Nascida no Rio de Janeiro, em 1894, Bertha Lutz se formou em ciências naturais em umas das universidades mais prestigiosas do mundo: a Sorbonne, em Paris. De volta ao Brasil, aceitou ser contratada como tradutora no Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) para acompanhar as pesquisas do pai, o microbiologista Adolfo Lutz.
Em 1919, quando os concursos públicos ainda eram proibidos para mulheres, ela obteve uma autorização especial para disputar uma vaga no Museu Nacional. Conquistou o primeiro lugar na seleção, foi secretária e depois, cientista da instituição, onde realizou importantes pesquisas em botânica e descreveu mais de 80 espécies de anfÃbios.
A trajetória de Bertha Lutz – que também foi uma das lideranças do movimento feminista no Brasil – faz parte do livro ‘Histórias para inspirar futuras cientistas’. Voltada para adolescentes, a publicação apresenta as biografias de 13 pesquisadoras da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Foto: ReproduçãoPublicado em formato digital aberto na plataforma Porto Livre e no repositório Arca, o livro teve lançamento virtual no dia 7 de outubro, durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. A obra é escrita pela jornalista Juliana Krapp e pela bióloga Mel Bonfim, ambas do Instituto de Comunicação e Informação CientÃfica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), e conta com ilustrações de Flávia Borges.
Entre as homenageadas na publicação, estão as pesquisadoras do IOC Euzenir Sarno e Miriam Tendler, duas médicas que dedicaram suas carreiras ao enfrentamento de doenças negligenciadas – infecções que atingem principalmente pessoas pobres e podem agravar a situação de pobreza.
Nascida em Salvador, em 1938, Euzenir é uma das maiores especialistas em hansenÃase. Autora de pesquisas que buscam aprimorar o diagnóstico e o tratamento da infecção, ela também liderou um ambulatório reconhecido como o mais importante do paÃs no atendimento de pacientes com a doença.
Já a carioca Miriam, que nasceu em 1949, está à frente da equipe de cientistas que desenvolveu a primeira vacina do mundo contra a esquistossomose. Fruto de pesquisas realizadas desde os anos 1970, o imunizante está em fase de testes clÃnicos e pode ajudar a proteger milhões de pessoas que vivem em risco de contrair a infecção.
O livro ‘Histórias para inspirar futuras cientistas’ é resultado de uma parceria entre o Icict e a Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz. A iniciativa contou com recursos do projeto Fiocruz 120 anos e teve consultoria da Editora Rebuliço.
Nascida no Rio de Janeiro, em 1894, Bertha Lutz se formou em ciências naturais em umas das universidades mais prestigiosas do mundo: a Sorbonne, em Paris. De volta ao Brasil, aceitou ser contratada como tradutora no Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) para acompanhar as pesquisas do pai, o microbiologista Adolfo Lutz.Â
Em 1919, quando os concursos públicos ainda eram proibidos para mulheres, ela obteve uma autorização especial para disputar uma vaga no Museu Nacional. Conquistou o primeiro lugar na seleção, foi secretária e depois, cientista da instituição, onde realizou importantes pesquisas em botânica e descreveu mais de 80 espécies de anfÃbios.
A trajetória de Bertha Lutz – que também foi uma das lideranças do movimento feminista no Brasil – faz parte do livro ‘Histórias para inspirar futuras cientistas’. Voltada para adolescentes, a publicação apresenta as biografias de 13 pesquisadoras da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Foto: ReproduçãoPublicado em formato digital aberto na plataforma Porto Livre e no repositório Arca, o livro teve lançamento virtual no dia 7 de outubro, durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. A obra é escrita pela jornalista Juliana Krapp e pela bióloga Mel Bonfim, ambas do Instituto de Comunicação e Informação CientÃfica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), e conta com ilustrações de Flávia Borges.
Entre as homenageadas na publicação, estão as pesquisadoras do IOC Euzenir Sarno e Miriam Tendler, duas médicas que dedicaram suas carreiras ao enfrentamento de doenças negligenciadas – infecções que atingem principalmente pessoas pobres e podem agravar a situação de pobreza.Â
Nascida em Salvador, em 1938, Euzenir é uma das maiores especialistas em hansenÃase. Autora de pesquisas que buscam aprimorar o diagnóstico e o tratamento da infecção, ela também liderou um ambulatório reconhecido como o mais importante do paÃs no atendimento de pacientes com a doença.
Já a carioca Miriam, que nasceu em 1949, está à frente da equipe de cientistas que desenvolveu a primeira vacina do mundo contra a esquistossomose. Fruto de pesquisas realizadas desde os anos 1970, o imunizante está em fase de testes clÃnicos e pode ajudar a proteger milhões de pessoas que vivem em risco de contrair a infecção.
O livro ‘Histórias para inspirar futuras cientistas’ é resultado de uma parceria entre o Icict e a Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz. A iniciativa contou com recursos do projeto Fiocruz 120 anos e teve consultoria da Editora Rebuliço.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)