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Livro destaca importância da vacinação contra a coqueluche

Estudos sobre estratégias de imunização, controle da doença e epidemiologia microbiana fazem parte de publicação que conta com a participação de pesquisadores do IOC
Por Lucas Rocha17/10/2019 - Atualizado em 17/10/2019

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda, como prioridade contínua dos programas de imunização em todo o mundo, que pelo menos 90% dos bebês sejam vacinados com três doses da vacina contra a coqueluche. No entanto, recente relatório divulgado pela OMS e pelo UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) apontou queda na cobertura vacinal do agravo.

A vacinação é a principal estratégia para a redução dos riscos de agravamento da doença. Complicações em decorrência da infecção são mais comuns em crianças menores de seis meses, podendo levar à morte. A doença causada pela bactéria Bordetella pertussis é altamente contagiosa e pode ser transmitida de pessoa para pessoa principalmente através de gotículas produzidas pela tosse ou espirro. O agravo pode comprometer o aparelho respiratório, incluindo traqueia e brônquios.

O impacto da vacinação na redução de óbitos e casos graves é um dos destaques do livro ‘Coqueluche – Doença, Controle e Desafios’ (tradução livre do original ‘Pertussis – Disease, Control and Challenges’). A publicação reúne diferentes abordagens sobre estratégias de vacinação, epidemiologia microbiana e controle da doença. Os capítulos produzidos por renomados especialistas brasileiros e estrangeiros apresentam resultados de diversos estudos na área.

O capítulo ‘Propriedades preventivas e protetoras de vacinas contra a coqueluche: atual situação e desafios para o futuro’ conta com a autoria dos pesquisadores Flávio Rocha da Silva, do Laboratório de Bioquímica Experimental de Fármacos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Salvatore Giovanni De Simone e David William Provance, ambos do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz).

Os especialistas alertam que o controle da coqueluche requer um imunizante de proteção duradoura e a interrupção da transmissão da doença. Eles destacam, ainda, a importância do investimento nos programas de vigilância para determinar as taxas de infecções sintomáticas e assintomáticas e a análise da diversidade genética das cepas de B. pertussis em circulação para melhorias nos métodos de prevenção aos impactos da infecção. O material está disponível para consulta online.

Antes das vacinas se tornarem amplamente disponíveis na década de 1950, a coqueluche era uma das ‘doenças da infância’ mais comuns em todo o mundo. A introdução de programas de vacinação infantil eficazes foi associada a um declínio acentuado no número de casos e mortes de crianças. A vacina contra coqueluche, combinada com difteria e tétano, faz parte do Programa Ampliado de Imunização da OMS desde sua criação em 1974. Segundo estimativas da OMS, cerca de 80% das crianças em todo o mundo receberam a vacina ao final dos anos 1980. No entanto, os pesquisadores apontam que o número de casos e óbitos associados à coqueluche tem aumentado em vários países desenvolvidos, o que reflete uma deficiência nas atuais estratégias de vacinação.

Calendário de vacinação
Dois tipos diferentes de imunizantes fornecem proteção eficaz contra a doença: a vacina celular, que utiliza células inteiras da bactéria B. pertussis, e a acelular, composta de partes purificadas do microrganismo. No Brasil, são utilizados os dois tipos de vacina, para diferentes grupos específicos.

O Ministério da Saúde preconiza a imunização de crianças com três doses da vacina pentavalente, que previne difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e meningite e infecções por Haemophilus influenzae tipo b. As vacinas, do tipo celular, devem ser aplicadas aos dois, quatro e seis meses de idade. Os reforços devem ser feitos com a vacina tríplice bacteriana (difteria, tétano e coqueluche – DTP), aos 15 meses e aos quatro anos de idade.

O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza a vacina tríplice bacteriana acelular (dTpa) para gestantes e profissionais de saúde que atuam em maternidades e em unidades de internação neonatal, atendendo recém-nascidos e crianças menores de um ano. Mais informações estão disponíveis no Calendário Nacional de Vacinação.

Estudos sobre estratégias de imunização, controle da doença e epidemiologia microbiana fazem parte de publicação que conta com a participação de pesquisadores do IOC
Por: 
lucas

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda, como prioridade contínua dos programas de imunização em todo o mundo, que pelo menos 90% dos bebês sejam vacinados com três doses da vacina contra a coqueluche. No entanto, recente relatório divulgado pela OMS e pelo UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) apontou queda na cobertura vacinal do agravo.

A vacinação é a principal estratégia para a redução dos riscos de agravamento da doença. Complicações em decorrência da infecção são mais comuns em crianças menores de seis meses, podendo levar à morte. A doença causada pela bactéria Bordetella pertussis é altamente contagiosa e pode ser transmitida de pessoa para pessoa principalmente através de gotículas produzidas pela tosse ou espirro. O agravo pode comprometer o aparelho respiratório, incluindo traqueia e brônquios.

O impacto da vacinação na redução de óbitos e casos graves é um dos destaques do livro ‘Coqueluche – Doença, Controle e Desafios’ (tradução livre do original ‘Pertussis – Disease, Control and Challenges’). A publicação reúne diferentes abordagens sobre estratégias de vacinação, epidemiologia microbiana e controle da doença. Os capítulos produzidos por renomados especialistas brasileiros e estrangeiros apresentam resultados de diversos estudos na área.

O capítulo ‘Propriedades preventivas e protetoras de vacinas contra a coqueluche: atual situação e desafios para o futuro’ conta com a autoria dos pesquisadores Flávio Rocha da Silva, do Laboratório de Bioquímica Experimental de Fármacos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Salvatore Giovanni De Simone e David William Provance, ambos do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz).

Os especialistas alertam que o controle da coqueluche requer um imunizante de proteção duradoura e a interrupção da transmissão da doença. Eles destacam, ainda, a importância do investimento nos programas de vigilância para determinar as taxas de infecções sintomáticas e assintomáticas e a análise da diversidade genética das cepas de B. pertussis em circulação para melhorias nos métodos de prevenção aos impactos da infecção. O material está disponível para consulta online.

Antes das vacinas se tornarem amplamente disponíveis na década de 1950, a coqueluche era uma das ‘doenças da infância’ mais comuns em todo o mundo. A introdução de programas de vacinação infantil eficazes foi associada a um declínio acentuado no número de casos e mortes de crianças. A vacina contra coqueluche, combinada com difteria e tétano, faz parte do Programa Ampliado de Imunização da OMS desde sua criação em 1974. Segundo estimativas da OMS, cerca de 80% das crianças em todo o mundo receberam a vacina ao final dos anos 1980. No entanto, os pesquisadores apontam que o número de casos e óbitos associados à coqueluche tem aumentado em vários países desenvolvidos, o que reflete uma deficiência nas atuais estratégias de vacinação.

Calendário de vacinação
Dois tipos diferentes de imunizantes fornecem proteção eficaz contra a doença: a vacina celular, que utiliza células inteiras da bactéria B. pertussis, e a acelular, composta de partes purificadas do microrganismo. No Brasil, são utilizados os dois tipos de vacina, para diferentes grupos específicos.

O Ministério da Saúde preconiza a imunização de crianças com três doses da vacina pentavalente, que previne difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e meningite e infecções por Haemophilus influenzae tipo b. As vacinas, do tipo celular, devem ser aplicadas aos dois, quatro e seis meses de idade. Os reforços devem ser feitos com a vacina tríplice bacteriana (difteria, tétano e coqueluche – DTP), aos 15 meses e aos quatro anos de idade.

O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza a vacina tríplice bacteriana acelular (dTpa) para gestantes e profissionais de saúde que atuam em maternidades e em unidades de internação neonatal, atendendo recém-nascidos e crianças menores de um ano. Mais informações estão disponíveis no Calendário Nacional de Vacinação.

Edição: 
Vinicius Ferreira

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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