No dias 29 e 30 de julho, a cidade do Rio de Janeiro recebeu a ‘Cúpula Global de Preparação para Pandemias’. O evento foi promovido pelo Ministério da Saúde, Fiocruz e Coalizão para Promoção de Inovações em prol da Preparação para Epidemias (Cepi).
Referência em vírus respiratórios, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) marcou presença em painel que abordou caminhos para reforçar o enfrentamento de novas epidemias causadas por vírus influenza de origem animal.
Marilda Siqueira (ao centro, de calça preta): virologista do IOC discutiu caminhos para fortalecer a preparação para uma resposta equitativa contra vírus influenza zoonóticos. Foto: Divulgação/CepiA chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do IOC, Marilda Siqueira, foi uma das especialistas convidadas da mesa-redonda ‘Influenza zoonótica — estaríamos prontos para uma resposta equitativa de 100 dias e o que podemos fazer para nos preparar?’.
O risco de surtos causados por vírus da gripe que infectam animais e podem vir a causar doença em humanos, a necessidade de reforço na vigilância desses patógenos, a aceleração no desenvolvimento de vacinas e o estabelecimento de mecanismos de acesso aos imunizantes foram pontos destacados.
Também participaram da mesa a professora de Vacinologia do Instituto de Ciências Pandêmicas da Universidade de Oxford, Sarah Gilbert; a diretora executiva de Preparação e Resposta da CEPI, Nicole Lurie; a diretora associada de Política de Vacinas da Federação Internacional de Fabricantes e Associações do setor Farmacêutico (IFPMA), Paula Barbosa; e a diretora do Programa para América Latina no Centro de Saúde da Vida Selvagem Karen C. Drayer, da Universidade da Califórnia em Davis (UC Davis), Marcela Uhart.
A sessão teve moderação do especialista global em gripe e membro do conselho da organização Find, Rick Bright.
À frente do Centro de Referência Nacional em Influenza, que atua junto ao Ministério da Saúde e à Organização Mundial da Saúde (OMS), Marilda apontou avanços na vigilância dos vírus respiratórios após a pandemia de Covid-19, mas enfatizou a importância de avançar na equidade entre os países em futuras emergências sanitárias.
"Precisamos trabalhar para que todos tenham maior equidade, tanto no compartilhamento de conhecimentos quanto daquilo que o conhecimento pode fornecer, como medicamentos, vacinas e acesso à saúde. Não temos um planeta B. Estamos todos no mesmo planeta. O compartilhamento e a equidade são questões prioritárias para o sucesso no enfrentamento de uma pandemia", ressaltou a virologista.
Entre outros desafios, a pesquisadora citou a necessidade de manter o foco constante na vigilância, considerando que o sucesso da atividade depende do engajamento de toda a cadeia de profissionais, incluindo desde aqueles que atuam na coleta de amostras dos pacientes até os que realizam as análises moleculares.
Marilda também ressaltou a importância de ampliar a abrangência da coleta de amostras no território nacional, especialmente nos municípios com atividades de produção de suínos e aves. No contexto global, a pesquisadora considerou que é necessário avançar na capacitação para a realização de análises genômicas em todos os países, acelerando os resultados.
“Os Centros de Referência e Colaboradores da OMS são muito importantes para organizar essa vigilância, mas, no século XXI, não podemos mais depender do envio de amostras para o exterior para obter determinados resultados”, pontuou.
No dias 29 e 30 de julho, a cidade do Rio de Janeiro recebeu a ‘Cúpula Global de Preparação para Pandemias’. O evento foi promovido pelo Ministério da Saúde, Fiocruz e Coalizão para Promoção de Inovações em prol da Preparação para Epidemias (Cepi).
Referência em vírus respiratórios, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) marcou presença em painel que abordou caminhos para reforçar o enfrentamento de novas epidemias causadas por vírus influenza de origem animal.
Marilda Siqueira (ao centro, de calça preta): virologista do IOC discutiu caminhos para fortalecer a preparação para uma resposta equitativa contra vírus influenza zoonóticos. Foto: Divulgação/CepiA chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do IOC, Marilda Siqueira, foi uma das especialistas convidadas da mesa-redonda ‘Influenza zoonótica — estaríamos prontos para uma resposta equitativa de 100 dias e o que podemos fazer para nos preparar?’.
O risco de surtos causados por vírus da gripe que infectam animais e podem vir a causar doença em humanos, a necessidade de reforço na vigilância desses patógenos, a aceleração no desenvolvimento de vacinas e o estabelecimento de mecanismos de acesso aos imunizantes foram pontos destacados.
Também participaram da mesa a professora de Vacinologia do Instituto de Ciências Pandêmicas da Universidade de Oxford, Sarah Gilbert; a diretora executiva de Preparação e Resposta da CEPI, Nicole Lurie; a diretora associada de Política de Vacinas da Federação Internacional de Fabricantes e Associações do setor Farmacêutico (IFPMA), Paula Barbosa; e a diretora do Programa para América Latina no Centro de Saúde da Vida Selvagem Karen C. Drayer, da Universidade da Califórnia em Davis (UC Davis), Marcela Uhart.
A sessão teve moderação do especialista global em gripe e membro do conselho da organização Find, Rick Bright.
À frente do Centro de Referência Nacional em Influenza, que atua junto ao Ministério da Saúde e à Organização Mundial da Saúde (OMS), Marilda apontou avanços na vigilância dos vírus respiratórios após a pandemia de Covid-19, mas enfatizou a importância de avançar na equidade entre os países em futuras emergências sanitárias.
"Precisamos trabalhar para que todos tenham maior equidade, tanto no compartilhamento de conhecimentos quanto daquilo que o conhecimento pode fornecer, como medicamentos, vacinas e acesso à saúde. Não temos um planeta B. Estamos todos no mesmo planeta. O compartilhamento e a equidade são questões prioritárias para o sucesso no enfrentamento de uma pandemia", ressaltou a virologista.
Entre outros desafios, a pesquisadora citou a necessidade de manter o foco constante na vigilância, considerando que o sucesso da atividade depende do engajamento de toda a cadeia de profissionais, incluindo desde aqueles que atuam na coleta de amostras dos pacientes até os que realizam as análises moleculares.
Marilda também ressaltou a importância de ampliar a abrangência da coleta de amostras no território nacional, especialmente nos municípios com atividades de produção de suínos e aves. No contexto global, a pesquisadora considerou que é necessário avançar na capacitação para a realização de análises genômicas em todos os países, acelerando os resultados.
“Os Centros de Referência e Colaboradores da OMS são muito importantes para organizar essa vigilância, mas, no século XXI, não podemos mais depender do envio de amostras para o exterior para obter determinados resultados”, pontuou.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)