"O que a memória ama, fica eterno. Te amo com a memória, imperecível."
Com uma citação da poetisa Adélia Prado, a coordenadora do Departamento de Jornalismo e Comunicação (DEJOR) do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Raquel Aguiar, deu início à segunda edição do projeto ‘Somos Manguinhos’.
O homenageado foi ninguém menos que o cientista Carlos Chagas, um dos ícones da ciência brasileira.
A sessão, integrada ao Centro de Estudos do IOC e realizada em parceria com a Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), encerrou as comemorações dos 124 anos do Instituto, cuja programação iniciou no dia 22 de maio. Confira a cobertura.
Ricardo Lourenço, pesquisador aposentado do IOC e anfitrião do projeto ‘Somos Manguinhos’. Foto: Gutemberg Brito“Carlos Chagas, na minha visão, tinha uma característica multidisciplinar que contribuiu muito para a ciência brasileira e mundial. Com 30 anos de idade ele fez descobertas incríveis, que chamaram a atenção para as mazelas dos sertões do país. Eu o considero um exemplo a ser seguido pelos jovens cientistas”, declarou Ricardo Lourenço, pesquisador aposentado do IOC e anfitrião do projeto ‘Somos Manguinhos’, antes de chamar Simone Kropf, pesquisadora da COC, para falar sobre a vida e as contribuições do patrono de uma das linhas de estudos mais peculiares, produtivas e tradicionais do IOC. Em 2024, são comemorados os 145 anos de nascimento do cientista e os 115 anos da descoberta que eternizou seu nome.
“Quando comecei a pesquisar sobre a história da doença de Chagas, ficou logo claro que a ‘tripla descoberta’ (enfermidade, o causador e o transmissor) era, de modo indissociável, também uma questão para a sociedade e a nação brasileira naquele momento histórico, de uma jovem república que se modernizava e que via na ciência um instrumento decisivo deste projeto”, comentou Kropf no início da palestra.
Simone falou sobre a vida e as contribuições científicas de Carlos Chagas. Foto: Gutemberg BritoSimone destacou, ainda, como a trajetória da doença e seu reconhecimento como fato médico e problema de saúde pública são casos exemplares das relações entre ciência e sociedade.
“Conforme Carlos Chagas desenvolvia seus conhecimentos científicos sobre a nova enfermidade, ele também destacava a importância da ciência na revelação e denúncia dos problemas de saúde nos sertões brasileiros. Chagas via na ciência não apenas um meio de entender e tratar doenças, mas também um instrumento essencial para promover melhorias à qualidade de vida das populações mais vulneráveis do país”, contou.
(Esq p/ dir) Tania, Martha, Teresa, Cláudio, Nazaré, Maria da Glória e Magali. Foto: Gutemberg BritoCom a dinâmica de púlpito aberto, a sessão proporcionou ao público presente a possibilidade de expressar suas percepções em relação ao cientista. A diretora Tania Araujo-Jorge (IOC); os pesquisadores do Instituto, Martha Mutis, Teresa Fernandes, Claudio Tadeu Daniel-Ribeiro e Nazaré Soeiro; além de Maria da Glória Chagas Antici, neta de Carlos Chagas, e Magali Romero Sá (COC); foram alguns dos depoimentos realizados.
Idealizado pelo Departamento de Jornalismo e Comunicação (DEJOT/IOC), o ‘Somos Manguinhos’ visa compartilhar a memória de pessoas, grupos, espaços e estruturas do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
A primeira sessão, realizada em novembro de 2023, homenageou a trajetória e o legado do pesquisador Sylvio Celso Gonçalves da Costa, que atuou por mais de 50 anos no Instituto e faleceu há cerca de um ano.
"O que a memória ama, fica eterno. Te amo com a memória, imperecível."
Com uma citação da poetisa Adélia Prado, a coordenadora do Departamento de Jornalismo e Comunicação (DEJOR) do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Raquel Aguiar, deu início à segunda edição do projeto ‘Somos Manguinhos’.
O homenageado foi ninguém menos que o cientista Carlos Chagas, um dos ícones da ciência brasileira.
A sessão, integrada ao Centro de Estudos do IOC e realizada em parceria com a Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), encerrou as comemorações dos 124 anos do Instituto, cuja programação iniciou no dia 22 de maio. Confira a cobertura.
Ricardo Lourenço, pesquisador aposentado do IOC e anfitrião do projeto ‘Somos Manguinhos’. Foto: Gutemberg Brito“Carlos Chagas, na minha visão, tinha uma característica multidisciplinar que contribuiu muito para a ciência brasileira e mundial. Com 30 anos de idade ele fez descobertas incríveis, que chamaram a atenção para as mazelas dos sertões do país. Eu o considero um exemplo a ser seguido pelos jovens cientistas”, declarou Ricardo Lourenço, pesquisador aposentado do IOC e anfitrião do projeto ‘Somos Manguinhos’, antes de chamar Simone Kropf, pesquisadora da COC, para falar sobre a vida e as contribuições do patrono de uma das linhas de estudos mais peculiares, produtivas e tradicionais do IOC. Em 2024, são comemorados os 145 anos de nascimento do cientista e os 115 anos da descoberta que eternizou seu nome.
“Quando comecei a pesquisar sobre a história da doença de Chagas, ficou logo claro que a ‘tripla descoberta’ (enfermidade, o causador e o transmissor) era, de modo indissociável, também uma questão para a sociedade e a nação brasileira naquele momento histórico, de uma jovem república que se modernizava e que via na ciência um instrumento decisivo deste projeto”, comentou Kropf no início da palestra.
Simone falou sobre a vida e as contribuições científicas de Carlos Chagas. Foto: Gutemberg BritoSimone destacou, ainda, como a trajetória da doença e seu reconhecimento como fato médico e problema de saúde pública são casos exemplares das relações entre ciência e sociedade.
“Conforme Carlos Chagas desenvolvia seus conhecimentos científicos sobre a nova enfermidade, ele também destacava a importância da ciência na revelação e denúncia dos problemas de saúde nos sertões brasileiros. Chagas via na ciência não apenas um meio de entender e tratar doenças, mas também um instrumento essencial para promover melhorias à qualidade de vida das populações mais vulneráveis do país”, contou.
(Esq p/ dir) Tania, Martha, Teresa, Cláudio, Nazaré, Maria da Glória e Magali. Foto: Gutemberg BritoCom a dinâmica de púlpito aberto, a sessão proporcionou ao público presente a possibilidade de expressar suas percepções em relação ao cientista. A diretora Tania Araujo-Jorge (IOC); os pesquisadores do Instituto, Martha Mutis, Teresa Fernandes, Claudio Tadeu Daniel-Ribeiro e Nazaré Soeiro; além de Maria da Glória Chagas Antici, neta de Carlos Chagas, e Magali Romero Sá (COC); foram alguns dos depoimentos realizados.
Idealizado pelo Departamento de Jornalismo e Comunicação (DEJOT/IOC), o ‘Somos Manguinhos’ visa compartilhar a memória de pessoas, grupos, espaços e estruturas do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
A primeira sessão, realizada em novembro de 2023, homenageou a trajetória e o legado do pesquisador Sylvio Celso Gonçalves da Costa, que atuou por mais de 50 anos no Instituto e faleceu há cerca de um ano.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)