achado foi informado às autoridades de Saúde, de acordo com os trâmites oficiais.
Com sintomas semelhantes a um caso de dengue, o paciente foi atendido pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), que enviou amostras de soro para análise pelo Laboratório de Referência.
Uma vez que os testes para dengue, chikungunya e Zika tiveram resultado negativo, foram realizadas análises para febre Oropouche, seguindo o protocolo implantado no Laboratório.
O diagnóstico foi confirmado pelo exame sorológico, que identifica anticorpos para a doença.
De acordo com a virologista Ana Maria Bispo de Filippis, chefe substituta do Laboratório de Arbovírus e Vírus Hemorrágicos do IOC, dois tipos de testes podem identificar a infecção.
Durante a fase aguda da doença, que dura de dois a sete dias após o começo dos sintomas, é possível detectar o material genético do vírus Oropouche em amostras de soro dos pacientes por meio da técnica de RT-PCR.
A partir do quinto dia após o início dos sintomas, os pacientes começam a apresentar anticorpos contra o vírus Oropouche no sangue, que podem ser identificados por testes sorológicos.
“Neste caso, a amostra já não era de fase aguda, por isso o genoma do vírus não foi detectado pelo teste de PCR. Porém, a sorologia confirmou a infecção recente pelo vírus Oropouche”, afirmou Ana Bispo.
O paciente do Rio de Janeiro diagnosticado com febre Oropouche tinha histórico de viagem para Manaus. O estado do Amazonas vive alta nos casos da doença, com alerta epidemiológico emitido recentemente pela Fundação de Vigilância em Saúde estadual.
Considerando o cenário da febre Oropouche no país, o Laboratório de Referência Regional para Arbovírus implantou um protocolo de investigação para a doença.
Todas as amostras recebidas referentes a casos suspeitos de arboviroses são inicialmente testadas para dengue, chikungunya e Zika.
Nos casos com resultado negativo para as três arboviroses mais frequentes, as amostras são testadas para febre Oropouche.
“Estabelecemos este protocolo há cerca de três meses, em decorrência do que vem ocorrendo na Região Norte. Todas as amostras recebidas pelo Laboratório como casos suspeitos de dengue ou com indicação de síndrome ‘dengue-like’ [ou seja, com sinais e sintomas típicos da dengue] e que têm resultado negativo nos testes para dengue, chikungunya e Zika, são submetidas a testes adicionais para detectar outros vírus em circulação”, detalha Ana Bispo.
Como Laboratório de Referência Regional para o Ministério da Saúde, o Laboratório de Arbovírus e Vírus Hemorrágicos do IOC recebe amostras de seis estados: Bahia, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte.
Além de dengue, chikungunya, Zika e febre Oropouche, o serviço de referência contempla diversas arboviroses de importância clínico-epidemiológica, tais como febre amarela, Mayaro, febre do Nilo Ocidental e encefalite Saint Louis, entre outras.
O laboratório do IOC integra a Rede de Laboratórios de Arbovírus da Região das Américas (Relda) da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e a Rede Global de Laboratórios de Febre Amarela da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A febre Oropouche é causada pelo Orthobunyavirus oropoucheense (OROV). O vírus foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960. Desde então, é detectado principalmente nos estados da região amazônica.
O vírus é transmitido por mosquitos e pode circular em ambientes silvestres e urbanos.
No ciclo silvestre, animais como bichos-preguiça e macacos são infectados. Já no ciclo urbano, os seres humanos são os mais infectados.
O mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é apontado como principal transmissor da febre Oropouche tanto nas áreas silvestres como nas áreas urbanas.
Nas áreas urbanas, o mosquito Culex quinquefasciatus, popularmente chamado de pernilongo ou muriçoca, também pode transmitir o vírus ocasionalmente.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)