Um workshop deu início às atividades do projeto piloto da ‘I Incubadora de Inovação do Instituto Oswaldo Cruz’. Promovida pelo IOC em parceria com o centro de inovação e pesquisa Art of Science Learning (AOSL), dos Estados Unidos, a reunião, realizada em 29 de março, detalhou o projeto e contou com a assinatura de um memorando de entendimento para cooperação internacional entre as instituições.
Coordenada pela Diretoria do Instituto com apoio do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), a Incubadora de Inovação tem dois objetivos: o desenvolvimento de estilos e modos de pensar (mindsets) diferentes e criativos, assim como competências e habilidades voltadas ao processo de inovação, e o desenvolvimento de tecnologias originais para oferta a investidores internacionais.
Harvey Seifter, Tania Araujo Jorge e Todd Siler destacaram que o projeto levará, pela primeira vez, a metodologia baseada em arte e ciência para a inovação, que já foi aplicada em diversas empresas, para uma instituição pública de ciência e saúde. Foto: ReproduçãoO primeiro workshop apresentou a metodologia do projeto, que tem como diferencial o uso da arte para o desenvolvimento da inovação. Uma das coordenadoras do projeto, a diretora do IOC, Tania Cremonini de Araujo Jorge, destacou o ineditismo da proposta.
“Esta é a primeira incubadora de inovação da Fiocruz, com pessoas que fazem isso profissionalmente no mundo todo, a partir da relação de ciência e arte”, disse Tania, lembrando que a metodologia já foi aplicada em grandes empresas de diversos países.
A diretora afirmou que o projeto piloto terá como foco um dos gargalos da inovação no IOC: a chegada dos produtos ao mercado.
“Temos um portfólio de patentes grande. Quais os gargalos para a chegada dos produtos ao mercado? Pensando nisso, decidimos trabalhar em cima de projetos maduros. Queremos chegar ao final do projeto piloto com um produto na praça”, declarou Tania.
Também coordenador do projeto, o fundador da AOSL e pesquisador da Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos, Harvey Seifter, disse que a integração entre ciência e arte tem o objetivo de preencher o gap da inovação, desenvolvendo a criatividade, a colaboração e a comunicação efetiva.
“Tudo isso é construído por uma visão de que a arte está conectada de forma poderosa a quem nós somos, como nos comunicamos uns com os outros, como nos conectamos uns com os outros, como compreendemos o mundo a nossa volta e como agimos para transformá-lo”, afirmou Harvey, que é violinista e maestro e uma referência internacional em criatividade organizacional e aprendizado baseado em artes.
Alguns aspectos da metodologia aplicada para o desenvolvimento de competências inovadoras e de inovações foram detalhados durante o workshop. Segundo Harvey, o processo pode ser dividido em quatro fases que buscam fazer emergir ideias, identificar oportunidades, problemas e soluções, desenvolver produtos e lançá-los.
Integrante da AOSL e um dos autores do Manifesto Cienciarte (Artscience), Todd Siler afirmou que a metodologia integra arte, ciência e inovação, de uma forma que é natural para o cérebro humano. Também coordenador do projeto, ele explicou uma das ferramentas centrais da metodologia – chamada de ‘metaformação’ – e ressaltou a importância de romper barreiras de pensamento e de comunicação.
“O processo de ‘metaformação’ busca dar formas às nossas ideias e visões. Todos os sistemas simbólicos podem ser usados para construir modelos. Isso possibilita que os outros compreendam de forma muito mais profunda o seu processo criativo e a sua visão”, disse ele.
“Na ciência, nossas linguagens nos separam e a informação fica compartimentalizada. Esse processo permite reintegrar o pensamento transdisciplinar”, completou Todd, que é artista visual, além de doutor em Estudos Interdisciplinares em Psicologia e Arte pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos.
Profissionais envolvidos diretamente em atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação no IOC, com diversos perfis de formação e atuação, integram a turma do projeto piloto da incubadora. Foto: ReproduçãoAs arboviroses foram o tema escolhido para o projeto piloto da Incubadora de Inovação. Tendo em vista a importância da transdisciplinaridade para a inovação, o grupo que vai participar da iniciativa é composto por mais de 30 profissionais envolvidos em atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação no IOC, incluindo pesquisadores e profissionais da gestão, incluindo integrantes das equipes do NIT-IOC, Cooperação Internacional, Jornalismo e Diretoria. As atividades serão desenvolvidas de junho a setembro, com reuniões semanais, além de períodos de trabalho intensivo.
Após a assinatura do memorando de entendimento, a coordenadora do NIT-IOC, Aline Morais, ressaltou a importância da participação dos pesquisadores no projeto.
“Temos grande expectativa com esse processo e com a experiência que vamos vivenciar juntos. Abrir a mente para outras formas de pensar, sair do que estamos acostumados é difícil. A presença de todos aqui é muito relevante”, declarou.
Os vice-diretores de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Luciana Garzoni e Elmo de Almeida Amaral, também salientaram a relevância do projeto para o IOC.
“A ‘metaformação’ ajuda a resolver problemas concretos de forma criativa, crítica e colaborativa. Usar elementos simbólicos potencializa a comunicação”, comentou Luciana, relatando sua experiência com a metodologia.
“Saber pensar fora da caixa é muito importante. Essas competências terão aplicação não só para a inovação, mas também para os nossos experimentos e pesquisas”, considerou Elmo.
Um workshop deu início às atividades do projeto piloto da ‘I Incubadora de Inovação do Instituto Oswaldo Cruz’. Promovida pelo IOC em parceria com o centro de inovação e pesquisa Art of Science Learning (AOSL), dos Estados Unidos, a reunião, realizada em 29 de março, detalhou o projeto e contou com a assinatura de um memorando de entendimento para cooperação internacional entre as instituições.
Coordenada pela Diretoria do Instituto com apoio do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), a Incubadora de Inovação tem dois objetivos: o desenvolvimento de estilos e modos de pensar (mindsets) diferentes e criativos, assim como competências e habilidades voltadas ao processo de inovação, e o desenvolvimento de tecnologias originais para oferta a investidores internacionais.
Harvey Seifter, Tania Araujo Jorge e Todd Siler destacaram que o projeto levará, pela primeira vez, a metodologia baseada em arte e ciência para a inovação, que já foi aplicada em diversas empresas, para uma instituição pública de ciência e saúde. Foto: ReproduçãoO primeiro workshop apresentou a metodologia do projeto, que tem como diferencial o uso da arte para o desenvolvimento da inovação. Uma das coordenadoras do projeto, a diretora do IOC, Tania Cremonini de Araujo Jorge, destacou o ineditismo da proposta.
“Esta é a primeira incubadora de inovação da Fiocruz, com pessoas que fazem isso profissionalmente no mundo todo, a partir da relação de ciência e arte”, disse Tania, lembrando que a metodologia já foi aplicada em grandes empresas de diversos países.
A diretora afirmou que o projeto piloto terá como foco um dos gargalos da inovação no IOC: a chegada dos produtos ao mercado.
“Temos um portfólio de patentes grande. Quais os gargalos para a chegada dos produtos ao mercado? Pensando nisso, decidimos trabalhar em cima de projetos maduros. Queremos chegar ao final do projeto piloto com um produto na praça”, declarou Tania.
Também coordenador do projeto, o fundador da AOSL e pesquisador da Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos, Harvey Seifter, disse que a integração entre ciência e arte tem o objetivo de preencher o gap da inovação, desenvolvendo a criatividade, a colaboração e a comunicação efetiva.
“Tudo isso é construído por uma visão de que a arte está conectada de forma poderosa a quem nós somos, como nos comunicamos uns com os outros, como nos conectamos uns com os outros, como compreendemos o mundo a nossa volta e como agimos para transformá-lo”, afirmou Harvey, que é violinista e maestro e uma referência internacional em criatividade organizacional e aprendizado baseado em artes.
Alguns aspectos da metodologia aplicada para o desenvolvimento de competências inovadoras e de inovações foram detalhados durante o workshop. Segundo Harvey, o processo pode ser dividido em quatro fases que buscam fazer emergir ideias, identificar oportunidades, problemas e soluções, desenvolver produtos e lançá-los.
Integrante da AOSL e um dos autores do Manifesto Cienciarte (Artscience), Todd Siler afirmou que a metodologia integra arte, ciência e inovação, de uma forma que é natural para o cérebro humano. Também coordenador do projeto, ele explicou uma das ferramentas centrais da metodologia – chamada de ‘metaformação’ – e ressaltou a importância de romper barreiras de pensamento e de comunicação.
“O processo de ‘metaformação’ busca dar formas às nossas ideias e visões. Todos os sistemas simbólicos podem ser usados para construir modelos. Isso possibilita que os outros compreendam de forma muito mais profunda o seu processo criativo e a sua visão”, disse ele.
“Na ciência, nossas linguagens nos separam e a informação fica compartimentalizada. Esse processo permite reintegrar o pensamento transdisciplinar”, completou Todd, que é artista visual, além de doutor em Estudos Interdisciplinares em Psicologia e Arte pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos.
Profissionais envolvidos diretamente em atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação no IOC, com diversos perfis de formação e atuação, integram a turma do projeto piloto da incubadora. Foto: ReproduçãoAs arboviroses foram o tema escolhido para o projeto piloto da Incubadora de Inovação. Tendo em vista a importância da transdisciplinaridade para a inovação, o grupo que vai participar da iniciativa é composto por mais de 30 profissionais envolvidos em atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação no IOC, incluindo pesquisadores e profissionais da gestão, incluindo integrantes das equipes do NIT-IOC, Cooperação Internacional, Jornalismo e Diretoria. As atividades serão desenvolvidas de junho a setembro, com reuniões semanais, além de períodos de trabalho intensivo.
Após a assinatura do memorando de entendimento, a coordenadora do NIT-IOC, Aline Morais, ressaltou a importância da participação dos pesquisadores no projeto.
“Temos grande expectativa com esse processo e com a experiência que vamos vivenciar juntos. Abrir a mente para outras formas de pensar, sair do que estamos acostumados é difícil. A presença de todos aqui é muito relevante”, declarou.
Os vice-diretores de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Luciana Garzoni e Elmo de Almeida Amaral, também salientaram a relevância do projeto para o IOC.
“A ‘metaformação’ ajuda a resolver problemas concretos de forma criativa, crítica e colaborativa. Usar elementos simbólicos potencializa a comunicação”, comentou Luciana, relatando sua experiência com a metodologia.
“Saber pensar fora da caixa é muito importante. Essas competências terão aplicação não só para a inovação, mas também para os nossos experimentos e pesquisas”, considerou Elmo.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)