Portuguese English Spanish
Interface
Adjust the interface to make it easier to use for different conditions.
This renders the document in high contrast mode.
This renders the document as white on black
This can help those with trouble processing rapid screen movements.
This loads a font easier to read for people with dyslexia.
Busca Avançada
Você está aqui: Notícias » “O que a memória ama, fica eterno”

“O que a memória ama, fica eterno”

Encerrando a programação comemorativa dos 124 anos do IOC, segunda edição do ‘Somos Manguinhos’ homenageou o cientista Carlos Chagas
Por Kadu Cayres28/05/2024 - Atualizado em 01/07/2024
 
 

"O que a memória ama, fica eterno. Te amo com a memória, imperecível."

Com uma citação da poetisa Adélia Prado, a coordenadora do Departamento de Jornalismo e Comunicação (DEJOR) do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Raquel Aguiar, deu início à segunda edição do projeto ‘Somos Manguinhos’.

O homenageado foi ninguém menos que o cientista Carlos Chagas, um dos ícones da ciência brasileira.

A sessão, integrada ao Centro de Estudos do IOC e realizada em parceria com a Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), encerrou as comemorações dos 124 anos do Instituto, cuja programação iniciou no dia 22 de maio. Confira a cobertura

Ricardo Lourenço, pesquisador aposentado do IOC e anfitrião do projeto ‘Somos Manguinhos’. Foto: Gutemberg Brito

“Carlos Chagas, na minha visão, tinha uma característica multidisciplinar que contribuiu muito para a ciência brasileira e mundial. Com 30 anos de idade ele fez descobertas incríveis, que chamaram a atenção para as mazelas dos sertões do país. Eu o considero um exemplo a ser seguido pelos jovens cientistas”, declarou Ricardo Lourenço, pesquisador aposentado do IOC e anfitrião do projeto ‘Somos Manguinhos’, antes de chamar Simone Kropf, pesquisadora da COC, para falar sobre a vida e as contribuições do patrono de uma das linhas de estudos mais peculiares, produtivas e tradicionais do IOC. Em 2024, são comemorados os 145 anos de nascimento do cientista e os 115 anos da descoberta que eternizou seu nome.  

“Quando comecei a pesquisar sobre a história da doença de Chagas, ficou logo claro que a ‘tripla descoberta’ (enfermidade, o causador e o transmissor) era, de modo indissociável, também uma questão para a sociedade e a nação brasileira naquele momento histórico, de uma jovem república que se modernizava e que via na ciência um instrumento decisivo deste projeto”, comentou Kropf no início da palestra.

Simone falou sobre a vida e as contribuições científicas de Carlos Chagas. Foto: Gutemberg Brito

Simone destacou, ainda, como a trajetória da doença e seu reconhecimento como fato médico e problema de saúde pública são casos exemplares das relações entre ciência e sociedade.

“Conforme Carlos Chagas desenvolvia seus conhecimentos científicos sobre a nova enfermidade, ele também destacava a importância da ciência na revelação e denúncia dos problemas de saúde nos sertões brasileiros. Chagas via na ciência não apenas um meio de entender e tratar doenças, mas também um instrumento essencial para promover melhorias à qualidade de vida das populações mais vulneráveis do país”, contou.

(Esq p/ dir) Tania, Martha, Teresa, Cláudio, Nazaré, Maria da Glória e Magali. Foto: Gutemberg Brito

Com a dinâmica de púlpito aberto, a sessão proporcionou ao público presente a possibilidade de expressar suas percepções em relação ao cientista. A diretora Tania Araujo-Jorge (IOC); os pesquisadores do Instituto, Martha Mutis, Teresa Fernandes, Claudio Tadeu Daniel-Ribeiro e Nazaré Soeiro; além de Maria da Glória Chagas Antici, neta de Carlos Chagas, e Magali Romero Sá (COC); foram alguns dos depoimentos realizados. 

Projeto ‘Somos Manguinhos’

Idealizado pelo Departamento de Jornalismo e Comunicação (DEJOT/IOC), o ‘Somos Manguinhos’ visa compartilhar a memória de pessoas, grupos, espaços e estruturas do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). 

A primeira sessão, realizada em novembro de 2023, homenageou a trajetória e o legado do pesquisador Sylvio Celso Gonçalves da Costa, que atuou por mais de 50 anos no Instituto e faleceu há cerca de um ano.  
 

Encerrando a programação comemorativa dos 124 anos do IOC, segunda edição do ‘Somos Manguinhos’ homenageou o cientista Carlos Chagas
Por: 
kadu
 
 

"O que a memória ama, fica eterno. Te amo com a memória, imperecível."

Com uma citação da poetisa Adélia Prado, a coordenadora do Departamento de Jornalismo e Comunicação (DEJOR) do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Raquel Aguiar, deu início à segunda edição do projeto ‘Somos Manguinhos’.

O homenageado foi ninguém menos que o cientista Carlos Chagas, um dos ícones da ciência brasileira.

A sessão, integrada ao Centro de Estudos do IOC e realizada em parceria com a Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), encerrou as comemorações dos 124 anos do Instituto, cuja programação iniciou no dia 22 de maio. Confira a cobertura

Ricardo Lourenço, pesquisador aposentado do IOC e anfitrião do projeto ‘Somos Manguinhos’. Foto: Gutemberg Brito

“Carlos Chagas, na minha visão, tinha uma característica multidisciplinar que contribuiu muito para a ciência brasileira e mundial. Com 30 anos de idade ele fez descobertas incríveis, que chamaram a atenção para as mazelas dos sertões do país. Eu o considero um exemplo a ser seguido pelos jovens cientistas”, declarou Ricardo Lourenço, pesquisador aposentado do IOC e anfitrião do projeto ‘Somos Manguinhos’, antes de chamar Simone Kropf, pesquisadora da COC, para falar sobre a vida e as contribuições do patrono de uma das linhas de estudos mais peculiares, produtivas e tradicionais do IOC. Em 2024, são comemorados os 145 anos de nascimento do cientista e os 115 anos da descoberta que eternizou seu nome.  

“Quando comecei a pesquisar sobre a história da doença de Chagas, ficou logo claro que a ‘tripla descoberta’ (enfermidade, o causador e o transmissor) era, de modo indissociável, também uma questão para a sociedade e a nação brasileira naquele momento histórico, de uma jovem república que se modernizava e que via na ciência um instrumento decisivo deste projeto”, comentou Kropf no início da palestra.

Simone falou sobre a vida e as contribuições científicas de Carlos Chagas. Foto: Gutemberg Brito

Simone destacou, ainda, como a trajetória da doença e seu reconhecimento como fato médico e problema de saúde pública são casos exemplares das relações entre ciência e sociedade.

“Conforme Carlos Chagas desenvolvia seus conhecimentos científicos sobre a nova enfermidade, ele também destacava a importância da ciência na revelação e denúncia dos problemas de saúde nos sertões brasileiros. Chagas via na ciência não apenas um meio de entender e tratar doenças, mas também um instrumento essencial para promover melhorias à qualidade de vida das populações mais vulneráveis do país”, contou.

(Esq p/ dir) Tania, Martha, Teresa, Cláudio, Nazaré, Maria da Glória e Magali. Foto: Gutemberg Brito

Com a dinâmica de púlpito aberto, a sessão proporcionou ao público presente a possibilidade de expressar suas percepções em relação ao cientista. A diretora Tania Araujo-Jorge (IOC); os pesquisadores do Instituto, Martha Mutis, Teresa Fernandes, Claudio Tadeu Daniel-Ribeiro e Nazaré Soeiro; além de Maria da Glória Chagas Antici, neta de Carlos Chagas, e Magali Romero Sá (COC); foram alguns dos depoimentos realizados. 

Projeto ‘Somos Manguinhos’

Idealizado pelo Departamento de Jornalismo e Comunicação (DEJOT/IOC), o ‘Somos Manguinhos’ visa compartilhar a memória de pessoas, grupos, espaços e estruturas do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). 

A primeira sessão, realizada em novembro de 2023, homenageou a trajetória e o legado do pesquisador Sylvio Celso Gonçalves da Costa, que atuou por mais de 50 anos no Instituto e faleceu há cerca de um ano.  
 

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)