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Internacionalização como principal objetivo

Ações dos Programas de Pós do Instituto, que vão além da abrangência nacional, foram destaque no segundo dia de atividades da Semana de Pós-graduação do IOC
Por Vinicius Ferreira28/09/2017 - Atualizado em 18/04/2024

Apontado por todos os coordenadores dos Programas de Pós-graduação Stricto sensu do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) como um dos quesitos mais importantes para obtenção de êxito no último processo de avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), divulgado em 19/09, o tema internacionalização não podia ficar de fora da programação da Semana de Pós-graduação Stricto sensu.

O segundo dia (26/9) de atividades, por exemplo, foi marcado pela palestra 'Ciência brasileira em busca da internacionalização e excelência', na qual as ações do Instituto em relação ao processo foram destacadas pelos pesquisadores Milton Ozório, pesquisador do IOC e coordenador adjunto da Coordenação de Pós-graduação da Fiocruz, e Adeilton Brandão, pesquisador do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas Médicas do IOC e editor da revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz.

Adeilton Brandão e Milton Moraes: incentivo à internacionalização do Ensino e da Ciência brasileiras. Foto: Gutemberg Brito

Impactos positivos para a saúde

Durante a apresentação, Milton Ozório abordou aspectos relacionados às ações da Fiocruz voltados para a internacionalização do ensino. Cooperação estruturante, realização de cursos internacionais de curta duração e incentivo à titulação em co-tutela foram alguns pontos citados ressaltados.

Além disso, ele chamou atenção, particularmente, para o trabalho de cooperação que o IOC vem desenvolvendo junto a países africanos de língua portuguesa, países latino-americanos e o Instituto Pasteur.

"Nossa atuação nessas regiões tem conquistado papel de destaque. Algumas teses estão se tornando portarias dos ministérios da saúde desses países. Isso comprova que o trabalho dos novos doutores está pautando a sociedade local, ditando as políticas de saúde. Vejo essa conquista como algo mais importante do que a publicação de artigos", declarou.

Milton aproveitou a ocasião para apresentar alguns dos benefícios previstos na Política de Internacionalização da Fiocruz, documento em fase de discussão na Câmara Técnica de Ensino da instituição.

"Oferecer formação profissional de excelência ampla e sistêmica, alinhada a grandes temas globais; propiciar acesso aos estudantes e profissionais a programas e vivências escassas ou não disponíveis em seu país; reduzir a endogenia no ambiente científico e educacional; além de auxiliar o enfrentamento de emergências sanitárias de interesse global pareados aos contextos de One Health e Global Health são as principais vantagens salientadas na Política”, detalhou.

Internacionalização da ciência brasileira

Já Adeilton Brandão, pesquisador e editor da revista científica de maior destaque da América Latina, centralizou sua apresentação na questão da internacionalização da ciência brasileira pelo viés dos preprints - projetos de artigos científicos que são depositados em um servidor, geralmente temático, seguindo procedimentos públicos. Na visão dele, o processo de expansão científica em nível global dependerá sempre da influência da produção científica do país em questão.

"Se o Brasil deseja internacionalizar a sua ciência, precisa apresentar soluções para os problemas desafiadores apontados pela política de C&T. A partir de então é que ele deve implementar iniciativas que gerem visibilidade, celeridade, qualidade, acessibilidade e criatividade da produção científica", comentou.

Como objetivo central dos preprints, Adeilton apontou a contribuição para acelerar a disponibilização dos resultados de pesquisa. No que diz respeito às vantagens, chamou atenção para o acesso aberto de forma imediata ao artigo; a divulgação pública de trabalhos recentes e invisíveis, como as teses e bolsas de doutorado; a obtenção de mais comentários sobre os trabalhos por parte de colegas; e o estabelecimento de prioridades graças à certeza de quando a pesquisa se torna pública.

"As principais revistas científicas já aceitam esse tipo de publicação. A principal vantagem, a meu ver, é a visibilidade que oferece à produção científica", reforçou.

Ações dos Programas de Pós do Instituto, que vão além da abrangência nacional, foram destaque no segundo dia de atividades da Semana de Pós-graduação do IOC
Por: 
viniciusferreira

Apontado por todos os coordenadores dos Programas de Pós-graduação Stricto sensu do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) como um dos quesitos mais importantes para obtenção de êxito no último processo de avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), divulgado em 19/09, o tema internacionalização não podia ficar de fora da programação da Semana de Pós-graduação Stricto sensu.

O segundo dia (26/9) de atividades, por exemplo, foi marcado pela palestra 'Ciência brasileira em busca da internacionalização e excelência', na qual as ações do Instituto em relação ao processo foram destacadas pelos pesquisadores Milton Ozório, pesquisador do IOC e coordenador adjunto da Coordenação de Pós-graduação da Fiocruz, e Adeilton Brandão, pesquisador do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas Médicas do IOC e editor da revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz.

Adeilton Brandão e Milton Moraes: incentivo à internacionalização do Ensino e da Ciência brasileiras. Foto: Gutemberg Brito

Impactos positivos para a saúde

Durante a apresentação, Milton Ozório abordou aspectos relacionados às ações da Fiocruz voltados para a internacionalização do ensino. Cooperação estruturante, realização de cursos internacionais de curta duração e incentivo à titulação em co-tutela foram alguns pontos citados ressaltados.

Além disso, ele chamou atenção, particularmente, para o trabalho de cooperação que o IOC vem desenvolvendo junto a países africanos de língua portuguesa, países latino-americanos e o Instituto Pasteur.

"Nossa atuação nessas regiões tem conquistado papel de destaque. Algumas teses estão se tornando portarias dos ministérios da saúde desses países. Isso comprova que o trabalho dos novos doutores está pautando a sociedade local, ditando as políticas de saúde. Vejo essa conquista como algo mais importante do que a publicação de artigos", declarou.

Milton aproveitou a ocasião para apresentar alguns dos benefícios previstos na Política de Internacionalização da Fiocruz, documento em fase de discussão na Câmara Técnica de Ensino da instituição.

"Oferecer formação profissional de excelência ampla e sistêmica, alinhada a grandes temas globais; propiciar acesso aos estudantes e profissionais a programas e vivências escassas ou não disponíveis em seu país; reduzir a endogenia no ambiente científico e educacional; além de auxiliar o enfrentamento de emergências sanitárias de interesse global pareados aos contextos de One Health e Global Health são as principais vantagens salientadas na Política”, detalhou.

Internacionalização da ciência brasileira

Já Adeilton Brandão, pesquisador e editor da revista científica de maior destaque da América Latina, centralizou sua apresentação na questão da internacionalização da ciência brasileira pelo viés dos preprints - projetos de artigos científicos que são depositados em um servidor, geralmente temático, seguindo procedimentos públicos. Na visão dele, o processo de expansão científica em nível global dependerá sempre da influência da produção científica do país em questão.

"Se o Brasil deseja internacionalizar a sua ciência, precisa apresentar soluções para os problemas desafiadores apontados pela política de C&T. A partir de então é que ele deve implementar iniciativas que gerem visibilidade, celeridade, qualidade, acessibilidade e criatividade da produção científica", comentou.

Como objetivo central dos preprints, Adeilton apontou a contribuição para acelerar a disponibilização dos resultados de pesquisa. No que diz respeito às vantagens, chamou atenção para o acesso aberto de forma imediata ao artigo; a divulgação pública de trabalhos recentes e invisíveis, como as teses e bolsas de doutorado; a obtenção de mais comentários sobre os trabalhos por parte de colegas; e o estabelecimento de prioridades graças à certeza de quando a pesquisa se torna pública.

"As principais revistas científicas já aceitam esse tipo de publicação. A principal vantagem, a meu ver, é a visibilidade que oferece à produção científica", reforçou.

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)