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In Memoriam: presenças para além da Covid-19 

Projeto do IOC reconhece e preserva a memória de vidas perdidas para a pandemia 
Por Kadu Cayres02/10/2025 - Atualizado em 02/10/2025

O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) lançou, durante o segundo ato do ‘Simpósio IOC Jubileu 125 anos’, realizado em agosto, o projeto ‘In Memoriam – Presenças para além da Covid-19’, iniciativa voltada para preservar a memória de profissionais e estudantes que foram vítimas fatais da Covid-19.  

A proposta busca reconhecer e eternizar a contribuição dessas pessoas para a história e missão do Instituto, reforçando a importância de cada vida perdida durante a pandemia.

A cerimônia inaugural aconteceu no Pavilhão Leônidas Deane, com a instalação da primeira placa homenageando a cientista Juliana de Meis, que atuava no Laboratório de Pesquisas sobre o Timo, e o técnico Délcio Freitas da Silva, que dedicou boa parte da vida profissional ao IOC. 

“Juliana entrou no Laboratório quase criança, começando pelo estágio de iniciação científica em 1993. Além da contribuição científica incansável, trouxe sorriso e luz para todos”, declarou o pesquisador do Laboratório de Pesquisa sobre o Timo e ex-diretor do IOC, Wilson Savino. 


O imunologista Wilson Savino e outros representantes da comunidade científica do IOC participaram da inauguração da placa em homenagem a Juliana de Meis e Délcio Freitas da Silva. Foto: Rudson Amorim.

Além das placas em homenagem a Juliana e Délcio, mais quatro foram instaladas para celebrar as contribuições de José Eudes Nunes de Lima (Pav. Arthur Neiva), Cristiano Bhering (Pav. 108), Marciano Viana Paes (Pav. Cardoso Fontes); Taiza Andrade Braga Hartuique e Renato Carvalho de Andrade (Pav. Carlos Chagas).

Lucca Lima, filho de José Eudes, agradeceu a homenagem proferida ao pai, que, segundo ele, sempre foi um fã incondicional da Fiocruz. 

“Tive a oportunidade de vê-lo feliz aqui na Fiocruz, que abre portas e caminhos para as pessoas. Essa homenagem é muito linda”, completou. 


Ao centro, Micaela, Lucca e Tereza, familiares de Eudes, juntamente a membros da Diretoria do IOC. Foto: Rudson Amorim

Graduado em Pedagogia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Pós-graduado em Neurociência Pedagógica pela Universidade Cândido Mendes (UCAM), José era discente na Pós-graduação Lato sensu em Ciência, Arte e Cultura na Saúde do IOC. 

Sobre Cristiano Bhering, os colegas afirmaram que ele, além de excelente profissional, era um amigo verdadeiro e generoso, sempre disposto a tirar sorrisos com seu jeito brincalhão, que transformava os dias de trabalho em momentos mais leves e alegres. 

“Parceiro incansável, o Cristiano era alguém com quem os colegas podiam confiar para compartilhar responsabilidades, buscar soluções e construí-las juntos. Guardamos com carinho as memórias de nossa amizade, risadas e do exemplo que ele deixou. Cristiano permanece vivo na lembrança de cada vida que tocou”, declarou Gilmara Muniz, coordenadora do Departamento de Suporte e Infraestrutura Laboratorial, local onde Bhering atuou por mais de uma década.  


Placa em homenagem a Cristiano Bhering de Sousa, profissional do Departamento de Suporte e Infraestrutura aos Laboratórios falecido em 2022. Foto: Rudson Amorim

Durante a homenagem a Marciano Viana Paes, pesquisador do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas Médicas, os colegas presentes ressaltaram o lado gentil, incentivador e comprometido do cientista, que está entre os principais autores de mais de 30 artigos científicos sobre arbovírus. 

“Desde a iniciação científica, passando pelo mestrado, e agora o doutorado, eu fui orientanda dele. O Marciano sempre foi um amigo e orientador presente, paciente, incentivador e preocupado com seus alunos. Digo, sem receio: eu não poderia ter tido um orientador melhor. É difícil mensurar a falta que ele faz”, declara Natália Salomão, bolsista do Laboratório onde o pesquisador atuava.  

No descerramento da placa colocada no Pavilhão Carlos Chagas, em homenagem à Taiza Hartuique e a Renato Andrade, a emoção também tomou conta de colegas e familiares.  

“Taiza era sinônimo de alegria contagiante, risadas sinceras, conversas animadas e a certeza de um ambiente acolhedor quando estava por perto. Ela tinha muito orgulho de trabalhar na Fiocruz”, falou Taiane Hartuique, irmã da jovem cientista.  


Amigos e parentes se emocionam durante inauguração da placa de Taiane Hartuique. Foto: Rudson Amorim

“Renato sempre foi uma pessoa de presença notável em qualquer lugar que chegasse.  Sinto saudades das histórias que ele contava na copa na hora do café e arrancava gargalhadas sinceras de quem ouvia. Esse era o Renato”, destacou Rogerio Teotônio, apoio predial do Pavilhão Carlos Chagas e amigo de longa data.  

Segundo Tania Araujo-Jorge, diretora do IOC, o projeto In Memoriam pretende ampliar, ao longo do tempo, as homenagens a outros membros da comunidade acadêmica e científica que faleceram em decorrência da doença, promovendo momentos de lembrança e valorização de suas trajetórias. 

“A iniciativa reforça o compromisso do Instituto com a memória, a solidariedade e o respeito àqueles que contribuíram para a ciência, saúde e a vida da sociedade, direta ou indiretamente”, disse. 

Projeto do IOC reconhece e preserva a memória de vidas perdidas para a pandemia 
Por: 
kadu

O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) lançou, durante o segundo ato do ‘Simpósio IOC Jubileu 125 anos’, realizado em agosto, o projeto ‘In Memoriam – Presenças para além da Covid-19’, iniciativa voltada para preservar a memória de profissionais e estudantes que foram vítimas fatais da Covid-19.  

A proposta busca reconhecer e eternizar a contribuição dessas pessoas para a história e missão do Instituto, reforçando a importância de cada vida perdida durante a pandemia.

A cerimônia inaugural aconteceu no Pavilhão Leônidas Deane, com a instalação da primeira placa homenageando a cientista Juliana de Meis, que atuava no Laboratório de Pesquisas sobre o Timo, e o técnico Délcio Freitas da Silva, que dedicou boa parte da vida profissional ao IOC. 

“Juliana entrou no Laboratório quase criança, começando pelo estágio de iniciação científica em 1993. Além da contribuição científica incansável, trouxe sorriso e luz para todos”, declarou o pesquisador do Laboratório de Pesquisa sobre o Timo e ex-diretor do IOC, Wilson Savino. 


O imunologista Wilson Savino e outros representantes da comunidade científica do IOC participaram da inauguração da placa em homenagem a Juliana de Meis e Délcio Freitas da Silva. Foto: Rudson Amorim.

Além das placas em homenagem a Juliana e Délcio, mais quatro foram instaladas para celebrar as contribuições de José Eudes Nunes de Lima (Pav. Arthur Neiva), Cristiano Bhering (Pav. 108), Marciano Viana Paes (Pav. Cardoso Fontes); Taiza Andrade Braga Hartuique e Renato Carvalho de Andrade (Pav. Carlos Chagas).

Lucca Lima, filho de José Eudes, agradeceu a homenagem proferida ao pai, que, segundo ele, sempre foi um fã incondicional da Fiocruz. 

“Tive a oportunidade de vê-lo feliz aqui na Fiocruz, que abre portas e caminhos para as pessoas. Essa homenagem é muito linda”, completou. 


Ao centro, Micaela, Lucca e Tereza, familiares de Eudes, juntamente a membros da Diretoria do IOC. Foto: Rudson Amorim

Graduado em Pedagogia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Pós-graduado em Neurociência Pedagógica pela Universidade Cândido Mendes (UCAM), José era discente na Pós-graduação Lato sensu em Ciência, Arte e Cultura na Saúde do IOC. 

Sobre Cristiano Bhering, os colegas afirmaram que ele, além de excelente profissional, era um amigo verdadeiro e generoso, sempre disposto a tirar sorrisos com seu jeito brincalhão, que transformava os dias de trabalho em momentos mais leves e alegres. 

“Parceiro incansável, o Cristiano era alguém com quem os colegas podiam confiar para compartilhar responsabilidades, buscar soluções e construí-las juntos. Guardamos com carinho as memórias de nossa amizade, risadas e do exemplo que ele deixou. Cristiano permanece vivo na lembrança de cada vida que tocou”, declarou Gilmara Muniz, coordenadora do Departamento de Suporte e Infraestrutura Laboratorial, local onde Bhering atuou por mais de uma década.  


Placa em homenagem a Cristiano Bhering de Sousa, profissional do Departamento de Suporte e Infraestrutura aos Laboratórios falecido em 2022. Foto: Rudson Amorim

Durante a homenagem a Marciano Viana Paes, pesquisador do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas Médicas, os colegas presentes ressaltaram o lado gentil, incentivador e comprometido do cientista, que está entre os principais autores de mais de 30 artigos científicos sobre arbovírus. 

“Desde a iniciação científica, passando pelo mestrado, e agora o doutorado, eu fui orientanda dele. O Marciano sempre foi um amigo e orientador presente, paciente, incentivador e preocupado com seus alunos. Digo, sem receio: eu não poderia ter tido um orientador melhor. É difícil mensurar a falta que ele faz”, declara Natália Salomão, bolsista do Laboratório onde o pesquisador atuava.  

No descerramento da placa colocada no Pavilhão Carlos Chagas, em homenagem à Taiza Hartuique e a Renato Andrade, a emoção também tomou conta de colegas e familiares.  

“Taiza era sinônimo de alegria contagiante, risadas sinceras, conversas animadas e a certeza de um ambiente acolhedor quando estava por perto. Ela tinha muito orgulho de trabalhar na Fiocruz”, falou Taiane Hartuique, irmã da jovem cientista.  


Amigos e parentes se emocionam durante inauguração da placa de Taiane Hartuique. Foto: Rudson Amorim

“Renato sempre foi uma pessoa de presença notável em qualquer lugar que chegasse.  Sinto saudades das histórias que ele contava na copa na hora do café e arrancava gargalhadas sinceras de quem ouvia. Esse era o Renato”, destacou Rogerio Teotônio, apoio predial do Pavilhão Carlos Chagas e amigo de longa data.  

Segundo Tania Araujo-Jorge, diretora do IOC, o projeto In Memoriam pretende ampliar, ao longo do tempo, as homenagens a outros membros da comunidade acadêmica e científica que faleceram em decorrência da doença, promovendo momentos de lembrança e valorização de suas trajetórias. 

“A iniciativa reforça o compromisso do Instituto com a memória, a solidariedade e o respeito àqueles que contribuíram para a ciência, saúde e a vida da sociedade, direta ou indiretamente”, disse. 

Edição: 
Vinicius Ferreira

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)