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Instituto contribui para a reconquista da eliminação do sarampo

Anúncio foi realizado nesta terça (12) pela Organização Pan-Americana da Saúde, em cerimônia em Brasília
Por Vinicius Ferreira12/11/2024 - Atualizado em 25/11/2024

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) anunciou nesta terça-feira (12) que o Brasil está, novamente, livre do sarampo.

O certificado oficial foi entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à ministra da Saúde, Nísia Trindade.

Em cerimônia na sede da Opas, em Brasília, também nesta terça, pesquisadores e autoridades da saúde que contribuíram diretamente para a reconquista da certificação foram homenageados pela entidade.

Participaram da solenidade o diretor da Opas, Jarbas Barbosa, a representante da entidade no Brasil, Socorro Gross, e a ministra Nísia.

A virologista Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), foi uma das agraciadas. O Laboratório atua como referência nacional para o Ministério da Saúde e regional para a Organização Mundial da Saúde (OMS) em rubéola e sarampo.

Marilda Siqueira foi homenageada com réplica do certificado de eliminação do sarampo no Brasil entregue pela ministra da Saúde, Nísia Trindade (de preto), pela representante da Opas no país, Socorro Gross, e pelo diretor da entidade, Jarbas Barbosa. Foto: Matheus Damascena/ MS

Em 2016, o Brasil havia alcançado o status de país livre do sarampo. No entanto, em 2018, as baixas coberturas vacinais permitiram a reintrodução do vírus no país. Agora, a recertificação marca a recuperação do status das Américas como uma região livre de sarampo endêmico.

A eliminação do sarampo é fruto de um esforço iniciado em 1991, a partir da criação do então Programa Nacional de Controle do Sarampo, do qual o Laboratório do IOC faz parte desde o início, contribuindo para a definição de estratégias para controlar e, posteriormente, eliminar o agravo.

Durante essas mais de três décadas, o Laboratório tem atuado na capacitação dos profissionais responsáveis pela vigilância epidemiológica e laboratorial do sarampo nos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens), com objetivo de garantir o correto diagnóstico e interpretação dos resultados de exames, além de prestar assessoria técnica para diversos países da América Latina.

A equipe também participa de reuniões e encontros com autoridades locais e internacionais, elabora documentos técnicos e artigos científicos e orienta dezenas de mestres e doutores na produção de teses e dissertações.

Como referência nacional para o agravo, o Laboratório contribuiu na elaboração dos relatórios sobre as evidências dos casos diagnosticados no país apresentados pelo Ministério da Saúde ao Comitê Internacional de Especialistas para Eliminação do Sarampo e Rubéola, com o objetivo de retomar a certificação.

“Foi duro perder a certificação há cinco anos. Tivemos a introdução de casos importados que acabaram infectando brasileiros não imunizados. Toda a população precisa estar alerta. Essa é uma doença muito séria, de rápida propagação e que afeta principalmente as nossas crianças. Nos últimos anos, o mundo tem sido bombardeado por informações falsas sobre vacinação. Vacinas salvam milhões de vidas todos os anos”, frisou Marilda. 

“Mesmo com a notícia da reconquista da eliminação do sarampo, a vigilância não vai parar. Precisamos continuar em alerta. Como ainda há incidência da doença no exterior, existe a possibilidade de importação de casos. Os responsáveis precisam manter o calendário de vacinação das crianças em dia", completou a virologista.

A Opas ressalta que o sarampo é uma das doenças mais contagiosas. O vírus é transmitido por secreções procedentes do nariz, boca e garganta de pessoas infectadas.

Os sintomas consistem em febre alta, erupção (manchas na pele) generalizada em todo o corpo, congestão nasal e irritação ocular. A infecção pode causar complicações graves, tais como cegueira, encefalite, diarreia intensa, infecções do ouvido e pneumonia, sobretudo em crianças com problemas de nutrição e pacientes imunodeprimidos.

Anúncio foi realizado nesta terça (12) pela Organização Pan-Americana da Saúde, em cerimônia em Brasília
Por: 
viniciusferreira

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) anunciou nesta terça-feira (12) que o Brasil está, novamente, livre do sarampo.

O certificado oficial foi entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à ministra da Saúde, Nísia Trindade.

Em cerimônia na sede da Opas, em Brasília, também nesta terça, pesquisadores e autoridades da saúde que contribuíram diretamente para a reconquista da certificação foram homenageados pela entidade.

Participaram da solenidade o diretor da Opas, Jarbas Barbosa, a representante da entidade no Brasil, Socorro Gross, e a ministra Nísia.

A virologista Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), foi uma das agraciadas. O Laboratório atua como referência nacional para o Ministério da Saúde e regional para a Organização Mundial da Saúde (OMS) em rubéola e sarampo.

Marilda Siqueira foi homenageada com réplica do certificado de eliminação do sarampo no Brasil entregue pela ministra da Saúde, Nísia Trindade (de preto), pela representante da Opas no país, Socorro Gross, e pelo diretor da entidade, Jarbas Barbosa. Foto: Matheus Damascena/ MS

Em 2016, o Brasil havia alcançado o status de país livre do sarampo. No entanto, em 2018, as baixas coberturas vacinais permitiram a reintrodução do vírus no país. Agora, a recertificação marca a recuperação do status das Américas como uma região livre de sarampo endêmico.

A eliminação do sarampo é fruto de um esforço iniciado em 1991, a partir da criação do então Programa Nacional de Controle do Sarampo, do qual o Laboratório do IOC faz parte desde o início, contribuindo para a definição de estratégias para controlar e, posteriormente, eliminar o agravo.

Durante essas mais de três décadas, o Laboratório tem atuado na capacitação dos profissionais responsáveis pela vigilância epidemiológica e laboratorial do sarampo nos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens), com objetivo de garantir o correto diagnóstico e interpretação dos resultados de exames, além de prestar assessoria técnica para diversos países da América Latina.

A equipe também participa de reuniões e encontros com autoridades locais e internacionais, elabora documentos técnicos e artigos científicos e orienta dezenas de mestres e doutores na produção de teses e dissertações.

Como referência nacional para o agravo, o Laboratório contribuiu na elaboração dos relatórios sobre as evidências dos casos diagnosticados no país apresentados pelo Ministério da Saúde ao Comitê Internacional de Especialistas para Eliminação do Sarampo e Rubéola, com o objetivo de retomar a certificação.

“Foi duro perder a certificação há cinco anos. Tivemos a introdução de casos importados que acabaram infectando brasileiros não imunizados. Toda a população precisa estar alerta. Essa é uma doença muito séria, de rápida propagação e que afeta principalmente as nossas crianças. Nos últimos anos, o mundo tem sido bombardeado por informações falsas sobre vacinação. Vacinas salvam milhões de vidas todos os anos”, frisou Marilda. 

“Mesmo com a notícia da reconquista da eliminação do sarampo, a vigilância não vai parar. Precisamos continuar em alerta. Como ainda há incidência da doença no exterior, existe a possibilidade de importação de casos. Os responsáveis precisam manter o calendário de vacinação das crianças em dia", completou a virologista.

A Opas ressalta que o sarampo é uma das doenças mais contagiosas. O vírus é transmitido por secreções procedentes do nariz, boca e garganta de pessoas infectadas.

Os sintomas consistem em febre alta, erupção (manchas na pele) generalizada em todo o corpo, congestão nasal e irritação ocular. A infecção pode causar complicações graves, tais como cegueira, encefalite, diarreia intensa, infecções do ouvido e pneumonia, sobretudo em crianças com problemas de nutrição e pacientes imunodeprimidos.

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)