Teve início no dia 11 de maio e segue até o dia 14, das 9h30 às 17h, a Jornada de Iniciação Científica do Instituto Oswaldo Cruz. Dividida em duas modalidades, estão programadas 32 apresentações de pôsteres e 117 comunicações orais.
Gutemberg Brito
Bolsista Fernanda Guimarães apresenta seu trabalho
Teve início no dia 11 de maio e segue até o dia 14, das 9h30 às 17h, a Jornada de Iniciação Científica do Instituto Oswaldo Cruz. Dividida em duas modalidades, estão programadas 32 apresentações de pôsteres e 117 comunicações orais.
Gutemberg Brito
Bolsista Fernanda Guimarães apresenta seu trabalho
Na manhã da segunda-feira, foi realizada a abertura oficial do evento com uma mesa composta pela vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fundação Oswaldo Cruz, Claude Pirmez, o vice-diretor de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do IOC, Christian Niel, e as coordenadoras do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica da Fiocruz, Maria Serpa, e do IOC, Patrícia Machado Rodrigues e Silva Martins.
Representando o presidente da Fundação, Paulo Gadelha, Claude destacou que hoje o país precisa de pessoas que desejem aprofundar seus conhecimentos e que o Pibic é um programa importante para a atração de estudantes para esta meta. “A Fiocruz está sempre de portas abertas para os que desejam estudar mais”.
Patrícia Martins declarou que a Jornada é importante para “despertar e incentivar vocações para a área cientifica” e que a troca de experiências e os múltiplos temas abordados favorecem e oferecem aos participantes uma visão ampla da ciência.
Segundo ela, a cada ano o IOC vem presenciando um aumento tanto quantitativo como qualitativo da jornada. “A jornada é a finalização de um processo, que começa com a pesquisa na bancada, a realização do relatório e divulgação dos resultados.”
Após a abertura oficial, os presentes assistiram à palestra “Formação científica de ontem e de hoje: um depoimento”, com José Rodrigues Coura, pesquisador titular e chefe do Laboratório de Doenças Parasitárias do IOC.
O pesquisador, que já recebeu o Prêmio da Ordem Nacional do Mérito Cientifico e é professor honoris causa das universidades federais da Paraíba, Ceará e Piauí, enalteceu que “a formação cientifica se inicia na infância pela observação, estrutura-se na juventude pelo aprendizado e consolida-se durante a vida pela experiência”.
Coura disse aos estudantes que, neste caminho, é importante se ter humildade. Segundo ele, a formação científica é algumas vezes acometidas por duas doenças. “Não podemos entrar ignorantes e nem sairmos vaidosos, porque nós estamos sempre aprendendo na vida. Eu aprendo muito com os meus alunos.”
Debatendo a relação aluno-orientador, ele defendeu que os bons orientadores devem fazer mais perguntas do que dar respostas e, citando o pensador francês Turgot, Coura defendeu que o orientador deve também ser um bom exemplo. Não adianta apenas falarmos, o orientador também deve ensinar por suas ações e decisões, frisou.
Outro aspecto citado por Coura, é a importância do ser humano para a ciência. “Não adianta haver laboratórios fantásticos se por trás deles não há homens que pensam”, defendeu ele, emendando com um pensamento de Jules Henri Poincaré, matemático e físico francês falecido em 1912: "Faz-se ciência com os fatos, como se faz uma casa com pedras; mas uma acumulação de fatos não é ciência, assim como um monte de pedras não é uma casa."
Mais informações sobre Jornada podem ser conseguidas com a Comissão de Estágios do IOC pelo email estagios@ioc.fiocruz.br
12/05/09
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Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)