Portuguese English Spanish
Interface
Adjust the interface to make it easier to use for different conditions.
This renders the document in high contrast mode.
This renders the document as white on black
This can help those with trouble processing rapid screen movements.
This loads a font easier to read for people with dyslexia.

vw_cabecalho_novo

Busca Avançada
Você está aqui: Notícias » IOC e Prefeitura do Rio iniciam capacitação em educação ambiental

IOC e Prefeitura do Rio iniciam capacitação em educação ambiental

Curso de Qualificação Profissional em Educação Ambiental e Climática é destinado a agentes comunitários da capital fluminense. Aula inaugural destacou integração de pesquisa, governo e sociedade
Por Max Gomes01/11/2022 - Atualizado em 24/04/2023
Agentes de Educação Ambiental e de Reflorestamento ocuparam o auditório Emmanuel Dias do Pavilhão Arthur Neiva para o primeiro encontro do Curso. Foto: Ricardo Schmidt

Teve início na última quarta-feira, 26 de outubro, o Curso de Qualificação Profissional em Educação Ambiental e Climática para Agentes Ambientais do Rio de Janeiro. A formação é uma parceria entre o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e a Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Ambiente e Clima (SMAC) – antes batizada de Secretaria de Meio Ambiente da Cidade.

A iniciativa tem como objetivo capacitar agentes comunitários do Centro de Educação Ambiental do município para o desenvolvimento de ações acerca de temas da saúde pública, meio ambiente e emergências climáticas em áreas de vulnerabilidade social.

Realizada no campus Manguinhos-Maré da Fiocruz, a aula inaugural apresentou o cronograma do Curso e aproximou os agentes dos pesquisadores do Instituto e de representantes da Prefeitura.

Estiveram presente o Subsecretário de Ambiente e Clima, Lucas Wosgrau Padilha; o Gerente de Mudanças Climáticas, José Miguel Pacheco; o Subsecretário de Biodiversidade e Clima, Douglas Moraes; e a Gerente dos Núcleos de Educação Ambiental e Climática, Marcia Costa.

Do IOC, participaram as pesquisadoras Clelia Christina Mello Silva Almeida da Costa e Martha Macedo de Lima Barata, que coordenam a iniciativa; além dos vice-diretores da unidade, Elmo Eduardo de Almeida Amaral e Ademir Martins Junior.

Também participou do encontro Eduardo Varella Avilla, diretor executivo do projeto Revolusolar, que promove o desenvolvimento sustentável de comunidades de baixa renda no Rio de Janeiro através da energia solar.

O Curso de Qualificação Profissional é um dos desdobramentos do projeto “Ensino, Pesquisa e Extensão nos Núcleos de Educação Ambiental e Climática no Município do Rio de Janeiro”, convênio assinado em 28 de março entre o IOC e a Prefeitura do Rio, que contempla ainda o assessoramento da SMAC pelo IOC em análises de problemas ambientais associados ao clima e a realização de pesquisas sobre qualidade e educação ambiental em territórios selecionados.

Da teoria à prática

O encontro teve início com a entrega do primeiro relatório elaborado pelo convênio ao Subsecretário de Biodiversidade e Clima do RJ, Douglas Moraes. O documento reúne informações sobre meio ambiente e clima coletadas pelos agentes comunitários em suas respectivas regiões de atuação, avaliadas por pesquisadores do IOC.

“Estamos fazendo história ao apresentar a primeira meta cumprida desse convênio inédito no Rio de Janeiro enquanto, ao mesmo tempo, iniciamos a segunda etapa com a realização do Curso para os agentes”, afirmou Clelia Christina, pesquisadora do Laboratório de Avaliação e Promoção da Saúde Ambiental do Instituto.


Douglas Moraes (à esquerda) recebe o primeiro relatório pelas coordenadoras do Curso, Clelia Christina Costa (ao centro) e Martha Barata (à direita). Foto: Ricardo Schmidt

A coordenadora da iniciativa lembrou que, juntamente com a qualificação dos profissionais, o Curso prevê o desenvolvimento de atividades de extensão e a construção conjunta de materiais educativos sobre meio ambiente e clima que levem em consideração as características singulares dos locais de atuação dos agentes (que incluem o Complexo do Alemão, Vila Kennedy, Salgueiro e Rocinha).

A integração entre pesquisa acadêmica, apoio governamental e ações da sociedade civil foi levantada pela também coordenadora do Curso, Martha Barata. De acordo com a pesquisadora, essa relação é um ponto fundamental da sustentabilidade trabalhada como tema central na capacitação. 

“Iremos trabalhar com vocês o que conhecemos para que possam levar esses conhecimentos para os diferentes territórios e aplicá-los com as soluções práticas que vocês conhecem”, pontuou.

A união entre diferentes esferas foi realçada por Douglas Moraes, que participou da aula inaugural representando o Secretário Nilton Caldeira, da mesma pasta.

“Entendemos que não há melhoria nas questões climáticas sem a participação da sociedade civil e da academia nas ações do serviço público. Nós da SMAC somos indutores desse processo, que só acontece com a participação efetiva de todos”, afirmou o Subsecretário.

A interação entre os agentes comunitários e a Fiocruz e também foi tema da fala de Lucas Wosgrau Padilha. O Subsecretário de Ambiente e Clima do Rio mencionou a importância da Fundação no cenário nacional e mundial, além da responsabilidade social que a instituição carrega ao longo da sua história.

“A partir deste Curso, vamos ter a oportunidade de levar a ciência da Fiocruz para as comunidades e, também, a ciência das comunidades para a Fiocruz. E a Prefeitura do Rio acompanha esse compromisso”, garantiu.


Douglas Moraes (à esquerda) e Lucas Wosgrau Padilha (à direita) celebraram troca de conhecimentos entre a Fiocruz e os agentes comunitários. Foto: Ricardo Schmidt

Para o vice-diretor de Educação, Comunicação e Informação do IOC, Ademir Martins Junior, é importante que os agentes desfrutem do período que estiverem na Fiocruz e repassem os conhecimentos adquiridos adiante.

“Vocês são vistos como propagadores de informação de confiança e de qualidade. Aproveitam ao máximo essa oportunidade e se fortaleçam em termos de informação”, comentou o pesquisador.

A necessidade da educação ambiental foi acentuada pelo vice-diretor de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do IOC, Elmo Amaral. O pesquisador reconheceu que a sociedade tem avançado em questões ambientais e climáticas, mas que ainda há um longo trajeto pela frente.

“As mudanças climáticas são nítidas. A Organização Mundial da Saúde já apontou que essa situação ameaça nossa segurança alimentar, além de ser uma das maiores ameaças à saúde humana, favorecendo a disseminação de doenças transmitidas por alimentos, águas e vetores”, frisou.


Os vice-diretores do IOC, Ademir Martir Junior (à esquerda) e Elmo Amaral (à direita) dão as boas-vindas aos agentes. Foto: Ricardo Schmidt

José Miguel Pacheco, gerente de Mudanças Climáticas da SMAC, apontou o pioneirismo do convênio assinado entre a Prefeitura do Rio e o IOC e apresentou também algumas das ações da Secretaria para transformar a cidade em uma região mais sustentável e compromissada com as questões ambientais.

Entre elas, o marco legal das mudanças climáticas do Rio de Janeiro, que tem ações como a redução de gases de efeito estufa, o fórum de governança climática e o plano de desenvolvimento sustentável. 

“Quando começamos a olhar para o inventário de emissões de gases de efeito estufa e alguns outros dados, começamos a entender que temos mais soluções nas nossas mãos do que imaginávamos. E essas ações são muito simples: basta firmar uma parceria, um projeto, ou organizar um setor, para que benefícios em larga escala sejam oferecidos para a sociedade”, afirmou.

Para discorrer sobre projetos sustentáveis desenvolvidos no Rio de Janeiro, participou também o diretor executivo da associação sem fins lucrativos Revolusolar, Eduardo Varella Avilla. 

Apoiada pela Prefeitura do Rio, a organização não governamental utiliza a energia solar como forma de transformação social em comunidades de baixa renda da capital fluminense.

“A energia solar é a que mais gera empregos entre as fontes de energia, e empregos locais”, explicou Eduardo enquanto apresentava os benefícios causados pela instalação de painéis de energia solar em comunidades vulneráveis socialmente como Babilônia e Chapéu Mangueira.


Ações de sustentabilidade no Rio de Janeiro estiveram em foco nas palestras de José Miguel Pacheco (à esquerda) e Eduardo Varella Avilla (à direita). Foto: Ricardo Schmidt

A sessão de palestras foi encerrada com a Gerente dos Núcleos de Educação Ambiental e Climática do RJ, Marcia Costa, que apresentou mais detalhadamente o Programa Comunitário de Educação Ambiental e Ação Climática – que viabiliza as ações dos agentes ambientais. 
“É uma construção conjunta, realizada lado a lado. É um prazer trabalhar com todos esses quase 90 agentes que ficam espalhados por todo o Rio de Janeiro”, afirmou.

Marcia destacou a importância de ter profissionais que conheçam as necessidades dos territórios para que haja uma educação ambiental mais direcionada e consciente das questões locais. 

“Nas comunidades é preciso levar educação ambiental com um olhar diferenciado. Sabemos que as pessoas dessas regiões possuem outras urgências, além do meio ambiente: há casas sem saneamento básico, ou água potável; outras não tem o que comer. É muito complexo trabalhar educação ambiental nessas diferentes realidades”, destacou.


Márcia Costa ressaltou a importância de pensar em educação ambiental de acordo com a realidade de cada região. Foto: Ricardo Schmidt

O Curso

O Curso de Qualificação Profissional em Educação Ambiental e Climática para Agentes Ambientais do Rio de Janeiro acontece entre 26 de outubro e 30 de janeiro, no campus Manguinhos-Maré da Fiocruz. Em encontros semanais, agentes ambientais e de reflorestamento recebem orientações sobre temas em ambiente e clima.

Estão entre as disciplinas: noções de ecologia, desmatamento, aquecimento global, ilhas de calor, poluição atmosférica, saneamento ecológico, segurança alimentar e educação ambiental climática.

Dentro desse último, serão trabalhados conceitos, características, ações práticas, além de estratégias pedagógicas para implementação da educação ambiental e climática em diferentes territórios.

As aulas terão diferentes formatos: problematização, dialógicas, lúdicas, aulas de campo, entre outros.

No final do curso, os agentes comunitários serão certificados para desempenharem as atividades junto à população, orientando a sociedade sobre os impactos das mudanças climáticas e a importância de substituir hábitos prejudiciais ao meio ambiente.

Ao todo, 89 agentes ambientais da secretaria participam da capacitação.

Curso de Qualificação Profissional em Educação Ambiental e Climática é destinado a agentes comunitários da capital fluminense. Aula inaugural destacou integração de pesquisa, governo e sociedade
Por: 
max.gomes
Agentes de Educação Ambiental e de Reflorestamento ocuparam o auditório Emmanuel Dias do Pavilhão Arthur Neiva para o primeiro encontro do Curso. Foto: Ricardo Schmidt

Teve início na última quarta-feira, 26 de outubro, o Curso de Qualificação Profissional em Educação Ambiental e Climática para Agentes Ambientais do Rio de Janeiro. A formação é uma parceria entre o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e a Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Ambiente e Clima (SMAC) – antes batizada de Secretaria de Meio Ambiente da Cidade.

A iniciativa tem como objetivo capacitar agentes comunitários do Centro de Educação Ambiental do município para o desenvolvimento de ações acerca de temas da saúde pública, meio ambiente e emergências climáticas em áreas de vulnerabilidade social.

Realizada no campus Manguinhos-Maré da Fiocruz, a aula inaugural apresentou o cronograma do Curso e aproximou os agentes dos pesquisadores do Instituto e de representantes da Prefeitura.

Estiveram presente o Subsecretário de Ambiente e Clima, Lucas Wosgrau Padilha; o Gerente de Mudanças Climáticas, José Miguel Pacheco; o Subsecretário de Biodiversidade e Clima, Douglas Moraes; e a Gerente dos Núcleos de Educação Ambiental e Climática, Marcia Costa.

Do IOC, participaram as pesquisadoras Clelia Christina Mello Silva Almeida da Costa e Martha Macedo de Lima Barata, que coordenam a iniciativa; além dos vice-diretores da unidade, Elmo Eduardo de Almeida Amaral e Ademir Martins Junior.

Também participou do encontro Eduardo Varella Avilla, diretor executivo do projeto Revolusolar, que promove o desenvolvimento sustentável de comunidades de baixa renda no Rio de Janeiro através da energia solar.

O Curso de Qualificação Profissional é um dos desdobramentos do projeto “Ensino, Pesquisa e Extensão nos Núcleos de Educação Ambiental e Climática no Município do Rio de Janeiro”, convênio assinado em 28 de março entre o IOC e a Prefeitura do Rio, que contempla ainda o assessoramento da SMAC pelo IOC em análises de problemas ambientais associados ao clima e a realização de pesquisas sobre qualidade e educação ambiental em territórios selecionados.

Da teoria à prática

O encontro teve início com a entrega do primeiro relatório elaborado pelo convênio ao Subsecretário de Biodiversidade e Clima do RJ, Douglas Moraes. O documento reúne informações sobre meio ambiente e clima coletadas pelos agentes comunitários em suas respectivas regiões de atuação, avaliadas por pesquisadores do IOC.

“Estamos fazendo história ao apresentar a primeira meta cumprida desse convênio inédito no Rio de Janeiro enquanto, ao mesmo tempo, iniciamos a segunda etapa com a realização do Curso para os agentes”, afirmou Clelia Christina, pesquisadora do Laboratório de Avaliação e Promoção da Saúde Ambiental do Instituto.


Douglas Moraes (à esquerda) recebe o primeiro relatório pelas coordenadoras do Curso, Clelia Christina Costa (ao centro) e Martha Barata (à direita). Foto: Ricardo Schmidt

A coordenadora da iniciativa lembrou que, juntamente com a qualificação dos profissionais, o Curso prevê o desenvolvimento de atividades de extensão e a construção conjunta de materiais educativos sobre meio ambiente e clima que levem em consideração as características singulares dos locais de atuação dos agentes (que incluem o Complexo do Alemão, Vila Kennedy, Salgueiro e Rocinha).

A integração entre pesquisa acadêmica, apoio governamental e ações da sociedade civil foi levantada pela também coordenadora do Curso, Martha Barata. De acordo com a pesquisadora, essa relação é um ponto fundamental da sustentabilidade trabalhada como tema central na capacitação. 

“Iremos trabalhar com vocês o que conhecemos para que possam levar esses conhecimentos para os diferentes territórios e aplicá-los com as soluções práticas que vocês conhecem”, pontuou.

A união entre diferentes esferas foi realçada por Douglas Moraes, que participou da aula inaugural representando o Secretário Nilton Caldeira, da mesma pasta.

“Entendemos que não há melhoria nas questões climáticas sem a participação da sociedade civil e da academia nas ações do serviço público. Nós da SMAC somos indutores desse processo, que só acontece com a participação efetiva de todos”, afirmou o Subsecretário.

A interação entre os agentes comunitários e a Fiocruz e também foi tema da fala de Lucas Wosgrau Padilha. O Subsecretário de Ambiente e Clima do Rio mencionou a importância da Fundação no cenário nacional e mundial, além da responsabilidade social que a instituição carrega ao longo da sua história.

“A partir deste Curso, vamos ter a oportunidade de levar a ciência da Fiocruz para as comunidades e, também, a ciência das comunidades para a Fiocruz. E a Prefeitura do Rio acompanha esse compromisso”, garantiu.


Douglas Moraes (à esquerda) e Lucas Wosgrau Padilha (à direita) celebraram troca de conhecimentos entre a Fiocruz e os agentes comunitários. Foto: Ricardo Schmidt

Para o vice-diretor de Educação, Comunicação e Informação do IOC, Ademir Martins Junior, é importante que os agentes desfrutem do período que estiverem na Fiocruz e repassem os conhecimentos adquiridos adiante.

“Vocês são vistos como propagadores de informação de confiança e de qualidade. Aproveitam ao máximo essa oportunidade e se fortaleçam em termos de informação”, comentou o pesquisador.

A necessidade da educação ambiental foi acentuada pelo vice-diretor de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do IOC, Elmo Amaral. O pesquisador reconheceu que a sociedade tem avançado em questões ambientais e climáticas, mas que ainda há um longo trajeto pela frente.

“As mudanças climáticas são nítidas. A Organização Mundial da Saúde já apontou que essa situação ameaça nossa segurança alimentar, além de ser uma das maiores ameaças à saúde humana, favorecendo a disseminação de doenças transmitidas por alimentos, águas e vetores”, frisou.


Os vice-diretores do IOC, Ademir Martir Junior (à esquerda) e Elmo Amaral (à direita) dão as boas-vindas aos agentes. Foto: Ricardo Schmidt

José Miguel Pacheco, gerente de Mudanças Climáticas da SMAC, apontou o pioneirismo do convênio assinado entre a Prefeitura do Rio e o IOC e apresentou também algumas das ações da Secretaria para transformar a cidade em uma região mais sustentável e compromissada com as questões ambientais.

Entre elas, o marco legal das mudanças climáticas do Rio de Janeiro, que tem ações como a redução de gases de efeito estufa, o fórum de governança climática e o plano de desenvolvimento sustentável. 

“Quando começamos a olhar para o inventário de emissões de gases de efeito estufa e alguns outros dados, começamos a entender que temos mais soluções nas nossas mãos do que imaginávamos. E essas ações são muito simples: basta firmar uma parceria, um projeto, ou organizar um setor, para que benefícios em larga escala sejam oferecidos para a sociedade”, afirmou.

Para discorrer sobre projetos sustentáveis desenvolvidos no Rio de Janeiro, participou também o diretor executivo da associação sem fins lucrativos Revolusolar, Eduardo Varella Avilla. 

Apoiada pela Prefeitura do Rio, a organização não governamental utiliza a energia solar como forma de transformação social em comunidades de baixa renda da capital fluminense.

“A energia solar é a que mais gera empregos entre as fontes de energia, e empregos locais”, explicou Eduardo enquanto apresentava os benefícios causados pela instalação de painéis de energia solar em comunidades vulneráveis socialmente como Babilônia e Chapéu Mangueira.


Ações de sustentabilidade no Rio de Janeiro estiveram em foco nas palestras de José Miguel Pacheco (à esquerda) e Eduardo Varella Avilla (à direita). Foto: Ricardo Schmidt

A sessão de palestras foi encerrada com a Gerente dos Núcleos de Educação Ambiental e Climática do RJ, Marcia Costa, que apresentou mais detalhadamente o Programa Comunitário de Educação Ambiental e Ação Climática – que viabiliza as ações dos agentes ambientais. 
“É uma construção conjunta, realizada lado a lado. É um prazer trabalhar com todos esses quase 90 agentes que ficam espalhados por todo o Rio de Janeiro”, afirmou.

Marcia destacou a importância de ter profissionais que conheçam as necessidades dos territórios para que haja uma educação ambiental mais direcionada e consciente das questões locais. 

“Nas comunidades é preciso levar educação ambiental com um olhar diferenciado. Sabemos que as pessoas dessas regiões possuem outras urgências, além do meio ambiente: há casas sem saneamento básico, ou água potável; outras não tem o que comer. É muito complexo trabalhar educação ambiental nessas diferentes realidades”, destacou.


Márcia Costa ressaltou a importância de pensar em educação ambiental de acordo com a realidade de cada região. Foto: Ricardo Schmidt

O Curso

O Curso de Qualificação Profissional em Educação Ambiental e Climática para Agentes Ambientais do Rio de Janeiro acontece entre 26 de outubro e 30 de janeiro, no campus Manguinhos-Maré da Fiocruz. Em encontros semanais, agentes ambientais e de reflorestamento recebem orientações sobre temas em ambiente e clima.

Estão entre as disciplinas: noções de ecologia, desmatamento, aquecimento global, ilhas de calor, poluição atmosférica, saneamento ecológico, segurança alimentar e educação ambiental climática.

Dentro desse último, serão trabalhados conceitos, características, ações práticas, além de estratégias pedagógicas para implementação da educação ambiental e climática em diferentes territórios.

As aulas terão diferentes formatos: problematização, dialógicas, lúdicas, aulas de campo, entre outros.

No final do curso, os agentes comunitários serão certificados para desempenharem as atividades junto à população, orientando a sociedade sobre os impactos das mudanças climáticas e a importância de substituir hábitos prejudiciais ao meio ambiente.

Ao todo, 89 agentes ambientais da secretaria participam da capacitação.

Edição: 
Vinicius Ferreira

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)