Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) contribuíram com duas capacitações voltadas para o enfrentamento da malária e das leishmanioses no Brasil e na região das Américas.

Em outubro, especialistas do IOC ministraram palestras e participaram de debates no curso de formação de lideranças ‘Repensando a Malária: o Caminho para a Eliminação’, em Brasília. 

A capacitação foi organizada pela Coordenação de Eliminação da Malária, do Departamento de Doenças Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde (SVSA/MS).

Em setembro, profissionais do Instituto ministraram treinamento para entomologistas de cinco países das Américas no curso 'Vigilância, Identificação e Taxonomia em Flebótomos', realizado em Puerto Iguazú, na Argentina, na fronteira com o Brasil e o Paraguai.

O treinamento foi promovido pela Organização Pan-americana de Saúde (Opas) em parceria com IOC e Instituto Nacional de Medicina Tropical (INMeT) da Argentina. 

Malária

O curso ‘Repensando a Malária: o Caminho para a Eliminação’ teve como objetivo atualizar e capacitar 25 apoiadores municipais para a malária – profissionais contratados para atuar junto a prefeituras da Amazônia, contribuindo com a elaboração de estratégias e execução das ações contra a doença.

O pesquisador do Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários, Ricardo Lourenço de Oliveira, falou sobre a biologia e diversidade do Anopheles, mosquito transmissor da doença. 

O chefe substituto do Laboratório de Biologia, Controle e Vigilância de Insetos Vetores e vice-diretor de Ensino, Informação e Comunicação do IOC, Ademir Martins, abordou a resistência aos inseticidas, apontando desafios e alternativas.

O chefe do Laboratório de Biologia, Controle e Vigilância de Insetos Vetores, José Bento Lima, discutiu a vigilância entomológica e o controle vetorial em diferentes cenários de transmissão da doença.

Além de pesquisadores de diversas instituições de ensino e pesquisa, o curso contou com a presença de representantes da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) e Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

Leishmaniose

O curso 'Vigilância, Identificação e Taxonomia em Flebótomos' contou com a participação de pesquisadores do Laboratório Interdisciplinar de Vigilância Entomológica em Diptera e Hemiptera, que atua como referência regional em vigilância entomológica em leishmanioses junto a Opas.

Doze profissionais de entomologia – da Costa Rica, Honduras, Panamá, Paraguai e Peru – participaram da capacitação. Os entomologistas receberam treinamento prático para captura, processamento, identificação e classificação taxonômica de insetos flebotomíneos, vetores das leishmanioses. A capacitação também contou com parte teórica, ministrada em julho, em formato virtual. 

De acordo com a Opas, o objetivo da atividade foi melhorar as capacidades técnicas dos entomologistas envolvidos na vigilância da leishmaniose e padronizar procedimentos para o estudo dos vetores.