Portuguese English Spanish
Interface
Adjust the interface to make it easier to use for different conditions.
This renders the document in high contrast mode.
This renders the document as white on black
This can help those with trouble processing rapid screen movements.
This loads a font easier to read for people with dyslexia.
Busca Avançada
Você está aqui: Notícias » Manuais orientam coleta de vetores da febre amarela e malária

Manuais orientam coleta de vetores da febre amarela e malária

Publicações desenvolvidas na Pós-graduação em Vigilância e Controle de Vetores estão disponíveis para download gratuito
Por Maíra Menezes08/11/2023 - Atualizado em 28/12/2023
Manuais reúnem orientações para coleta de formas imaturas e adultas de mosquitos silvestres transmissores de febre amarela e malária

O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) lançou dois manuais que podem ajudar serviços de vigilância do país a implantar e aprimorar o monitoramento de vetores da febre amarela e malária.

Com os títulos ‘Procedimento Operacional Entomológico: febre amarela’ e ‘Procedimento Operacional Entomológico: malária’, as publicações reúnem orientações para a coleta de formas imaturas e adultas dos mosquitos transmissores desses agravos.

Os procedimentos são produtos da pesquisa desenvolvida por Claulimara Lopes Moreira no mestrado profissional do Programa de Pós-graduação em Vigilância e Controle de Vetores do IOC, com orientação de Nildimar Honório, pesquisadora do Laboratório das Interações Vírus Hospedeiros do Instituto. Ambas são coordenadoras e autoras das publicações. 

Disponíveis para download gratuito, os manuais estão alinhados com as abordagens preconizadas pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). 

Durante o evento de lançamento, realizado em 30/10, pesquisadores, gestores e agentes de combate às endemias do município de Macaé destacaram a importância das publicações para as atividades de vigilância entomológica.

No lançamento, autoras salientaram relevância da cooperação entre academia e serviço para a produção dos manuais. Foto: Gutemberg Brito

Agente de combate às endemias da Coordenadoria Especial de Vigilância Ambiental em Saúde de Macaé (Cevas/Macaé), Claulimara lembrou que o projeto foi pensado após o surto de febre amarela de 2017, que revelou lacunas nos materiais disponíveis para orientar a coleta dos mosquitos silvestres.

“Quando ocorreram as primeiras mortes de macacos em Macaé, fomos atrás de materiais de apoio para realizar a vigilância dos vetores. Parecia que as publicações falavam para quem já trabalhava com o tema. Esse projeto foi elaborado a partir das dificuldades da nossa experiência”, contou a bióloga.

“Ao redigir os manuais, pensamos nos profissionais que vão iniciar a vigilância. Detalhamos os métodos, com pequenas dicas que não são encontradas em artigos científicos. Nos manuais também foram apresentadas armadilhas de baixo custo e fáceis de montar, para que, de fato, os procedimentos possam ser inseridos nos serviços de vigilância”, completou.

A entomologista e coordenadora do Nosmove, Nildimar Honório, ressaltou a relevância das parcerias e o compromisso com a saúde pública na produção dos manuais.

“Com profissionais bem formados, instrumentos adequados e inovação alinhada ao que o Ministério da Saúde e Opas preconizam, poderemos fortalecer a vigilância entomológica e reduzir o impacto de doenças como febre amarela e malária que acometem a população. De fato, pesquisadores e agentes de endemias têm como foco comum trabalhar em prol da vida”, afirmou.

Pesquisadores, gestores e agentes de combate às endemias prestigiram o lançamento das publicações. Foto: Gutemberg Brito

Profissionais da Secretaria Municipal de Saúde e agentes de combate às endemias de Macaé contribuíram com as publicações, participando das atividades de campo, na aplicação e teste dos procedimentos indicados, e compartilhando experiências práticas. 

A elaboração dos manuais contou com equipe técnica composta por profissionais do IOC, do Núcleo Operacional Sentinela de Mosquitos Vetores da Fundação Oswaldo Cruz (Nosmove/Fiocruz), da Cevas/Macaé e da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). 

Denise Valle, Monique de Albuquerque Motta e Teresa Fernandes Silva do Nascimento, entomologistas do IOC, realizaram a revisão técnica.

Além de Claulimara e Nildimar, participaram da mesa de lançamento: o vice-diretor de Ensino, Informação e Comunicação do IOC, Ademir Martins; a coordenadora do Programa de Pós-graduação em Vigilância e Controle de Vetores, Daniele de Castro; a titular da Gerência de Doenças Transmitidas por Vetores e Zoonoses da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), Cristina Giordano Dias, e o gestor da Cevas/Macaé, Luan Campos.

“Esses manuais representam o objetivo do Programa de Vigilância e Controle de Vetores, que é formar profissionais com capacidade inovadora e crítica na área, gerando produtos que possam ser utilizados na prática”, declarou Daniele.

“A Pós-graduação em Vigilância e Controle de Vetores mostra como a integração entre pesquisa e serviço é importante para a produção do conhecimento e para levar até a ponta aquilo que é produzido na academia e, assim, gerar saúde”, acrescentou Ademir.

“Esse é um produto muito importante, que teve cuidado de usar linguagem e conhecimentos das equipes que atuam em campo”, reforçou Cristina, que também é docente da Pós-graduação em Vigilância e Controle de Vetores.

“Enquanto gestor, posso dizer que vamos utilizar esses manuais no município de Macaé e fazer o possível para que as informações cheguem aos agentes na ponta”, disse Luan.

Cada manual é dividido em nove capítulos, abordando características das doenças e dos vetores, principais métodos e armadilhas para coleta dos mosquitos, com detalhamento de procedimentos, materiais necessários e recomendações para as atividades de campo, além de bibliografia e documentos anexos, como fichas que podem ser utilizadas nos registros de dados.

O projeto contou com financiamento da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj) e apoio da prefeitura de Macaé, do Nosmove e do Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Nupem/UFRJ).

Publicações desenvolvidas na Pós-graduação em Vigilância e Controle de Vetores estão disponíveis para download gratuito
Por: 
maira
Manuais reúnem orientações para coleta de formas imaturas e adultas de mosquitos silvestres transmissores de febre amarela e malária

O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) lançou dois manuais que podem ajudar serviços de vigilância do país a implantar e aprimorar o monitoramento de vetores da febre amarela e malária.

Com os títulos ‘Procedimento Operacional Entomológico: febre amarela’ e ‘Procedimento Operacional Entomológico: malária’, as publicações reúnem orientações para a coleta de formas imaturas e adultas dos mosquitos transmissores desses agravos.

Os procedimentos são produtos da pesquisa desenvolvida por Claulimara Lopes Moreira no mestrado profissional do Programa de Pós-graduação em Vigilância e Controle de Vetores do IOC, com orientação de Nildimar Honório, pesquisadora do Laboratório das Interações Vírus Hospedeiros do Instituto. Ambas são coordenadoras e autoras das publicações. 

Disponíveis para download gratuito, os manuais estão alinhados com as abordagens preconizadas pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). 

Durante o evento de lançamento, realizado em 30/10, pesquisadores, gestores e agentes de combate às endemias do município de Macaé destacaram a importância das publicações para as atividades de vigilância entomológica.

No lançamento, autoras salientaram relevância da cooperação entre academia e serviço para a produção dos manuais. Foto: Gutemberg Brito

Agente de combate às endemias da Coordenadoria Especial de Vigilância Ambiental em Saúde de Macaé (Cevas/Macaé), Claulimara lembrou que o projeto foi pensado após o surto de febre amarela de 2017, que revelou lacunas nos materiais disponíveis para orientar a coleta dos mosquitos silvestres.

“Quando ocorreram as primeiras mortes de macacos em Macaé, fomos atrás de materiais de apoio para realizar a vigilância dos vetores. Parecia que as publicações falavam para quem já trabalhava com o tema. Esse projeto foi elaborado a partir das dificuldades da nossa experiência”, contou a bióloga.

“Ao redigir os manuais, pensamos nos profissionais que vão iniciar a vigilância. Detalhamos os métodos, com pequenas dicas que não são encontradas em artigos científicos. Nos manuais também foram apresentadas armadilhas de baixo custo e fáceis de montar, para que, de fato, os procedimentos possam ser inseridos nos serviços de vigilância”, completou.

A entomologista e coordenadora do Nosmove, Nildimar Honório, ressaltou a relevância das parcerias e o compromisso com a saúde pública na produção dos manuais.

“Com profissionais bem formados, instrumentos adequados e inovação alinhada ao que o Ministério da Saúde e Opas preconizam, poderemos fortalecer a vigilância entomológica e reduzir o impacto de doenças como febre amarela e malária que acometem a população. De fato, pesquisadores e agentes de endemias têm como foco comum trabalhar em prol da vida”, afirmou.

Pesquisadores, gestores e agentes de combate às endemias prestigiram o lançamento das publicações. Foto: Gutemberg Brito

Profissionais da Secretaria Municipal de Saúde e agentes de combate às endemias de Macaé contribuíram com as publicações, participando das atividades de campo, na aplicação e teste dos procedimentos indicados, e compartilhando experiências práticas. 

A elaboração dos manuais contou com equipe técnica composta por profissionais do IOC, do Núcleo Operacional Sentinela de Mosquitos Vetores da Fundação Oswaldo Cruz (Nosmove/Fiocruz), da Cevas/Macaé e da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). 

Denise Valle, Monique de Albuquerque Motta e Teresa Fernandes Silva do Nascimento, entomologistas do IOC, realizaram a revisão técnica.

Além de Claulimara e Nildimar, participaram da mesa de lançamento: o vice-diretor de Ensino, Informação e Comunicação do IOC, Ademir Martins; a coordenadora do Programa de Pós-graduação em Vigilância e Controle de Vetores, Daniele de Castro; a titular da Gerência de Doenças Transmitidas por Vetores e Zoonoses da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), Cristina Giordano Dias, e o gestor da Cevas/Macaé, Luan Campos.

“Esses manuais representam o objetivo do Programa de Vigilância e Controle de Vetores, que é formar profissionais com capacidade inovadora e crítica na área, gerando produtos que possam ser utilizados na prática”, declarou Daniele.

“A Pós-graduação em Vigilância e Controle de Vetores mostra como a integração entre pesquisa e serviço é importante para a produção do conhecimento e para levar até a ponta aquilo que é produzido na academia e, assim, gerar saúde”, acrescentou Ademir.

“Esse é um produto muito importante, que teve cuidado de usar linguagem e conhecimentos das equipes que atuam em campo”, reforçou Cristina, que também é docente da Pós-graduação em Vigilância e Controle de Vetores.

“Enquanto gestor, posso dizer que vamos utilizar esses manuais no município de Macaé e fazer o possível para que as informações cheguem aos agentes na ponta”, disse Luan.

Cada manual é dividido em nove capítulos, abordando características das doenças e dos vetores, principais métodos e armadilhas para coleta dos mosquitos, com detalhamento de procedimentos, materiais necessários e recomendações para as atividades de campo, além de bibliografia e documentos anexos, como fichas que podem ser utilizadas nos registros de dados.

O projeto contou com financiamento da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj) e apoio da prefeitura de Macaé, do Nosmove e do Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Nupem/UFRJ).

Edição: 
Vinicius Ferreira

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)