O conteúdo desse portal pode ser acessível em Libras usando o VLibras
Portuguese English Spanish
Interface
Adjust the interface to make it easier to use for different conditions.
This renders the document in high contrast mode.
This renders the document as white on black
This can help those with trouble processing rapid screen movements.
This loads a font easier to read for people with dyslexia.

vw_cabecalho_novo

Busca Avançada
Você está aqui: Notícias » IOC apoia programa que reunirá familiares separados pela hanseníase

IOC apoia programa que reunirá familiares separados pela hanseníase

Iniciativa realizará exames de DNA para identificar familiares separados pelo isolamento compulsório de pacientes
Por Jornalismo IOC25/08/2011 - Atualizado em 17/12/2024

O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) foi o anfitrião do encontro que lançou, na tarde desta terça-feira (23/08), o Programa de Identificação de Familiares Separados pelo Isolamento Compulsório de Pessoas com Hanseníase. A reunião contou com a participação de representantes do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), idealizador da iniciativa, e com membros do Instituto Nacional de Genética Médica Populacional (Inagemp), incluindo os pesquisadores do IOC Eduardo Castilla e Maria da Graça Dutra. Na ocasião, as primeiras adesões ao programa foram realizadas por mães, filhos e irmãos separados pelo isolamento compulsórios de pacientes.

“A inspiração surgiu da história das Avós da Praça de Maio, que também utilizaram exames genéticos para reencontrar seus netos, filhos de cidadãos desaparecidos durante a ditadura militar na Argentina”, explica o geneticista do IOC Eduardo Castilla, vice-coordenador do Inagemp. “A idéia é construir um banco de dados de DNA específico para este fim”, completa.

 

 Foto: Rodrigo Méxas

 

 Participantes no lançamento do Programa de Identificação de Familiares Separados pelo Isolamento Compulsório de Pessoas com Hanseníase, no IOC.

 

No Brasil, até a década de 1980, a lei federal nº 610 de 13 de janeiro de 1949 recomendava o isolamento compulsório dos pacientes com hanseníase, que eram então mantidos em colônias. A mesma lei ordenava a entrega dos bebês de pais com hanseníase à adoção, o que levou à separação de milhares de famílias. Esta situação perdurou até 1986, quando os antigos hospitais colônias foram transformados em hospitais gerais. “Os muros foram derrubados, os portões abertos, mas a luta pelo reencontro destas famílias ainda continua”, revelou Artur Custódio, coordenador nacional do Morhan.

Nascidas em hospitais-colônias, as irmãs Maria Teresa da Silva Santos Oliveira e Marisa Ferreira dos Santos – duas dos milhares de brasileiros que, quando crianças, foram separados de suas mães e entregues à adoção – foram as primeiras a assinar o termo de adesão ao programa, autorizando a coleta de amostras de saliva para o exame de DNA. Realizado pelo Morhan, um cadastro de filhos separados dos pais pelo isolamento compulsório em função da doença, hoje, soma 1200 indivíduos.

25/08/2011

 

Iniciativa realizará exames de DNA para identificar familiares separados pelo isolamento compulsório de pacientes
Por: 
jornalismo

O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) foi o anfitrião do encontro que lançou, na tarde desta terça-feira (23/08), o Programa de Identificação de Familiares Separados pelo Isolamento Compulsório de Pessoas com Hanseníase. A reunião contou com a participação de representantes do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), idealizador da iniciativa, e com membros do Instituto Nacional de Genética Médica Populacional (Inagemp), incluindo os pesquisadores do IOC Eduardo Castilla e Maria da Graça Dutra. Na ocasião, as primeiras adesões ao programa foram realizadas por mães, filhos e irmãos separados pelo isolamento compulsórios de pacientes.

“A inspiração surgiu da história das Avós da Praça de Maio, que também utilizaram exames genéticos para reencontrar seus netos, filhos de cidadãos desaparecidos durante a ditadura militar na Argentina”, explica o geneticista do IOC Eduardo Castilla, vice-coordenador do Inagemp. “A idéia é construir um banco de dados de DNA específico para este fim”, completa.

 

 Foto: Rodrigo Méxas

 

 Participantes no lançamento do Programa de Identificação de Familiares Separados pelo Isolamento Compulsório de Pessoas com Hanseníase, no IOC.

 

No Brasil, até a década de 1980, a lei federal nº 610 de 13 de janeiro de 1949 recomendava o isolamento compulsório dos pacientes com hanseníase, que eram então mantidos em colônias. A mesma lei ordenava a entrega dos bebês de pais com hanseníase à adoção, o que levou à separação de milhares de famílias. Esta situação perdurou até 1986, quando os antigos hospitais colônias foram transformados em hospitais gerais. “Os muros foram derrubados, os portões abertos, mas a luta pelo reencontro destas famílias ainda continua”, revelou Artur Custódio, coordenador nacional do Morhan.

Nascidas em hospitais-colônias, as irmãs Maria Teresa da Silva Santos Oliveira e Marisa Ferreira dos Santos – duas dos milhares de brasileiros que, quando crianças, foram separados de suas mães e entregues à adoção – foram as primeiras a assinar o termo de adesão ao programa, autorizando a coleta de amostras de saliva para o exame de DNA. Realizado pelo Morhan, um cadastro de filhos separados dos pais pelo isolamento compulsório em função da doença, hoje, soma 1200 indivíduos.

25/08/2011

 

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga. Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga.