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Japão doa tomógrafo computadorizado para o IOC

Comitiva liderada pelo consulado japonês esteve no Laboratório de Inflamação do Instituto, onde o novo equipamento está alocado. Aparelho otimizará pesquisas na Fiocruz em análises fisiológicas de pequenos animais
Por Max Gomes13/05/2022 - Atualizado em 18/07/2022

Na última quinta-feira, 12 de maio, representantes do Japão visitaram instalações do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) onde recentemente foi alocado um moderno aparelho de tomografia computadorizada doado pelo país asiático. Sob responsabilidade do Laboratório de Inflamação do IOC, a plataforma com sistema Quantum GX2 está sendo usado pela primeira vez na América Latina e contribuirá em análises fisiológicas de pequenos animais realizadas pelas diferentes unidades da Fundação Oswaldo Cruz e de instituições colaboradoras.

“Este equipamento trará um grande diferencial para o nosso Instituto e para a Fiocruz. Ele estará disponível no formato de plataforma multiusuário, que é muito importante no tempo atual da ciência em que a cooperação é um mote”, declarou a diretora do IOC, Tania Araujo-Jorge, durante a Cerimônia de Doação de Equipamentos, realizada no auditório do Centro Administrativo Vinicius Fonseca de Bio-Manguinhos, no campus da Fiocruz em Manguinhos, no Rio de Janeiro.

Da direita para esquerda: Tania Araujo-Jorge, diretora do IOC; Masayuki Eguchi, representante chefe da JICA no Brasil; Marina Madeira, diretora adjunta da Agência Brasileira de Cooperação (Ministério das Reações Exteriores); Nísia Trindade, presidente da Fiocruz; Teiji Hayashi, embaixador do Japão no Brasil; Akira Homma, assessor científico sênior de Bio-Manguinhos; Antônio Barbosa, coordenador de Tecnologias e Projetos de Transferência de Tecnologia de Bio-Manguinhos. Foto: Gutemberg Brito (IOC/Fiocruz)

Tania reforçou o caráter colaborativo do IOC e a disposição do Instituto para firmar acordos de cooperação. “Temos interesse de consolidar parcerias com as diversas instituições japonesas que encantam os nossos pesquisadores com o seu potencial. Estamos disponíveis para visitas e interações nos campos que são do nosso escopo de trabalho, como doenças infecciosas, doenças crônicas degenerativas, ambiente e saúde, educação e promoção da saúde, e biologia celular e molecular básica, que nos confere um grau de excelência, junto com a biologia parasitária”, pontuou.

A doação faz parte do projeto de cooperação entre o governo japonês e o Brasil, fomentado pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA, na sigla em inglês). O processo seletivo contou com a submissão de um projeto analisado por pesquisadores de instituições japonesas. Outra unidade da Fiocruz beneficiada pelo acordo foi o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), que possui um antigo histórico antigo de parceria com a JICA.

Participaram da visita representantes da JICA no Brasil e da Agência Brasileira de Cooperação. Do IOC, além da diretora do Instituto, estavam presentes Elmo Eduardo de Almeida Amaral, vice-diretor de Pesquisas, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Marco Aurélio Martins, chefe do Laboratório de Inflamação do IOC, e Vinicius Frias Carvalho e Patrícia Machado Rodrigues e Silva Martins, pesquisadores do mesmo Laboratório.

A comitiva liderada pelo consulado japonês esteve também nos laboratórios de Bio-Manguinhos onde estão alocados outros equipamentos doados pela iniciativa.

Fiocruz e JICA reforçam parceria de décadas. Foto: Gutemberg Brito (IOC/Fiocruz)

 

Potencializadora de pesquisas

Com aproximadamente um metro e meio de altura e um metro de largura, a plataforma Quantum GX2 é um moderno tomógrafo computadorizado que otimiza análises fisiológicas de pequenos animais. Entre as suas principais características, estão a velocidade e a alta resolução de imagem em processos que dispensam o sacrifício de animais em estudos.

“A chegada dessa tecnologia nos dá essa grande vantagem de conduzir análises sem a necessidade de fazer cortes histológicos na avaliação de tecidos e células para o diagnóstico de doenças. Como a nova plataforma trabalha de modo não invasivo, produzindo imagens com auxílio de raio-x de dosagem baixa, podemos seguir trabalhando com o mesmo animal, reduzindo o número de cobaias por estudos”, explicou Marco Aurélio.

A possibilidade de produzir imagens em três dimensões (3D) também foi destacada como um diferencial pelo chefe do Laboratório de Inflamação. “Na área do sistema respiratório, que é a nossa especialidade, esse é um recurso muito diferenciado para avançar em estudos de câncer e de processos fibróticos e enfisematosos. No entanto, essa plataforma também pode ser usada para avaliar doenças metabólicas, analisar tecidos musculares, angiogênese, densidade óssea, entre outros áreas”, salientou.

Marco Aurélio Martins, à direita, e Vinicius Frias Carvalho, à esquerda, apresentaram plataforma Quantum GX2 para a comitiva. Foto: Gutemberg Brito (IOC/Fiocruz)

O ineditismo da tecnologia na Fiocruz foi lembrado por Vinicius Frias de Carvalho, chefe substituto do Laboratório. “A reconstrução dos órgãos em 3D possibilita uma análise muito mais profunda e completa. Por isso, temos a certeza de que possuir um equipamento desse porte para a realização de bioimagens é um incremento muito grande para o parque tecnológico da Fundação”, declarou o pesquisador.

Vinicius reiterou ainda que, devido à complexidade do aparelho, será necessário um treinamento específico para manusear a plataforma. “Como parte da parceria com a JICA, a empresa responsável pela tecnologia enviará pesquisadores especializados para capacitar os profissionais que serão designados como responsáveis técnicos. Assim, poderão desempenhar as demandas que iremos receber dos diferentes laboratórios”, afirmou.

Para Marco Aurélio, a instalação do equipamento é um passo significativo para futuras cooperações. “Ficamos muito animados que essa antiga cooperação entre JICA e Fiocruz, por meio de Bio-Manguinhos, foi estendida também para o IOC. É uma parceria que tem sido bastante produtiva e faremos de tudo para que continue sendo cada vez mais importante. Desejamos que a plataforma seja um exemplo de inclusão e que muitos investigadores, dentro e fora da Fiocruz, possam se beneficiar dessa tecnologia”, concluiu.

Comitiva liderada pelo consulado japonês esteve no Laboratório de Inflamação do Instituto, onde o novo equipamento está alocado. Aparelho otimizará pesquisas na Fiocruz em análises fisiológicas de pequenos animais
Por: 
max.gomes

Na última quinta-feira, 12 de maio, representantes do Japão visitaram instalações do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) onde recentemente foi alocado um moderno aparelho de tomografia computadorizada doado pelo país asiático. Sob responsabilidade do Laboratório de Inflamação do IOC, a plataforma com sistema Quantum GX2 está sendo usado pela primeira vez na América Latina e contribuirá em análises fisiológicas de pequenos animais realizadas pelas diferentes unidades da Fundação Oswaldo Cruz e de instituições colaboradoras.

“Este equipamento trará um grande diferencial para o nosso Instituto e para a Fiocruz. Ele estará disponível no formato de plataforma multiusuário, que é muito importante no tempo atual da ciência em que a cooperação é um mote”, declarou a diretora do IOC, Tania Araujo-Jorge, durante a Cerimônia de Doação de Equipamentos, realizada no auditório do Centro Administrativo Vinicius Fonseca de Bio-Manguinhos, no campus da Fiocruz em Manguinhos, no Rio de Janeiro.

Da direita para esquerda: Tania Araujo-Jorge, diretora do IOC; Masayuki Eguchi, representante chefe da JICA no Brasil; Marina Madeira, diretora adjunta da Agência Brasileira de Cooperação (Ministério das Reações Exteriores); Nísia Trindade, presidente da Fiocruz; Teiji Hayashi, embaixador do Japão no Brasil; Akira Homma, assessor científico sênior de Bio-Manguinhos; Antônio Barbosa, coordenador de Tecnologias e Projetos de Transferência de Tecnologia de Bio-Manguinhos. Foto: Gutemberg Brito (IOC/Fiocruz)

Tania reforçou o caráter colaborativo do IOC e a disposição do Instituto para firmar acordos de cooperação. “Temos interesse de consolidar parcerias com as diversas instituições japonesas que encantam os nossos pesquisadores com o seu potencial. Estamos disponíveis para visitas e interações nos campos que são do nosso escopo de trabalho, como doenças infecciosas, doenças crônicas degenerativas, ambiente e saúde, educação e promoção da saúde, e biologia celular e molecular básica, que nos confere um grau de excelência, junto com a biologia parasitária”, pontuou.

A doação faz parte do projeto de cooperação entre o governo japonês e o Brasil, fomentado pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA, na sigla em inglês). O processo seletivo contou com a submissão de um projeto analisado por pesquisadores de instituições japonesas. Outra unidade da Fiocruz beneficiada pelo acordo foi o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), que possui um antigo histórico antigo de parceria com a JICA.

Participaram da visita representantes da JICA no Brasil e da Agência Brasileira de Cooperação. Do IOC, além da diretora do Instituto, estavam presentes Elmo Eduardo de Almeida Amaral, vice-diretor de Pesquisas, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Marco Aurélio Martins, chefe do Laboratório de Inflamação do IOC, e Vinicius Frias Carvalho e Patrícia Machado Rodrigues e Silva Martins, pesquisadores do mesmo Laboratório.

A comitiva liderada pelo consulado japonês esteve também nos laboratórios de Bio-Manguinhos onde estão alocados outros equipamentos doados pela iniciativa.

Fiocruz e JICA reforçam parceria de décadas. Foto: Gutemberg Brito (IOC/Fiocruz)

 

Potencializadora de pesquisas

Com aproximadamente um metro e meio de altura e um metro de largura, a plataforma Quantum GX2 é um moderno tomógrafo computadorizado que otimiza análises fisiológicas de pequenos animais. Entre as suas principais características, estão a velocidade e a alta resolução de imagem em processos que dispensam o sacrifício de animais em estudos.

“A chegada dessa tecnologia nos dá essa grande vantagem de conduzir análises sem a necessidade de fazer cortes histológicos na avaliação de tecidos e células para o diagnóstico de doenças. Como a nova plataforma trabalha de modo não invasivo, produzindo imagens com auxílio de raio-x de dosagem baixa, podemos seguir trabalhando com o mesmo animal, reduzindo o número de cobaias por estudos”, explicou Marco Aurélio.

A possibilidade de produzir imagens em três dimensões (3D) também foi destacada como um diferencial pelo chefe do Laboratório de Inflamação. “Na área do sistema respiratório, que é a nossa especialidade, esse é um recurso muito diferenciado para avançar em estudos de câncer e de processos fibróticos e enfisematosos. No entanto, essa plataforma também pode ser usada para avaliar doenças metabólicas, analisar tecidos musculares, angiogênese, densidade óssea, entre outros áreas”, salientou.

Marco Aurélio Martins, à direita, e Vinicius Frias Carvalho, à esquerda, apresentaram plataforma Quantum GX2 para a comitiva. Foto: Gutemberg Brito (IOC/Fiocruz)

O ineditismo da tecnologia na Fiocruz foi lembrado por Vinicius Frias de Carvalho, chefe substituto do Laboratório. “A reconstrução dos órgãos em 3D possibilita uma análise muito mais profunda e completa. Por isso, temos a certeza de que possuir um equipamento desse porte para a realização de bioimagens é um incremento muito grande para o parque tecnológico da Fundação”, declarou o pesquisador.

Vinicius reiterou ainda que, devido à complexidade do aparelho, será necessário um treinamento específico para manusear a plataforma. “Como parte da parceria com a JICA, a empresa responsável pela tecnologia enviará pesquisadores especializados para capacitar os profissionais que serão designados como responsáveis técnicos. Assim, poderão desempenhar as demandas que iremos receber dos diferentes laboratórios”, afirmou.

Para Marco Aurélio, a instalação do equipamento é um passo significativo para futuras cooperações. “Ficamos muito animados que essa antiga cooperação entre JICA e Fiocruz, por meio de Bio-Manguinhos, foi estendida também para o IOC. É uma parceria que tem sido bastante produtiva e faremos de tudo para que continue sendo cada vez mais importante. Desejamos que a plataforma seja um exemplo de inclusão e que muitos investigadores, dentro e fora da Fiocruz, possam se beneficiar dessa tecnologia”, concluiu.

Edição: 
Raquel Aguiar

Permitido a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)