Uma comitiva da Diretoria do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) acompanhou, na última sexta-feira (02/08), a assinatura do protocolo de intenções para nacionalização da Scientific Electronic Library Online, conhecida como Plataforma SciELO.
O tema está em sintonia com uma série de debates no contexto da Ciência Aberta em andamento no Instituto e na comunidade científica do país, com foco no custo e na sustentabilidade da publicação dos artigos científicos que compartilham resultados de pesquisas em revistas especializadas.
O evento foi realizado na sede da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), em Brasília. A comitiva do Instituto foi integrada pela diretora do IOC, Tania Araujo-Jorge; o vice-diretor adjunto de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Ademir Martins; e o vice-diretor de Ensino, Informação e Comunicação, Paulo Sérgio D’Andrea.
Ricardo Galvão, presidente do CNPq, Denise Pires de Carvalho, presidente da Capes, e Marcio de Castro, diretor científico da FAPESP, durante assinatura do acordo. Foto: ReproduçãoO acordo, firmado entre a CAPES, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), tem como objetivo planejar e promover um consórcio nacional de expansão e reestruturação da governança e da manutenção do Programa SciELO, com autonomia e participação ativa dos seus membros.
A intenção é estabelecer o espaço como a principal plataforma de publicação de artigos em acesso aberto e sem pagamento de taxas.
Fundada em 1909 de forma pioneira, a Revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz – que completa 115 anos em 2024 – integra a Plataforma SciELO desde o início dos anos 2000. A revista tem a política de gratuidade dupla: tanto para a publicação de artigos científicos quanto para acesso e leitura, o que é conhecido como acesso diamante.
“A discussão sobre Ciência Aberta e o pagamento de artigos científicos tem sido largamente abordada no Instituto”, destaca a diretora Tania Araujo-Jorge.
“O pagamento de artigos demanda um volume importante de recursos públicos, que poderiam ser investidos em atividades científicas”, destaca.
O movimento de nacionalização da Plataforma SciELO, dentro da lógica da Ciência Aberta e da gratuidade de acesso e de publicação, é um passo importante neste contexto.
Diretoria do IOC parabeniza a presidente da Capes pela assinatura da proposta. Foto: DivulgaçãoA proposta foi apresentada e defendida pelo IOC durante a Conferência de Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro, em fevereiro de 2024, na Universidade Federal Fluminense (UFF), assim como durante a 10ª edição do Colegiado de Doutores do Instituto, em março. A pauta também foi assunto na recente edição da Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.
“No âmbito do IOC, nosso Conselho Deliberativo optou recentemente pela manutenção do pagamento da taxa de processamento de artigos, também chamada de APC, até que novas alternativas fossem viáveis. Com o processo de transformação deste cenário mais abrangente, visivelmente em curso, o Instituto poderá se debruçar sobre a discussão diante do novo contexto que está se configurando”, destacou.
Composto por representantes eleitos no conjunto dos Laboratórios que embasam o funcionamento do IOC, o Conselho Deliberativo é a instância máxima de decisão sobre questões relevantes na vida institucional no contexto de gestão participativa.
Para Tania, a discussão sobre pagamento da publicação de artigos científicos passa a considerar, também, novos pontos de partida, como a alternativa de publicação em acesso aberto e sem custo viabilizada pela CAPES em revistas da editora da American Chemical Society, incluindo 68 periódicos, e a discussão sobre a valorização da publicação na plataforma nacional na avaliação da pós-graduação brasileira para o próximo quadriênio (de 2025 a 2028).
Segundo a diretora, a revista Memórias que permanece na vanguarda desse processo, tem previsão de anúncio, em breve, de mudanças com ampliação de escopo.
“Novos contextos exigem novas etapas de discussão de ideias e propostas. Estamos vigilantes sobre estas mudanças, renovando o protagonismo histórico do IOC para temas relevantes para a Ciência”, destacou.
Uma comitiva da Diretoria do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) acompanhou, na última sexta-feira (02/08), a assinatura do protocolo de intenções para nacionalização da Scientific Electronic Library Online, conhecida como Plataforma SciELO.
O tema está em sintonia com uma série de debates no contexto da Ciência Aberta em andamento no Instituto e na comunidade científica do país, com foco no custo e na sustentabilidade da publicação dos artigos científicos que compartilham resultados de pesquisas em revistas especializadas.
O evento foi realizado na sede da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), em Brasília. A comitiva do Instituto foi integrada pela diretora do IOC, Tania Araujo-Jorge; o vice-diretor adjunto de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Ademir Martins; e o vice-diretor de Ensino, Informação e Comunicação, Paulo Sérgio D’Andrea.
Ricardo Galvão, presidente do CNPq, Denise Pires de Carvalho, presidente da Capes, e Marcio de Castro, diretor científico da FAPESP, durante assinatura do acordo. Foto: ReproduçãoO acordo, firmado entre a CAPES, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), tem como objetivo planejar e promover um consórcio nacional de expansão e reestruturação da governança e da manutenção do Programa SciELO, com autonomia e participação ativa dos seus membros.
A intenção é estabelecer o espaço como a principal plataforma de publicação de artigos em acesso aberto e sem pagamento de taxas.
Fundada em 1909 de forma pioneira, a Revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz – que completa 115 anos em 2024 – integra a Plataforma SciELO desde o início dos anos 2000. A revista tem a política de gratuidade dupla: tanto para a publicação de artigos científicos quanto para acesso e leitura, o que é conhecido como acesso diamante.
“A discussão sobre Ciência Aberta e o pagamento de artigos científicos tem sido largamente abordada no Instituto”, destaca a diretora Tania Araujo-Jorge.
“O pagamento de artigos demanda um volume importante de recursos públicos, que poderiam ser investidos em atividades científicas”, destaca.
O movimento de nacionalização da Plataforma SciELO, dentro da lógica da Ciência Aberta e da gratuidade de acesso e de publicação, é um passo importante neste contexto.
Diretoria do IOC parabeniza a presidente da Capes pela assinatura da proposta. Foto: DivulgaçãoA proposta foi apresentada e defendida pelo IOC durante a Conferência de Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro, em fevereiro de 2024, na Universidade Federal Fluminense (UFF), assim como durante a 10ª edição do Colegiado de Doutores do Instituto, em março. A pauta também foi assunto na recente edição da Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.
“No âmbito do IOC, nosso Conselho Deliberativo optou recentemente pela manutenção do pagamento da taxa de processamento de artigos, também chamada de APC, até que novas alternativas fossem viáveis. Com o processo de transformação deste cenário mais abrangente, visivelmente em curso, o Instituto poderá se debruçar sobre a discussão diante do novo contexto que está se configurando”, destacou.
Composto por representantes eleitos no conjunto dos Laboratórios que embasam o funcionamento do IOC, o Conselho Deliberativo é a instância máxima de decisão sobre questões relevantes na vida institucional no contexto de gestão participativa.
Para Tania, a discussão sobre pagamento da publicação de artigos científicos passa a considerar, também, novos pontos de partida, como a alternativa de publicação em acesso aberto e sem custo viabilizada pela CAPES em revistas da editora da American Chemical Society, incluindo 68 periódicos, e a discussão sobre a valorização da publicação na plataforma nacional na avaliação da pós-graduação brasileira para o próximo quadriênio (de 2025 a 2028).
Segundo a diretora, a revista Memórias que permanece na vanguarda desse processo, tem previsão de anúncio, em breve, de mudanças com ampliação de escopo.
“Novos contextos exigem novas etapas de discussão de ideias e propostas. Estamos vigilantes sobre estas mudanças, renovando o protagonismo histórico do IOC para temas relevantes para a Ciência”, destacou.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)